17 de ago. de 2011

Dez jogos e brincadeiras para a Educação Infantil

Do site Casa Da Infância
http://casadainfancia.spaceblog.com.br/948815/Dez-jogos-e-brincadeiras-para-a-Educacao-Infantil/

Dez jogos e brincadeiras para a Educação Infantil
As atividades abaixo foram capturadas no link educador brasil escola e são opções para o professor da educação infantil desenvolver algumas das habilidades infantis de forma lúdica. Certamente as crianças vão gostar muito!

— por Rosana Rodrigues


Desenvolver atividades em Educação Infantil não é nada fácil, em razão dos alunos serem muito pequenos e ainda por não corresponderem de forma motora a muitas atividades. Assim, seguem algumas sugestões que poderão auxiliar o professor no cotidiano da sala de aula, bem como fora dela.

Caixa de Sensações: o professor pode encapar uma caixa de tênis fazendo um furo em forma de círculo, com dez centímetros de diâmetro. O professor deverá organizar materiais como retalhos, flocos de algodão, pedaços de lixa, tampinhas, caixinhas e outros objetos e ir colocando-os por uma das extremidades, a fim de que a criança, com a mão do outro lado, identifique o material.


Caminho Colorido: com folhas de papel pardo, faça um caminho para que as crianças carimbem os pés, com tintas coloridas. É uma atividade que envolve muito as crianças, e as deixam muito felizes.

Toca do Coelho: Dispor bambolês no pátio da escola de forma que fiquem duas crianças em cada um e que sobre uma fora do bambolê. Ao sinal do professor, as crianças deverão trocar de toca, entrando duas em cada um. Sempre sobrará uma criança fora da toca.

De onde vem o cheiro? A professora irá passar perfume em um paninho e o esconderá na sala, num lugar fácil, onde os alunos deverão descobrir de onde vem o cheiro.

Dentro e Fora: Fazer uma forma geométrica bem grande no chão e pedir que as crianças entrem na delimitação desse espaço. Se quiser o professor poderá fazer outra forma dentro da que já fez onde irá pedir que os alunos adentrem também, explorando ainda que se a forma é pequena eles irão ficar apertados.

Arremesso: O professor fará uma linha no chão, usando fita crepe e as crianças deverão arremessar garrafinhas plásticas cheias de areia, para frente. O professor irá medir as distâncias e verificar quem conseguiu arremessar mais longe. Depois, em sala de aula, poderá fazer um gráfico explicativo.

Pneus: Esses podem ser usados para várias brincadeiras, como pular dentro e fora, se equilibrar andando sobre a parte de sua lateral ou ainda quem consegue rolar o pneu de um determinado lugar até outro sem deixá-lo cair.

Que som é esse?: Com faixas de tnt preto, vendar os olhos dos alunos e fazer diferentes barulhos usando instrumentos musicais, latas, brinquedos, etc., a fim de que as crianças identifiquem os mesmos.

Caixa Surpresa: Com uma caixa de papelão encapada, o professor irá mandar para a casa de um aluno a fim de que os pais enviem algum material que possa ser descoberto pelas crianças. O professor vai fazendo descrições do material, até que as crianças descubram o que é.

Pega-Pega Diferente: Dividir a turma em dois grupos e identificá-los com lenços ou fitas de cores diferentes. Após o sinal do professor os grupos deverão pegar uns aos outros e a criança pega deverá ficar num espaço delimitado pelo professor. Vence o grupo que tiver mais pessoas que não foram pegas.


Por Jussara de Barros

Graduada em Pedagogia

Equipe Brasil Escola


FONTE DO TEXTO: http://www.educador.brasilescola.com/orientacoes/dez-jogos-brincadeiras-para-educacao-infantil.htm

1 de ago. de 2011

Vale a pena conferir - INSERÇÃO DE VALORES HUMANOS NOS CURRÍCULOS ESCOLARES


INSERÇÃO DE VALORES HUMANOS nos currículos escolares

Estamos vivendo um momento importante que pode ser o marco inicial para mudanças estruturais em nosso país, embora a médio e longo prazo.
O tempo passa, os anos se sucedem, reacendendo esperanças nos corações, mas tudo continua como antes, porque mudam-se os atores em cena, mas a mentalidade permanece a mesma já que os valores não mudaram, permeados como se encontram por desonestidade, violência, injustiça, corrupção desenfreada, falta de ética, de respeito, pelo "dar-se bem", etc., mantendo o país mergulhado nessa situação que, além de vergonhosa, gera muito sofrimento a milhões de pessoas.

Qual seria então, a solução?
Mudar a mentalidade vigente.

Isto pode ser feito começando-se a ensinar Valores Humanos, ou seja, honestidade, não violência, ética, justiça, verdade, solidariedade, afetividade, respeito, etc., às novas gerações, por serem as mais acessíveis e por poderem receber esses ensinamentos através dos professores, em sala de aula. Serão mudanças lentas, mas de forma sistemática e progressiva.

A oportunidade é agora, porque o Conselho Nacional de Educação – CNE está promovendo um louvável debate, em nível nacional, visando inserir a disciplina Direitos Humanos nos currículos escolares do ensino básico e superior.

