31 de jul. de 2014

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23 de jul. de 2014

Competências e Habilidades para o Tutor à Distância

Competências e Habilidades para o Tutor à Distância
Profª Semíramis F. Alencar Moreira 

Para desempenhar as atividades de tutoria à distância, bem como a presencial, o tutor deve ter em mente que esse trabalho abrange pessoas, as quais ele estará em contato direto, por meio eletrônico, através da linguagem escrita na maioria das vezes. Sabemos que a escrita pode ser um fator tão positivo quanto maior for a clareza e a objetividade de ideias.
Por essa razão destaco o Exercício do diálogo, como elemento motivador primeiro da relação tutor-aprendizagem-aluno num curso à distância. Com o diálogo, há o estímulo à participação na construção do seu conhecimento ao mesmo tempo em que estes alunos podem desenvolver o senso de comunidade e atuarem de forma ativa, nos debates e produções conjuntas no Ambiente Virtual de Aprendizagem: como na elaboração das Wikis, na participação dos chats e fóruns.
Contudo, para haver o exercício do diálogo é importante que este mediador valorize os alunos. Apenas quem saiba valorizar o outro, saberá  acolher as diferenças que possam surgir no ambiente virtual de Aprendizagem, uma vez que são grupos de alunos com visões e histórias de vida diferentes, que possam apresentar pontos de vista distintos, mas ainda assim, de vital importância para a construção dos saberes na sala de aula e na formação para a vida.
O Exercício do diálogo acontece quando o tutor retorna os e-mails, recados ou postagens dos alunos, sempre os estimulando a comentar mais, a participar mais, fazendo com que o aluno exponha suas ideias, com interesse e boa vontade.
Á esse constante feedback, o estímulo à participação acontece quase que instantaneamente. Mas para que esse processo se torne mais efetivo, é necessário que o tutor acompanhe os diálogos entre os alunos, nas colocações nos fóruns, esclarecendo as possíveis dúvidas e cedendo todas as informações necessárias para que o aluno tenha segurança.
Esse processo de acolhimento acaba por fortalecer o senso de comunidade, com o qual os alunos serão capazes de reproduzir o esse mesmo comportamento do tutor, de mediar o conhecimento de forma atenciosa e cordial, incentivando a crescimento da turma enquanto grupo coeso, de forma amistosa, cooperativa.
Tal competência, leva ao acolhimento conjunto às diferenças. Os alunos se tornam naturalmente mais receptivos aos colegas, pois enxergam no mediador esse caráter íntegro e imparcial, passando a agir, eles mesmos como mediadores dessa igualdade de condições, auxiliando também nas trocas de saberes, essenciais à qualquer curso superior, sobretudo no EaD, onde a interação social presencial é tão rara.
Entretanto, para que essas competências sejam plenamente aplicadas, é imprescindível que o tutor Valorize os alunos, posto que o EaD é uma modalidade de ensino a qual o aluno é o centro do processo educativo. O professor é o mediador do conhecimento e das interações entre os alunos.
Portanto, as competências necessárias para um tutor mediador em cursos à distância serão pautadas na Valorização dos alunos para que o Exercício do Diálogo, O Estímulo à Participação, O Desenvolvimento do Senso de Comunidade e o acolhimento às diferenças sejam premissas possíveis de serem alcançadas.

Semíramis F. Alencar Moreira para PIGEAD - UFF, 2014.




21 de jul. de 2014

Aprendendo com os surdos 7 - E ao atendimento especializado é completo?

O atendimento especializado alcança a dimensão de atendimento pedagógico diversificado ao educando surdo. Diante dessa perspectiva devemos salientar que o profissional que deseje se especializar para atuar com os surdos em seu atendimento, deverá também se capacitar na linguagem brasileira de sinais, de forma a promover uma integração mais completa, bem como interagir com outros indivíduos surdos para se sociabilizar e ao mesmo tempo, promover o diálogo e o entendimento maior entre surdos e sociedade ouvinte.
O estudo não acaba nesse curso, deve antes, ser um aprendizado por toda vida, sempre sendo revisitado, novas teorias pedagógicas devem ser pensadas e desenvolvidas no sentido de ampliar essa inclusão/integração, enxergado sobre um novo olhar todas as relações:. escola, família, sociedade.
As mudanças em um tempo histórico podem ser positivas para aquele tempo histórico, mas não para as necessidades futuras. A autonomia do surdo, seu pensamento e sua historicidade devem ser sempre levadas em conta antes de um determinado atendimento.
Tais fatores na escola só serão plenamente interiorizados se houver um esforço de toda a comunidade escolar em promovê-los, caso negativo, em vão será o esforço de tantos que hoje se aplicam para melhor compreender esse grupo tão diverso e ao mesmo tempo tão semelhantes aos que ouvem.



