8 de jun. de 2013
28 de mai. de 2013
Durkheim e a Educação
Èmile Durkheim viveu num período em que a sociedade estava inteiramente ligada às transformações sociais advindas da Revolução Industrial.
Tais transformações foram tão fortes que Durkheim acreditava ser necessário criar um novo método, um novo sistema científico e moral que marchasse em harmonia com a nova ordem social instaurada, tarefa essa da ciência.
Posterior à Marx, Durkheim preocupava-se em combinar pesquisa empírica com teoria sociológica.
Durkheim entendia que a educação era um fator de coesão social.
Acreditava que a educação era elemento principal que recuperaria a ordem social e os professores teriam como função a constituição de uma moral quase que inexistente na sociedade de então.
Considerava que a educação em cada sociedade possuia aspectos múltiplos e uno ao mesmo tempo - pois em cada sociedade haveria um tipo específico de educação com múltiplos aspectos inerentes à ela mesma e aos costumes daquele povo.
A educação deveria de suscitar na criança
1- Um certo número de estados físicos e mentais, indispensáveis para a sua própria sociedade;
2- Um certo número de estados físicos e mentais que o grupo social particular (casta, classe, família, profissão) tenha como certo e indispensáveis á sua própria sociedade.
Assim, para Durkheim não havia um único tipo de educação. varia de acordo com as sociedades e suas necessidades e interesses em jogo.
Nas sociedades em que havia pouca divisão do trabalho e mais solidariedade mecânica coletiva era maior, atingindo um maior número de pessoas, posto que quando as pessoas desempenham as mesmas atividades, os indivíduos tendem a pensar de forma similar.
O conjunto de regras nas primeiras sociedades era melhor introjetado na sociedade por conta do maior compartilhamento dessas regras - até pelo número menor de pessoas envolvidas. Nas segundas sociedades, os conjuntos de regras ficam restritos a grupos mais específicos, variando de lugar e de grupos de pessoas. Nessas sociedades é maior a busca de satisfação social e individualismo, o que se fortaleceu com o capitalismo.
Em sociedades mais diversas, com acentuadas divisões do trabalho, a Solidariedade Orgânica, há um enfraquecimento dos laços sociais e da consciência coletiva, pois há maior distancia entre as pessoas e maior margem para interpretações pessoais.
Para essas sociedades, onde os laços sociais são mais frouxos, há uma perda de sentimentos de união, co-participação e de respeito às normas sociais, a educação assume a condição de mantenedora da moral, elemento imprescindível de coesão social. Através da educação, a sociedade alcançaria a homogeneidade, de forma a fixar na criança os valores sociais e morais desejáveis na sociedade, ainda que as sociedades sejam muito diversas, sempre há valores e crenças básicas comuns à todos os membros.
Se uma sociedade visa preparar uma criança para uma determinada função a que será chamada a desempenhar, a educação não pode ser a mesma, deve ser diferenciada e comum à todos. Durkheim apontava para um tipo de educação diversificada e especializada, cada vez mais precoce. Para ele não haveria maneira de se obter uma educação totalmente igualitária e homogênea, uma vez que, para isso, deveria de se remontar desde os primórdios da humanidade, no seio das classes pré-históricas nas quais não houvesse nenhuma diferenciação. Dessa forma, a educação ( escola) seria a responsável por presidir e organizar o conhecimento direcionado a formar os indivíduos.
Durkheim acreditava que nem todos os seres humanos eram designados a ter o mesmo grau de importância ou desempenhar as mesmas funções (assim ter os mesmos gêneros de vida). Assim, se cada um de nós tem uma destinação diferente, funções diferentes à desempenhar, seria importante se atribuir estudos e capacitações inerentes à cada profissão.
Ou em suas próprias palavras:
"A educação não é, pois, para a sociedade, senão o meio pelo qual ela prepara, no íntimo das crianças, as condições essenciais da própria existência".
DURKHEIM, Èmile. Definição de Educação. In:. Educação e Sociologia, 3. Ed. Tradução de Lourenço Filho. São paulo, Melhoramentos, 1952.
Tais transformações foram tão fortes que Durkheim acreditava ser necessário criar um novo método, um novo sistema científico e moral que marchasse em harmonia com a nova ordem social instaurada, tarefa essa da ciência.
Posterior à Marx, Durkheim preocupava-se em combinar pesquisa empírica com teoria sociológica.
Durkheim entendia que a educação era um fator de coesão social.
Acreditava que a educação era elemento principal que recuperaria a ordem social e os professores teriam como função a constituição de uma moral quase que inexistente na sociedade de então.
Considerava que a educação em cada sociedade possuia aspectos múltiplos e uno ao mesmo tempo - pois em cada sociedade haveria um tipo específico de educação com múltiplos aspectos inerentes à ela mesma e aos costumes daquele povo.
A educação deveria de suscitar na criança
1- Um certo número de estados físicos e mentais, indispensáveis para a sua própria sociedade;
2- Um certo número de estados físicos e mentais que o grupo social particular (casta, classe, família, profissão) tenha como certo e indispensáveis á sua própria sociedade.
Assim, para Durkheim não havia um único tipo de educação. varia de acordo com as sociedades e suas necessidades e interesses em jogo.
Nas sociedades em que havia pouca divisão do trabalho e mais solidariedade mecânica coletiva era maior, atingindo um maior número de pessoas, posto que quando as pessoas desempenham as mesmas atividades, os indivíduos tendem a pensar de forma similar.
O conjunto de regras nas primeiras sociedades era melhor introjetado na sociedade por conta do maior compartilhamento dessas regras - até pelo número menor de pessoas envolvidas. Nas segundas sociedades, os conjuntos de regras ficam restritos a grupos mais específicos, variando de lugar e de grupos de pessoas. Nessas sociedades é maior a busca de satisfação social e individualismo, o que se fortaleceu com o capitalismo.
Em sociedades mais diversas, com acentuadas divisões do trabalho, a Solidariedade Orgânica, há um enfraquecimento dos laços sociais e da consciência coletiva, pois há maior distancia entre as pessoas e maior margem para interpretações pessoais.