Este é o momento, portanto, de ser pleiteada a inclusão do ensino de Valores Humanos, nesse debate.
O ensino de Direitos Humanos, mesmo sendo muito importante, não alcança a essência das necessidades educativas do ser humano. Informa, mas não forma o caráter.
Já, o aprendizado de Valores Humanos gera transformações interiores, criando alicerces mais sólidos a se refletirem nas atitudes. É recurso único para formar cidadãos que poderão vir a realizar uma sociedade mais pacífica, mais justa e mais feliz.
 O ensino de Valores Humanos em todas as escolas do país será uma ação a frutificar em médio e longo prazo, mas de forma sistemática e progressiva. Não dará mais despesas à nação, e é de fácil implementação pelas escolas, posto que já existem excelentes conteúdos, inteiramente gratuitos (via Internet) para o ensino desses valores em sala de aula.
Pensemos na importância das crianças e dos jovens estarem recebendo diuturnamente ensinamentos sobre Valores Humanos, aprendendo também a olhar o outro com um olhar de acolhimento, de paz, que são os fundamentos da não violência, e a admirar e a amar a natureza e a vida, em todas as suas expressões.
Nosso país está precisando urgentemente dessas MUDANÇAS na mentalidade vigente, se quisermos um futuro melhor para nós e para nossos descendentes.
Se concorda com o exposto, pedimos que colabore da forma como lhe for possível.
Pode fazê-lo da maneira mais simples, divulgando esta a seus contatos e enviando o texto para os jornais de sua cidade, difundindo a idéia.
Mas pode atuar de forma bem mais produtiva, levando-a a alguém que possa influir junto aos que têm poder de decisão nessa questão, ou seja: membros do Conselho Nacional de Educação (CNE), da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, do Comitê Nacional de Educação em Direitos Humanos, de Secretários Estaduais de Educação, políticos, etc..
Pode ainda levá-la a dirigentes de escolas, a secretarias de educação, etc., que poderão adotar o ensino desses valores em sala de aula, mesmo sem estarem ainda incluídos nos currículos oficiais.
Quanto maior o número de pessoas que divulguem este movimento, que falem com aqueles que podem decidir essa questão, que enviem e-mails a seus contatos... maiores serão as possibilidades de conseguirmos a inclusão do ensino de Valores Humanos nos currículos escolares.
A sua colaboração pode ser fundamental para que esta campanha possa vir a se transformar num grande movimento a desencadear um processo de mudanças estruturais em nosso país.

Atenciosamente,

Equipe do Projeto Sócio-Educativo Cinco Minutos de Valores Humanos para a Escola, disponibilizado gratuitamente pela Internet:
Tel. 85 3249-6812


22 de jul. de 2011

Gratidão

Uma linda mensagem para a gente refletir!
Gratidão
O homem, por detrás do balcão olhava a rua de forma distraída. Uma garotinha se aproximou da loja e apertou o narizinho contra o vidro da vitrine.
Os olhos da cor do céu brilharam quando ela viu determinado objeto.
Entrou na loja e pediu para ver o colar de turquesas azuis. É para minha irmã. Pode fazer um pacote bem bonito?
O dono da loja olhou desconfiado para a garotinha e lhe perguntou: Quanto dinheiro você tem?
Sem hesitar, ela tirou do bolso da saia um lenço todo amarradinho e foi desfazendo os nós. Colocou-o sobre o balcão e feliz, disse: Isto dá, não dá?
Eram apenas algumas moedas, que ela exibia orgulhosa.
Sabe, eu quero dar este colar azul para a minha irmã mais velha. Desde que morreu nossa mãe, ela cuida da gente e não tem tempo para ela. É seu aniversário e tenho certeza que ela ficará feliz com o colar que é da cor dos olhos dela.
O homem foi para o interior da loja, colocou o colar em um estojo, embrulhou com um vistoso papel vermelho e fez um laço caprichado com uma fita verde.
Tome, leve com cuidado.
Ela saiu feliz, saltitando rua abaixo.
Ainda não acabara o dia quando uma linda jovem de cabelos loiros e longos e maravilhosos olhos azuis, adentrou a loja.
Colocou sobre o balcão o já conhecido embrulho desfeito e perguntou:
Este colar foi comprado aqui?
Sim, senhora.
E quanto custou?
Ah!, falou o homem, o preço de qualquer produto da minha loja é sempre um assunto confidencial entre o vendedor e o cliente.
A moça continuou: Mas minha irmã tinha somente algumas moedas. O colar é verdadeiro, não é? Ela não teria dinheiro para pagá-lo!
O homem tomou o estojo, refez o embrulho com extremo carinho, colocou a fita e devolveu à jovem dizendo: Ela pagou o preço mais alto que qualquer pessoa pode pagar. Ela deu tudo o que tinha.
O silêncio encheu a pequena loja, e duas lágrimas rolaram pelas faces jovens, enquanto suas mãos tomavam o embrulho e ela retornava ao lar, emocionada.
*   *   *
Verdadeira doação é dar-se por inteiro, sem restrições. Gratidão de quem ama não coloca limites para os gestos de ternura.
E gratidão é sempre manifestação dos Espíritos que têm riqueza de emoções e altruísmo.
Sê sempre grato, mas não espere pelo reconhecimento de ninguém.
A gratidão é dever que não aquece apenas quem a recebe, mas também reconforta quem a oferece.
 Redação do Momento Espírita com base no texto O colar de turquesas azuis, do livro Remotos cânticos de Belém, de Wallace Leal Rodrigues, ed. O Clarim.
Disponível no CD Momento Espírita, v. 2, ed. Fep.
Em 14.07.2011.

10 de jul. de 2011

Flores são Vermelhas


Flores são Vermelhas
No primeiro dia de escola do pequeno menino
ele pegou alguns lápis coloridos e começou a desenhar
e ele coloriu o papel inteirinho
porque é assim que ele via as cores
Mas chegou a professora e disse...
O que é que você está fazendo meu rapaz
estou pintando as flores; disse ele
ela disse... Isso não é hora para artes menino
e além do mais, flores são vermelhas e verdes
existe um tempo definido para tudo meu rapaz
e também um jeito certo das coisas serem feitas
você precisa ter respeito pelos outros
porque não é o único

E ela disse...
Flores são vermelhas meu rapaz
folhas são verdes
não existe porque ver as flores de outra forma
além do jeito que elas sempre foram vistas

Mas o pequeno menino disse...
Existem tantas cores no arco íris
tantas cores no sol da manhã
tantas cores em cada flor e eu vejo todas elas

Pois bem, disse a professora...
Você é um respondão
existem jeitos como as coisas são
e você vai pintar do jeito que elas são
então repita...
E ela disse...
Flores são vermelhas meu rapaz
folhas são verdes
não existe porque ver as flores de outra forma
além do jeito que elas sempre foram vistas

Mas o menino disse...
Existem tantas cores no arco íris
tantas cores no sol da manhã
tantas cores em cada flor e eu vejo todas elas

A professora pôs ele de castigo
ela disse... Isso é para seu próprio bem
e você não vai sair daí enquanto não aprender
e dar suas respostas do jeito que elas devem ser
Então ele começou a sentir-se sozinho
pensamentos amedrontantes encheram sua cabeça
e então ele foi até a professora
e então foi isso que ele disse... E ele disse

