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9 de mar. de 2017

Professor que coordenava projeto crítico à ditadura militar é desligado da Escola Costa e Silva


Professores usaram camiseta em apoio a José Luis, que diz ter sido desligado por coordenar projeto de crítica à ditadura | Foto: Guilherme Santos/Sul21
Fernanda Canofre
“Fora mordaça, fica Zé”. Assim professores reunidos na assembleia geral do Cpers – o sindicato dos professores estaduais do Rio Grande do Sul – cantavam em apoio a José Luis Morais, nesta quarta-feira (08). “Zé”, como o professor de História é chamado pelos colegas, recebeu o anúncio de seu desligamento da Escola Estadual Presidente Costa e Silva, no dia 02 de março, depois de quase oito anos de atividades.
Em 2009, logo que entrou na escola, José Luis começou a coordenar, junto a outros professores de História, o projeto “De Costa para a Ditadura”. A ideia era questionar o nome do presidente escolhido para “homenagear” na escola, que não é a única de Porto Alegre a carregar este nome. Artur da Costa e Silva, segundo presidente da ditadura militar, foi quem promulgou o Ato Institucional 5, com poderes de fechar o Congresso Nacional e cassar adversários políticos. Sua era deu início ao período mais duro da repressão no país. Além da escola no bairro Medianeira, onde José Luis lecionava, há outra na Zona Norte da Capital.

Professor já teria debatido questão com representante da CRE no ano passado | Foto: Guilherme Santos/Sul21
A forma encontrada pelo grupo de professores para protestar foi ignorar o nome da escola. Nos cabeçalhos de provas e trabalhos colocavam apenas “Escola Estadual”, “Escola Estadual Ditador Costa e Silva”, ou mais recentemente “Escola Estadual Edson Luis”, nome escolhido pelos próprios alunos em homenagem ao estudante morto pela Polícia Militar do Rio de Janeiro durante o governo Costa e Silva, em março de 1968. Durante a ocupação da escola, no ano passado, uma faixa com o nome eleito pelos estudantes chegou a ser colocada em frente ao prédio.
Quando recebeu o anúncio de que estava sendo dispensado do quadro de professores da escola, segundo José Luis, a justificativa do diretor foi seu envolvimento com o projeto. “O diretor disse que estava disponibilizando minha contratação pelo fato do fazer pedagógico em cima da questão da ditadura militar. A crítica e todo o processo que se constrói, estavam criando problemas na escola, na visão dele”, conta o professor.
José Luis diz ainda que, em novembro do ano passado, depois de uma visita de representantes da 1ª Coordenadoria Regional de Educação à escola, já havia sentido que poderia ter problemas no ano letivo de 2017. Ao professor de História, a representante da CRE teria dito que “como professores, eles deveriam esquecer o passado porque quem vive de passado é museu”.
“Se eu tenho uma escola cujo nome é Costa e Silva, justamente aí que eu tenho que trabalhar esta questão (…) Ela falou que a escola não pode ter partidarização, que temos de olhar todos os lados. Claro que temos de olhar todos os lados, mas eu também preciso ter posicionamento e poder falar sobre o que está acontecendo”, defende o professor.
O desligamento de José Luis foi “facilitado” por ele não ser professor concursado na escola. Ele tinha um contrato de 20 horas por nomeação e mais 20 horas por convocação. Dois regimes que facilitam a dispensa.
Para os professores que seguem na escola e que pretendem continuar com o projeto, a CRE avisou que ele terá de ser homologado junto à Coordenadoria para então passar por aprovação. Nos cinco anos anteriores, isto nunca havia sido exigido, segundo os professores.
“[O projeto] é justamente para evitar que a gente viva momentos de mordaça, como foi na ditadura, como a gente está agora vendo de novo. Esse momento de democracia está bem fragilizado, é uma opção política da 1ª CRE dizer que é por causa disso, para enfrentar o projeto e nossa atividade pedagógica. Nos mandar esquecer o passado, é uma tentativa de nos constranger”, diz a professora de História, Silvia Ehlers, colega de José Luis na Costa e Silva.

