23 de jan. de 2011

Educação em Tempos de Sorriso Azul


Educação em Tempos de Sorriso Azul
Profª Semíramis Franciscato Alencar Moreira

A importância dos Cursos a Distância no País e novas perspectivas educacionais
A primeira expressão do cosmonauta russo Yuri Gagarin em órbita na Terra deve ter agradado o espírito do unificador da Dinamarca -  Harald Blåtand, conhecido por Bluetooth; "A Terra é azul" disse pelo rádio, em russo, o precursor da era da comunicação, quando só os militares podiam botar a mão em computadores...Não sei como dizer isso em russo ou se ele sorriu ao dizer outras coisas quando passava sobre as cabeças dos americanos que, por sua vez, provavelmente torciam para a nave explodir naqueles tempos de guerra fria.
Dois anos depois, os valentes soviéticos, ateus convictos graças a Deus, puseram uma mulher em órbita – talvez porque falasse demais na Terra ou para testar se falaria menos em órbita – jamais saberemos, mas com certeza o marketing político e o espírito crítico são os pólos opostos que somente a educação, de maneira continuada, integrada ao dia a dia de uma sociedade complexa, pode esclarecer.
Eis aí uma armadilha: Se os políticos, dependentes químicos do poder, serviçais prestimosos da máquina econômica que não patrocina cursos de formação, que escolhe funcionários na medida inversa de suas responsabilidades sociais, como, então, confiar nos diversos ministérios e políticas de educação? Como esconder o sexo da mulher? Ela ganha menos pelo potencial maternal, dos meses que se afastará para renovar nossos quadros sociais... Como renovar, mesmo "à distância", conhecimentos que farão um empregado exigir mais por sua mão de obra? Sorria... "A Terra é azul!"
-" Coloca três turnos aí, encarregado, revezando a cada semana uma turma! Senão algum peão vai tomar seu lugar ou o meu com essa moda de estudar para melhorar de vida!". O verniz do crescimento econômico, principalmente no Brasil, está sobre, camarada Gagarin, um moedor de carne, daquele tipo que o Pink Floyd mostrou moendo crianças no pós guerra europeu; quem mandou aqueles órfãos perderem seus pais na guerra?
Quem mandou nascer no Brasil, país de propaganda premiada? Feita pela elite, onde uns poucos ganham bolsas universitárias federais para trabalhar a serviço do grande capitalismo de consumo e das contas oficiais do Governo Federal. Aliás, este é o ABCDE do mundo contemporâneo: Armas, Bancos, COMUNICAÇÃO, Drogas e Energia. Não raro, o verniz tem que ser passado também nos governos; estes sim, são o viés, de alto a baixo, dólar e bolsa na pechinchada política de educação que recebe muito menos recursos que os setores "produtivos", quando comparamos o orçamento brasileiro por setores; se comparamos o célebre "dólar/aluno/ano" também ficamos abaixo de muitos, muitos países, até mesmo vizinhos mais "pobres" como Argentina e Chile. Por quê? Qual é nossa percepção de riqueza? Quanto vale a vida?
Terá nossa educação, ou melhor, a falta dela, efeitos no "jeitinho" corrupto e impune – brasileiro – de julgar ricos e pobres? Será a educação um dos pilares de uma libertação que não interessa aos bancos que cobram juros escorchantes dos superendividados para darem dividendos aos acionistas dos países de origem? "Ora, que isso?" dirá você em um sorriso azul, "você está sério demais... Relaxa senão não encaixa!"

Muito tem sido falado sobre as novas metodologias de ensino, em especial, os cursos a distância, cada vez mais atraentes no que consiste à flexibilidade de tempo, baixo custo e qualidade de ensino. O número de cursos a distância oferecidos no Brasil cresceu quase 20 vezes entre 2002 e 2009, saltando de 46 graduações abertas para 844 no mesmo intervalo. Em porcentagem, representa 1.834% de crescimento em sete anos. As universidades, faculdades e outras instituições de ensino particular respondem pela maior oferta, segundo informações do MEC (Ministério da Educação), tendo reunido 444 cursos ou 52% do total da oferta em 2009. Os dados são do Censo do Ensino Superior, do Ministério da Educação e Cultura (MEC).