Para essas sociedades, onde os laços sociais são mais frouxos, há uma perda de sentimentos de união, co-participação e de respeito às normas sociais, a educação assume a condição de mantenedora da moral, elemento imprescindível de coesão social. Através da educação, a sociedade alcançaria a homogeneidade, de forma a fixar na criança os valores sociais e morais desejáveis na sociedade, ainda que as sociedades sejam muito diversas, sempre há valores e crenças básicas comuns à todos os membros.
Se uma sociedade visa preparar uma criança para uma determinada função a que será chamada a desempenhar, a educação não pode ser a mesma, deve ser diferenciada e comum à todos. Durkheim apontava para um tipo de educação diversificada e especializada, cada vez mais precoce. Para ele não haveria maneira de se obter uma educação totalmente igualitária e homogênea, uma vez que, para isso, deveria de se remontar desde os primórdios da humanidade, no seio das classes pré-históricas nas quais não houvesse nenhuma diferenciação. Dessa forma, a educação ( escola) seria a responsável por presidir e organizar o conhecimento direcionado a formar os indivíduos.
Durkheim acreditava que nem todos os seres humanos eram designados a ter o mesmo grau de importância ou desempenhar as mesmas funções (assim ter os mesmos gêneros de vida). Assim, se cada um de nós tem uma destinação diferente, funções diferentes à desempenhar, seria importante se atribuir estudos e capacitações inerentes à cada profissão.
Ou em suas próprias palavras:
"A educação não é, pois, para a sociedade, senão o meio pelo qual ela prepara, no íntimo das crianças, as condições essenciais da própria existência".
DURKHEIM, Èmile. Definição de Educação. In:. Educação e Sociologia, 3. Ed. Tradução de Lourenço Filho. São paulo, Melhoramentos, 1952.
24 de mai. de 2013
Aula 13 - A educação da superestrutura de Antonio Gramsci
Antonio Gramsci é um dos principais representantes do
pensamento esquerdista mundiais no século 20, co-fundador do Partido Comunista
Italiano. Nasceu em Ales, na Sardenha, em uma família pobre
e numerosa, filho de Francesco Gramsci, Antonio, antes dos 2 anos, foi vitimado por uma doença que o deixou corcunda e prejudicou
seu crescimento, acarretando numa estatura baixa e uma vida repleta de
fragilidades de saúde.
Entretanto, foi um estudante brilhante, e aos 21 anos conseguiu
um prêmio para estudar Letras na universidade de Turim, onde trabalhou como jornalista de
publicações de esquerda. Gramsci foi militante em comissões de fábrica e ajudou
a fundar o Partido Comunista Italiano em 1921. Em Moscou, conheceu a futura esposa,
Julia Schucht, enviado como representante da Internacional Comunista.
Em 1926, foi preso pelo regime fascista de Benito Mussolini.
Fascismo
– O que é?
Fascismo é uma doutrina totalitária orbitando a
extrema-direita, desenvolvida por Benito Mussolini no
Reino de Itália, a partir de 1919 e durante seu governo (1922–1943 e
1943–1945). A palavra "fascismo" deriva de fascio, nome de grupos
políticos ou de militância que surgiram na Itália entre fins do século XIX e
começo do século XX; mas também de fasces, que nos tempos do Império Romano era
um símbolo dos magistrados: um machado cujo cabo era rodeado de varas,
simbolizando o poder do Estado e a unidade do povo. Os fascistas italianos também ficaram
conhecidos pela expressão "camisas negras", em virtude do uniforme
que utilizavam. Benito Mussolini, professor primário e mais tarde jornalista,
fundou o Partido Nacional Fascista. Mussolini se torna ditador em 1922.
Ficou célebre a frase dita pelo juiz que o condenou: "Temos que impedir esse cérebro de funcionar durante 20 anos".
Gramsci cumpriu dez anos, morrendo numa clínica de Roma em
1937. Na prisão, escreveu os textos reunidos em Cadernos do Cárcere e Cartas do Cárcere. O Euro comunismo foi
inspirado em suas obras, a linha democrática seguida pelos partidos comunistas
europeus na segunda metade do século 20 – tendo grande influência no Brasil nos
anos 1970 e 1980.
O filósofo italiano atribuía à escola a
função de dar acesso à cultura das classes dominantes, para que todos pudessem
ser cidadãos plenos. Alguns conceitos determinados por Gramsci hoje são usadas
no mundo todo.
Um dos conceitos mais difundidos e conhecidos é o de
cidadania. Foi ele quem trouxe à discussão pedagógica a conquista da cidadania
como um objetivo da escola. Esta deveria ser orientada para a ideia de elevação cultural das massas, ou seja,
livrá-las de uma visão de mundo que, por se assentar em preconceitos e tabus,
predispõe à interiorização acrítica da ideologia das classes dominantes.
Gramsci ao
contrário dos pensadores que deram continuidade a obra de Karl Marx, deteve-se particularmente no papel da
cultura e dos intelectuais nos processos de transformação histórica.
Suas ideias
sobre educação surgem desse contexto. Todavia, ao contrário de Marx, Gramsci
não crê no Estado como meio de coerção nas mãos das classes sociais dominantes,
mas sim enquanto poder edificado justamente no acordo comum. Dessa forma, ele
tece a concepção de Estado ampliado, o qual nasce do estabelecimento da
hegemonia.
Para Gramsci,
hegemonia cultural não é sinônimo de poder dominador, pois uma classe social
não pode se sobrepor ideologicamente sobre outra esfera da sociedade sem
recorrer às famosas alianças e articulações e sem o consentimento, mesmo que
seja um tanto inconsciente, da massa por ela liderada.
Assim, se a burguesia, por exemplo, quer se impor às
classes populares, não o poderá fazer, a não ser em uma etapa inicial de um
novo regime político, ou excepcionalmente em Estados terroristas ou sob intensa
ditadura. Na tentativa de estabelecer um papel de liderança sobre as camadas
oprimidas, a classe que se candidata à hegemonia cultural necessita abrir mão
de algumas de suas conveniências, para obter o poder desejado.
A leitura de Gramsci é fácil de ser compreendida quando o conceito de hegemonia é compreendido, pois se trata de um dos pilares do pensamento gramsciano.
