28 de jul. de 2010

Novos Programas da Microsoft Educação para a volta às aulas


Vamos Inovar?!
Aproveitando o embalo de volta às aulas, o site Conteúdos Educacionais está com mais 6 novos programas elaborados pela Microsoft Educação para ajudar gestores, educadores, coordenadores pedagógicos e representantes da comunidade escolar a pensar e elaborar suas aulas de uma maneira diferente e inovadora.
Os 6 novos Programas são:
- Expression Web
- Live Messenger
- Movie Maker
- Oficinas de Criação Digital
- Microsoft Robotics Developer Studio
- XNA Game Studio Express
Esses e os demais programas do site Conteúdos Educacionais estão disponibilizados gratuitamente para fazer download!

Conheça todos os programas disponíveis para inovar sua metodologia de ensino!

Professor transforma modo de ensinar e aprender Física com ajuda do PowerPoint

Momento Microsoft Educação

Professor transforma modo de ensinar e aprender Física com ajuda do PowerPoint

Método de ensino desenvolvido por Hélio rompe barreiras de comunicação entre professor e aluno

Hélio Gianesella tem 59 anos, nasceu em Rio Claro, interior de São Paulo. Pai de três filhos verdadeiros e centenas de outros que entram e saem de sua a vida a todo instante, ele gosta de ouvir música e ir ao cinema. Dorme tarde, não perde o noticiário e também acompanha partidas de futebol na TV, além de alguns documentários. Mas o que faz deste paulista um Caso de Sucesso?

Gianesella é professor de Física em um curso pré-vestibular de São Paulo, como muitos outros em todo o Brasil. No entanto, o que faz deste pai de família um grande sucesso entre seus alunos e instituições por onde passa é a sua metodologia de trabalho, baseada em aulas ministradas pelo PowerPoint.

Se você foi um daqueles alunos que tremia ao ouvir falar em Física, tinha pesadelos com a matéria e achava impossível entender tudo aquilo, Hélio garante que não é. "Apesar de ser considerada a disciplina mais difícil para se aprender, ou como alguns colegas dizem, para se ensinar, procuro desmistificar esse tabu", explica o professor. É focado neste princípio que ele trabalha, fazendo com que suas turmas acreditem nas leis que regem os fenômenos físicos e consigam entender todo o processo.

O começo de tudo

No início de sua carreira, Gianesella notou que o conteúdo exposto em uma lousa organizada facilitava o entendimento do aluno, que conseguia rever toda a matéria. Desta forma, percebeu que deveria fazer algo para aprimorar este quadro e assim aumentar o rendimento de suas turmas.

A partir daí começou a usar transparências, retroprojetor e canetas coloridas em suas aulas de óptica. "Apesar desse esforço, eu carregava uma enorme frustração por não poder mostrar nenhum tipo de movimento ou processo dinâmico", explica. Até que em 1998, assistindo a uma palestra de um psicopedagogo que utilizava o PowerPoint, vislumbrou a possibilidade de animar aquelas figuras e processos que por anos descrevera verbalmente.

O professor passou a preparar o conteúdo das suas aulas por meio dessa ferramenta da Microsoft. No entanto, nem tudo saiu como Hélio esperava. Durante a apresentação ele notou alguns problemas. "Confesso que foram várias as tentativas frustradas de utilização. Ora porque o PC na sala tinha menos memória RAM do que o meu onde desenvolvera o conteúdo, ora pela péssima condição do projetor que me obrigava a apagar a luz e a entregar folha à parte com o conteúdo, ora porque descobri que a quantidade de alunos daltônicos é maior do que se imagina, ora porque muitos deles eram cinestésicos, ou seja, necessitavam copiar a matéria para fixá-la melhor", afirma o educador.

No ano de 2004, Gianesella comprou o pacote Office mais recente da época que continha o PowerPoint com muitos recursos novos. Desta forma, por meio de diversas pesquisas e desenvolvimentos, conseguiu chegar ao resultado que apresenta hoje: slides dinâmicos, com imagens que ganham vida, onde os processos são mostrados em sua totalidade, bem como as contas e fórmulas, que surgem na tela de acordo com a explicação e etapa do processo físico.

"Hoje todas as minhas aulas são em PowerPoint, que é utilizado cem por cento do tempo. Tanto o desenvolvimento teórico quanto a resolução dos exercícios são extremamente animados, com recursos de áudios, trilhas, gifs e filmes", explica o professor Hélio.