Em ato simbólico, alunos mudam nome da Costa e Silva para Edson Luis, estudante morto pela ditadura em 1968 | Foto: Facebook/Ocupa Costa
Logo que soube de seu desligamento, José Luis escreveu um desabafo em seu perfil pessoal no Facebook sobre a situação. “Quando propomos o debate da questão da Ditadura no Brasil, buscamos não fazê-lo de forma mecânica, dentro de um jogo de perguntas e respostas. Problematizamos e buscamos a reflexão e antes de mais nada, respeitamos o conhecimento ao que nosso aluno tem direito, dentro de uma escola pública, laica e de qualidade. Quando propomos a mudança “de forma simbólica” do nome da escola, problematizamos a questão”.
A reportagem tentou entrar em contato com a 1ª Coordenadoria Regional de Educação, que disse estar ciente do assunto, mas não obteve retorno.

26 de mar. de 2014

Os sete segredos das crianças super felizes

Nós estamos sempre focados em tudo o que é preciso fazer para nossas crianças se tornarem adultos bem sucedidos. Pensamos muito na trabalheira e no cansaço que dá criar um filho. Mas e a felicidade deles? Estamos também pensando no que faz nossos filhos felizes? Sim, porque a infância deveria ser, sobre todas as outras coisas, o momento de simplesmente ser feliz.
A lista abaixo enumera sete segredos – ao alcance de qualquer pai ou mãe – de crianças felizes.
1. Crianças felizes fazem suas refeições em horários regulares. Parece bobo, não é? Mas tente lembrar de como você mesmo se sente quando tem fome. É assim que os pequenos se sentem quando pulam um lanche ou têm que esperar horas pelos convidados daquele super jantar na sua casa. Ninguém gosta de sentir fome. E comer em intervalos regulares não só reabastece os corpinhos e os cérebros infantis mas mantém a fome sob controle. Afinal, é bem difícil se sentir alegre e tranquilo com a barriga roncando!
2. Crianças felizes dormem bem. Ok, é bem fácil falar… sabemos que existem crianças mais e menos dorminhocas, mas isso não é desculpa para não criar hábitos de sono consistentes. As crianças precisam aprender a dormir e é nosso – às vezes árduo – trabalho ensiná-las. Criança cansada fica irritada e manhosa. Já uma criança com a noite bem dormida está pronta para ver o dia nascer feliz. Faça do sono e dos horários fixos de dormir prioridades absolutas.
3. Elas brincam livremente. Nada de ficar dando instruções na hora da brincadeira, nem de sobrecarregar os pequenos de atividades. Hoje em dia as crianças estão muito ocupadas com cursos e obrigações. Passam o dia inteiro recebendo instruções: escola, natação, música, inglês. Não há tempo para brincar e deixar a imaginação correr solta. Até os próprios brinquedos contém instruções! É bom que as crianças tenham tempo para brincar, só brincar. E que junto com aqueles brinquedos "hi-tech" existam outros que dependam exclusivamente da imaginação deles, como por exemplo, os carrinhos e bloquinhos de madeira.
4. Crianças felizes expressam suas emoções livremente. Elas choram quando estão tristes, gritam quando têm raiva e, às vezes, precisam andar em círculos porque nem sabem direito o que estão sentindo. Deixe elas se expressarem do jeito delas, mesmo que o "show" seja público. Enquanto nós adultos já sabemos mais ou menos o que fazer com determinadas emoções (ligar para um amigo e desabafar, por exemplo), as crianças ainda são mais primitivas neste quesito. Tentar calá-los ou reprimi-los, envergonhando-os pelo comportamento, não ajuda. Deixem que elas liberem as emoções do jeito que bem entendem e então ofereçam ajuda. Sem dúvida nenhuma esses momentos chilique são desafiantes para os pais. Mas muito pior é ver seu filho passar a vida inteira internalizando emoções negativas. Recalcar as lágrimas ou a raiva pode ser a causa de uma baita depressão mais tarde.
5. Elas podem fazer escolhas. Nossos pequenos têm muito pouco controle sobre a própria vida. Eles passam o dia inteiro escutando o que comer, para onde ir, o que fazer. Deixe algumas decisões a cargo deles. Poder escolher ocasionalmente o que vestir ou jantar é, com certeza, razão para sorrisos.
6. Elas sentem que estão sendo escutadas. Escute seus filhos para valer, não faça apenas de conta! Até porque até os mais pequeninhos percebem se você está de verdade prestando atenção ou se você ligou o piloto automático. A criança precisa saber que você se importa verdadeiramente com ela, que seu interesse é real. Isso vai ajudar vocês a criarem um relacionamento honesto e legal para toda a vida.
Gostou das dicas? Mas o mais importante ainda está vindo aqui:
7. Crianças felizes são amadas incondicionalmente. Criança apronta mesmo: você pede para não pular no sofá e ela pula. Aí ela se machuca e chora. E por mais que essa lógica seja meio incompreensível para nossa cabeça de adulto, infância é isso: um eterno jogo de tentativa e erro. Nossos filhos precisam experimentar e ver o que acontece. E nós temos que perdoá-los e amá-los mesmo quando os "experimentos" não dão certo. As crianças têm mais coragem de se arriscar quando sabem que seus pais vão amá-los e apoiá-los de qualquer jeito. Só assim podemos ajudá-los a se tornarem pessoas confiantes e com discernimento para tomar suas próprias decisões.
Seus filhos são felizes quando eles sabem que você sempre vai estar lá: "na alegria e na tristeza, na riqueza e na pobreza".
Esse texto é uma adaptação do artigo e da entrevista "7 Secrets of Highly Happy Children" da terapeuta infantil Katie Hurley no site The Third Metric. Aqui o link para o artigo original e para a entrevista.