A hegemonia é obtida, segundo Gramsci, por meio de uma luta
“de direções contrastantes, primeiro no campo da ética, depois no da política”.
Dessa maneira, o importante é primeiro
conquistar as mentes,para depois se chegar ao poder. O que não se refere
diretamente com propaganda ou inculcação ideológica. Para Gramsci, a função do
intelectual (e da escola) é mediar uma tomada de consciência (do aluno, por
exemplo) que passa pelo autoconhecimento individual e implica reconhecer, nas
palavras do pensador, “o próprio valor histórico”.
Gramsci era um homem que pensava em termos de relações, seu entendimento sobre as formações sociais era global. Escrevera sobre o fordismo, reconhecendo explicitamente que a homogeneidade, a padronização e as economias e empresas de escala são símbolos "inseparáveis de um modo específico de viver, de pensar e de sentir a vida"(Gramsci), e não apenas da esfera econômica. Esta visão de mundo refletia em sua prática política, e como Deputado e Secretário do Partido Comunista Italiano sempre pregou a busca dos elementos revolucionários e inovadores "onde quer que se evidenciassem: no operariado,mesmo não sendo comunista, no sofrido homem dos campos do sul da Itália, e nos intelectuais e artistas mais vivos e inteligentes mesmo sendo liberais"( In: Nosella). Sua compreensão ampla das coisas e sua luta contra o que ele chamava de "monótona repetição dos velhos e gastos chavões teórico-políticos", nunca foram entendidas por boa parte do partido comunista italiano.
A maior parte da obra de Gramsci foi escrita na prisão e só
foi difundida depois de sua morte. Gramsci adota uma linguagem cifrada, sobre diversos temas, para não
despertar a censura fascista, seu pensamento e estilística são desenvolvidas em
torno de conceitos originais (como bloco histórico, intelectual orgânico,
sociedade civil e a citada hegemonia, para mencionar os mais célebres) ou de
expressões novas em lugar de termos tradicionais (como filosofia da práxis para
designar o marxismo).
O pensamento de Gramsci ocorre de maneira estruturalista,
posto que seus escritos tem forma fragmentária, com muitos trechos que apenas
indicam reflexões a serem desenvolvidas.
Gramsci e a Superestrutura
Gramsci se dedicou em analisar os elementos superestruturais do capitalismo e da sua necessidade de superação, atribuindo a superestrutura grande peso no processo de transformação social. Em seus escritos se preocupa em desvendar as formas de dominação do capitalismo, através das artes, da educação, da literatura ou dos meios de comunicação.
Gramsci e a Superestrutura
Gramsci se dedicou em analisar os elementos superestruturais do capitalismo e da sua necessidade de superação, atribuindo a superestrutura grande peso no processo de transformação social. Em seus escritos se preocupa em desvendar as formas de dominação do capitalismo, através das artes, da educação, da literatura ou dos meios de comunicação.
Gramsci tende a considerar abstrata a distinção entre estrutura (as relações sociais de produção) e superestrutura (as idéias, os costumes, os comportamentos morais, a vontade humana). Na concretude histórica, há convergência entre os dois níveis, uma convergência que conhece a distinção e a dialética, mas que se resolve numa “unidade real”.
"A pretensão (apresentada como postulado essencial do materialismo histórico) - escreve Gramsci - de apresentar e expor toda flutuação da política e da ideologia como uma expressão imediata da estrutura deve ser combatida, no plano teórico, como um infantilismo primitivo, ou, no plano prático, valendo-se do testemunho autêntico de Marx, escritor de obras políticas e históricas concretas".
Fontes Bibliográficas
http://www.angelfire.com/sk/holgonsi/index.gramsci.html
http://www.acessa.com/gramsci/?id=632&page=visualizar
http://www.acessa.com/gramsci/?id=632&page=visualizar
21 de mai. de 2013
Conselho de Serviço Social é condenado a R$ 100 mil por preconceito contra o ensino a distância
Uma vitória para quem se dedica a educação a distância nacional!
Conselho de Serviço Social é condenado a R$ 100 mil por preconceito contra o ensino a distância
Intitulada Educação não é fast-food - diga não à graduação à distância em Serviço Social, CFESS veiculava campanha preconceituosa em rádios e na internet
O juiz federal Raul Mariano Junior, titular da 8ª Vara da Subseção Judiciária de Campinas, interior de São Paulo, condenou o Conselho Federal de Serviço Social a pagar R$ 100 mil por danos morais e multa diária de R$ 5 mil caso o material preconceituoso contra o ensino a distância não seja definitivamente recolhido. A ação foi promovida pela ANATED - Associação Nacional dos Tutores da Educação a Distância, que saiu em defesa de tutores e alunos que estavam sendo ridicularizados com a campanha promovida pelo órgão de classe.
Inicio da campanha
A campanha publicitária "Educação não é fast-food - diga não à graduação à distância em serviço social", foi desencadeada pelo CFESS em maio de 2011, passando a ser veiculada por meio de vídeos no youtube, materiais gráficos disponível de forma impressa e online e em rádios comunitárias por todo o país, com o objetivo de desqualificar e impedir a graduação a distância em serviço social. No mesmo ano a ANATED entrou com o pedido de liminar para suspender a campanha.
Condenação por danos morais
Segundo a decisão do juiz federal, "a campanha publicitária, da forma como veiculada, mostrou-se preconceituosa e leviana, na medida em que deixou de observar a excelência de alguns cursos não presenciais, verdadeiras referências de eficiência, praticados, inclusive em grandes universidades como UNIBO, MIT, Harvard, Oxford, para citar apenas algumas", fundamentou Nader, em sua decisão.
De acordo com o presidente da Anated, Luis Gomes, o material possuía teor altamente pejorativo e expunha ao ridículo tutores e alunos que optaram pela modalidade do ensino a distância. "Tínhamos que dar um basta nisso", afirma Gomes.
A sentença foi proferida em primeira instância, cabendo recurso da decisão.