Flores são vermelhas, folhas são verdes
não existe porque ver as flores de outra forma
além do jeito que elas sempre foram vistas

O tempo passou como sempre acontece
e eles mudaram de cidade
e aquele pequeno menino foi para outra escola
e isso foi o que ele encontrou
uma professora sorrindo
ela disse... Pintar tem que ser divertido
e existem tantas cores numa flor
então, vamos usar todas elas

Mas o pequeno menino pintou flores
em ordenadas fileiras de verde e vermelho
e então a professora perguntou porquê
isto foi o que ele disse... E ele disse
flores são vermelhas, folhas são verdes
não existe porque ver as flores de outra forma
além do jeito que elas sempre foram vistas
Agradecimentos sinceros à querida aluna Tamma, primeiro período do curso normal por ter me relembrado essa historinha.  

7 de jul. de 2011

A matemática da vida em Fukushima

Vale a pena ler essa lição de vida e abnegação
 A matemática da vida em Fukushima
Há no Japão um grupo de 200 aposentados, em sua maioria engenheiros, que se oferece para substituir trabalhadores mais jovens num perigoso trabalho: a manutenção da usina nuclear de Fukushima, que foi seriamente afetada pelo grande terremoto de três meses atrás. Os reparos envolvem altos níveis de radioatividade cancerígena.

Em entrevista à BBC, o voluntário Yasuteru Yamada, que tem 72 anos e negocia com o reticente governo japonês e a companhia, usa uma lógica tão simples quanto assombrosa.

"Em média, devo viver mais uns 15 anos. Já um câncer vindo da radiação levaria de 20 a 30 anos para surgir. Logo, nós que somos mais velhos temos menos risco de desenvolver câncer", afirma Yamada.

É arrepiante. Na contramão do individualismo atual - e lidando de uma maneira absolutamente realista em relação à vida e à morte -, sexagenários e septuagenários querem dar uma última contribuição: ser úteis em seus últimos anos e permitir que alguns jovens possam chegar às idades deles com saúde e disposição semelhantes.

O que mais impressiona em toda a história é a matemática da vida. A morte não é para eles um problema a ser solucionado - ou talvez corrigido, pela hipótese mística da vida eterna que medicina e biologia tentam encampar e da qual as revistas de boa saúde tentam nos convencer; a morte é, de fato, a constante da equação.

Nada que o mundo ocidental não conheça. O filósofo alemão Georg Friedrich Hegel (1770-1831) certa vez definiu "mestre" como alguém desapegado da vida a ponto de enfrentar a morte, enquanto "servo" seria um escravo do desejo de continuar vivo - e que obedeceria mais às regras que lhe garantissem a sobrevida. Em consequência, o servo anula sua vontade de transformar o mundo e a si mesmo.

Criados numa sociedade de consumo, corremos o risco de levar essa escravidão às últimas, defendendo a boa saúde e os confortos com muito mais afinco do que aquilo que podemos fazer por nós e pelos outros enquanto ainda gozamos dela.

Os senhores do Japão ensinam que a morte é a hora em que podemos continuar a existir na memória das pessoas - uma oportunidade que, para mim, eles não perdem mais.