28 de set. de 2013

Fotos impressionantes mostram crianças arriscando a vida pra ir pra escola

E vc aí com preguiça de ir para a escola, né???



Enquanto enfrentamos o trânsito para nos locomover, crianças de várias partes do mundo 
arriscam suas vidas todos os dias para chegarem nas escolas.
No extremo do perigo e com longas distâncias percorridas, 
estas imagens mostram a necessidade junto à vontade de alunos 
e professores de quererem uma educação menos precária.

Todos os dias esses jovens andam por um caminho precário
em meio às encostas traiçoeiras com a dificuldade de passarem 
por lugares perto de penhascos que não passam de meio metro de largura. 
Em filas indianas, o caminho é longo podendo durar até 2 horas.
 
Em Sumatra, na Indonésia, há dois anos havia uma ponte segura para o deslocamento,
mas desde que a estrutura desabou, as pessoas são forçadas a atravessarem
a corda bamba que fica cerca de 10 metros do rio com forte correnteza.
E com as chuvas e tempestades, várias outras pontes foram danificadas.





















Em Sanghiang, outra aldeia da Indonésia, o caso se repete: uma ponte destruída 
e 30 minutos de travessia arriscada. Neste caso, uma boa notícia: um dos maiores 
produtores de aço do país, decidiram, junto à ONG´s, construir uma nova ponte. 
Só não se sabe, ainda, o prazo de entrega.































Continuando na Indonésia, outro grupo de crianças optou fazer a travessia 
por aquedutos como um atalho. Mesmo que não tenha sido feito para caminhar,
elas preferiram mudar o trajeto do que percorrer 6 quilômetros
para ir à escola e mais 6 para voltar.





















No Nepal, as tirolesas são improvisadas com tábuas, cordas e polias.
Sem cintos de segurança, esta travessia já causou inúmeros acidentes durante décadas.
Mais uma vez há a promessa de ONG´s para a construção de pontes.























Nas Filipinas, alunos do ensino fundamental usam uma câmara de pneu para atravessar um rio 
e chegarem à uma escola remota, na província de Rizal – leste da capital Manila. 
Os alunos tem que caminhar por cerca de uma hora e quando chove muito são obrigados 
a passar a noite na casa de parentes e amigos. 
A comunidade vem tentando convencer o governo local para construir uma ponte segura.
Enquanto isso, estudantes vietnamitas da 1ª à 5ª série tem que mergulhar no rio
para chegar às salas de aula de Trong Hoa – município de Minh Hoa.
A fim de manterem suas roupas e livros secos, os alunos colocam seus pertences
dentro de sacolas de plástico.
O rio tem cerca de 15 metros de largura e uns 20 de profundidade.