Para ler a noticia inteira clique aqui: http://blog.anated.org.br/?p=545
Release - Anated
Secretária: Priscilla Evilin Pauletto
Contato: (19) 3329-2139 / 3329-2138
Presidente: Luis Gomes (19) 9187-5811
Contato do Conselho Federal de Serviço Social: (61) 3223.1652 Fax: (61) 3223.2420
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20 de mai. de 2013
20 de maio - Dia do Pedagogo
Em 2003 escolhi uma carreira para seguir. Não era bem o que eu queria na época, mas descobri enamorada dessa profissão fantástica, trabalho a trabalho, ano após ano.
Ser pedagogo é conduzir o saber, mais do que criar métodos de ensino-aprendizagem, elaborar grades curriculares, planos de ensino e de curso, o pedagogo é responsável por criar sistemas que possam orientar saberes, desenvolvendo estratégias educativo-pedagógicas.
Ser pedagogo é saber acolher, respeitando as diversidades dentro e fora do ambiente educativo; saber elaborar avaliações desafiadoras do conhecimento e situações de aprendizagem condizentes ao processo de crescimento cognitivo do indivíduo, sem jamais oprimir ou coibir injustamente seus educandos.
Ser pedagogo também é administrar ambientes escolares, mas sua missão fundamental é tornar a escola mais humana, mais envolvida com os problemas da sociedade. O pedagogo é aquele profissional responsável pela humanização da educação, base de toda a sociedade.
Ser pedagogo é saber acolher, respeitando as diversidades dentro e fora do ambiente educativo; saber elaborar avaliações desafiadoras do conhecimento e situações de aprendizagem condizentes ao processo de crescimento cognitivo do indivíduo, sem jamais oprimir ou coibir injustamente seus educandos.
Ser pedagogo também é administrar ambientes escolares, mas sua missão fundamental é tornar a escola mais humana, mais envolvida com os problemas da sociedade. O pedagogo é aquele profissional responsável pela humanização da educação, base de toda a sociedade.
Obrigada Deus, pelo dom de educar!
Semíramis.
10 de mai. de 2013
Aula 9.1 - Karl Marx e a Educação
Para Marx, a história da
humanidade é permeada pelas lutas de classes, afirmando o caráter social dessas
construções e passíveis de serem transformadas pelas ações dos homens não
podendo ser eternizadas. Para isso, os homens deveriam de estar conscientes do
processo de alienação e essa necessidade de luta o que deveria em parte ser
feito pela educação, de forma a promover a emancipação humana.
Karl Marx enxergou além
das aparências o sistema capitalista se comporta por dentro e a sua necessidade
de sua superação, o que o torna sempre atual.
Seu pensamento influenciou
não só a economia, mas a filosofia, a sociologia, a história, etc. além de ter
influenciado a formação do ideário esquerdista de diversos países.
Marx ao explicar o mundo
materialista da produção do trabalho afeta ao mundo da consciência, as
representações, o conhecimento e as crenças.
Para ele a consciência está
diretamente ligada às condições materiais de vida, a qual aparece de forma
invertida numa falsa consciência, conforme Marx denominou, os homens são
incapazes de captar a essência das relações.
Em cada sociedade há a
divisão do trabalho, estabelecendo onde cada indivíduo irá atuar, como vai
viver, trabalhar e agir.
Na sociedade capitalista a
divisão do trabalho põe de um lado, os que detém os meios de produção e de
outro os que oferecem sua mão de obra, seu trabalho para os proprietários dos
meios de produção em troca de um salário.
São os burgueses e os proletários
Burgueses -
Cidadãos no uso de privilégios especiais.
Pessoas que pertencem à classe média ou dirigente (por oposição à classe dos operários e camponeses)
Pessoas que pertencem à classe média ou dirigente (por oposição à classe dos operários e camponeses)
Proletários -
Proletário é uma classe social dentro do Capitalismo que trabalha com os
instrumentos de outra pessoa, isso é, destituídos dos meios de produção, eles
possuem a penas a venda de sua força de trabalho para sobreviverem. Substantivo
derivado de prole (muitos filhos).
Muito embora essa relação
pareça justa, Marx demonstrou que nem sempre essa relação tinha um saldo
positivo para ambas as partes, uma vez que o processo de divisão do trabalho e
apropriação dos meios de produção nunca foi justo. O fato de pensarmos estas
relações como normais ou próprias do gênero humano é meramente uma ideia
inculcada pela classe dominante.
A burguesia além de
possuir os meios de produção comprava a força de trabalho por um valor sempre
muito menor do que o proletário produz, ou seja, a extração da mais-valia.
Mais-Valia -
Na doutrina marxista, a remuneração do capitalista, consequência de uma
espoliação dos trabalhadores assalariados, que, em troca de sua força de
trabalho, recebem apenas o valor das mercadorias e serviços indispensáveis à
sua subsistência. (A diferença entre o valor dos bens produzidos e os salários
recebidos constitui a "mais-valia", de que se apropriam os capitalistas.)
A burguesia com esse
sistema faz com que a sociedade acredite que o capitalismo é o única
possibilidade possível, pois sempre esteve presente na humanidade e ainda é a
melhor maneira de conduzi-la.
Para chegar à essa
conclusão, Marx procurou entender o funcionamento da educação no modo de
produção capitalista, observando como as escolas inglesas funcionavam e
constatou a precariedade do ensino, a insalubridade do ambiente de estudo, a
incapacidade docente em lidar com os alunos, enfim, às péssimas condições à que
os alunos enfrentavam.
25 de abr. de 2013
Aula 12 - O Pensamento Comunicativo de Habermas
O pensamento comunicativo de Jürgen Habermas
Jürgen Habermas é um filósofo e sociólogo alemão.
Advindo da Escola de Frankfurt (uma das principais correntes do marxismo
cultural) procurou superar o pessimismo dos fundadores da escola quando
adota o paradigma comunicacional, assim ele tem como ponto de partida:
- A ética comunicativa de
Otto Von Apel
- O Conceito de ação objetiva – T. Adorno
- Ética de Platão e a lógica de
Aristóteles
- Idealismo Alemão (Hegel)
- Reconhecimento intersubjetiva
- Razão
Comunicativa / Ação Comunicativa
Habermas apresenta a comunicação livre, racional e
crítica como alternativa à razão instrumental e superação da razão iluminista,
aprisionada pela lógica instrumental, que encobre a dominação.