6 de jul. de 2011

Resumo Crítico de Pedagogia da Autonomia

Resumo Crítico do livro 'Pedagogia da Autonomia', de Paulo Freire



Semíramis Alencar


1. Introdução
Pedagogia da autonomia do professor Paulo Freire relata propostas de práticas pedagógicas necessárias a educação como forma de proporcionar a autonomia de ser dos educandos respeitando sua cultura, seu conhecimento empírico e sua maneira de entender o mundo que o cerca.
Paulo Freire ressaltou que a temática abordada neste livro foi uma constante preocupação ao longo de sua vida como educador. Esta obra é um condensado de pensamentos defendidos em seus outros livros, que visam a integração do ser humano e a constante procura de novas técnicas que valorizarão a curiosidade ingênua e crítica, se transformando em epistemológica. Condena a rigorosidade ética a que se curva aos interesses capitalistas e neoliberalistas, que excluem do processo de socialização, os esfarrapados do mundo.
Como aspecto principal de sua abordagem pedagógica, constata que "formar" é muito mais que treinar o educando no desempenho das tarefas; Chama a atenção dos educadores formados ou em formação à responsabilidade ética, elucidando-os na arte de conduzir seres à reflexão crítica de suas realidades.
Destaca valores como simplicidade, humanitarismo, esperança e bom senso: aspectos distantes da sociedade atual, onde o capitalismo impera conduzindo as massas ao consumismo desenfreado e a alienação coletiva pelos meios de comunicação. O abandono educacional em que vivem nossas escolas, prende-nas a táticas de ensino ultrapassadas e desconexas.
Propõe uma humanização do professor enquanto mentor e guia no processo educativo-social, conscientizando os educandos de todas as camadas sociais, sobretudo as de baixa renda, das manipulações políticas que as mantêm sob seu jugo.
Esta obra se faz imprescindível à condução do corpo discente em prol de uma sociedade mais justa e de valores igualitários; na formação crítica de professores que, além de educar, estarão conscientizando e orientando os futuros cidadãos.
2. Resumo de Pedagogia da Autonomia
O interesse geral desta obra é fornecer saberes necessários a prática educativa de professores formados ou em formação, mesmo que alguns destes professores não sejam críticos ou progressistas porque são pontos aprovados pela prática, não considerando posições políticas. Cabe ao professor observar qual prática é apropriada para sua comunidade.
Os conteúdos devem ser o mais claros e assimiláveis possíveis lembrando-se do primeiro saber: ensinar não é transmitir conhecimento, nem tampouco amoldar o educando num corpo indeciso e acomodado, mas criar as possibilidades para sua produção ou construção. Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender.
O educador democrático trabalha com os educandos a rigorosidade metódica com que devem se aproximar dos objetos cognoscíveis. Ensinar não se esgota no tratamento do objeto ou do conteúdo, todavia se alonga à produção de condições em que aprender criticamente é possível, exigindo a presença de educadores e educandos criativos, investigadores e inquietos, rigorosamente curiosos, humildes e persistentes. Nas condições de verdadeira aprendizagem os educandos e educadores vão se transformando em reais sujeitos da construção e reconstrução do saber ensinado.
Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. E cabe ao professor continuar pesquisando para que seu ensino seja propício ao debate e a novos questionamentos. A pesquisa se faz importante também, pois nela se cria o estímulo e o respeito à capacidade criadora do educando.
A escola e os professores precisam respeitar os saberes dos educandos e sempre que possível, trabalhar seu conhecimento empírico, sua experiência anterior. Aconselha-se a discussão sobre os problemas sociais que as comunidades carentes enfrentam e a desigualdade que as cercam.
As novas descobertas, teorias precisam ser debatidas e aceitas mesmo que parcialmente, contudo é importante que se preserve, de alguma forma, o velho, as formas tradicionais de educação. É condenada qualquer forma de discriminação, racial, política, religiosa, de classe social, pois a discriminação nega radicalmente a democracia e fere a dignidade do ser humano. Qualquer discriminação é imoral e lutar contra ela é um dever por mais que se reconheça a força dos condicionamentos a enfrentar.
Quanto ao reconhecimento da identidade cultural, o respeito é absolutamente fundamental na prática educativa progressista. Um simples gesto do professor representa muito na vida de um aluno. O que pode ser considerado um gesto insignificante pode valer como força formadora para o desenvolvimento intelectual e acadêmico do educando. O professor que pensa certo deixa transparecer aos educandos que a beleza de se estar no mundo é a capacidade de perceber que intervindo no mundo ele conhecerá e transformará o mundo. Portanto, ensinar exige bom senso, uma vez que, deve-se observar o quão coerente coeso os educadores estão sendo ao cobrar os conteúdos das suas disciplina. O exercício ou a educação do bom senso vai superando o que há nele de instintivo na avaliação que fazemos.
O professor que desrespeita a curiosidade do educando, seu gosto estético, sua linguagem, sua sintaxe e prosódia; o professor que ironiza o aluno, que o minimiza entre outras ofensas em prol da ordem em sala de aula, transgride os princípios fundamentais éticos de nossa existência e esta transgressão jamais poderá ser vista ou entendida como virtude, mas como ruptura com a decência.
Conseqüentemente a este processo, o educando deve ser educado de forma a lutar pelos direitos dos professores, apoiando sua luta por salários mais justos e respeito por sua profissão. Os órgãos da classe deveriam priorizar o empenho da formação permanente dos quadros do magistério como tarefa altamente política e repensar a prática das greves, inventando uma nova maneira de lutar que seja mais eficaz. A luta dos professores pela dignidade de sua função, não só é democraticamente importante, bem como pode ser interpretada como uma prática ética.
Quanto às comunidades carentes, a mudança é difícil, mas é possível. Baseando-se neste saber fundamental, é que a ação político-pedagógica será programada, com alegria e esperança, respeito e conscientização. Não obviamente impondo a população expoliada e sofrida que se rebele, que se mobilize ou se organize para se defender. Trata-se de desafiar os grupos populares para que percebam a violência e a profunda injustiça que caracterizam sua situação. Desta forma, a educação se faz presente como forma de intervir no mundo.
Sendo uma especificidade humana, o ato de educar exige segurança, competência profissional, comprometimento e generosidade. O professor que não leva a sério sua formação, que não estuda, nem se aprimora, não tem força moral para coordenar as atividades de sua classe. Todavia, há professores cientificamente preparados, mas autoritários e arrogantes, ou seja, a incompetência profissional desqualifica a autoridade do professor. A autoridade coerentemente democrática quer de si mesma, quer do educando, para a construção de um clima de real disciplina, jamais minimiza a liberdade. Está convicta de que a disciplina verdadeira não existe na estagnação, mas no alvoroço dos inquietos, na dúvida que os instiga e na esperança que os desperta.
3. Conclusão
Pedagogia da autonomia é uma obra que condensa os saberes necessários e indispensáveis à uma prática educativa coerente com os padrões éticos que regem a sociedade. Paulo Freire ao estruturar este livro levou em consideração as próprias experiências como educador em comunidades carentes.
É uma obra de cunho sociológico, pois aplica as práticas docentes e os métodos didáticos às comunidades de baixa renda. Analisa imparcialmente as questões professor-aluno, conteúdos disciplinares, vivência comunitária e o papel da família no processo pedagógico, posicionando-se de forma coesa, visando o progresso à médio prazo e pelas próprias comunidades.
Aconselha que os educadores se posicionem criticamente, questionando, orientando e incentivando aos educandos a pensar e reivindicar seus direitos, influindo na sociedade. Todavia sugere que ao assumir este compromisso, o educador o assuma com ética, amor e alegria por ensinar, porque será das crianças que educamos hoje que partirão as mudanças que renovarão a sociedade brasileira.
É com este paradigma, na visão de Paulo Freire, que o Brasil adentrou o terceiro milênio em busca de sua identidade sócio-cultural. As diretrizes e bases da lei de Darcy Ribeiro são apenas o ideário disciplinar das relações entre docentes e discentes de boa vontade: sem abordar as causas sociais do país, deste grande brasileiro chamado Paulo Freire, o país de todos nós, bem como o de Darcy Ribeiro, retardará, seu alardeado e pouco desenvolvido benefício de ser (ou estarmos), Brasil, um país de mestiços.

Publicado inicialmente em 
http://www.orecado.org/2004/02/resumo-critico-do-livro-pedagogia-da-autonomia-de-paulo-freire/ 

17 de jun. de 2011

Para Refletir:. TÁ RECLAMANDO DE QUÊ ?


Muito pertinente pois tenho visto essa situação se repetir constantemente - quem não dá um "jeitinho "pro outro é sempre o imprestável, o estraga prazeres e o "linha dura"

-



 Brasileiro reclama de quê, afinal?

E é a mais pura verdade, isso que é o pior! Então sugiro adotarmos uma mudança de comportamento, começando por nós mesmos, onde for necessário!

Vamos dar o bom exemplo!
Espalhe essa idéia!

