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22 de abr. de 2013

Aula 11 - Anthony Giddens e o estruturalismo Social - parte 2

  • Em que consiste a dualidade do estrutural?
A constituição dos agentes e a constituição de estruturas não são fenômenos isolados, únicos, mas uma dualidade. A dualidade do estrutural dita que as propriedades estruturais dos sistemas sociais são ao mesmo tempo o médium (meio) e o resultado das práticas que se organizam de modo recursivo, ou seja, um fato que acontece repetidas vezes, sempre com um novo resultado até que se atinja um resultado satisfatório.
  • O que são competências?
A competência baseia-se nas capacidades individuais dos trabalhadores, de ser ou não ser capaz de exercerem um determinado trabalho.
“A competência é, assim, uma parte da profissionalidade: as qualidades de responsabilidade, de autonomia, saber trabalhar em equipa caracterizam a mobilização própria da competência” (1996, Dubar - "La sociologie du travail face à la qualification et à la competénce". In Sociologie du Travail).
É uma noção centrada, em particular, no conjunto de saberes que são mobilizados no quadro definido de uma atividade/emprego e cuja avaliação se centra nos resultados finais dessa atuação, sendo independente do lugar e da duração da aprendizagem: quando se fala de competências, sabe-se que não se está falando do trabalho, mas unicamente dos indivíduos.
É, neste sentido, uma construção individual, que pode ser definida por dois traços: ela é uma "arte" e exige uma "mobilização" do indivíduo.
  • O que é sistema social?
Para Giddens, o sistema social é a formação, no espaço e no tempo, de modelos regularizados de relações sociais concebidas como práticas reproduzidas que ele religa à interação social. A reciprocidade de práticas entre atores em circunstâncias de co-presença concebidas como encontros que se fazem e se desfazem. (Riutort, 2008;341 in Sandalowski, 2008, 31.)
  • Qual a crítica que Giddens faz a Durkheim?
A crítica que Giddens faz à Durkheim é relativa à comparação que Durkheim faz do sistema social a um organismo vivo(biológico), entendendo a sociedade como uma extensão do corpo humano, negligenciando a competência dos indivíduos e suas atividades intencionais. Ou seja, para Giddens, o individuo é um sujeito com capacidades de ação, tais capacidades adquiridas pela ação (agência) humana. Não são os indivíduos que criam os sistemas sociais, mas os sistemas sociais são os responsáveis pela sua própria criação. São atemporais, enquanto que os indivíduos são temporais.
  • O que é modernidade para Giddens?
Para Giddens, a modernidade consiste em um estilo de vida, um costume ou organização social que surgiu na Europa, em meados do século XVII – XVIII e que, depois se tornou mais ou menos mundial em sua influência. A modernidade é associada à determinados traços históricos surgidos com o capitalismo, segundo ele um sistema social e econômico.
A modernidade apresenta três aspectos:


  1.  Separação tempo-espaço – onde a difusão do relógio e a padronização dos calendários tornaram o tempo uma construção social artificial.
  2. Mecanismos de desencaixe -  quando se é observado um deslocamento das relações sociais de contextos locais de interação e sua reestruturação através de extensões indefinidas de tempo-espaço. Essas organizações modernas podem conectar o local e o global de modo impensável nas sociedades mais tradicionais, afetando o cotidiano de milhares de pessoas, direta ou indiretamente (como o advento da internet na vida dos indivíduos e as mudanças de comportamento dela provenientes) Assim, Giddens ressalta dois tipos:
       1.    As fichas simbólicas – que são meios de troca impessoais (crédito), como o     dinheiro, num valor padrão;
       2.    Sistemas peritos - sistemas especializados conhecimento aos quais os leigos não tem acesso e por essa razão confiam nos indivíduos que possuem esse conhecimento especializado

3. Reflexividade – Para o autor seria pensar e repensar as relações sociais  pois esse processo permitiria a descoberta e o desenvolvimento de novos conhecimentos sobre essas relações. A utilização constante desses conhecimentos permitiria que os indivíduos ordenassem e reordenassem suas relações sociais.

O ritmo de mudança acelerado do último século, gera um dinamismo próprio da modernidade. A sociedade moderna se torna mais reflexiva no contexto pós-tradicional, pois é o próprio indivíduo que reflete e reconstrói incessantemente o seu mundo (Sandaloswki, 2008; 34 )

A perspectiva teórico metodológica enfatiza o caráter ativo, reflexivo da conduta humana. Giddens, com essa proposta atribui um papel central para a linguagem e capacidade de entendimento individuais na explicação da vida social,ou seja, seu foco se dá basicamente nas ações do indivíduo.

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Resumo de ideias baseado em Sandalowski. Mary C. Guia de Estudos de Sociologia III - Centro de Ciências Sociais e Humanas - Depto de Ciências Sociais. UFSM. 2008.

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