Razão instrumental – Segundo
Aurélio Buarque Ferreira de Holanda, teria uma das
conotações como “Sistema de princípios a priori cuja verdade não depende de
experiência.”
Convém já explicitar sobre a “A noção de razão
instrumental” no dizer de Chauí “[que] nos permite compreender”
- a transformação de uma ciência em ideologia e mito social, isto é, em senso comum cientificista;
- que a ideologia da ciência não se reduz à transformação de uma teoria cientifica em ideologia, mas encontra-se na própria ciência, quando esta é concebida como instrumento de dominação, controle e poder sobre a Natureza e a sociedade;
- que as idéias de progresso técnico e neutralidade cientifica pertencem ao campo da ideologia cientificista.
Razão iluminista – a razão
iluminista é uma razão independente das verdades religiosas e das verdades
inatas dos racionalistas. Assim, a noção de autonomia iluminista se refere a
uma razão que se dobra a evidências empíricas e matemáticas.
O iluminismo proclama tanto para a natureza quanto
para o conhecimento o princípio da imanência (Imanência – Filosofia: Diz-se da
atividade ou casualidade cujos efeitos não passam do agente). Filosofia. Diz-se
de um ser que se identifica a outro ser. (Na filosofia de Spinoza, Deus é imanente
ao mundo.) A natureza e o espírito são concebidos como plenamente acessíveis,
não como algo obscuro e misterioso.
Lógica Instrumental
– Adequação dos meios aos fins.
Habermas explica que a teoria crítica precisa
romper com Marx em três dimensões:
-
Deixar de lado a tendência evolucionista inserida no marxismo- as
sociedades passariam por estágios de desenvolvimento bastante específicos,
o qual teria início com o capitalismo e culminaria num modelo de
organização social comunista;
-
O viés economicista observado na obra de Marx se consagra uma
evidência de forças produtivas e de trabalho em relação às outras esferas
da sociedade
- Considera
uma perspectiva reducionista a tendência de olhar o sistema social através
da separação da dominação.
A sobreposição da burocratização e da monetarização das esferas do
cotidiano social em detrimento da argumentação e participação pública;
interfere no processo de interações sociais.
Habermas observa que na segunda metade do século
XX, o que é visível é uma privatização e mercantilização do espaço público. A
argumentação pública cede lugar aos interesses administrativos e econômicos. O
mesmo pode ser observado em relação às instituições privadas, as quais
são invadidas gradativamente e cada vez regulamentadas pelo Estado ou pelo
dinheiro. Assim as atividades culturais, científicas ou educacionais passam a
ser mediadas por instrumentos e normas que desconstroem as formas tradicionais
dos laços sociais.
A ética do discurso
As fundamentações morais dependem da efetiva
realização das argumentações, não por razões pragmáticas relativas ao
equilíbrio de poder, mas por razões internas relativas à possibilidade de
discernimentos morais.
As interações nas quais as pessoas envolvidas se
põem de acordo para coordenar seus planos de ação são denominadas comunicativas
– é o acordo alcançado em cada caso medindo-se pelo reconhecimento
intersubjetivo das pretensões de validez.
Enquanto que no agir estratégico um atua sobre o
outro para dar ensejo à continuação desejada de uma interação, no agir
comunicativo um é motivado racionalmente pelo outro para uma ação de
adesão - e isso em virtude do efeito ilocucionário de comprometimento que
a oferta de um ato de fala suscita - Que um falante possa motivar
racionalmente um ouvinte à aceitação de semelhante oferta [se explica] pela
garantia assumida pelo falante, tendo um efeito de coordenação, de que se
esforçará, se necessário, para resgatar a pretensão erguida... Tão logo o
ouvinte confie na garantia oferecida pelo falante, entram em vigor aquelas
obrigações relevantes para a sequência da interação que estão contidas no
significado do que foi dito2...
Pretensões de validez -
significa coisas diferentes segundo o tipo de ato de fala de que se trate. Nos
atos de fala constatadores (afirmar, narrar, referir, explicar, prever, negar,
impugnar e etc.), o falante pretende que o seu enunciado (aquilo que é
pronunciado) seja verdadeiro. Portanto, se eu narro alguma coisa, ou explico
algo para alguém eu pretendo que aquilo que narro, ou explico seja considerado
verdadeiro, o que para Habermas só ocorre se houver o assentimento potencial de
todos aqueles que estão me ouvindo. Sendo assim, se um dos meus ouvintes não
aceitar o que falo por não acreditar no que digo, ou por outro motivo qualquer,
o conteúdo que é transmitido não poderá ser tido como verdadeiro, pois não
houve o consentimento de todos sobre a veracidade de meu ato de fala1.
Ação comunicacional
No início de sua obra principal, Teoria do agir
comunicativo, Habermas afirma que “o pensamento filosófico se originou na
reflexão sobre a razão encarnada na cognição, fala e ação; e a razão permanece
sendo seu tema básico”. Não seria uma surpresa, então, descobrir que o
conceito de racionalidade é o fio condutor para sua análise de processos de
aprendizagem3.
A esfera pública para Habermas não pode ser
confundido como a oposição clássica entre sociedade civil e Estado; ao contrário,
a esfera pública representa nesta perspectiva metodológica um terceiro
momento das sociedades modernas, não podendo ser confundida nem com o Estado
nem com o Mercado, ou seja, “Uma esfera composta de sujeitos privados com
opinião própria, o que assegura a possibilidade da contraposição coletiva a
decisões discricionárias do poder público” (Souza,2000:60).
Assim, o agir comunicacional representa todas as
interações em que os membros de uma determinada sociedade discutem coletiva e
publicamente questões relativas a seus planos de ação. Tais decisões tomadas em
conjunto, constituem o princípio de universalização, para que tal aconteça é
necessário a obtenção de um consenso, não que os indivíduos pensem da mesma
forma, mas baseadas na ideia do debate democrático e dessa forma, construir um
conjunto de regras legitimadas socialmente.
