9 de mar. de 2010

A DIDÁTICA DE ENSINO SUPERIOR E AS NOVAS TECNOLOGIAS - UMA SOCIEDADE EDUCATIVA

 
A DIDÁTICA DE ENSINO SUPERIOR E AS NOVAS TECNOLOGIAS
UMA SOCIEDADE EDUCATIVA



"Você ensina melhor o que mais precisa aprender"
 (Richard Bach - Ilusões, As aventuras de um Messias indeciso)


Se forem observados os alunos do ciclo básico, é claramente percebido o desejo de cada um se tornar um hábil profissional na área pretendida, sejam elas exatas, humanas, biológicas ou tecnológicas.
Estes alunos estão tão desejosos de se libertarem das amarras impostas pela velha e defasada metodologia tradicional que, ao cursarem o terceiro ano do Ensino Médio; prestando os exames vestibulares; eles acreditam que é chegado um novo ciclo de suas vidas, onde encontrarão uma forma mais democrática de ser conduzido seu processo educativo.
Ledo engano. Ao ingressarem nos cursos de graduação, o primeiro sinal de que nada mudou ficou patente na primeira aula: As ordenanças, as pilhas de trabalhos, o calendário confuso de avaliações inúteis e a inoperância de um sistema educacional falho, que não aceita inovações.
Não faz parte das discussões da didática contemporânea à questão de se discutir a tendência da última estação ou o programa televisivo do momento, tampouco o professor deve se recusar a utilizar as estruturas didáticas tradicionais. Ou nos dizeres do educador Paulo freire:
 "É próprio do pensar certo a disponibilidade ao risco, a aceitação do novo que não pode ser negado ou acolhido porque é novo, assim como o critério de recusa ao velho não é apenas o cronológico. O velho que preserva sua validade ou que encarna uma tradição ou marca uma presença no tempo continua novo". (Freire, 1996:35)

Aliando os processos educativos tradicionais com as novas tecnologias, poderá ser possível uma maior interação entre educador e educando além de uma maneira atrativa de se adquirir conhecimento.
A educação pelos métodos tecnológicos pode ser uma boa estratégia para serem obtidos a participação e as respostas mais rápidas às questões relativas às aulas. Estes métodos promovem a discussão e a reformulação dos pontos de vista de maneira descontraída, uma vez que não se encontram enquadrados nas salas de aula, sob o estereótipo do professor como centro das atenções e o quadro negro como testemunha do silêncio discente.
Eis o porquê da grande aprovação dos cursos de graduação e extensão por Ensino À Distância; o aluno poderá estudar no horário em que estiver sem maiores preocupações, obviamente assumindo sua função de pesquisar e apresentar seus trabalhos acadêmicos presencialmente, num determinado período. 
Partindo do princípio de que "Educar é uma especificidade humana". (Freire, 1996:91) e de que educamos aos educandos e a nós mesmos quando o fazemos pelo diálogo; cabe aos docentes superiores de qualquer área indagar: "por que não estabelecer uma "intimidade" entre os saberes curriculares fundamentais aos alunos e a experiência social que eles têm como indivíduos?" (Freire, 1996:30). Muitos educadores discordam da forma dialógica de ensinar, apresentando estas metodologias avessas a um Ensino Superior de qualidade, os denominando fatores de indisciplina na sala de aula.
No entanto, cabe ao docente planejar suas aulas, pautados nos objetivos, conteúdos e estratégias instrucionais; ou seja, a finalidade de sua aula, o conteúdo que será abordado e as estratégias utilizadas tanto para explicar determinada disciplina quanto para verificar o grau de interesse da turma em relação ao tema. Estes objetivos e conteúdos instrucionais culminam num processo avaliativo denominado avaliação mediadora.    
Além disso, o docente deveria se guiar pelos critérios de significação, flexibilidade, logicidade e continualidade para que suas aulas não percam o foco do conteúdo exigido pelas grades curriculares. Estes critérios deverão ser observados conjuntamente, ao serem aplicados os métodos tecnológicos em suas aulas.
Fato importante a ser observado é que não só o professor, mas também os alunos deverão conhecer os objetivos propostos para a situação de ensino-aprendizagem. Isto auxilia o grupo a respeitar as normas de conduta. 
Algumas técnicas de discussão em grupo pode ser uma complementação à aula expositiva: os grupos de debate; as fichas de resumo; os esquemas; as palavras-chave; os cartazes elaborados pelos próprios alunos em sala para uma apresentação do tema debatido e, dentre tantas outras estratégias didático-pedagógicas, o debate aberto; isso tudo com a orientação e a prévia preparação do docente para coordenar e mediar tais técnicas.
Entretanto, alguns recursos tecnológicos e eletrônicos da atualidade podem servir de grande valia para o docente superior que deseja incrementar e inovar suas aulas. A começar pelas opões de internet, como análise de reportagens e matérias de cunho jornalístico por meio de listas de discussão via e-mail e debates sobre conteúdos de sites relativos a determinado campo de atuação do educando. Estas estratégias, quando utilizadas em alguma área em especial para o educando, tornando a aprendizagem mais fácil.
Outra tática que suscita dúvidas de alguns educadores sobre sua eficácia são as salas de bate-papo ou chats em que vários alunos e professores poderão trabalhar seus conteúdos multidisciplinarmente, atendendo as metas pré-estabelecidas de seu cronograma e plano de curso para aquele período. Estas discussões via chat, se acompanhadas pelas aulas expositivas e textos de apoio poderão ser proveitosas no sentido de se criar uma síntese do conhecimento apreendido.
Destas técnicas passamos àquelas que nos são mais viáveis do ponto de vista econômico, independente da instituição de ensino superior ser pública ou privada. São os métodos audio-visuais que estão ao alcance de todos. Dentre eles, a televisão exerce grande fascínio e promove uma grande diversidade de programação educativa, em canais voltados para a aquisição do conhecimento.
Uma das técnicas mais fáceis de ser aplicadas e mais agradáveis, tanto para professores quanto para alunos seria; avisa-los sobre determinado programa que será exibido, especificando hora e dia, e pedi-los que formulem uma redação, uma análise crítica ou mesmo um resumo sobre o conteúdo exibido. Este método além de estimular a atividade escrita, é um poderoso instrumento de debates em sala de aula ou associado a outros, caso os professores desejem.
 Mas, no entanto estas técnicas e métodos de ensino são nulos quando os professores não se apresentam dispostos a encarar riscos. Um professor que não planeja suas aulas, mesmo que ela seja integralmente expositiva, não conseguirá obter como resposta a aprendizagem.
Uma didática que compreende o saber dos educandos e a prática crítica docente, que expõem questionamentos, analisa o contexto social local e põe estes para pensar e agir dentro de sua comunidade, é a didática que é necessária nos dias de hoje.
Todavia, há o desejo de alguns educadores em manter a educação nos moldes da Didactica Magna de Comenius. Encastelando-se nas torres medievais de seu prestígio, com uma palmatória na mão, fomentados no Stricto Sensu  de seu egoísmo docente, que apenas acumula títulos e conhecimentos inócuos, na velha e encardida fichinha.

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