"Fala-se tanto da necessidade deixar um planeta melhor para os nossos filhos e esquece-se da urgência de deixarmos filhos melhores (educados, honestos, dignos, éticos, responsáveis) para o nosso planeta, através dos nossos exemplos...."

 

"Tá Reclamando de quê?"
Reclamando do Lula? do Serra? da Dilma? do Arrruda? do Sarney? do Collor? do Renan? do Palocci?  do Delubio? Da Roseanne Sarney? do Jdader Barbalho, Dos politicos distritais de Brasilia, do Jucá, do Kassab, dos mais 300 picaretas do Congresso?

Brasileiro reclama de quê?

O Brasileiro é assim:

A- Coloca nome em trabalho que não fez.


B- Coloca nome de colega que faltou em lista de presença.

C- Paga para alguém fazer seus trabalhos.

1. - Saqueia cargas de veículos acidentados nas estradas.

2. - Estaciona nas calçadas, muitas vezes debaixo de placas proibitivas.

3. - Suborna ou tenta subornar quando é pego cometendo infração.

4. - Troca voto por qualquer coisa: areia, cimento, tijolo, e até dentadura.

5. - Fala no celular enquanto dirige.

6. - Usa o telefone da empresa onde trabalha para ligar para o celular dos amigos (me dá um toque que eu retorno...) - assim o amigo não gasta nada.

7. - Trafega pela direita nos acostamentos num congestionamento.

8. - Para em filas duplas, triplas, em frente às escolas.

9. - Viola a lei do silêncio.

10. - Dirige após consumir bebida alcoólica.

11. - Fura filas nos bancos, utilizando-se das mais esfarrapadas desculpas.


12. - Espalha churrasqueira, mesas, nas calçadas.

13. - Pega atestado médico sem estar doente, só para faltar ao trabalho.

14. - Faz "gato"
 de luz, de água e de tv a cabo.

15. - Registra imóveis no cartório num valor abaixo do comprado, muitas vezes irrisórios, só para pagar menos impostos.

16. - Compra recibo para abater na declaração de renda para pagar menos imposto.

17. - Muda a cor da pele para ingressar na universidade através do sistema de cotas.

18. - Quando viaja a serviço pela empresa, se o almoço custou 10, pede nota fiscal de 20.

19. - Comercializa objetos doados nessas campanhas de catástrofes.

20. - Estaciona em vagas exclusivas para deficientes.

21. - Adultera o velocímetro do carro para vendê-lo como se
fosse pouco rodado.

22. - Compra produtos pirata com a plena consciência de que são pirata.

23. - Substitui o catalisador do carro por um que só tem a casca.

24. - Diminui a idade do filho para que este passe por baixo da roleta do ônibus, sem pagar passagem.

25. - Emplaca o carro fora do seu domicílio para pagar menos IPVA.

26. - Frequenta os caça-níqueis e faz uma fezinha no jogo de bicho.

27. - Leva das empresas onde trabalha, pequenos objetos, como clipes, envelopes, canetas, lápis... como se isso não fosse roubo.

28. - Comercializa os vales-transporte e vales-refeição que recebe das empresas onde trabalha.

29. - Falsifica tudo, tudo mesmo... só não falsifica aquilo que ainda não foi inventado.

30. - Quando volta do exterior, nunca diz a verdade quando o fiscal aduaneiro pergunta o que traz na bagagem.

31. - Quando encontra algum objeto perdido, na maioria das vezes não devolve.


E quer que os políticos sejam honestos....

Escandaliza-se com o mensalão, o dinheiro na cueca, a farra  das passagens aéreas...


Esses políticos que aí estão saíram do meio desse mesmo povo, ou não?




 

 


 



2 de jun. de 2011

Aula 8 - Educação e Mudança Social

Aula 8 - Educação e Mudança Social 

A mudança é inevitável. Ela está intimamente ligada a história e não há como se desvencilhar dela. Há os que tentam retê-la, coibir ou retroceder os parâmetros comportamentais, mas a história avança. Haverá períodos de mudanças lentos ou mais rápidos, mudanças mais ou menos bruscas, grupos fechados ou abertos, abertos ou não à essas mudanças, porém no final, mesmo que não haja uma ruptura com padrões, normas e pressupostos, ela avança progressivamente, conservando na situação atual resquícios das situações anteriores.

Assim, em plena era capitalista ainda conservamos elementos medievais, relações feudais: a organização em salas, em fileiras de carteiras, o professor que só ensina e o aluno que só aprende... etc.
A educação escolar pode atuar historicamente promovendo ações de mudanças internas e externas da escola como pode se voltar contra a História, transformando-se em eficaz instrumento de conservação da situação vigente. Dessa forma a história avançará mesmo sem a escola e esta caminhará à reboque da história.
O que se observa é que na mesma escola coexistem parelhados aos motivos sociais, processos de controle social e processos de mudança social, prevalecendo ora uns, ora outros.
Entre os processos que contribuem para a mudança social e que podem ser vivenciados na escola, encontramos a descoberta, a invenção, a visão de conjunto, a espontaneidade, a liberdade e a participação.


1. A descoberta

É o aprofundamento em algum conhecimento que já existe. Na escola, os alunos entram em contato com conhecimentos já existentes, patrimônio cultural da humanidade e que até então era ignorado por eles. Por essa mesma razão esses conhecimentos podem consistir em verdadeiras descobertas para esses educandos se trabalhados de forma investigativa, prática, de forma que percorram os caminhos dos descobridores, do cientista, etc. A redescoberta desses conhecimentos possibilitam uma compreensão aprofundada desses processos – uma ida ao observatório, num microscópio, através de instrumentos de aferição do clima, das distâncias, das direções, num laboratório manipulando elementos, enfim tornando a aquisição do conhecimento em algo palpável e real, pelo menos próximo da realidade.