Children risking_20

Na Colômbia, crianças que vivem nas florestas também utilizam a tirolesa. 
Única opção para o percurso. Os cabos de aço tem 800 metros de comprimento 
e estão há 400 metros acima do Rio Negro. 
Com uma velocidade de 50 quilômetros por hora o fotógrafo Christoph Otto 
captou a imagem de Daisy Mora e seu irmão de 5 anos 
– que é carregado dentro de um saco para fazer a travessia.






















Voltando à China, cerca de 80 crianças embarcam em uma jornada perigosíssima:
há mais de 200 quilômetros de altura na região de Xinjiang, elas arriscam as vidas passando,
também, por rios congelados e pontes altíssimas.
Como a viagem dura cerca de dois dias, as crianças acabam alojando-se perto da escola.























E, finalmente, uma imagem impressionante captada pelo fotógrafo Reuter Ammar, 
em 2010. Durante confronto entre israelenses e palestinos, 
uma garotinha é vista caminhando em direção à sua escola ‘despreocupada’ 
com a violência ao redor.
Essas perspectivas fazem-nos pensar e refletir quando nossas crianças 
lamentam-se de terem que ir para a escola. 
Nas situações apresentadas acima, não é só uma livre vontade de estudar, 
mas sim, uma necessidade de conhecimento, troca, convivência e aprendizado. 
Uma ânsia sem limites de aprender a escola da vida.



Container vira escola movida a energia solar e muda a realidade de jovens

Container vira escola movida a energia solar e muda a realidade de jovens
Uma escola móvel ecológica, que recebe energia através de painéis fotovoltaicos colocados no teto, é a grande inovação da Samsung para proporcionar às crianças de comunidades rurais na África do Sul uma forma moderna de aprender.

A ideia é facilitar o acesso à educação, e de forma sustentável, a crianças nascidas em lugares remotos e com condições de vida difíceis. A escola é simples e a energia solar a torna autosuficiente: pode gerar eletricidade durante nove horas por dia, está equipada com notebooks com internet, tablets Galaxy, câmeras Wi-Fi ou ainda um sistema de refrigeração.

Solar Powered Internet School consiste em um container de 12 metros de comprimento, que pode ser transportado por caminhões para qualquer ponto do país e onde cabem 21 alunos. Foi instalada em Phomolong, uma zona rural perto de Joanesburgo, capital do país.
Veja com esta ideia da Samsung está mudando a vida destes jovens:





































O projeto só está no começo e a ideia da empresa é que ele se expanda bastante até 2015, chegando para cerca de 5 milhões de pessoas. No continente africano, menos de 25% das pessoas que vivem em áreas rurais têm acesso a eletricidade, o que dificulta a educação. Esse projeto inovador quer mudar esse cenário. A gente aprovou.
(Imagens: Samsung Tomorrow)

1 de ago. de 2013

Como escolher a escola certa para o seu filho

Como escolher a escola certa para o seu filho

Na busca pela escola ideal, pais devem levar em conta se a filosofia da instituição está alinhada com os valores da família

Renata Losso, especial para o iG São Paulo 

Getty Images
Escolha da escola vai além da estrutura e passa pelos princípios dos pais
Há uma variedade de quesitos a serem considerados na hora de escolher a escola dos seus filhos, da estrutura física à formação dos professores. No entanto, os pais devem levar em conta algo além do equipamento de laboratório e do currículo dos educadores. Que valores a escola pretende passar para as crianças?

De sustentabilidade à formação artística, muitos conceitos podem estar envolvidos na educação, dentro ou fora das aulas formais. O importante é saber se estes conceitos também estão presentes em casa.

Jessica Nunes da Silva, 30 anos, é permacultora, parteira e professora de yoga. Mãe de Saphire, de três anos, e Kaylo, de 12, sempre procurou escolas que se relacionassem com questões de sustentabilidade, espiritualidade e arte.

Saphire ainda é muito nova e, por isso, vai a uma escolinha baseada numa rotina de educação  simples, sem cobranças. Já Kaylo estuda em uma escola que valoriza a expressão artística e inclui esta importância até em outras disciplinas. Por isso, ele já aprendeu sobre o grafite – com direito a grafitar painéis dentro da escola – e teve o caderno de história todo desenhado, após os alunos receberem a tarefa de ilustrar um acontecimento histórico e explicar para a classe o que aquela arte representava. “Algumas crianças até trabalham o surrealismo desta forma”, diz Jessica.

