29 de mai. de 2008

EducaCamp - Um encontro pra fazer pensar



Oi gente!!!!

O EducaCamp - Encontro de Blogeiros da Educação acontece no dia 28 de junho, no Espaço Gafanhoto, localizado na Av. Rebouças, 3181 - Jardim Paulista, São Paulo, das 10h às 17h. É uma oportunidade valiosa para nos encontrarmos, nos conhecermos (reconhecermos) ao vivo e estreitar os laços. Neste encontro, poderão ser abordados o uso das TICs, conteúdos, avanços, dificuldades e vivências educacionais, em discussões abertas e desconferências.

Esta é uma experiência, que conta coma organização da Ceila do Desabafo de Mãe, da Lúcia Freitas e da Cybele Meyer para que todos os professores, educadores e interessados por educação na internet se encontrem e produzam conhecimento.

A jornada só está começando. Você vem? veja maiores informações e inscrições no blog do EducaCamp

Abraços e a gente se encontra lá!!!!!

Semíramis

25 de mai. de 2008

Educando com Poesia - Para Educandos e Educadores - parte 1

A Escola É - Paulo Freire


"Escola é...

o lugar onde se faz amigos

não se trata só de prédios, salas, quadros,

programas, horários, conceitos...

Escola é, sobretudo, gente,

gente que trabalha, que estuda,

que se alegra, se conhece, se estima.

O diretor é gente,

O coordenador é gente, o professor é gente,

o aluno é gente,

cada funcionário é gente.


E a escola será cada vez melhor

na medida em que cada um

se comporte como colega, amigo, irmão.


Nada de ‘ilha cercada de gente por todos os lados’.

Nada de conviver com as pessoas e depois descobrir

que não tem amizade a ninguém

nada de ser como o tijolo que forma a parede,

indiferente, frio, só.


Importante na escola não é só estudar, não é só trabalhar,

é também criar laços de amizade,

é criar ambiente de camaradagem,

é conviver, é se ‘amarrar nela’!

Ora , é lógico...

numa escola assim vai ser fácil

estudar, trabalhar, crescer,

fazer amigos, educar-se,

ser feliz."




A Escola

CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE.

Eu queria uma escola que cultivasse

a curiosidade de aprender

que é em vocês natural.



Eu queria uma escola que educasse

seu corpo e seus movimentos:

que possibilitasse seu crescimento

físico e sadio. Normal



Eu queria uma escola que lhe

ensinasse tudo sobre a natureza,

o ar, a matéria, as plantas, os animais,

seu próprio corpo. Deus.



Mas que ensinasse primeiro pela

observação, pela descoberta,

pela experimentação.



E que dessas coisas lhes ensinasse

não só o conhecer, como também

a aceitar, a amar e preservar.


Eu queria uma escola que lhes

ensinasse tudo sobre a nossa história

e a nossa terra de uma maneira viva e atraente.


Eu queria uma escola que lhes

ensinasse a usarem bem a nossa língua,

a pensarem e a se expressarem

com clareza.


Eu queria uma escola que lhes

ensinassem a pensar, a raciocinar,

a procurar soluções.


Eu queria uma escola que desde cedo

usasse materiais concretos para que vocês pudessem ir formando corretamente os conceitos matemáticos, os conceitos de números, as operações... pedrinhas... só porcariinhas!...

fazendo vocês aprenderem brincando...


Oh! Meu Deus!

Deus que livre vocês de uma escola

em que tenham que copiar pontos.


Deus que livre vocês de decorar

sem entender, nomes, datas, fatos...


Deus que livre vocês de aceitarem

conhecimentos "prontos",

mediocremente embalados

nos livros didáticos descartáveis.


Deus que livre vocês de ficarem

passivos, ouvindo e repetindo,

repetindo, repetindo...


Eu também queria uma escola

que ensinasse a conviver, a cooperar,

a respeitar, a esperar, a saber viver

em comunidade, em união.


Que vocês aprendessem

a transformar e criar.


Que lhes desse múltiplos meios de

vocês expressarem cada sentimento,

cada drama, cada emoção.


Ah! E antes que eu me esqueça:


Deus que livre vocês

de um professor incompetente.