Portanto, são “comunicativas as interações nas
quais as pessoas envolvidas se põem de acordo para coordenar os seus planos de
ação, o acordo alcançado em cada caso medindo-se pelo reconhecimento
intersubjetivo das pretensões de validez” (Habermas:2003:78-9)
O Projeto da Modernidade
Outra característica marcante do pensamento de
Habermas é sua defesa do “projeto da modernidade” diante das críticas feitas
pelos pensadores pós-modernos. Por mais que a modernidade tenha trazido
problemas para a humanidade, Habermas tenta analisar, no que ele chama
(seguindo Weber) “o processo da racionalização da sociedade moderna”, um
potencial para a emancipação humana.
Esse projeto necessita de ser completado sem abrir
mão do que já foi alcançado, não apenas no conhecimento, mas também de
liberdade subjetiva, da autonomia ética e da autorrealização, do direito igual
de participação na formação de uma vontade política e do “processo formativo
que se realiza através da apropriação de uma cultura que se tornou reflexiva”.
É esse processo, compreendido como processos de
aprendizagem desencadeados ao longo da História, mas especificamente na
modernidade, que poderia ser considerado um dos fios condutores do pensamento
desse filósofo e teórico social3.
Assim, o projeto da Modernidade tem por objetivo
compreender as normas válidas em uma sociedade e suas consequências a partir da
análise de uma ética discursiva, ou seja, através da discussão pública sobre os
valores, as normas e suas consequências, constituindo assim uma ética laica,
fundamentada em uma sociedade centrada na ciência.
Habermas se diferencia de Durkheim por ver a
síntese fundada em valores e não em elementos empíricos, não como uma verdade
positiva, mas como uma verdade definida pelo uso argumentativo da razão.
Muito embora a teoria da
solidariedade de Durkheim ofereça a Habermas uma teoria social que relaciona
integração social e integração do sistema. Durkheim vê no conceito de
"obrigação" um dos traços constitutivos da norma moral.
Entretanto, a sanção é apenas um aspecto da
aceitação da norma; é preciso levar em conta também o desejo de obedecer. Estas
duas características do fato moral - o desejo e o dever - levam Durkheim a
propor uma analogia entre esfera da moralidade e a do sagrado. Desse modo, a
antropologia durkeiminiana oferece a Habermas um modelo para integrar à sua
análise as ações rituais, que se movem em um nível pré-linguístico, expressando
um consenso normativo atualizado regularmente.
No entanto, o consenso normativo
garantido pelo rito e mediado pelo símbolo constitui o "núcleo
arcaico" da solidariedade coletiva. Em contextos modernos de ação os
símbolos religiosos não são mais capazes por si só de expressar o coletivo. O
consenso normativo que era garantido pelo rito, ancorado nos símbolos
religiosos e interpretado pela "semântica do sagrado" se dissolve e
dá lugar à "verbalização do sagrado”, isto é, estruturas
de ação orientadas para a intercompreensão. A autoridade do sagrado é, assim,
gradualmente substituída pela autoridade do consenso 4.
Portanto, a autoridade moral,
apenas se torna válida quando possui uma “... pretensão a uma validez universal
que vem a conferir a um interesse, uma vontade ou uma norma”(Habermas 2003:68)
Fontes pesquisadas
Sandalowki. Mari Cleise – Guia de estudos
Sociologia III - Universidade Federal de Santa Maria
23 de abr. de 2013
Maldade Acadêmica (desabafo de uma profissional de Ensino Superior)
Jurei, mas bem juradinho, que nunca mais ia criticar quem me dá o sagrado pão de cada dia, porém hoje, simplesmente me senti injuriada. Não por mim, mas por centenas de estudantes universitários, em especial dos cursos de Licenciatura nesse Brasil tupiniquim, que pensa ter o maior celeiro de cérebros jamais visto em nenhum lugar desse vasto mundo.
Doce engano, caríssimos gestores de universidade pública! O que vocês fazem é simplesmente exportar, eu diria mais, expulsar, jovens talentos diretamente para os braços das grandes universidades internacionais. MIT, Oxford, Yale, Princeton, Havard just waits for the young "bananas" to bright up theirs consciences...
O que se tornou "Ensino Superior público" no Brasil é uma grande piada - de mau gosto - com jovens recém-ingressos nas universidades: adentram suas mentes com artigos dificílimos, mal escritos, confusos, tal como a mente dos doutores que os escreveram. Não oferecem nenhuma aplicabilidade prática aos que estão se preparando para elevar as mentes em formação.
Encastelados em seus departamentos frios e desconectados totalmente da realidade das escolas de educação básica, vocês não formam professores ou pedagogos para nossas escolas - a universidade pública se tornou uma fábrica de robôs, determinados à repetir tudo, na íntegra, o que seu mestre mandar. Muitas vezes, o aluno repete um sem número de teorias, buscando atender o enunciado proposto e sequer entende o que o mesmo quer dizer, tamanha a pretensão de quem dita as regras. É uma maldade.
Crueldade maior é colocar teorias que os futuros professores - seja de filosofia, de educação infantil, de ensino fundamental, de matemática, física, etc - realmente nunca darão nas salas de aula. Vocês não discutirão o existencialismo fundamentalista nem com seus colegas de trabalho, tampouco com os alunos de 6 a 17 anos, na média.
Vejo diariamente, textos e mais textos indicados pelas universidades que não atendem nem em 10% do que um professor de educação infantil,. ensino fundamental ou médio deveria de saber na prática.
Dessa forma, fico me perguntando o que dizer a um aluno que me pergunta "Professora, em que esse conhecimento nessa disciplina vai me ajudar a compreender a dinâmica do dia a dia da escola?" dá vontade de parar de mentir, de tentar contemporizar e dizer com todas as letras "Em nada, meu amigo. Só se aprende a lecionar, lecionando"
Acredito que a universidade deveria de reavaliar seus conceitos. Algumas atividades que um aluno recém-formado em um curso de licenciatura não sabe fazer:
1. Plano de aula,
2. planejamento anual da disciplina,
3. desconhecem a matriz curricular de sua própria disciplina,
4. não sabe se posicionar no quadro negro;
5. não sabe criar materiais didáticos; (pedagogia)
6. não sabe desenvolver sistemas pedagógicos;
7. não compreende a dinâmica da escola; (pedagogia)
8. desconhece seus direitos como profissional de educação;
9. não sabe diagnosticar problemas de aprendizagem/necessidades especiais dos alunos;(pedagogia tb)
10. não sabe como lidar com os alunos;
11. não sabe trabalhar em equipe; (pedagogia)
12. não sabe ornamentar a sala de aula (pedagogia!!!!)