A redescoberta da realidade

A redescoberta pode abranger tanto o estudo das coisas quanto o dos grupos e pessoas. Encontramos certa facilidade ao lidarmos com as disciplinas ciências e geografia. É de grande importância o contato do aluno com minerais, vegetais e que vivenciem situações em locais onde poderão completar seu raciocínio e não apenas através de ilustrações ou descrições. O ideal seria promover nas escolas hortas, pomares, viveiros, jardins ou aquários para que vivenciassem a aprendizagem ao vivo. O aluno descobrirá observando, vendo, tocando, plantando, acompanhando o crescimento e o ciclo de cada atividade e não apenas lendo e decorando. Esse procedimento de redescoberta deveria nortear o trabalho de cada professor da educação infantil e da primeira fase do ensino fundamental, quando a criança, segundo Piaget, encontra-se na fase das operações concretas. Assim, prima-se pelo diálogo, pelo respeito às novas idéias, pelo debate em nome de se alcançar novas respostas e partilhar saberes, de forma a conhecer e compreender os pontos de vista do outro – educados para redescobrir e transformar a sociedade em que vivem, estarão preparados para participar da construção de uma sociedade mais justa.


2- A invenção

É o resultado da combinação entre os conhecimentos já existentes com o objetivo de se obter um novo produto.
A maior parte das invenções ocorre fora do cotidiano escolar, entretanto a escola pode e deve contribuir para incentivar a criatividade e estimular a inventividade do aluno, contribuindo significativamente para o processo de mudança social.


Como incentivar o aluno a desenvolver a inventividade:

· Propor exercícios em que os alunos devem mencionar o maior número possível de usos para um mesmo objeto (tijolo, cimento, caneta, papel, lápis) em determinado tempo (2 minutos)
· Escrever o maior número possível de objetos de uma determinada cor, com tempo determinado.
· Incentivar brincadeiras como adedanha, nas quais são possíveis relacionar numa lista de objetos, características humanas, cores, frutas, veículos, etc com a mesma letra escolhida.
· Descrever objetos depois de observados por algum tempo (descrição de plantas, frutas, pinturas, paisagens, imagens, etc.)
· Descrever objetos de olhos vendados, os manipulando a fim de sentir a textura, a forma, o peso e a sensação.
· Elaborar planos de sobrevivência em situações extremas e diversas (deserto, selva, ilha deserta, com salário mínimo, etc.) com apenas alguns meios disponíveis.
· Um aluno começar uma história cada aluno dar continuidade até o final.
· Dar título a uma história
· Elaborar modelos de organização social, envolvendo a distribuição das terras, da renda, o trabalho, a alimentação, a saúde, a educação, etc.
· Fazer jogos de montagem – montagem de fotos, painel, quebra cabeças, mosaico, etc.
· Desenvolver o mural da turma com as principais atividades desenvolvidas na sala de aula – varal de idéias – mural de recados – avisos.
· Criar um jornal da classe, um informativo mensal ou bimestral das atividades da turma com pensamentos, novas idéias, dicas de saúde, lazer e estudo.
· Criar nova distribuição dos móveis da sala, carteiras, quadros, mesas, armário, etc.
· Discutir sobre problemas existentes na comunidade, no país e no mundo permitindo que cada aluno expresse sua opinião e ofereça suas soluções.
· Simular situações em que o aluno deva tomar decisões como: presidente, prefeito, policial, médico, advogado, promotor, agricultor, professor, etc.
· Possibilitar aos alunos dar sugestões sobre mudanças nos métodos de trabalho na sala de aula, nas avaliações, no estudo das matérias, etc.
· Realizar visitas em bairros distantes e comunidades rurais do município a fim de conhecer diferentes realidades e formar visões de conjunto mais abrangentes.

Quanto menos repetitivas e mais inventivas as atividades escolares, tanto mais a educação estará contribuindo para formar pessoas dispostas a colaborar para a mudança social, para superação de situações injustas.


3-Visão de Conjunto

Escola e comunidade não devem ser vistas isoladamente, mas interagindo e atuando em conjunto para a formação de novas gerações.
A escola será tanto ou mais eficiente quanto mais ela estiver aberta as condições do país e do mundo em que vivemos.
O interesse pelos problemas sociais atuais que afligem a humanidade não poderá deixar de existir dentro da escola,
na medida em que esta pretender formar pessoas para atuarem de forma construtiva na solução desses problemas.
A escola também pode contribuir para a superação da segregação entre as pessoas, para a compreensão da pessoa, qualquer que seja, como princípio e fim das atividades humanas, solidariedade por melhores condições de vida. Á escola cabe também o importante papel na superação das posições dogmáticas, de quem se julga dono da verdade.
A visão de conjunto permite compreender que o mesmo fato pode ser visto sob vários pontos de vista, de diversas perspectivas, todas possíveis e viáveis. O aluno deverá ser estimulado a desenvolver a compreensão e a tolerância em relação a posições e pontos de vista alheios.
Quando um professor quando vai trabalhar numa comunidade que não é a sua, surge a necessidade de que ele compreenda a realidade diferente dos alunos.
O professor pode e deve trazer o conhecimento de outras realidades aos alunos, como um intercâmbio cultural, a fim de formar pessoas abertas e tolerantes com uma visão de conjunto integrada, útil ao domínio e à utilização do conhecimento.

4- Espontaneidade – O comportamento em sala quando é controlado e rígido num sistema de recompensa e punição, inibe o comportamento espontâneo, gratuito e que abre campo para a criatividade mais segura.

5- Liberdade – A liberdade não se ensina como matéria escolar, se aprende como consciência e na prática diária. A liberdade desenvolve um clima de respeito entre os pontos de vista e sentimento de livre expressão para aprender, escrever e criar.

6- Participação – O aluno deve ser estimulado a participar das aulas, do que ocorre em sala e fora dela, permitindo o aluno contribuir na escolha de assuntos e métodos de trabalho.

18 de mai. de 2011

Passaram do limite

Falar certo é coisa da "elite"...
 
 
Livro didático de língua portuguesa adotado pelo MEC (Ministério da Educação) ensina aluno do Ensino Fundamental a usar a "norma popular da língua portuguesa". Para explicar melhor: o livro estimula os alunos a falar errado, sem  constrangimento que seria tachado como "preconceito".