Vale lembrar que o ensino a distância (EAD),  fechou 2010 com cerca de 973 mil alunos, 30% de todos os universitários de instituições particulares, e movimentou cerca de R$ 2,2 bilhões em 2010. Para 2011, a expectativa, de acordo com a Associação Brasileira de Ensino a Distancia (Abed) é obter um crescimento de 8%, o que representaria uma injeção de R$ 176 milhões na movimentação do segmento.
 A chegada de uma nova geração, criada em meio a equipamentos eletrônicos, também é um grande diferencial para o EAD em 2011. "Este ano marca a chegada à universidade de crianças que já cresceram em contato com o computador, seja em lan houses ou em casa; esse aluno chegou à faculdade e já vem livre de preconceito para com qualquer contato virtual", afirma Renato Bulcão, diretor da Abed (Associação Brasileira de Ensino a Distância).
Assim sendo, essa modalidade de ensino pode ser abrangente, o processo de ensino-aprendizagem, mediado por tecnologias, onde professores e alunos estão separados espacial e/ou temporalmente, conectados, interligados por meio das tecnologias– desde as telemáticas como a Internet até mesmo às mais simples, como o telefone, o fax, a vídeo-conferência, o rádio, entre outras formas.
A modalidade de ensino a distância EAD não é nova. O que tem mudado primordialmente  são as tecnologias que são utilizadas em diferentes projetos e cursos a distância. Esta modalidade de educação surgiu no final do século XIX, onde instituições particulares nos EUA e na Europa ofereciam cursos por correspondência destinados ao ensino de temas vinculados a ofícios de escasso valor acadêmico. Muitos não acreditavam no seu potencial, pois parecia que era um estudo para os que fracassaram na vida escolar convencional. Somente na década de 60, com a criação de universidades à distância que competiam com a modalidade presencial, foi possível superar muitos preconceitos da EAD. (LITWIN, 2001, p. 15).
Os cursos a distância tem como principal mediador o professor, responsável pela integração do aluno às atividades propostas; sua atuação deve ser dinâmica, cedendo estímulos e materiais de apoio diversos para que o aluno possa aprender e desenvolver suas atividades com a maior gama de informações possíveis, além do suporte constante do professor. Segundo dados dos REFERENCIAIS DE QUALIDADE PARA EDUCAÇÃO SUPERIOR A DISTÂNCIA, definidos pelo MEC, em complemento às determinações específicas da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, do Decreto 5.622, de 20 de dezembro de 2005, do Decreto 5.773 de junho de 2006 e das Portarias Normativas 1 e 2, de 11 de janeiro de 2007, consta que:
"Não há um modelo único de educação à distância, os programas podem apresentar diferentes desenhos e múltiplas combinações de linguagens, recursos educacionais e tecnológicos. A natureza do curso e as reais condições do cotidiano e necessidades dos estudantes são os elementos que irão definir a melhor tecnologia e metodologia a ser utilizada, bem como a definição dos momentos presenciais necessários e obrigatórios, previstos em lei, estágios supervisionados, práticas em laboratórios de ensino, trabalhos de conclusão de curso, quando for o caso, tutorias presenciais nos pólos descentralizados de apoio presencial e outras estratégias". (MEC, Brasília, agosto de 2007)

Com essa nova abordagem, o conceito de curso a distância, bem como o de aula, também muda. O tempo e espaço da aula poderão se tornar cada vez mais flexíveis. O professor continuará sendo o agente mediador e impulsionador da aprendizagem, e poderá enriquecer esse processo com as possibilidades que as tecnologias interativas proporcionam: através de e-mails, listas de discussão, alunos e professores podem fomentar debates e discussões através de textos e artigos provenientes de diversos sites de informação, transmissões ao vivo de seminários e palestras via streaming (o que possibilita imagem e som em tempo real com possibilidade de interação); poderá também ampliar seu foco através das redes sociais, desenvolvimento de blogs e vídeos sobre determinado aprendizado.
A partir dos acontecimentos em seu cotidiano, não apenas no horário da aula, poderá manter-se estudando, até mesmo nos momentos de lazer, ou seja, transformando seu aprendizado, escolar ou acadêmico, num aprendizado, constante, para a vida. Tenho, para esses objetivos, ferramentas pré-desenvolvidas à base de blogs coletivos.
Assim, os cursos a distância promovem a idéia de que tanto professores quanto alunos estarão motivados, entendendo "aula" como pesquisa e intercâmbio. Com isso o papel do professor se redimensiona, onde ele se torna um supervisor, um animador, um incentivador dos alunos na instigante jornada da aprendizagem. Tudo vai depender do espírito crítico que cada um de nós, educadores, individual e sinergicamente fizermos, nesse novo ciclo que se inicia.
Em tempos de aquecimento global, as máscaras podem cair e, de repente, a educação estará a bordo de uma sonda governamental, mundial, como o Nautilus do Capitão Nemo..."Humanos, bemvindos ao educado mundo novo"! "Bem Be Bês e mentirosos estão fora", isso inclui, claro, quase todos os políticos e grandes capitalistas da atual "civilização".