13. não sabe alfabetizar uma criança (pedagogia)
14. Desconhecem os métodos de alfabetização (pedagogia)
15. Elaborar uma prova;
16. analisar o programa do colega de trabalho e traçar estratégias multi, trans e interdisciplinares;
17. desenvolver sistemas de avaliação;
18. desenvolver propostas pedagógicas; (Pedagogia)
19. desenvolver novas formas de ensinar;
20. desconhecem como se elabora um projeto temático
21. não sabem fazer a média das notas;
22. Não sabem preencher um diário
etc.etc.etc...
Deixei esse item básico por último de propósito, por ser o instrumento de trabalho que acompanha o professor ano após ano. Longe de mim querer desestimular meus alunos do curso de pedagogia, mas na realidade, é triste constatar a grande mentira que são os cursos de licenciatura pública no Brasil. Porém, ser professor é uma ciência que um dia, num mundo melhor e regenerado, será reconhecida e honrada, pois verão que nossos esforços não se limitam às frias teorias impostas por quem está preso no academicismo titular. Ser professor de educação básica é persistir num ideal e estudar sempre.
Ps. isso não é um texto acadêmico. Encarem como um desabafo de uma professora indignada com a atual situação depois de anos de estudos sobre o tema. Porém ainda tenho a esperança que tudo um dia pode mudar, pelo menos estou tentando... a essência de um bom educador é sonhar!
Abraços
Semíramis F. Alencar Moreira
22 de abr. de 2013
Aula 11 - Anthony Giddens e o estruturalismo Social - parte 2
- Em que consiste a dualidade
do estrutural?
A constituição dos agentes e a constituição
de estruturas não são fenômenos isolados, únicos, mas uma dualidade. A
dualidade do estrutural dita que as propriedades estruturais dos sistemas
sociais são ao mesmo tempo o médium (meio)
e o resultado das práticas que se organizam de modo recursivo, ou seja, um fato
que acontece repetidas vezes, sempre com um novo resultado até que se atinja um
resultado satisfatório.
- O que são competências?
A
competência baseia-se nas capacidades individuais dos trabalhadores, de ser ou
não ser capaz de exercerem um determinado trabalho.
“A
competência é, assim, uma parte da profissionalidade: as qualidades de
responsabilidade, de autonomia, saber trabalhar em equipa caracterizam a
mobilização própria da competência” (1996, Dubar - "La sociologie du
travail face à la qualification et à la competénce". In Sociologie du
Travail).
É uma noção
centrada, em particular, no conjunto de saberes que são mobilizados no quadro
definido de uma atividade/emprego e cuja avaliação se centra nos resultados
finais dessa atuação, sendo independente do lugar e da duração da aprendizagem:
quando se fala de competências, sabe-se que não se está falando do trabalho,
mas unicamente dos indivíduos.
É, neste
sentido, uma construção individual, que pode ser definida por dois traços: ela
é uma "arte" e exige uma "mobilização" do indivíduo.
- O que é sistema social?
Para Giddens, o sistema social é a
formação, no espaço e no tempo, de modelos regularizados de relações sociais
concebidas como práticas reproduzidas que ele religa à interação social. A
reciprocidade de práticas entre atores em circunstâncias de co-presença
concebidas como encontros que se fazem e se desfazem. (Riutort, 2008;341 in
Sandalowski, 2008, 31.)
- Qual a crítica que Giddens
faz a Durkheim?
A crítica que Giddens faz à Durkheim é
relativa à comparação que Durkheim faz do sistema social a um organismo vivo(biológico),
entendendo a sociedade como uma extensão do corpo humano, negligenciando a
competência dos indivíduos e suas atividades intencionais. Ou seja, para
Giddens, o individuo é um sujeito com capacidades de ação, tais capacidades adquiridas
pela ação (agência) humana. Não são os indivíduos que criam os sistemas
sociais, mas os sistemas sociais são os responsáveis pela sua própria criação.
São atemporais, enquanto que os indivíduos são temporais.
- O que é modernidade para
Giddens?
Para Giddens, a modernidade consiste em
um estilo de vida, um costume ou organização social que surgiu na Europa, em
meados do século XVII – XVIII e que, depois se tornou mais ou menos mundial em
sua influência. A modernidade é associada à determinados traços históricos
surgidos com o capitalismo, segundo ele um sistema social e econômico.
A modernidade apresenta três aspectos:
- Separação tempo-espaço – onde a difusão do relógio e a padronização dos calendários tornaram o tempo uma construção social artificial.
- Mecanismos de desencaixe - quando se é observado um deslocamento das relações sociais de contextos locais de interação e sua reestruturação através de extensões indefinidas de tempo-espaço. Essas organizações modernas podem conectar o local e o global de modo impensável nas sociedades mais tradicionais, afetando o cotidiano de milhares de pessoas, direta ou indiretamente (como o advento da internet na vida dos indivíduos e as mudanças de comportamento dela provenientes) Assim, Giddens ressalta dois tipos:
1.
As fichas simbólicas –
que são meios de troca impessoais (crédito), como o dinheiro, num valor
padrão;
2.
Sistemas peritos - sistemas
especializados conhecimento aos
quais os leigos não tem acesso e por essa razão confiam nos indivíduos que
possuem esse conhecimento especializado
3. Reflexividade – Para o autor seria pensar e repensar as relações sociais
pois esse processo permitiria a
descoberta e o desenvolvimento de novos conhecimentos sobre essas relações. A
utilização constante desses conhecimentos permitiria que os indivíduos
ordenassem e reordenassem suas relações sociais.
