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3 de out. de 2013

208 anos de Allan Kardec - Allan Kardec, o Pedagogo e o Codificador - Marta Antunes Moura - (Entrevista)

Hoje é 03 de outubro, dia de celebrarmos a encarnação de Allan Kardec. 
Sua passagem na Terra nos trouxe uma nova visão de vida através dos cinco livros codificados por ele, por meio dos espíritos, sob os ensinamentos de Jesus. 
Kardec ao sistematizar a Doutrina Espírita trouxe uma nova visão sobre a reencarnação, a vida que vivemos e como nela podemos evoluir, em comunhão com a humanidade.
Kardec, o Professor Rivail, era um pedagogo e um professor, o único autorizado por Pestalozzi a falar em seu nome e proferir palestras sobre educação especial. Dados que poucas pessoas sabem, Kardec fundou uma escola e dedicou sua vida à caridade, ao bem e a  verdade.
Viva Hippolyte Leon Denizard Rivail!
Viva Allan Kardec e seu legado de amor!!



Allan Kardec, o Pedagogo e o Codificador - Marta Antunes Moura - (Entrevista)

Marta Antunes Moura, coordenadora das Comissões Regionais na área da Mediunidade da Federação Espírita Brasileira (FEB), concedeu ao jornal Evangelho e Ação por ocasião do IV Congresso Espírita Mineiro a entrevista que se segue sobre o tema que abordou em sua conferência: Allan Kardec, o Pedagogo e o Codificador. A expositora falou-nos acerca do ilustre codificador de nossa Doutrina de modo elucidativo e comovedor. O professor Rivail não foi apenas um simples professor na Instituição em que trabalhava na cidade de Paris, pois seu intuito era interagir com seus alunos trazendo-lhes noções de bem viver. "Kardec se fundamentava na formação moral das pessoas", - observou Marta. Ela ainda ressaltou que a metodologia pedagógica adotada por Kardec teve como base os postulados do professor Pestalozzi, apresentando-os de forma eloqüente.
Na FEB seu campo de ação se desenvolve em dois tipos de trabalho, um ligado à parte doutrinária – com a elaboração de apostilas e artigos - e outro de âmbito nacional focado na área mediúnica.
Desde 2003, vem desenvolvendo um trabalho voltado ao estudo do Evangelho. A FEB com esta proposta lançou as apostilas "Cristianismo e Espiritismo", que trata da história da evolução religiosa da humanidade, e "Ensinos e Parábolas de Jesus" que tiveram a contribuição direta de Honório de Abreu e Haroldo Dutra Dias. São sessenta e quatro roteiros de estudo do Evangelho. Marta também escreve para a coluna "Em dia com o Espiritismo", da revista O Reformador, na qual trata da atualidade científica fazendo uma correlação com o Espiritismo.
Jornal Evangelho e Ação (Jornal): O fato de Allan Kardec ter estudado com o grande pedagogo Johann Heinrich Pestalozzi teria influenciado no método pelo qual ele codificou nossa doutrina? A senhora acredita que ele poderia ter tido alguma dificuldade caso não houvesse estudado com o sábio educador?
Marta Antunes Moura (Marta): Em relação à primeira pergunta diria que o método de Pestalozzi influenciou o aprendizado de Kardec, tanto como educador quanto como codificador. Esses ensinamentos foram a base da formação do codificador, do homem propriamente dito, do profissional da educação. Quanto à segunda pergunta, não acredito que Kardec teria dificuldades sem o auxílio e a proteção de Pestalozzi. É uma opinião particular. Acho que ele era um espírito preparado. Desde as Gálias, antes da formação da França, propriamente dita, ele foi um sacerdote druida, que lidava com o além túmulo. Acredito que não teria dificuldades, pois tinha uma formação moral e acadêmica, proveniente de várias existências. Muitos afirmam que teria sido João Huss. No campo da moral, da educação e do conhecimento era muito firme. Falava com simplicidade, como se fosse tudo muito fácil, mas é porque tinha conhecimentos acumulados. Se Kardec não houvesse estudado com Pestalozzi talvez não teria seu trabalho tão facilitado, teria que trabalhar mais. Acredito, que a presença de Pestalozzi em sua vida e a educação católica que recebeu com seus pais foram para lembrar aprendizados já adquiridos anteriormente e desenvolver sua intuição para que pudesse recordar da sua missão.
Jornal: Muitas pessoas dizem que a Doutrina Espírita é uma doutrina elitista, de difícil compreensão para pessoas menos instruídas. A senhora concorda com esta afirmação? Por que?
Marta: Não. E nem deveria existir este pensamento, porque se a Doutrina Espírita é o Cristianismo Redivivo temos que levá-la para todas as pessoas. Justamente por não conhecer o método utilizado por Kardec é que muitos afirmam isso. A questão não é a Doutrina e sim o método que é utilizado para levar a outras pessoas o conhecimento do Espiritismo. Se basearmos apenas no método mecânico e acadêmico fica difícil para quem tem pouco estudo entender. Agora, se usarmos o método natural, aquele proposto por Kardec e Pestalozzi, que é o mesmo utilizado por Jesus, fica muito fácil. Na atualidade, muitas pessoas transmitem a Doutrina Espírita adotando uma postura intelectualizada, não considerando o ouvinte que é o objeto do aprendizado, não se inteirando do método educativo, utilizado por Kardec.