Profª Semíramis F. Alencar Moreira, para curso de especialização em Atendimento Educacional Especial para Surdos - Universidade Federal de Uberlândia - UFU-MG

Aprendendo com os surdos 8 - Fatos gerais acerca da pessoa surda, lutas e historicidade em busca de emancipação e independência

Definidos como anormais, objetos de uso, seres subservientes, estúpidos, desprovidos de inteligência, incapazes, deficientes, incapazes de conduzirem sua própria existência, dementados, desorientados, marginalizados e alheios à sociedade, os surdos, durante muitos séculos foram alvo do escárnio alheio e das formas mais humilhantes de vida.
O surdos, sendo considerados aberrações, eram mandados para os circos de aberrações ou mesmo servindo de escravo, no seio de sua própria família, sem nenhuma dignidade, muitas vezes acabavam suas vidas na mendicância e na miséria.
No entanto, à partir do século XIX, surge a necessidade de se educar os surdos de forma que eles pudessem interagir e assim, manter os negócios e tradições econômicas familiares. Assim, temos os primórdios dos estudos surdos.  
Devemos frisar que não constitui ofensa chamar o indivíduo de"Surdo" porque eles mesmos se referem dessa forma.
Os estudos surdos  tem surgido nos movimentos surdos organizados, bem como nas perspectivas culturais e antropológicos, como uma ramificação desses estudos, com o propósito de enfatizar a importância da linguagem, das práticas discursivas e das conquistas de direitos e saberes.
Segundo Carlos Skliar, “os Estudos Surdos se constituem enquanto um programa de pesquisa em educação, onde as identidades, as línguas, os projetos educacionais, a história, a arte, as comunidades e as culturas surdas são focalizadas e entendidas a partir da diferença, a partir de seu reconhecimento político” (1998, p. 5).
Os Estudos Surdos visam eliminar a visão da surdez enquanto deficiência. Segundo essa proposta, o surdo não é um indivíduo deficiente, doente e sofredor. Os surdos são um grupo organizado culturalmente, eles mesmos não se definem como "deficientes auditivos", mas como um grupo à parte, cuja ausência da capacidade ouvinte não os impede de se comunicarem, posto que eles tem uma linguagem própria e sua própria organização cultural.
Os surdos desenvolvem potencialidades psicoculturais diferentes das dos ouvintes. Dessa forma, os surdos não definem a surdez como uma incapacidade que os fazem menores que os indivíduos ouvintes, mas apenas indivíduos que interagem com o mundo de forma diferente das dos ouvintes.
Estamos passando por um período histórico de redefinição do que seja a surdez. Enquanto que na medicina a surdez é definida pelo déficit auditivo e da classificação dos níveis de surdez (leve, profunda, moderada, congênita, pré-linguística, adquirida ou provocada) essa definição deixou de mencionar a experiência da surdez, em considerar os contextos culturais e psicossociais nos quais o surdo se desenvolve. Assim, os estudos surdos ganham terreno fértil.
Os surdos vivenciam um déficit de audição que os impedem de adquirir de maneira natural, a linguagem oral e auditiva da maioria social. Sua linguagem e cultura são construídos à partir de estratégias cognitivas e de manifestações comportamentais, de forma diferente, mas não discriminatória das pessoas ouvintes..
Nos estudos surdos é enfatizado a difereça e não a deficiência, assim, é banida a expressão“deficiente auditivo” de forma a re-situar o conceito de surdez. Esse termo deve ser usado no meio médico-clínico, enquanto que Surdo está mais afeito ao marco sócio-cultural da surdez. 
A sociedade tende a ver a surdez como uma doença que futuramente há de ser sarada à partir de enxertos ou chips neurocirúrgicos, constantemente pesquisados pela medicina, pela engenharia genética ou de prevenção de doenças.
O surgimento da surdez muitas vezes é visto pela sociedade como um grande malefício, resultante das condições de vida insalubres, doenças contagiosas de larga escala, pouca ou nenhuma acessibilidade à escola ou mesmo, a falta de cuidados médicos e familiares. Uma cruel fatalidade, castigo, punição ou carma da família ou do próprio surdo. (Sá; Ramuro, 1999. p59)
É certo que cada indivíduo tem sua história pessoal, e os surdos também a tem, mas na sociedade, nascer surdo é algo pejorativo, falha, culpa, pobreza, fatalidade, apesar da surdez genética seja bastante incomum, cientistas afirmam que cerca de 25% dos seres humanos carregam o gene da surdez.
Quanto mais rápido for diagnosticada a surdez e seu grau, mais rápido este começará a se interar da linguagem de sinais, tendo uma educação apropriada e o mais importante, convivendo tanto com os ouvintes quanto com outros surdos, de forma que interajam de igual, prologando sua visão social e sua percepção cultural.
Quando detectada a surdez numa criança, ela é encaminhada imediatamente aos médicos e inúmeros exames com fonoaudiólogos e otorrinolaringologistas, como se precisasse de um tratamento, um curativo.
Infelizmente essas ações se tornam mais importantes para a família do que as orientações pedagógicas ou as informações cedidas pelas pelas comunidades surdas. No afã de se alcançar a cura para a criança, esta ainda fica condicionada a se entender doente e incapaz e passa a ter inúmeros compromissos diários com especialistas, visitas cansativas e constantes que tomam maior parte de seu tempo disponível, perdendo o seu tempo escolar e seu tempo de criança. 
Essas atividades parecem suprir as expectativas dos pais, que buscam uma solução quase milagrosa para fazer com que seus filhos se comuniquem de uma forma mais "aceitável" e parecida com a linguagem oral.