Nada melhor do que o comentário de Reinaldo Azevedo, que já sai criticando o nome do livro. Ele diz o que é indiscutível tanto pelo MEC, pelos autores da obscenidade linguística, pelo governo ou por seus alucinados simpatizantes.  Diz Reinaldo de Azevedo que  "Por Uma Vida Melhor" pode ser título de livro de medicina, de religião e de autoajuda, mas não de língua.   //veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/livro-didatico-faz-a-apologia-do-erro-exponho-a-essencia-da-picaretagem-teorica-e-da-malvadeza-dessa-gente/
Augusto Nunes também expõe sua opinião sobre o que classificou como assassinato a sangue frio da gramática, da ortografia e da lucidez, provocado pela professora Heloísa Ramos. Perplexa e "ofendida", uma das autoras do livro, a professora Heloísa Ramos, declarou que a intenção era deixar os alunos à vontade por conhecer apenas a linguagem popular, e não ensinar errado.  Isso é que é boa intenção: deixar o aluno bem à vontade para falar errado.://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/tag/heloisa-ramos/
Os autores, que deveriam ser presos por crime à língua de seu país, ainda se dão o direito de usar frases como "os livro ilustrado mais interessante estão emprestado", "nós pega o peixe" ou "os menino pega o peixe". Alegam que não há erros pois "só o fato de haver a palavra "os" no plural já indica que se trata de mais de um livro".

Alega esse atentado cultural que o estudante pode correr o risco "de ser vítima de preconceito linguístico"  caso não use a norma culta.  Engano! Vítima de preconceito - mais do que merecido - seria um Ministério da Cultura como esse que nós temos e um governo baseado na falta de instrução, usada como se fosse uma virtude  (frases no final da página).  Com ou sem livro destinado à "analfabetagem", ao menos da minha parte sempre sofrerão preconceito toda vez que entupirem meus ouvidos com erros gramaticais mais básicos.  Não por sua ignorância, mas pela escolha de um governo que pretende mantê-los cada vez mais ignorantes.

Ao defender "o uso da língua popular", os autores afirmam que a imposição de normas linguísticas cultas (?)  não levam em consideração a chamada "língua viva".  Deve estar se referindo àquela língua que vive nas ruas, nas favelas, no meio de quem não teve acesso à instrução por culpa principalmente do governo, que prefere os ignorantes que são mais facilmente domáveis.

O MEC disse ainda que a escola deve propiciar aos alunos jovens e adultos um ambiente acolhedor no qual suas variedades linguísticas sejam valorizadas e respeitadas, para que os alunos tenham segurança para expressar a "sua voz".  De fato, não existe nada mais acolhedor.  Não para os alunos, mas para um governo PTista.

***

Para comemorar a distribuição do livro anticultura distribuído pelo Ministério da "Cultura" do governo PTista aos aluno brasileru, abaixo algumas frases de L.I.,  bem de acordo com a  realidade cultural do País:
 
• "Eu gostaria de ter estudado latim, assim eu poderia me comunicar melhor com o povo da América Latina" - Brasília, 2003 (deveria ter nascido mudo).

• "A grande maioria de nossas importações vem de fora do país." - Brasilia, 2003

• "Se não tivermos sucesso, corremos o risco de fracassarmos." - Cuba, 2005

• "O Holocausto foi um período obsceno na História da nossa nação. Quero dizer, na História deste século. Mas todos vivemos neste século. Eu não vivi nesse século." - Davos, 2006

• "Uma palavra resume provavelmente a responsabilidade de qualquer governante. E essa palavra é "estar preparado". - Brasília, 2002

• "O futuro será melhor amanhã." - Rio de Janeiro, 2004

• "Eu mantenho todas as declarações erradas que fiz." (dessa vez, disse a verdade) - Porto Alegre, 2004

• Nós estamos preparados para qualquer imprevisto que possa ocorrer ou não." - Goiania, 2004

o "Não é a poluição que está prejudicando o meio-ambiente. São as impurezas no ar e na água que fazem isso." - São Paulo, 2006

o É tempo para a raça humana entrar no sistema solar." - Brasília, 2007

o "Ninguém é culpado pelo desmatamento da Amazônia."

"Minha mãe nasceu analfabeta." - Garanhuns, 2005
 


"Cultura  é  coisa  da  elite".

QUE GENTE TÃO INDECENTE!
 
Acrescento minha opinião e envio, consternadamente, a vocês:

Pois é, e assim continuamos produzindo outro tipo de cidadão que não terá acesso aos melhores postos de trabalho, que continuará contido em sua comunidade  a fazer parte de um grupo social pertencente a "quase outra nação" (vide o crime organizado!). As criaturas que idealizaram esta barbaridade ainda não entenderam que respeito à cultura dos outros não significa nivelar por baixo, não significa ensinar errado, não significa abdicar da linguagem culta ou promover o enterro da gramática da língua portuguesa. Vamos deixar de ser medíocres, sofismáticos, populistas (combinação de plebeísmo, autoritarismo e dominação carismática. Epa, olha a zelite aí gente!).
Perplexa e ofendida ela vai ficar quando chegar o "produto" desta educação chegar na porta dela e comunicar: - Ô minha tia, tô no trampo da família, eu e a mina, tua filha, nóis vai casá. Si liga! 

11 de mai. de 2011

AULA 7 - A EDUCAÇÃO FORA E DENTRO DA ESCOLA

 AULA 7 - A EDUCAÇÃO FORA E DENTRO DA ESCOLA

A educação nos acompanha ao longo da vida, uma vez que estamos sempre aprendendo coisas novas e reavaliando nossos conhecimentos.

Entretanto, na infância esse processo educativo torna-se mais intenso de forma a proporcionar ao indivíduo experiências físicas, intelectuais , emocionais e sociais para que se torne um ser social, um ser humano.
A educação ocorre em todos os ambientes pelos quais a criança passa, desde que haja pessoas maiores que elas ou adultas, cujos padrões de comportamento a criança é levada a assimilar.


1 – Caráter Social da Educação
Segundo Durkheim:
"A educação é ação exercida, pelas gerações adultas, sobre as gerações que não se encontram ainda preparadas para a vida social; tem por objeto suscitar e desenvolver na criança certo número de estados físicos, intelectuais e morais, reclamados pela sociedade política, ou no seu conjunto, e pelo meio especial a que a criança particularmente, se destine." (Durkheim, Èmile. Educação e Sociologia. SP, 1978)
Portanto, podemos dizer que a educação é, ao mesmo tempo, múltipla e uma.
A educação consiste na socialização metódica das novas gerações.