FONTES BIBLIOGRÁFICAS




MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO - SECRETARIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - REFERENCIAIS DE QUALIDADE PARA EDUCAÇÃO SUPERIOR A DISTÂNCIA – Brasília, agosto de 2007

Ensino a distância prevê crescer 8% em 2011 e passar dos R$ 2,2 bilhões - http://www.dci.com.br/noticia.asp?id_editoria=7&id_noticia=357023&editoria

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Profª Semíramis Franciscato Alencar Moreira - Janeiro de 2011 

Internet, infância e juventude

MARCUS VINICIUS DE AZEVEDO BRAGA
acervobraga@gmail.com  

Brasília, DF (Brasil)
 

Internet, infância e juventude

 
Muitas invenções e descobertas do ser humano modificaram a sua vida cotidiana de forma irreversível. A lâmpada elétrica, o avião, a propulsão a vapor, a pílula anticoncepcional..., somente para apresentar as mais relevantes no campo da tecnologia.
A última década inseriu com grande capilaridade em nossas vidas uma outra descoberta – a Internet – que, pela sua capacidade de vencer distâncias e a interação entre os componentes dessa rede, trouxe mudanças significativas em nossos hábitos, em especial das crianças e jovens atuais, que cresceram à luz deste mundo multiconectado.
Para além da questão da habilidade em operá-la, onde jovens e crianças manuseiam os computadores com destreza e naturalidade, a Internet mexeu diretamente com o contato destes com o mundo, sendo esta uma relação mediada. Conversam os nossos jovens com seus amigos por meio de teclados, monitores e programas. Os encontros, as brigas, o lazer, tudo se faz por intermédio da máquina, em jornadas de horas a fio, em dias e madrugadas, conversando, navegando e interagindo.
Além da mediação, a Internet cria no jovem e na criança o hábito de realizar várias coisas ao mesmo tempo, a similitude do ambiente multitarefa dos computadores, com múltiplas janelas abertas, disputando a atenção dos sentidos sobre-excitados, entre sons e imagens.
Por fim, a Internet traz ao jovem e à criança uma lógica programática, de seguir um rumo pré-determinado pelos sistemas, à maneira dos "IF-THEN-ELSE" da programação, atingindo os níveis pelo seu esforço e dedicação e pouco pela sua criatividade, no perigoso "efeito RESET", onde, não gostou, reinicia tudo. O amigo máquina pode servir de substituto do convívio, do abraço e do "bom-dia". O jovem vê tudo pela lente, escravo daquela forma de se relacionar com o mundo, como uma muleta para ser ele mesmo.
Essa vivência mediatizada pela máquina esconde o jovem dos outros, dos seus próximos, em máscaras de "nick-names". As ações múltiplas que trazem movimento, ao mesmo tempo impingem pouca profundidade nas relações. A visão programática favorece o individualismo, a competitividade e o desapego. Pequenos exemplos de pontos negativos na personalidade e que necessitam ser trabalhados, entendendo a Internet como algo irreversível, que trouxe avanços, mas como tudo, demanda cuidados.
Entretanto, como tudo na vida, a Internet guarda em si grandes possibilidades, latentes, que precisam ser exploradas. As construções colaborativas (WIKI), as possibilidades de pesquisa e, ainda, a imensa capacidade de mobilização da rede, agindo no mundo virtual para operar mudanças no mundo real são exemplos dessa atuação que enriquece. A Internet, bem dosada, é ferramenta de desenvolvimento e de amadurecimento da infância e da juventude, para as construções do reino de Deus sobre a Terra.
Como realidade inconteste e sem volta, cabe a nós, no movimento espírita, que labutamos na seara infanto-juvenil, propiciar a orientação adequada ao uso dessa potencialidade, incentivando nessa rede as opções de crescimento, de troca de material, de divulgação de artigos, de reencontro dos amigos, de debates virtuais, blogs, coberturas on-line, campanhas fraternas e uma gama de boas práticas que mostram que usar essa rede é muito mais que isolar-se no seu mundinho em jogos e movimentos superficiais.
Não adianta torcer o nariz para essa inovação tecnológica que diariamente bate à porta de nossas residências. Importa enxergar nesse instrumento um caminho de fraternidade e de união entre os Espíritos encarnados, na realização do grande sonho da comunicação global, do respeito às diferenças e na construção da almejada fraternidade universal entre os povos, que depende muito mais de nossa transformação moral do que de equipamentos eletrônicos.
Faz-se necessário incluir a Internet em nossas aulas, atividades e discussões com os jovens, aproveitando essa dádiva. Negá-la é isolar-se do mundo dos jovens e das crianças, afastando-os da mesma forma.