Além da grade proposta pelo MEC (Ministério da Educação), escolas atuais podem oferecer diferentes programas formativos, mostrando os valores ressaltados além da linha pedagógica. De acordo com Daniela de Rogatis, sócia e coordenadora da Companhia de Educação, que auxilia pais na educação dos filhos, o repertório levado às crianças depende da filosofia seguida pela escola. E é aí que mora o diferencial de cada uma.

Arquivo pessoal
Jessica com Kaylo e Saphire: escola alinhada com valores da família
Além do 2 + 2 = 4

Segundo Rogatis, atualmente algumas escolas envolvem conceitos como a autonomia, o pensamento crítico, a sustentabilidade e a diversidade em seus programas. Os temas podem estar presentes nas aulas, misturando-se ao conteúdo já requerido, ou em projetos eventuais. “Uma coisa é ensinar matemática, outra coisa é ensinar matemática ou outra matéria com conceitos de autonomia. E a família tem que estar de olho para estar alinhada ao mesmo valor”, diz a especialista.

Uma escola que valoriza a autonomia oferece atividades que as crianças possam fazer sozinhas, como se vestir ou ter aulas de culinária para preparar a própria comida, sob supervisão de um adulto. Uma escola que valoriza a sustentabilidade propõe projetos para colocar este conceito em prática, como reciclar o lixo. Se a família fica pouco confortável com a ideia da criança cozinhar ou separar o próprio lixo, deve repensar a opção. “Os valores acabam se tornando parte de tudo”, afirma Rogatis. E os pais devem acompanhá-los para não haver contradições.

Aptidão e autoestima


Para a presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia Quézia Bombonatto, este tipo de proposta tira o professor do lugar de “repetidor de conteúdo” e precisa ser bem preparada. Segundo a especialista, os programas devem ser organizados sem esquecer da sistematização do conhecimento. “E não é todo professor que sabe trabalhar a interdisciplinaridade”, diz.

Quézia levanta outra consideração que os pais devem fazer: a aptidão da criança para aquele tipo de aprendizado. Se ela é colocada em uma escola que valoriza muito a arte e o desenho, por exemplo, é preciso saber se ela é hábil o suficiente para não ficar exposta a fracassos diante dos colegas o tempo inteiro. As habilidades se desenvolvem, mas é preciso ver ao menos alguma inclinação na criança. “Não adianta nada colocar o filho em uma escola com um conceito maravilhoso, mas que o deixa fora do grupo. Afinal, é o retorno dos pares que ajuda na construção de uma autoestima positiva”, conta.


Arquivo pessoal
Suzan e a filha Maysa: Bíblia faz parte do material escolar
Mas conceitos como sustentabilidade e alimentação saudável podem ser desenvolvidos independentemente das habilidades infantis. A analista de Recursos Humanos Suzan Margareth de Paula, de 55 anos, colocou a filha Maysa, 13, em uma escola preocupada com a alimentação das crianças. “Eles passam muitas instruções sobre o assunto, sobre o que faz e o que não faz bem para o organismo, e ela é bem orientada sobre isso”, diz.

Além disso, Suzan é evangélica e, na escola da filha, as crianças estudam religião duas vezes por semana. “A Bíblia faz parte do material escolar”, conta. “Eu queria que ela estudasse em uma escola que pensasse da mesma forma que eu”, completa, enunciando de forma simples a solução para o dilema de todos os pais em busca da escola ideal.

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Você sabe qual o objetivo da reunião de pais e professores?

Você sabe qual o objetivo da reunião de pais e professores?

