26 de jun. de 2012
Governo prevê a contratação de 1,6 mil professores
Governo prevê a contratação de 1,6 mil professores
Medida visa a ampliação das vagas de Medicina nas universidades federais
6 de junho de 2012
Governo prevê a contratação de 1,6 mil professores
O governo terá de contratar 1.618 professores para atender a ampliação das vagas demedicina nas universidades federais, afirmou o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. O plano de expansão, anunciado nesta terça-feira, 5, prevê a criação de 2415 novas vagas para formação de médicos, das quais 1.615 serão em instituições federais. De acordo com Mercadante, um processo de seleção para formar parte da equipe deverá ser feito já este ano.
"Estimamos que 30% das novas vagas previstas para o setor público serão abertas já no segundo semestre", disse o ministro. A pasta deverá gastar R$ 399 milhões para criação das novas vagas e outros R$ 142 milhões anuais para manutenção dos novos cursos. O plano prevê que 400 das 800 novas vagas em instituições particulares serão criadas ainda este ano. Mercadante afirmou que, além das 2.415 novas vagas anunciadas, outras poderão surgir. Ele conta com expansão em universidades estaduais e outras instituições particulares. O aumento de médicos no País é uma encomenda feita pela presidente Dilma Rousseff a Mercadante e ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Ambos trabalham em fórmulas para tentar mudar a relação de oferta de profissionais para população, atualmente de 1,8 para cada mil habitantes. O projeto do governo é que essa relação passe para 2,5. "Vamos concentrar esforços, mas dificilmente atingiremos esta marca até 2020", disse Mercadante.
Das vagas federais, 355 serão obtidas pela expansão de cursos que já existem. Outras 1.260 serão criadas – mais da metade, 640, no Nordeste. Sudeste e Centro-Oeste terão, cada um, 220 novas vagas disponíveis em cursos novos. Instituições de Ensino privado ficarão responsáveis pela abertura de 800 vagas. Minas e São Paulo concentrarão mais de metade dos novos postos : 240 e 220, respectivamente. Pernambuco terá outras 120 em Pernambuco, Bahia 100. Paraíba e Paraná terão 60 vagas novas em instituições privadas. "O fator preponderante não é onde o aluno faz a faculdade, mas onde ele faz o curso de residência", justificou o ministro.
O anúncio foi feito sob protestos do Conselho Federal de Medicina, que garante não ser necessária a ampliação de vagas. "É um equívoco. Isso não vai resolver o problema da falta de assistência no Sistema Único de Saúde", disse o presidente do colegiado, Roberto D'Avila. Para ele, a medida pretende apenas dar visibilidade política ao governo. "O problema de qualidade vai continuar. E isso vale também para universidades federais. Ser pública não é sinônimo de garantia." D'Avila argumenta ainda que a relação de médicos por população também não indica assistência de qualidade. "Basta ver o Distrito Federal, com a maior relação do País: 3,7 por mil habitantes. A saúde na região está bem longe de ser modelo."
Mercadante afirmou que parte das instituições ainda não apresentam todas as condições necessárias para garantir curso. "Não estamos com pressa. Queremos fazer bem feito", disse. Entre os quesitos necessários está a existência de pelo menos 5 leitos SUS para cada vaga demedicina que será criada. Esse quesito, de acordo com o ministro, já está satisfeito. "Nossa expectativa é de que até 2013 todas as condições estejam asseguradas para funcionamento de todas as novas vagas."
Fonte: www.estadao.com.br
Pronatec vai oferecer 40 mil vagas em cursos ligados ao turismo
Pronatec vai oferecer 40 mil vagas em cursos ligados ao turismo
Dilma diz que governo pretende abrir 32 mil vagas em cursos de línguas estrangeiras
25 de junho
Pronatec vai oferecer 40 mil vagas em cursos ligados ao turismo
A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta segunda-feira (25) que o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) vai oferecer 40 mil vagas em cursospara áreas ligadas ao turismo. Até a Copa do Mundo de 2014, o governo federal terá oferecido 240 mil cursos em 30 áreas como agentes de viagem, camareira, garçom, recepcionista de eventos. Em entrevista ao programa de rádio Café com a Presidenta, Dilma disse que o governo promete abrir também 32 mil vagas emcursos de línguas estrangeiras.
Os cursos serão gratuitos e terão oferta em 116 cidades, entre elas, as 12 que serão sede de jogos da Copa do Mundo, os municípios em torno dessas cidades e outras localidades que são destinos turísticos reconhecidos internacionalmente. "Quem tiver interesse em um desses cursosdeve fazer sua inscrição na página do Ministério do Turismo na internet, desta sexta-feira [29/6] até o dia 16 de julho", orientou a presidente durante programa.