22 de jan. de 2011

(Alavanca Social) Trote da Cidadania


Alavanca Social - Assessoria e Treinamento no 3º Setor em áreas de Gestão, Captação de Recursos, Elaboração de Projetos Sociais, Palestras e Treinamento. http://alavancasocial.wordpress.com
Vejam a seguir a chamada de ação da Fundação Educar Dpaschoal:

Prêmio Trote da Cidadania 2011




Prêmio Trote da Cidadania 2011

Inscrições Abertas! Participe com sua Ação!

Mais um ano começando e como já é tradição há 12 anos a Fundação Educar DPaschoal inicia mais uma campanha do Trote da Cidadania, projeto cujo principal objetivo é envolver jovens de escolas técnicas e universitários em ações cidadãs, como forma de despertá-los para o empreendedorismo e o protagonismo social.

Desta forma, para registrar e reconhecer as boas referências em trote solidários realizados em todo o Brasil estão abertas as inscrições do Prêmio Trote da Cidadania. O concurso é uma maneira de contribuir com a formação de jovens mais engajados e profissionais conscientes de seu papel cidadão.

Participe com sua ação de trote solidário!

Inscrições
  • 17 de janeiro a 4 de abril de 2011.
Categorias e Subcategorias
  • Ensino Superior
    • Ação
    • Cartaz
    • Fotografia
    • Vídeo
  • Ensino Técnico
    • Ação
Premiação
  • Categoria Ensino Superior, subcategoria Ação
    • Voucher de R$ 1.000,00 por participante para fins acadêmicos
  • Categoria Ensino Superior, subcategoria Fotografia
    • Máquina fotográfica digital
  • Categoria Ensino Superior, subcategoria Vídeo
    • Máquina filmadora digital
  • Categoria Ensino Superior, subcategoria Cartaz
    • Licença de software de edição de imagens
  • Categoria Ensino Técnico
    • Notebook
Para mais informações, regulamento e inscrições
www.trotedacidadania.org.br
contato@trotedacidadania.org.br

Vejam mais em http://alavancasocial.wordpress.com

Abs
Marcelo Rachid de Paula
Alavanca Social - Assessoria e Treinamento 3º Setor
marcelo.rachid@alavancasocial.com.br
marcelo.rachid@hotmail.com (msn)
http://alavancasocial.wordpress.com
(11)3379-8176 / (11)6201-0700/(11)7655-2347
"Promovendo soluções sociais"
-------------------------------------------------------------------------------
Faça todo o bem que você puder,
com todos os recursos que você puder,
por todos os meios que você puder,
em todos os lugares que você puder,
em todos os tempos que você puder,
para todas as pessoas que você puder,
sempre e quando você puder."
( John Wesley )
_____________________________________________
xyz  

21 de jan. de 2011

L . I . V . R . O - Local de Informações Variadas, Reutilizáveis e Ordenadas


Sensacional!

Novo e revolucionário conceito de tecnologia de informação

Na deixa da virada do milênio, anuncia-se um revolucionário conceito de tecnologia de informação, chamado de Local de Informações Variadas, Reutilizáveis e Ordenadas - L.I.V.R.O.

L.I.V.R.O. representa um avanço fantástico na tecnologia. Não tem fios, circuitos elétricos, pilhas. Não necessita ser conectado a nada nem ligado. É tão fácil de usar que até uma criança pode operá-lo. Basta abri-lo!

Cada L.I.V.R.O. é formado por uma seqüência de páginas numeradas, feitas de papel reciclável e capazes de conter milhares de informações. As páginas são unidas por um sistema chamado lombada, que as mantêm automaticamente em sua seqüência correta.