19 de mai. de 2008

Brasil sem memória - Critica ao texto da Jornalista Sandra Cavalcanti

À princípio este seria o título de um texto sobre a saída da ministra Marina Silva, porém hoje de manhã recebi um e-mail contendo o artigo
O Brasil Nunca Pertenceu aos Ìndios da jornalista e política Sandra Cavalcanti http://brasilacimadetudo.lpchat.com/index.php?option=com_content&task=view&id=4442&Itemid=223 ,o qual fiquei estarrecida.

Portanto, proponho neste espaço uma análise sócio-cultural do texto dessa autora, pois não consigo entender como a classe média desse País pode proferir verdades fabricadas, se esquecendo da verdade histórica presentes em qualquer livro de Ensino Fundamental ou de Ensino Médio sobre o período da colonização.

Enfatizo que o presente artigo leva em conta apenas os aspectos históricos sociais. Eu, particularmente, respeito e considero muito a cultura e a nação portuguesa e sua inegável contribuíção à nossa cultura e a construção da nação brasileira. No entanto, não posso, enquanto educadora, ocultar o papel do colonizador português enquanto explorador de nossas terras. Um abraço fraterno aos colegas d´Além Mar que participam das leituras desse blog.

É muito fácil atenuar a conquista dos colonizadores portugueses, que por mais que tivessem a vontade de permanecer nestas terras, antes havia por parte deles a obrigação de defender os interesses da coroa, ou seja, beneficiar um Portugal tão escasso em alimentos quanto o restante da Europa. A Terra de Vera Cruz, oferta, de graça, alimentos e riquezas no chão para quem quiser. A autora se esquece das milhares de famílias indígenas e suas culturas que foram dizimadas pela colonização, pelo extrativismo e exploração dos nativos como escravos.

Os colonizadores pilharam estas terras como à outras e tentaram fazer deste território uma nova Àfrica, onde com lucro poderiam obter mão de obra escrava, com o acréscimo dos produtos por aqui obtidos ("Que nesta terra em si plantando tudo dá").

Primeiro esclarecimento: Tribo é um termo utilizado para definir os povos indígenas (ocidentais ou orientais)antes de seu desenvolvimento, de sua descoberta. Nação indígena não é um termo cunhado por ongs internacionais, é o termo sociologicamente correto para designar os povos que possuem cultura, crença, código moral e estrutura social definidos)Não entendo qual o problema de denominar os grupos de ìndios como Nação, se denominamos nação cada grupo que tenha sua própria linguagem, cultura, modo de governar, ritos e códigos morais? por que ainda as pessoas têm o pensamento medieval de acreditar que os índios eram um bando de silvícolas desprovidos de almas? e por acaso os colonizadores não eram violentos? o que dizer de Estácio e Mem de Sá?

Não consigo admitir que a história de nosso país seja tirada de seu contexto real sob fins de atenuar a ação dos colonizadores exploradores. Não digo que estas terras deveriam de ser entregues aos indios e tampouco desfaço das contribuíções que os imigrantes nos deixaram, com suor e sofrimento para o crescimento da nação em troca de refúgio para suas almas. Não. No entanto, relativizar o papel dos colonizadores portugueses, erguendo-os ao patamar de heróis da construção do Brasil é no mínimo uma inversão de papéis - de algozes à heróis; de sacrificados à endemoniados.

Vale lembrar que o tipo de posicionamento colocado pela autora apenas poderá promover ódio às diferentes crenças e grupos sociais. O que faz de mal um índio Pataxó que não teve como retornar para sua tribo, dormir no banco da praça? o que fez esse ser de tão grave para ser Queimado Vivo?

Não desvalorizo também o papel das Ongs estrangeiras pois o Brasil, infelizmente, devido à herança mesquinha de nossos colonizadores, carece desse tipo de apoio para que sobrevivam o índios que sobraram e as populações ribeirinhas mais reclusas ao norte e nordeste desse país, lugares onde o governo nem se lembra de existir. Estas Ongs internacionais fornecem alimentos, roupas, remédios e educação à populações que antes ingeriam mato e terra para se alimentarem.