Como a aula acontece

De acordo com o educador, não basta ter o recurso tecnológico, é preciso saber usá-lo e ele aprendeu durante seus 12 anos de pesquisa na área.

Gianesella dá aula para uma média de 160 alunos por sala, sendo que entre eles encontram-se os daltônicos, os cinestésicos, os que dispersam com facilidade, entre outros. E como trabalhar o conteúdo de forma que todos os diferentes perfis entendam? O professor conta que o segredo está nos 15 primeiros minutos de aula. Este período serve para que ele explique como deve ser o comportamento durante a apresentação, já que não há como copiar toda a teoria.

"Explico que a cada 20 minutos de explanação teórica surgirá na tela um "slide resumo" com o conteúdo e que eles poderão copiar se quiserem. Durante esse tempo, cerca de 5 minutos, eu toco no computador as músicas que eles sugerem e nessa hora quem quiser pode conversar, sair da sala, tirar dúvidas comigo ou simplesmente descansar", conta Hélio.

Outra ferramenta em sua aula é o celular, no qual por meio da tecnologia "Bluetooth" o físico manda para os estudantes o "slide resumo" com o conteúdo da aula. "Peço aos alunos que possuem celular com 'bluetooth' que o liguem e à medida que os identifico no meu aparelho, vou transferindo esses arquivos, separados por assunto. Assim alguns ficam com a teoria de vetores, outros de eletrodinâmica, outros de eletrostática etc. Depois eles trocam estes arquivos entre si", ressalta o professor inovador.

Os resultados

Os métodos desenvolvidos por Gianesella para desmistificar a Física e preparar os pré-vestibulandos surtiram resultado melhor que o esperado. Segundo o educador muitos alunos relatam que na hora de resolver um exercício lembram das animações, das imagens e conseguem solucionar a questão. O PowerPoint também permite uma organização melhor dos conteúdos, o que facilita os estudos e ajuda no real aprendizado, já que o estudante não precisa decorar, mas sim entender os processos.

Para o físico, essa iniciativa rompe barreiras de comunicação entre professor e aluno, uma vez que aproxima o jovem que já nasce em meio à tecnologia a uma dinâmica que ele conhece, está acostumado. O professor Hélio conta que "a sociedade passará a contar com educadores mais atualizados e alunos mais motivados a estudar a partir do momento em que o processo de aprendizagem se inicia de maneira diferenciada em sala de aula".


Reportagem: Paola Peres de Oliveira
Imagens: Arquivo pessoal

Uerj irá realizar curso de Educação Ambiental em Resende

 
 
 

                           

Com a proposta de educar a comunidade local de Resende, Uerj irá realizar curso de Educação Ambiental

  


As primeiras mobilizações sociais propondo a difusão da educação ambiental (EA) como ferramenta de mudanças nas relações do homem com o ambiente surgiram na década de 60, do século XX, quando catástrofes ambientais começaram a ser relacionadas à forte pressão da humanidade sobre os recursos naturais.

 

Ramo da educação cujo objetivo é a disseminação do conhecimento sobre o ambiente, o processo educativo proposto pela EA pretende formar sujeitos capazes de compreender o mundo e agir nele de forma crítica - consciente. Sua meta é a formação de sujeitos ecológicos.

 

Portanto, com o intuito de formar professores com nível superior ou técnico em todas as áreas do conhecimento, educadores ambientais, professores de níveis fundamental e médio, o campus regional de Resende da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, realizará o curso Educação Ambiental.

 

O curso, que visa integrar Química e Meio Ambiente, através da capacitação da comunidade local em tópicos de química ambiental, acontecerá às sextas-feiras, de 20 de agosto a 5 de dezembro de 2010, das 14h às 18h. Seu valor é de R$ 60, 00.

 

As inscrições podem ser feitas no Departamento de Química Ambiental da Faculdade de Tecnologia da Uerj, 1º andar, Rodovia Presidente Dutra, Km 298, Pólo Industrial, Resende, no Rio de Janeiro, até 12 de agosto. Mais informações, acesse a página do Centro de Produção www.cepuerj.uerj.br, envie um e-mail para cepuerj@uerj.br ou telefone para (21) 2334-0639.