Através do uso intensivo do recurso T.P.A. - Tecnologia do Papel Opaco - permite-se que os fabricantes usem as duas faces da folha de papel. Isso possibilita duplicar a quantidade de dados inseridos e reduzir os seus custos pela metade!

Especialistas dividem-se quanto aos projetos de expansão da inserção de dados em cada unidade. É que, para se fazer L.I.V.R.O.s com mais informações, basta se usar mais páginas. Isso, porém, os torna mais grossos e mais difíceis de serem transportados, atraindo críticas dos adeptos da portabilidade do sistema.

Cada página do L.I.V.R.O. deve ser escaneada opticamente, e as informações transferidas diretamente para a CPU do usuário, em seu cérebro. Lembramos que quanto maior e mais complexa a informação a ser transmitida, maior deverá ser a capacidade de processamento do usuário.

Outra vantagem do sistema é que, quando em uso, um simples movimento de dedo permite o acesso instantâneo à próxima página. O L.I.V.R.O. pode ser rapidamente retomado a qualquer momento, bastando abri-lo. Ele nunca apresenta "ERRO GERAL DE PROTEÇÃO", nem precisa ser reinicializado, embora se torne inutilizável caso caia no mar, por exemplo.

O comando "browserr" permite fazer o acesso a qualquer página instantaneamente e avançar ou retroceder com muita facilidade. A maioria dos modelos à venda já vem com o equipamento "índice" instalado, o qual indica a localização exata de grupos de dados selecionados.

Um acessório opcional, o marca-páginas, permite que você faça um acesso ao L.I.V.R.O. exatamente no local em que o deixou na última utilização mesmo que ele esteja fechado. A compatibilidade dos marcadores de página é total, permitindo que funcionem em qualquer modelo ou marca de L.I.V.R.O. sem necessidade de configuração.

Além disso, qualquer L.I.V.R.O. suporta o uso simultâneo de vários marcadores de página, caso seu usuário deseje manter selecionados vários trechos ao mesmo tempo. A capacidade máxima para uso de marcadores coincide com o número de páginas.

Pode-se ainda personalizar o conteúdo do L.I.V.R.O. através de anotações em suas margens. Para isso, deve-se utilizar um periférico de Linguagem Apagável Portátil de Intercomunicaçã o Simplificada - L.A.P.I.S. Portátil, durável e barato, o L.I.V.R.O. vem sendo apontado como o instrumento de entretenimento e cultura do futuro. Milhares de programadores desse sistema já disponibilizaram vários títulos e upgrades utilizando a plataforma L.I.V.R.O., a última palavra em tecnologia. 

Vamos ler mais, minha gente!
 
 

16 de jan. de 2011

Entre Rosas e Canhões - O Ensino Superior na Ditadura Militar.

Entre Rosas e Canhões – O Ensino Superior na Ditadura Militar.

 

"(...) Nas escolas, nas ruas, campos, construções / Somos todos soldados, armados ou não,

Caminhando e cantando e seguindo a canção,/ Somos todos iguais, braços dados ou não,

Os amores na mente, as flores no chão ,/ A certeza na frente, a história na mão,

Caminhando e cantando e seguindo a canção ,/ Aprendendo e ensinando uma nova lição(...)"

 

Geraldo Vandré – Prá Não Dizer que Não Falei de Flores.

 

Na América Latina, a guerra fria resultou na instalação de sangrentas ditaduras militares. No Brasil, o presidente Jânio Quadros, que tomara posse em janeiro de 1960, substituindo Juscelino Kubitschek, renunciava seis meses depois, quando o seu vice, João Goulart, se achava em viagem à China.

Substituto legal de Jânio, Jango, teve sua posse contestada pela mesma ala militar que havia causado o suicídio de Getúlio Vargas. Diante da reação popular liderada pelo governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola, chegou-se a uma solução: Jango foi empossado, mas com poderes limitados, num regime parlamentarista.

Um plebiscito no ano seguinte restaurou o presidencialismo. Os conspiradores militares não se conformaram e em 31 de março de 1964 derrubavam o presidente com um golpe. O Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, assumiu a presidência prometendo eleições. A promessa foi cumprida, mas depois de se mudarem as regras do jogo: as eleições não seriam mais diretas e sim por um colégio eleitoral composto pelos membros do Congresso.