Eu costumava criticar muito o papel das ongs internacionais e a inserção de suas culturas no seio nacional. Todavia vejo que esta pode ser nossa única solução para que possamos nos reerguer enquanto nação, uma vez que nossos governantes à cada mandato, apenas visam seus próprios lucros, tal como os colonizadores. Agora, se os representantes das Ongs crêem que os representantes indígenas tenham assento na ONU, nada mais justo, afinal se o governo não cuida destas nações, eles têm mais é que se defenderem sozinhos, como os grupos excluídos que sempre foram.

Vale lembrar que estes tipos de artigos apenas estão aparecendo de uns meses para cá. Como o Brasil é uma nação sem memória mesmo, cabe ressaltar que pelo advento do bi-centenário da vinda da Família Real as pessoas se encantam pela riqueza e luxo ostentatório das monarquias e tomam para si o desejo de pertencerem à uma também, se esquecendo de todas as mazelas, intrigas, jogos de poder e autoritarismo que as mesmas impunham em nome de seu próprio bem-estar. É lamentável que se esqueçam que do sangue de milhares de brasileiros conquistamos a democracia, que por mais desigual que possa ser, é a voz do povo, o que não acontece nos sistemas monárquicos.



Abraços fraternos,

Profª Semíramis Alencar

10 de mai. de 2008

Mãe...(eu prometo) Semíramis Alencar

Mãe, eu prometo
prometo ter você sempre como meu maior exemplo
meu recanto, meu alento
meu regato, meu fomento
da alma feminina que pretendo encarnar

Mãe, eu prometo
me arrepender de cada tropeço
se você me magoar, eu esqueço
não foi por querer
não foi por mal.

Mãe, cada palavra sua é meu maior elogio
mesmo que a verdade seja dura demais
e grande demais meu desafio
tenho sua voz terna, seu ombro amigo
para quando eu cair de chorar
você me reerguer me amar
como somente você pode fazer.

Mãe, eu prometo não esquecer de manter viva a chama
de ser a mãe que acalma e inflama
o coração dos filhos para a vida.
Mãe, mais do que teu fruto
tu és minha amiga
orgulho de minha vida
pedra verdeira, minha verdadeira guia
Por isso mãe, prometo ser por toda minha vida, o que eu sou
pois por ti, mãe, não existiria maior amor
como o que Deus cultivou.

29 de abr. de 2008

História do Trabalho - 1º de maio - Dia do Trabalho

A importância do trabalho em prol da dignidade humana sempre esteve presente na história da civilização.

Desde as primeiras manifestações de trabalho manual, pasando pelas relações de escambo, escravidão, ao trabalho formal dos séculos VIII e XIX, até o contrato de trabalho do século XX, o homem luta para serem asseguradas suas necessidades e dos seus, principalmente em relação à moradia, saúde e alimentação.

Cabe ressaltar que o trabalho feminino e o trabalho infantil estão presentes nessa sociedade. As necessidades de sobrevivência e as obrigações servis contribuem para isso. As crianças ingressam no mundo do trabalho para auxiliar na economia familiar. Nessa lógica, quanto mais filhos, maior poderia ser o aproveitamento produtivo. Na Inglaterra industrial, mulheres, crianças e idosos trabalhavam em conjunto para garantir a sobrevivência da família como um todo. A preferência por mulheres e crianças nas tarefas que não exigiam força braçal tinha explicação no preconceito industrial burguês de que estes dois grupos de trabalhadores seriam mais facilmente domesticados, ou seja, mais fáceis de serem disciplinados e intimidados.

Com o contrato de trabalho, em início do século XX, foram regulamentadas regras que regem os direitos e deveres entre patrões e empregados. Assim, foram criadas as primeiras classes trabalhadoras, com a classificação em cargos, funções, atribuições e salários.

No Brasil de Getúlio Vargas, foi instituída a maior legislação trabalhista do País, a CLT - Consolidação das Leis Trabalhistas, representada pela popular carteira de trabalho, onde o trabalhador brasileiro passou a ser reconhecido pelos seus direitos, além de receber benefícios como férias, décimo-terceiro salário, FGTS, aposentadoria, entre outros.

Foi uma solução para garantir um sustento mínimo para as necessidades do trabalhador e de sua família, frente ao capitalismo selvagem, voltada a vida de consumo crescente.

Entretanto, à partir de 1980, diante de um mercado competitivo, as empresas passaram a atuar com foco dirigido tão somente ao negócio. As outras atividades, consideradas de apoio, foram transferidas aos poucos para empresas externas, começava aí o processo de terceirização.