 


 


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CENTRO DE PRODUÇÃO DA UERJ
Rua São Francisco Xavier, 524, 1º andar, bloco A, sala 1.006
Maracanã - Rio de Janeiro - RJ
Atendimento de 9h às 18h
Informações - Tel.: (21)
2334-0639

ou pelo site: http://www.cepuerj.uerj.br

 

 

25 de jul. de 2010

Gabriela Sou da Paz - Diga não à impunidade

 História

O Movimento Gabriela Sou da Paz foi criado pelos pais de Gabriela Prado Maia Ribeiro vitima de uma bala perdida no metrô em 2003, Cleyde Prado Maia Ribeiro e Carlos Santiago Ribeiro ambos psicólogos.

Juntos com muita força e luta fizeram uma campanha de mobilização nacional, recolhendo assinaturas para uma emenda popular que altere o código penal eliminando as brechas da lei que permitem com que réus confessos estejam livres e possam praticar outros delitos.

A campanha de recolhimento de assinaturas para encaminhar ao congresso nacional um projeto de emenda popular começou em 2003, sendo entregues 1.300.000 assinaturas em 08/03/2006.

A imagem da Gabriela fazendo o símbolo da paz que deu origem ao símbolo da campanha surgiu espontaneamente em 2001. Gabriela adorava tirar fotos e tirou uma foto fazendo o símbolo da paz, a família forneceu várias imagens de Gabriela aos veículos de comunicação, mas essa imagem em especial ganhou grande destaque na mídia por razões óbvias e perpetuou seu caso.


Hoje a imagem da Gabriela e o Movimento Gabriela Sou da Paz são nacionalmente conhecidos.
Maiores detalhes e a história completa do Instituto Gabriela Sou da Paz

20 de jul. de 2010

Inglês para a Copa de 2014

Notícia obtida no site da Copa 2014

Profissionais de turismo poderão ter curso básico de inglês.

Escola de idioma propõe parceria ao ministro do Esporte
Da redação


postado em 31/07/2009 17:06 h / atualizado em 31/07/2009 18:20 h

Nesta segunda-feira (03/08), o presidente da União Cultural Brasil - Estados Unidos (UCBEU), Paulo Bastos Cruz Filho, entrega ao ministro do Esporte, Orlando Silva, o projeto de um curso básico de inglês para agentes e prestadores de serviços na área de turismo, que poderão recepcionar e acompanhar estrangeiros em visita ao Brasil, por ocasião da realização da Copa do Mundo de Futebol em 2014. A entrega do projeto vai ocorrer durante a inauguração da nova sede da Associação de Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil (ADVB) em Campinas, interior de São Paulo.


“Somente agora o Brasil começa a reconhecer a importância do turismo como motor para o desenvolvimento econômico e social do país, apesar de possuir muitas belezas naturais e grandes atrações turísticas em seu amplo território”, destaca o presidente da União Cultural, Paulo Bastos. Ele lembra que os cursos de idiomas estrangeiros são necessários para trabalhar no setor, mas são de difícil acesso para a maior parte dos jovens, que buscam o mercado de trabalho. “Eles começam sua vida profissional sem base e sem nenhuma formação de uma língua estrangeira, considerada hoje como um diferencial para um ingresso de maneira mais competitiva no mundo do trabalho”, explica o presidente da instituição.

Para colaborar na redução desta contradição, a União Cultural vem disponibilizando seus profissionais e sua estrutura para realizar, apoiar e estabelecer parcerias com ONGs no desenvolvimento de projetos sociais, que dêem oportunidades aos jovens e adultos de baixa renda, provenientes de escolas públicas e sem acesso ao ensino de inglês.

O projeto Copa 2014 segue esse mesmo referencial. O curso será desenvolvido de maneira intensiva, com foco nas situações específicas que tais agentes encontram para o desenvolvimento diário de suas funções. O objetivo é preparar o aluno para um desempenho satisfatório na compreensão do idioma e no desenvolvimento da habilidade oral, que permita a comunicação com o visitante estrangeiro. Entre as funções contempladas pelo projeto estão atendentes e recepcionistas de hotéis, camareiras, garçons e motoristas de táxis, entre outros. O projeto foi implantado em escala piloto, em Ilha Bela, já tendo formado 20 pessoas.