Para garantir a vitória do candidato militar, cassaram-se mandatos de oposicionistas e assim foi eleito outro general, Arthur da Costa e Silva, para substituir Castelo. Iniciava-se no Brasil uma ditadura sui generis - sem um ditador, pois os generais se revezavam no poder a cada quatro anos - que iria durar vinte anos. A partir de 1968, com o Ato Institucional nº 5, baixado com o propósito de combater as manifestações estudantis e a luta armada iniciada contra o governo de exceção, instituiu-se um regime de medo, com prisões, violências e execuções não esclarecidas até o fim do século.

Nisto, a Universidade Pública no Brasil sofreu um duro golpe em sua liberdade. Apesar disso, em algumas delas, resiste o potencial crítico e contestatório que poderiam, segundo Habermas: " conduzir a conflitos desestabilizadores para o sistema" (in:Offe, 1990:51). O sistema educacional na ditadura militar é de caráter reprodutivista e tecnocrata, visando à escolarização e qualificação da força de trabalho, funções que dizem respeito ao Estado capitalista que estava se formando então.

No entanto, o Estado Militar precisava, para se legitimar, da adesão de uma parte dos intelectuais, das camadas médias e das massas populares. Constantemente apelavam à favor da democracia e da liberdade, ao contrário do que praticava. Clamavam o fim da pobreza, porém o nível de pobreza relativa se mantinha, ou ainda, aumentava mais.

O  crescimento econômico dos 70 milhões em ação e a disseminação da idéia de "Brasil Potência" criam uma máscara que encobria a concentração de renda desmedida e a intensificação da exploração da força de trabalho.

"Esta estratégia de hegemonia adotada pelo regime militar inclui o uso dos veículos de comunicação de massa, com destaque para a TV Globo. Inclui Igualmente as políticas sociais, entre as quais a política educacional". (Germano, 1994:103)

Neste sistema político, havia intelectuais envolvidos com a doutrina militarista. Estes desenvolviam processos de coerção e cediam membros seus para ocuparem as pastas da educação, justiça, bem como cargos de confiança e de reitores . Neste quesito, a USP foi a grande aliada do Governo Militar na expansão de seus domínios e na promoção de uma práxis combativa e altamente agressiva.   

A Reforma Universitária surge em 1968.  Fruto de dura repressão aos Movimentos de Educação e Cultura Popular, às universidades e centros acadêmicos que foram fechados e seus integrantes presos e cassados. Alguns desses movimentos educacionais eram considerados inimigos do Estado, pois apresentavam um  ideário "nitidamente subversivo",  de "subversão educacional" ou ainda "obra perniciosa colocada a serviço da subversão". ( Germano, 1989:168).

As universidades foram objeto de intervenção militar, como a Universidade de Brasília (UnB) Três vezes invadida por tropas militares. Na primeira destas invasões, o reitor Anísio Teixeira, um dos principais educadores do país e articulador do projeto de renovação da UnB, foi destituído de suas funções. Foram efetuadas prisões de professores e estudantes, instaurado um Inquérito Policial Militar e o interventor demitiu de imediato treze professores sem qualquer motivo aparente.

Nas demais invasões, o reitor convoca  a Polícia Militar  para atuar no campus por mais de uma semana, prendendo e espancando professores e alunos. Em sinal de protesto, 210 professores se demitiram simultaneamente.

A destruição do projeto inovador sonhado pelos educadores da UnB tornou-se uma realidade. Em 1968 ocorre a terceira invasão, ainda mais turbulenta e agressiva. Os educadores, neste momento, atuam como agentes de conscientização dos estudantes. "Aprendendo e ensinando uma nova lição(...)".

 O Regime encontrou grandes obstáculos no âmbito universitário graças às ações dos grupos estudantis organizados. Estes grupos foram severamente reprimidos, como no caso da UNE, no Rio de Janeiro, que um dia após o golpe de 64, foi incendiada e invadida por forcas direitistas.

 Em novembro do mesmo ano, a chamada Lei Suplicy, por Flávio Suplicy de Lacerda, ministro da educação, coloca a UNE (União Nacional dos Estudantes) e as UEEs (Uniões Estaduais de Estudantes) na ilegalidade e cria novos órgãos de representação estudantil controlados pelo Estado. Esta foi mais uma tentativa de coibir e aniquilar a luta organizada dos movimentos estudantis. "Os amores na mente, as flores no chão, A certeza na frente, a história na mão(...)".      