Aspectos Múltiplo e Uno da Educação
A educação não é a mesma em todos os tempos e em todas as partes. Não é uma atividade estática. Para as diversas sociedades, épocas históricas há diferentes tipos de educação e diferentes ideais educativos, ou seja, não há uma educação universal e única.
Idade Antiga - Iniciada com o surgimento da escrita, durou até a invasão do Império Romano Ocidental pelos bárbaros, em 476 d.C.

· Atenas – A educação visava formar espíritos prudentes, sutis, harmônicos, adoradores do belo e das artes: a música, a escultura, as danças, o teatro, permeados pela matemática e a filosofia como forma de aproveitar os prazeres da vida.

· Roma – Homens de ação, de cálculo, a honra e a glória pelo militarismo e a política como forma de dominação, a supremacia pela inteligência e pela força, conquistas bélicas.
Idade Média – Seu início deu-se com o fim do Império Romano Ocidental e seu término foi caracterizado pela invasão dos turcos a Constantinopla, em 1453.
A Educação cristã, basicamente focada para a compreensão das escrituras, conduzida pelo temor a Deus; forma de se alcançar a santidade – seminários, conventos – libertação dos pecados e dominação política pela Igreja.



Iluminismo/ Humanismo/Renascimento – A ciência e as artes em comunhão; cultura do belo e do bom; retorno a filosofia como propagadora da liberdade de pensamento e de religião; culto das formas harmônicas; o canto, a pintura e a literatura como forma de retratar a sociedade; do corpo humano, primeiros passos da medicina como a conhecemos hoje; o pensamento político voltado para a administração do bem comum.
Idade Moderna - Com a invasão de Constantinopla iniciaram-se as chamadas grandes navegações, que deram origem à Idade Moderna, que durou até a época da Revolução Francesa, em 1789.


A educação focada nas evoluções do conhecimento humano, pelo desbravamento de novos mundos, expansão marítma, expansão territorial do Velho Mundo. Novos sistemas políticos, o pensamento voltado para a administração do bem comum.


Idade Contemporânea - Iniciada com a Revolução Francesa, dura até os dias de hoje. Educação voltada para a aquisição de conhecimentos e técnicas que poderão contribuir para a evolução das sociedades.


Para sociedades diferentes – objetivos educacionais diferentes.


Sociedades Indígenas – robustez física, conhecimento da arte da caça, pesca, seleção e colheita de frutos e sementes, preservação da cultura através da oralidade (cânticos, lendas, danças e costumes através da tradição oral)

Sociedade Capitalista – Individualismo, competição, produção em larga escala, comercialização, obtenção de poder e liderança.

Sociedade Socialista – Orientação coletivista; solidariedade, cooperação e afiliação.

Mesmo no interior de uma mesma sociedade variam os tipos de educação e seus objetivos.


Sociedade de Castas (índia) – Quem não se lembra da novela Caminho das ìndias ?



Sociedade de Castas (índia) – A educação varia de uma casta a outra: aos Brâmanes uma educação mais refinada, religiosa. Aos kshatriya, a educação dada a que possam exercer funções de natureza política e militar e estão diretamente subordinados aos brâmanes, em diversos momentos da história, entretanto, houve conflitos e rebeliões. Aos vaishas e shudras, aos primeiros a educação é dada no sentido de capacitar o indivíduo a realizar as atividades comerciais e a agricultura. Já os shudras estabelecem uma ampla classe composta por camponeses, operários e artesãos.

Os dalit, também conhecidos como párias, são todos aqueles que violaram o sistema de castas por meio da infração de alguma regra social. Em conseqüência, realizam trabalhos considerados desprezíveis, como a limpeza de esgotos, o recolhimento do lixo e o manejo com os mortos. Uma vez rebaixado como dalit, a pessoa coloca todos seus descendentes nesta mesma posição.

Os jatis são aqueles que não se enquadram em nenhuma das regras mais gerais estabelecidas pelo sistema de castas. Apesar de não integrarem nenhuma casta específica, têm a preocupação de obterem reconhecimento das castas superiores adotando alguns hábitos cultivados pelos brâmanes, por exemplo. Geralmente, um jati exerce uma profissão liberal herdada de seus progenitores, sem nada significar para as tradições hindus.

Oficialmente, desde quando a Índia adotou uma constituição em 1950, o sistema de castas foi abolido em todo o território. Contudo, as tradições e a forte religiosidade ainda resistem às ações governamentais e transformações econômicas que atingem a realidade presente dos indianos. Enquanto isso, o regime tradicional já contabiliza mais de três mil classes e subclasses que organizam esse complexo sistema de segmentação da sociedade indiana.


Sociedade Ocidental atual – A educação da cidade não é a mesma do campo. A da cidade favorece a competição, o individualismo, a excelência nas carreiras de modo que o aluno possa se sobressair aos demais.

Já a educação do campo compreende a coletividade, o trabalho em equipe, cooperação como processo e a assimilação como motivo social, em nome de um objetivo em comum, que é o trabalho cooperativo.
Ou seja, todas as formas de educação visam inculcar nas novas gerações, idéias, sentimentos e práticas que, segundo a sociedade ou grupo dominante dentro da sociedade são capazes de fazê-las adultas.


Educação como socialização

Cada ser humano é constituído de dois seres :

- Ser Individual – estados mentais que só se relacionam conosco mesmo;
- Ser Social - sistema de idéias, sentimentos e hábitos que exprimem em nós não a nossa individualidade, mas o grupo ou grupos diferentes que pertençamos.

O objetivo da educação – constituir esse Ser Social em cada um de nós.
Não nascemos com esse ser social, nem ele se desenvolve espontaneamente, pois espontaneamente o ser humano não a submeteria a autoridade, não respeitaria a disciplina, nem se sacrificaria por objetivos comuns. É a educação, como socialização, que o leva a tais condutas sociais.
Ao nascer, o ser humano é associal. A cada geração, a sociedade deve começar do zero, pois a socialização não é hereditária e deve processar-se continuamente, a cada nova geração.


A educação cria um ser novo, transforma cada ser associal que nasce num ser social

7 de mai. de 2011

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