Com o retorno das aulas, os encontros pedagógicos voltam para a fazer parte da rotina dos pais. Saiba por que é importante participar e como agir nessas ocasiões

Raquel Paulino - especial para o iG São Paulo 

Getty Images
Saber que os pais vão às reuniões deixa os filhos mais seguros e com a noção de que seu desenvolvimento realmente tem importância

O interesse pela educação de crianças e adolescentes é o elo mais forte que pode existir entre pais e escola. Por isso, reservar na agenda o horário das reuniões convocadas pela instituição de ensino e ir a elas preparado para participar é uma tarefa fundamental ao longo dos anos de formação escolar dos filhos.
“Trata-se de uma oportunidade para entender melhor o clima organizacional do local onde eles estudam, conhecer os professores. As reuniões pedagógicas ajudam a desmitificar a escola e a aproximar pais e docentes”, afirma Dóris Trentini, coordenadora pedagógica do ensino médio do Colégio Anchieta.
Essa aproximação abre espaço para a troca de informações sobre como a educação é conduzida em cada ambiente. “É necessário alinhar o discurso entre casa e escola. Se uma puxa para um lado e a outra, na direção oposta, a criança ou o adolescente ali no meio sofre”, explica Silvana Nazário, coordenadora pedagógica da educação infantil do Colégio Marista Rosário. Júlia Lázaro, psicopedagoga do Colégio Notre Dame Ipanema, complementa: “A formação de uma pessoa é um processo que não tem fim. A família começa e a equipe do colégio dá continuidade, como um reforço. Todos trabalham juntos para que os estudantes tenham o melhor acompanhamento possível”.

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Além disso, saber que os pais vão às reuniões deixa os filhos mais seguros e com a noção de que seu desenvolvimento realmente tem importância. “As crianças gostam de ver seus pais na escola e ficam felizes quando eles vão às atividades a que são convocados. A participação dos adultos é um dos fatores primordiais para a boa educação infantil”, diz a consultora de boas maneiras Sofia Rossi.
Há que se lembrar que, para aproveitar ao máximo as reuniões, é preciso se comportar de maneira adequada à situação. Confira um pequeno guia, baseado em dicas das quatro profissionais, do que se deve fazer e o que é preciso evitar nesses eventos escolares.
Procure:
- Participar da reunião do começo ao fim.
- Levar suas dúvidas anotadas em um bloco ou caderno, para poder esclarecer todas e não correr o risco de se lembrar de alguma delas no caminho de volta para casa.
- Escutar até o fim eventuais críticas feitas ao seu filho e só então, com calma, argumentar e pedir sugestões de como melhorar o desempenho dele.
- Aceitar com naturalidade elogios feitos ao desempenho de seu filho.
- Usar linguagem adequada para um diálogo sério sobre a educação das crianças.
- Esperar o fim da reunião para falar com o professor sobre alguma questão particular do desempenho do seu filho.
- Abordar o pai ou a mãe de alguma criança com quem seu filho possa ter algum problema de relacionamento após o fim da reunião e com o intermédio do professor.
- Deixar o celular no modo silencioso.
- Contribuir com o relato de alguma experiência caso o condutor da reunião solicite diretamente que você o faça.
Evite:
- Chegar depois do começo ou ir embora antes do fim da reunião. Isso atrapalha seu andamento e demonstra falta de interesse pela educação da criança.
- “Atropelar” quem estiver com a palavra para fazer um comentário ou uma pergunta, mesmo que seja relacionado ao assunto. Espere uma brecha ou levante o braço como indicação de que gostaria de falar na sequência.
- Bater boca com o professor por causa de alguma crítica que tenha sido feita ao seu filho.
- Prolongar o assunto, depois de o professor já tê-lo encerrado, quando seu filho for elogiado. Isso é inconveniente e passa uma imagem arrogante.
- Usar muitas gírias ou palavrões ao se dirigir ao professor e a outros pais.
- Interromper a reunião para falar diretamente com o professor sobre algum assunto particular de seu filho ou de sua família.
- Abordar agressivamente, na reunião ou após seu final, o pai ou a mãe de alguma criança com quem seu filho possa ter algum problema de relacionamento.
- Atender o celular, acessar a internet ou mandar mensagens durante a reunião.
- Reclamar de problemas não pedagógicos da escola (o estacionamento ou a falta dele, por exemplo). Não se esqueça: o foco dessas reuniões é o ensino.
- Tentar alterar a ordem pré-determinada dos assuntos para chegar logo àquele que interesse mais a você.
- Levar presentes para o professor, a não ser que a reunião seja realizada em uma data festiva.
- Travar uma conversa paralela com pais sentados ao seu lado enquanto outra pessoa fala. 

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