Em 1966, os estudantes reagem contra o autoritarismo e a política educacional dos militares. Ocorrem movimentos como a "Setembrada", um movimento nacional contra a repressão. Em 1967, começam as mobilizações contra os acordos MEC-Usaid entre outros aspectos da política educacional, tais como a falta de vagas nas universidades, pouca verba para a educação e privatização do Ensino Público.

Segundo Cunha: "A concepção da universidade calcada nos modelos norte-americanos não foi imposta pela Usaid, com a conivência da burocracia da ditadura, mas, antes de tudo, foi buscada, desde os fins da década de 40, por administradores educacionais, professores e estudantes, principalmente aqueles como um imperativo da modernização e, até mesmo, da democratização do ensino superior em nosso país. Quando os assessores norte-americanos aqui desembarcaram, encontraram um terreno arado e adubado para semear suas idéias" (1988:22)

A reforma de 1968 não foi, portanto, uma incorporação plena das recomendações de Rudolph Atcon e numa imposição da USAID através de seus assessores junto ao MEC. Esta idéia de modernização e inovação tecnológica nos moldes americanos vem desde os impulsos educacionais da década de 40. Esta modernização do ensino superior foi posta em prática pelas instituições militares e reivindicada por setores da sociedade civil, como a própria UNE. A racionalização da educação, aproximando-a do mercado de trabalho e a profissionalização do ensino médio são algumas das idéias constantes na teoria do capital humano. Estas idéias antecipam aspectos que serão contemplados na lei 5692/71.

O ex-ministro do planejamento Roberto de Campos (1969:75-6) aponta os chamados defeitos genéricos do sistema educacional, dentre os quais se encontram: O planejamento da educação com base predominantemente em critérios demográficos; baixa relação aluno/professor; absenteísmo; greves; subutilização do ano letivo, fragmentação do corpo docente; o obstáculo da gratuidade como fator de impedimento de maior acessibilidade.

A década de 1970 iniciou-se no Brasil sob a ditadura do AI-5 e a presidência do general Emílio Garrastazu Médici. Havia censura total dos meios de comunicação, prisões arbitrárias, tortura e desaparecimento de presos políticos. Houve execuções sumárias, como a dos militantes Carlos Marighella e o capitão Lamarca, líderes da resistência armada ao regime.

A euforia causada pela conquista do tricampeonato na Copa do Mundo de 1970 e os índices de crescimento econômico, que já subiam desde 1967 e se estabilizaram em torno de dez por cento nos primeiros anos da década, ajudaram a reforçar a imagem de eficiência do governo. Era o "milagre econômico". A eficiente máquina publicitária dizia que o Brasil era uma "ilha de tranqüilidade", que o povo era feliz e só uns poucos maus brasileiros discordavam. Para eles foi criado o slogan "Brasil, ame-o ou Deixe-o".

Na cúpula militar, porém, nem todos concordavam com a dureza da repressão, defendida pelo grupo de "linha dura", e os moderados conseguiram levar ao poder o general Ernesto Geisel, que iniciou o processo de normalização da vida brasileira.

O começo dessa nova presidência enfrentou resistências, terrorismo militar e até ameaças de golpe, mas quando Geisel passou o governo ao general João Batista Figueiredo, o processo de abertura política já estava bem encaminhado.

Assim, o papel docente superior vem acompanhado de uma união do meio acadêmico e dos estudantes como forma de defesa de suas próprias ideologias e práticas educativas. Neste período negro de nossa história, alunos e professores são os atores principais que, além de denunciarem esta prática ditatorial para o mundo, conduziram o processo de redemocratização do país à partir da década de 80.

"Caminhando e cantando e seguindo a canção, somos todos iguais, braços dados ou não / ns escolas, nas ruas, campos, construções / caminhando e cantando e seguindo a canção..."

 

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

 

CUNHA. L. A "Ensino Superior e Universidade no Brasil" In: LOPES, E M & FARIA FILHO, L M & VEIGA, C G (Orgs) 500 anos de Educação no Brasil. BH, Autentica, 2000.

 

GERMANO. J. Willington,  Estado Militar e Educação no Brasil 2ª ed. Sp, Cortez, 1994.

 

VANDRÉ. Geraldo Prá Não Dizer que Não Falei das Flores. III FIC, 1968.   

 

 Artigo escrito por Semiramis Franciscato Alencar Moreira em Agosto de 2006

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