Segundo Dilma, o setor de turismo no Brasil cresceu 6% em 2011, o dobro da média mundial; e hoje o setor emprega formalmente 2,8 milhões de trabalhadores em todo o País. Ela atribuiu esse crescimento não só ao aumento de estrangeiros visitando o Brasil, mas também ao turismointerno. "Em 2011, desembarcaram no Brasil 5,43 milhões de estrangeiros. Já os desembarques domésticos, de avião, aqui dentro do país somaram 79 milhões no ano."
Fonte: www.estadao.com.br
Para pesquisadora, educação ambiental é falha no Brasil
Para pesquisadora, educação ambiental é falha no Brasil
Mas o que as escolas têm ensinado sobre o assunto?
25 de junho de 2012
Para pesquisadora, educação ambiental é falha no Brasil
Quem não ouviu falar da Rio+20? Por duas semanas, representantes do mundo todo estiveram no Brasil discutindo soluções para problemas como a emissão de gases poluentes, o desmatamento, a carência de água potável e o descarte de lixo, entre outros temas cuja resolução depende, fundamentalmente, da formação de cidadãos conscientes e comprometidos.
Mas o que as escolas têm ensinado sobre o assunto? Apesar de haver legislação sobre educação ambiental e materiais específicos produzidos pelo Ministério e pelas Secretarias de Educação, será que o conteúdo é trabalhado em sala de aula?
Foi com essa inquietação que a bióloga Claudia Ferreira, também professora de metodologia de ensino ambiental, saiu a campo em escolas públicas de São Paulo.
"Minha constatação foi de que no papel é tudo bonito, mas, na da sala de aula, o material é deixado de lado. Seja pela falta de habilidade e conhecimento do professor, seja pela infraestrutura do sistema", afirma a pesquisadora, que defendeu sua tese de doutorado sobre o tema neste ano na Faculdade de Educação da USP.
Durante dois anos, 2009 e 2010, ela frequentou três escolas estaduais da capital paulista: acompanhou reuniões de planejamento pedagógico, conversou com pais, entrevistou docentes e assistiu a aulas que dão o cenário da situação.
Exemplos
Numa sala de 8.ª série (9.º ano do ensino fundamental), a professora de geografia pediu que os alunos lessem um texto sobre o Fórum Social Mundial e escrevessem sobre o tema. Em outra escola, a docente de ciências desistiu de levar os alunos da 5.ª série (6.º ano) ao jardim interno da escola, apesar da recomendação do material didático. Alegou que dava muito trabalho retirar 47 alunos da sala.
Há casos, é claro, de professores que se esforçam bastante, explica a pesquisadora, mas mesmo assim não conseguem abordar o tema de forma que instigue os alunos. E o motivo não é o desinteresse prévio dos estudantes, mas o tipo de abordagem.
"A criança e o adolescente são muito interessados, mas querem atividades que façam sentido", afirma Claudia. Na pesquisa, ela narra o caso de uma aluna que levou um caranguejo morto à aula de ciências. A partir do inusitado, a professora decidiu falar sobre os crustáceos e recebeu total audiência da sala.
Infraestrutura
O caso aponta a um outro problema frequente: a carência de laboratórios e de biblioteca com acervo diversificado. Sem esse aparato, dizem os professores, eles acabam por tratar o conteúdo de forma teórica e em salas superlotadas, que chegam a abrigar 50 alunos.
Para mudar isso, diz a educadora, é preciso, antes de tudo, que os órgãos governamentais capacitem os professores e produzam os materiais pedagógicos tendo em vista as sugestões desses profissionais que vivem o dia a dia da sala de aula.
Em segundo lugar, é preciso garantir que o tema perpasse o conteúdo de todas as disciplinas, conforme prevê a lei. "O diretor e o coordenador pedagógico não podem ignorar o tema. Eles precisam se responsabilizar em incluí-lo no planejamento anual", afirma.
Por último, o aluno deve ser convidado para essa conversa, para que isso faça sentido na vida dele. O indicado é que a equipe administrativa e de professores, com a participação dos estudantes, faça uma sondagem de situações-problemas, de necessidades e de interesses específicos daquela comunidade escolar no que se refere ao temas ambientais. A partir daí, é natural que os desafios se traduzam em ações conscientes.
"Em uma das escolas que visitei, um pai me disse: ?Meu filho aprendeu na aula e me ensinou como economizar energia no banho?. É isso. Quando faz benfeito, a escola afeta a comunidade, contamina todo mundo", conclui a pesquisadora. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
Fonte: www.estadao.com.br
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