Jornal: Quais são os métodos pedagógicos utilizados por Kardec na codificação da Doutrina Espírita?
Marta: Ele teve como fundamentação o método pestalozziano que é de grande valor humanista. Kardec não considerava os alunos como pessoas distantes, mas como pessoas muito próximas, chamava os alunos de "meus amigos". Naquela época, a relação entre o professor e os alunos era baseada no ensino dos jesuítas. O professor tinha que ser impassível, não podia demonstrar emoção, tinha que se revelar uma criatura perfeita. Com Pestalozzi, Kardec adequou o método racional, sistemático, das ciências positivas ao conhecimento moral que deveria ser transmitido, desenvolvendo a relação de amizade com seus alunos, tornando mais fácil o aprendizado. Ele ficou atento ao conhecimento porque este leva a formação profissional, mas não ignorou o valor da formação do caráter, porque a educação é a arte de formar caracteres, conforme se lê em O Livro dos Espíritos. Esta educação moral vem de onde? Vem do Evangelho de Jesus. Apesar de Pestalozzi conhecer a Bíblia e ensiná-la, quem fez o casamento entre o método pestalozziano e o Evangelho foi Kardec. Isso ele fez como somente os mestres sabem fazer.
Jornal: Alguns estudiosos da vida de Kardec afirmam que os espíritas costumam identificá-lo como um homem racional, centrado, destemido, esquecendo de ver o lado amoroso e humano do Codificador. A senhora acha que procede esta informação? Poderia contar-nos algum fato de sua vida que comprove este lado amoroso do mestre lionês?
Marta: Kardec utilizou-se do método racional e de estatísticas porque durante o trabalho da Codificação recebeu informações do mundo inteiro, provenientes de diversos médiuns e de diversos grupos espíritas. Analisou cada pergunta e resposta, aceitando as respostas mais reincidentes. Por outro lado aliava a formação humanista àqueles métodos porque ele media as conseqüências, sobretudo da interação de ensinar dos espíritos. Dessa forma, não podemos considerar um fato isolado, por melhor que seja o cientista, quem assina a mensagem como fenômeno universal. Um fato ou informação isolados não representa uma verdade científica, filosófica ou religiosa universais. As pessoas absorvem a parte racional, ignorando o conteúdo moral e a metodologia afetiva e comportamental proposta. É fácil esquecer que o Codificador apresentava certas características que estão relatadas na Revista Espírita, como a de chamar carinhosamente a esposa de Gabi, pedir desculpas, ter a coragem moral de afirmar e de voltar atrás na interpretação, ajudar os amigos dando-lhes apoio material e moral. Em geral, não observamos esse outro lado. Nos detemos mais na racionalidade, quando na verdade ele foi um exemplo de dignidade, de respeito e de carinho. Sua maneira de ser sugere um temperamento calado e discreto, no entanto, há indicações que na intimidade era uma pessoa agradável, simpática, afável e dócil. No seu comportamento, conforme está registrado em Obras Póstumas, podemos ainda citar algo notável: durante o trabalho da Codificação, por inúmeras vezes, Kardec aceitou correções, tinha a humildade em admitir que precisava voltar atrás, a despeito de todo conhecimento que possuía, com toda autoridade que representava no seio da sociedade francesa, uma sociedade bastante culta e exigente como ainda o é.
Jornal: Na atualidade o Movimento da Pedagogia Espírita tem adquirido um grande destaque junto aos educadores e evangelizadores no Movimento Espírita. Como a senhora analisa isto?
Marta: Analiso como positivo desde que seja uma pedagogia verdadeiramente espírita, que atente não só pelo conteúdo da doutrina, mas às suas conseqüências na formação do caráter das pessoas. Engessar a educação e a pedagogia com mais um método, com mais uma técnica não é o caminho. O grande desafio é reunir toda esta orientação que foi transmitida pelo Codificador e pensar no resultado, na transformação moral e intelectual das pessoas, seguindo o exemplo de Jesus.
Jornal: Qual é a mensagem que a senhora deixa para os leitores do nosso jornal Evangelho e Ação?
Marta: A mensagem é muito simples. É a mensagem de que seremos conhecidos, como nos diz o Cristo, por muito nos amarmos.
Aproveitamos a oportunidade a fim de agradecer a Marta Antunes Moura pelo seu carinho e atenção a nós dispensados, rogando ao Divino e Amado Mestre Jesus que possa continuar abençoando e fortalecendo os seus melhores propósitos de servir.
Paz e Alegria aos nossos corações!
Wellerson Santos

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