Desta forma, começaram a surgir consultorias externas, ou seja, micro empresas especializadas em prestação de serviços,resultantes de um deslocamento da mão-de-obra, por esta razão, as obrigações empregatícias das empresas passam a ser de competência destas prestadoras.

Diante de um mercado recessivo, com muito mais demissões que contratações, surgiu o trabalho informal, através de serviços sem documentação ou qualquer tipo de registro.

Embora sem direitos ou garantias de um futuro empregatício seguro, para muitos foi a única saída.

As cooperativas de trabalho surgiram devido ao aumento da classe trabalhadora sem registro em carteira, muitos contratados sob os entitulados "contratos de gaveta", com vínculo informal.

A cooperativa de trabalho é uma forma de contratação oficial, através da própria carteira de trabalho, onde o trabalhador contratado por uma determinada cooperativa, fica lotado na empresa contratante dos serviços desta. Todo tipo de vínculo, sejam documental, direitos, deveres ou benefícios se dá apenas entre o trabalhador e a cooperativa. Uma forma de trabalhadores defenderem conjuntamente seus direitos.

Outra forma de manter esses direitos trabalhistas em conjunto é a filiação em sindicatos de categorias. O surgimento dos sindicatos contemporâneos se deu pelo empresário britânico Robert Owen, na segunda década do século XIX, incentivando "a agremiação dos operários em sindicatos (trade unions)", o que transformou o movimento sindical no mais poderoso instrumento de conquista dos direitos sociais-trabalhistas. Aos poucos, a luta de classes foi sendo substituída pelo entendimento entre trabalhadores e empresários, tendo o êxito de tais negociações fortalecido as entidades sindicais.

No Brasil, o movimento sindical se inicia no início da década de 1920. O movimento sindical efetivou-se basicamente no século XX, em decorrência do processo de industrialização, e esteve ligado a correntes ideológicas como o positivismo, o marxismo, o socialismo, o anarquismo, o anarco-sindicalismo, o trabalhismo vanguardista, e o populismo.

O movimento sindical mais forte no Brasil ocorreu em São Paulo, onde os imigrantes integravam a massa de trabalhadores das fábricas e indústrias. Os sindicalistas ativos eram os anarquistas italianos que, surpreendendo os governantes, desencadearam uma onda de rebeliões, que foi contida por uma violenta repressão policial.

Atualmente, o sindicalismo brasileiro passa por um momento de renovação por conta das novas demandas, como a empregabilidade, a globalização dos serviços e cada vez mais, a luta por condições dignas de trabalho.

Quanto à educação, os professores e funcionários de escolas públicas e privadas podem contar, além das garantias trabalhistas,com o apoio dos sindicatos e cooperativas de profissionais da educação em cada estado brasileiro. Por exemplo cito a atuação do SINPRO-Rio - Sindicato Municipal dos Professores do Rio de Janeiro http://sinpro-rio.org.br. ().

Há 73 anos lutando pelos direitos dos professores e funcionários da Educação Básica, Ensino Superior, cursos livres e de idiomas,o Sinpro-Rio,oferece, segundo as disposições do Estatuto do Sinpro-Rio, em seu Art 4º:

Art. 4.º - São deveres do Sindicato:
a) defender o regime democrático e a liberdade de manifestação e de expressão;
b) defender a melhoria do ensino, da formação e das condições de vida e trabalho do magistério;
c) promover a solidariedade intersindical;
d) defender o ensino público, gratuito e de qualidade para todos;
e) editar publicações e promover cursos, palestras e conferências;
f) manter atividades de lazer, assistência judiciária e convênios em benefício de seus associados.


Apesar dessas garantias e inúmeros serviços oferecidos aos sindicalizados em prol de seu aprimoramento, saúde e lazer, poucos ainda são os professores que se se unem à essa bandeira, pois temem serem banidos ou não aceitos nos estabelecimentos de ensino. No entanto, se cada um de nós trabalhadores, lutássemos por melhores garantias de emprego e renda, unindo-nos aos diversos sindicatos e participando das convocaçôes, certamente seríamos levados mais a sério, pois o passado das relações trabalhistas foi de luta, por essa razão, a luta continua!

Abraços sinceros

Semíramis

ACOMPANHAR

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