Desde 2006, a União Cultural mantém um programa de Responsabilidade Social, “English by União Cultural”, que capacita pessoas que falam inglês fluentemente para serem instrutores voluntários, e certifica jovens e adultos de baixa renda facilitando seu ingresso ou promoção no mercado de trabalho de forma mais competitiva. Até o final de 2008, a União já tinha ensinado inglês a mais 300 alunos e neste primeiro semestre de 2009 atendeu mais de 350 estudantes. Os instrutores voluntários formam hoje uma equipe de 25 pessoas.

Alguns documentários sobre Edgar Morin













Edgar Morin

Edgar Morin, pseudônimo de Edgar Nahoum (Paris, 8 de Julho 1921), é um antropólogo, sociólogo e filósofo francês judeu de origem sefardita.


Pesquisador emérito do CNRS (Centre National de la Recherche Scientifique). Formado em Direito, História e Geografia, realizou estudos em Filosofia, Sociologia e Epistemologia. Autor de mais de trinta livros, entre eles: O método (6 volumes), Introdução ao pensamento complexo, Ciência com consciência e Os sete saberes necessários para a educação do futuro.

Graduou-se em Economia Política, História, Geografia e Direito. Em 1977, publicou o primeiro livro da série O Método, no qual inicia sua explanação sobre a teoria da complexidade. Em 1999, lançou A Cabeça Bem-Feita (Ed. Bertrand Brasil) e Os Sete Saberes Necessários à Educação do Futuro (Ed. Cortez), além de outros três títulos sobre educação

Morin defende a incorporação dos problemas cotidianos ao currículo e a interligação dos saberes. Critica o ensino fragmentado.

Assim, sem uma reforma do pensamento, é impossível aplicar suas idéias. O ser humano é reducionista por natureza e, por isso, é preciso esforçar-se para compreender a complexidade e combater a simplificação.

A Proposta de Morin basicamente é "Reformar o pensamento". Edgar Morin, passou a vida discutindo grandes temas: pai da teoria da complexidade, minuciosamente explicada nos quatro livros da série O Método, ele defende a interligação de todos os conhecimentos, combate o reducionismo instalado em nossa sociedade e valoriza o complexo.

Assim, na educação, Morin defenderá exatamente isso: o comprometimento com um ensino abrangente de todas as teorias, culturas, de forma contínua e profunda, o que pode assustar à muitos professores e educadores.

De qualquer maneira, para entender a teoria de Edgar Morin, é necessário que seja repensado o sistema educacional, desde suas bases. Um desafio, não só aos docentes da educação básica, mas à todos os membros da sociedade, na compreensão desses valores e na integração dos saberes dos alunos.

A seguir uma Entrevista com Edgar Morin
Programa Salto Para o Futuro - TVE Brasil -  dezembro de 2002


Entrevista com o Edgar Morin


Salto: O senhor tem afirmado que a ciência é, e sempre será, uma aventura e que o conceito de ciência está se modificando. Como poderíamos conceituar a ciência hoje?

Edgar Morin: A ciência é uma aventura, pois não podemos prever o futuro, por isso esta concepção é verdadeira. Nós não podemos unificar o mundo da ciência. Hoje, por exemplo, a ciência não é somente a experiência, não é somente a verificação. A ciência necessita, ao mesmo tempo, de imaginação criadora, de verificação, de rigor e de atividade crítica. Se não há atividade crítica, não há ciência. É preciso diversidade de opiniões. Mas a ciência também necessita ter a regra do jogo, ou seja, certas teorias podem ser abandonadas quando percebemos que são insuficientes. Então, a ciência é uma realidade complexa e podemos dizer que é muito difícil definir as fronteiras da ciência. Digamos que, em geral, ela é alimentada pela preocupação de experimentar, de verificar todas as teorias que ela expressa. Mesmo que a teoria não possa ser definida de imediato, é preciso pelo menos ver a possibilidade de definí-la no futuro. Mas não há só a verificação, eu repito, porque é preciso criar a teoria ; é preciso aplicar as construções expressas sobre a realidade e ver se a realidade as aceita. Eu acredito que, hoje, quando vemos as diferentes transformações na ciência física, na ciência biológica, nas ciências da Terra, na Cosmologia, temos a impressão que a ciência, de agora em diante, reconhece que seu problema é a complexidade. A ciência do passado pensou ter encontrado uma verdade simples, uma verdade determinista, uma verdade que reduz o Universo a algumas fórmulas. Hoje, nós sabemos que o desafio do mundo e da realidade é a complexidade. E, a meu ver, a ciência que vai se desenvolver no futuro é a ciência da complexidade.