O ritmo de mudança acelerado do último século, gera um dinamismo próprio da modernidade. A sociedade moderna se torna mais reflexiva no contexto pós-tradicional, pois é o próprio indivíduo que reflete e reconstrói incessantemente o seu mundo (Sandaloswki, 2008; 34 )
A perspectiva teórico metodológica enfatiza o caráter ativo, reflexivo da conduta humana. Giddens, com essa proposta atribui um papel central para a linguagem e capacidade de entendimento individuais na explicação da vida social,ou seja, seu foco se dá basicamente nas ações do indivíduo.
______________________________________________________________
Resumo de ideias baseado em Sandalowski. Mary C. Guia de Estudos de Sociologia III - Centro de Ciências Sociais e Humanas - Depto de Ciências Sociais. UFSM. 2008.
19 de abr. de 2013
Aula 11 - Anthony Giddens e o Estruturalismo Social
Anthony Giddens
Breve biografia
Sociólogo britânico, Anthony Giddens nasceu em 1938.
Contribuiu largamente para a interpretação da teoria sociológica clássica desenvolvendo
críticas àquilo que identificou como limitações teóricas do materialismo
histórico.
Giddens designou o termo "estruturação" de forma à denominar a dependência mútua entre
a agência humana (capacidade de realizar coisas) e a estrutura social.
As estruturas sociais não são barreiras repressoras da
ação humana tampouco impedem a capacidade de ação do agente social, estão intimamente
implicadas na produção da ação, uma vez que fornecem os meios pelos quais os
atores sociais agem, bem como os resultados dessa ação.
Giddens, critica a pós-modernidade pois prefere pensar
e analisar sobre a reflexividade da modernidade (incorporação contínua novos
conhecimentos e informação em ambientes assim organizados) e na modernidade
tardia, a radicalização e globalização de traços básicos da modernidade.
A reflexividade, para Giddens, é um importante princípio
no desenvolvimento do self.
Outros pontos fortes de seus estudos foram luta de
classes, o impacto dos conflitos internacionais nas relações sociais e a
sociologia das emoções.
Obras principais:
-Capitalism
and Modern Social Theory (1971)
-New Rules of
Sociological Method (1976)
-Sociology
(1982)
-The
Consequences of Modernity (1990)
-Modernity
and Self-Identity (1991)
-The Third
Way (1998)
A Reflexão sobre a
importância da sociologia contemporânea em transpor determinadas oposições
clássicas do pensamento sociológico.
· Teoria da estruturação – a obra de
Giddens é basicamente teórica (ao contrário de Bourdieu que se remete à prática
e aos casos de estudo)
· Reformular a teoria social e
re-estudar como o desenvolvimento e a modernidade são compreendidos pela
sociedade.
· Principais temas tratados por
Giddens:
1. A história do pensamento social
2. A família;
3. As nações e os nacionalismos;
4. A identidade pessoal e social;
5. Um dos primeiros pensadores sociais
que analisaram o fenômeno da Globalização através da Sociologia.
Estruturação – Consiste
em explicar o real não apenas a partir dos seus elementos, mas sobretudo a
partir da sua estrutura, na qual se vê uma realidade independente. Nas ciências
sociais, essa estrutura será o sistema de relações que está na base da unidade
dos grupos humanos. Como sistema, qualquer alteração que se produza num dos
seus elementos implicará alterações em todos os outros. Cada transformação na
estrutura corresponderia a um modelo, o que pressupõe a possibilidade de prever
o modo de reação do modelo quando se altera um dos seus elementos.
Elementos teóricos e
metodológicos da teoria de Anthony Giddens.
Giddens propõe uma profunda renovação das análises estruturalistas.
Para ele, a sociedade existe à partir de dois níveis eu se reforçam mutuamente
na prática, por meio das ações sociais dadas através de rotinas, que se tornam sólidas:
são as estruturas sociais e as representações dos agentes.
O processo de relações sociais é estruturado no tempo e no
espaço, assim quando Giddens propõe o conceito de estruturação sobe o ângulo do
movimento, essa construção se dá de forma circular. Como fundamento, as dimensões
estruturantes da vida social correspondem tanto às condições que antecipam
quanto aos produtos dessa ação.
Os agentes sociais são dotados de competências posto que
estes conhecem o mundo em que estão inseridos sendo capazes de estabelecer ações
racionais e intencionais, explicando os atos realizados.
Agente Social - designa
um indivíduo ou agrupamento organizado que, em determinadas situações,
desempenha um papel ativo numa sociedade ou espaço social. A ênfase é assim
colocada no desempenho e não tanto no papel atribuído ao indivíduo ou grupo no
sistema social em que está integrado.
Todavia, essas ações cotidianas
“Se
veem capturadas nas redes múltiplas e difíceis de dominar no inconsciente e nas
consequências não-intencionais de ação. Além disso, (...) a atividade social
mais corriqueira de todos os dias é menos determinada por motivações diretas do
que pela rotina que é um meio de se reduzir as fontes de angústia”
(Lallement, 2204 p177)
As regras sociais são ao mesmo tempo
coercitivas e habilitantes, ou seja, ao mesmo tempo que a estrutrura social
impede uma determinada ação dos atores, baseada em pontos de apoio pode também
autorizar outras práticas sociais Os
indivíduos recorrem às suas competências, às quais correspondem à existência de
uma consciência prática, agindo e
fundando retiradas do apoio tanto da realidade quanto das experiências passadas.
Competências – A
competência baseia-se explicitamente nas capacidades individuais dos
trabalhadores, de ser ou não ser capaz de exercer um determinado trabalho.
A competência é, assim,
uma parte da profissionalidade: as qualidades de responsabilidade, de
autonomia, saber trabalhar em equipa caracterizam a mobilização própria da
competência (1996, Dubar - "La sociologie du travail face à la
qualification et à la competénce". In Sociologie du Travail).
É uma noção centrada,
em particular, no conjunto de saberes que são mobilizados no quadro definido de
uma atividade/emprego e cuja avaliação se centra nos resultados finais dessa
atuação, sendo independente do lugar e da duração da aprendizagem: quando se
fala de competências, sabe-se que não se está a falar do trabalho, mas
unicamente dos indivíduos.
É, neste sentido, uma
construção individual, que pode ser definida por dois traços: ela é uma
"arte" e exige uma "mobilização" do indivíduo.
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