Profª Semíramis F. Alencar Moreira, para curso de especialização em Atendimento Educacional Especial para Surdos - Universidade Federal de Uberlândia - UFU-MG

18 de jul. de 2014

Aprendendo sobre os surdos 6 - Definição, designação e Diagnóstico

Definição
Como você conceitua surdez ?  A surdez é a ausência de estímulos sonoros.
Existem diferentes tipos de surdez ? Sim, das parciais, passando pelos graus leve, moderado, acentuado e total (anacusia), congênita ou adquirida.
Designação
O forma mais utilizada para designar pessoas com deficiência auditiva é a perda total ou parcial, de forma congênita ou adquirida, da incapacidade de compreender a fala pela audição. Segundo alguns pesquisadores e clínicos, a surdez ainda pode ser classificada de forma etária,

a) Pré-lingual - quando a criança já nas surda ou a perde antes de começar a falar e entender a linguagem falada. Esse tipo de deficiência é mais complexa para o desenvolvimento cognitivo da criança. Grande parte das crianças surdas que perderam a audição antes da aquisição da fala, tem mais facilidade em aprender a língua de sinais;

b) Pós-lingual - diz do indivíduo que perdeu a audição depois da aquisição e desenvolvimento da linguagem e da fala, alguns desses indivíduos conseguem realizar a leitura labial.

Nem todos os casos de deficiência auditiva ocasiona atrasos no desenvolvimento motor. Alguns pesquisadores afirmam, entretanto, que são frequentes as perdas de equilíbrio e coordenação motora. Esses problemas são decorrentes de problemas neurológicos, vestibulares, privação de som e ausência de verbalização. (Bueno, 1995) Muitas vezes, os familiares, em especial, os pais, colocam a criança surda numa redoma, não a permitindo executar ações próprias, interagindo com o mundo. (
Diagnóstico
O nível de surdes de uma pessoa só é possível saber com precisão através de uma audiometria. Esse exame é realizado através da mensuração em decibéis (db). Quanto maior for o número de decibéis necessários para a criança responder a um estímulo sonoro, maior e mais significativa terá sido a perda auditiva.
A evolução do sistema auditivo se dá no quinto mês de gestação, evoluindo intensamente nos primeiros meses de vida, expandindo suas conexões neurais por vários anos. À partir do sexto mês de vida, podem ser observados alguns reflexos na criança que podem mostrar, à grosso modo, se ela tem algum grau de surdez ou não.
Por essa razão, outros métodos de aferição e diagnóstico podem ser realizados ou associados à audiometria, de forma a perceber futuros problemas relacionados à audição.

Exemplos:

• Nos primeiros dias de vida, Reflexo de Moro (reagir aos sons com um movimento brusco)

• 03 meses - Reflexo Cócleo-palpebral

• 06 meses - Reflexo de orientação-investigação

• 07 a 08 meses não reagir à voz e a linguagem.
Quanto mais cedo esses diagnósticos forem obtidos, melhores possibilidades e opções de tratamento e linguagem deverão ser desenvolvidas não apenas pelo indivíduo, mas pelos pais e os que convivem com a criança de forma que, ao decorrer de seu crescimento, ela se sinta mais à vontade e conviva com a surdez de forma normal. 

Profª Semíramis F. Alencar Moreira, para curso de especialização em Atendimento Educacional Especial para Surdos - Universidade Federal de Uberlândia - UFU-MG

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