Salto: O século XX pode ser caracterizado como o século da imagem. Em que medida esse fato mudou o imaginário dos seres humanos?

Edgar Morin : Todos sabemos que a imagem sempre esteve presente, sobretudo na antigüidade. Mas é verdade que, hoje, com os meios audiovisuais, com o cinema, ela se estabeleceu. O que eu acredito, a grande diferença, é que o cinema, por exemplo, dá o sonho coletivo. Ao invés de termos somente um sonho individual, nós vivemos um sonho coletivo. Por outro lado, nós nos reencontramos com as grandes tendências do imaginário ; nos reencontramos com as grandes lendas, com os romances... Nos deparamos com os grandes problemas que vêm de encontro ao imaginário. O imaginário é a maneira de traduzir as aspirações das tragédias dos seres humanos. Mas nós o reencontramos sob uma nova forma.


Salto: Vivemos em uma época em que as tecnologias, que dão suporte à linguagem, estão reestruturando nossos modos de comunicação. Muitos vêem nessa mudança uma ameaça à subjetividade. Como o senhor vê essa questão?

Edgar Morin: Eu acredito que a subjetividade é uma questão que foi, por muito tempo, negada pela ciência. Mas hoje, cada vez mais, ela é reconhecida. E acho que todo questionamento é se as técnicas vão servir às subjetividades ou se as subjetividades vão se utilizar das técnicas. Isso é uma luta permanente que vai continuar. E nós esperamos que as subjetividades possam se utilizar das técnicas.

Salto: O senhor afirma que a cultura e a educação emergem das interações entre os seres humanos. Qual o papel da escola diante desta complexidade?

Edgar Morin: O papel da escola passa pela porta do conhecimento. É ajudar o ser que está em formação a viver, a encarar a vida. Eu acho que o papel da escola é nos ensinar quem somos nós; nos situar como seres humanos ; nos situar na condição humana diante do mundo, diante da vida; nos situar na sociedade ; é fazer conhecermos a nós mesmos. E eu acho que a literatura tem o seu papel. O papel da educação é de nos ensinar a enfrentar a incerteza da vida; é de nos ensinar o que é o conhecimento, porque nos passam o conhecimento mas jamais dizem o que é o conhecimento. E o conhecimento pode nos induzir ao erro. Todo conhecimento do passado, para nós, são as ilusões. Logo, é preciso saber estudar o problema do conhecimento. Em outras palavras, o papel da educação é de instruir o espírito a viver e a enfrentar as dificuldades do mundo.

Salto: Como o senhor vê a relação ciência, imaginário e educação?

Edgar Morin: A ciência das descobertas científicas muitas vezes puderam realizar os mitos que a humanidade consagrou, como o mito de voar. Nós passamos a ter o avião, suas técnicas, e a ciência ajudou a desenvolvê-lo. A ciência, seja qual for, necessita da imaginação. Então, frequentemente essa imaginação é alimentada pelo nosso imaginário. Não podemos separar. Não existe uma inteligência fria e pura, unicamente lógica. A inteligência inclui as paixões, as emoções e também o imaginário. Conseqüentemente, quando pensamos em educação, se você não busca o imaginário na pintura, o imaginário no romance, o imaginário na poesia, você tem uma educação muito pobre. O imaginário se comunica com a realidade e a realidade se comunica com o imaginário. A educação deve garantir essa comunicação permanente.


Salto: Qual a impressão que o senhor tem da educação no Brasil ou na América do Sul?

Edgar Morin: E suponho que existam mais ou menos os mesmos problemas que encontramos nos países europeus. Vocês têm um sistema de educação que se baseia em antigas disciplinas, que são separadas. O que é preciso mudar é reunir essas disciplinas e conceber as novas ciências que são muito mais de agrupamento de disciplinas, como a Ecologia, como a Cosmologia, como a ciência da Terra. Mas eu acho que é um sistema que precisa ser profundamente reformulado, tanto na América Latina quanto na Europa.

Edgar Morin, março de 2000

Tradução : José Roberto Mendes

(Entrevista concedida em 02 de dezembro de 2002)

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