18 de jul. de 2014

Aprendendo sobre os surdos 6 - Definição, designação e Diagnóstico

Definição
Como você conceitua surdez ?  A surdez é a ausência de estímulos sonoros.
Existem diferentes tipos de surdez ? Sim, das parciais, passando pelos graus leve, moderado, acentuado e total (anacusia), congênita ou adquirida.
Designação
O forma mais utilizada para designar pessoas com deficiência auditiva é a perda total ou parcial, de forma congênita ou adquirida, da incapacidade de compreender a fala pela audição. Segundo alguns pesquisadores e clínicos, a surdez ainda pode ser classificada de forma etária,

a) Pré-lingual - quando a criança já nas surda ou a perde antes de começar a falar e entender a linguagem falada. Esse tipo de deficiência é mais complexa para o desenvolvimento cognitivo da criança. Grande parte das crianças surdas que perderam a audição antes da aquisição da fala, tem mais facilidade em aprender a língua de sinais;

b) Pós-lingual - diz do indivíduo que perdeu a audição depois da aquisição e desenvolvimento da linguagem e da fala, alguns desses indivíduos conseguem realizar a leitura labial.

Nem todos os casos de deficiência auditiva ocasiona atrasos no desenvolvimento motor. Alguns pesquisadores afirmam, entretanto, que são frequentes as perdas de equilíbrio e coordenação motora. Esses problemas são decorrentes de problemas neurológicos, vestibulares, privação de som e ausência de verbalização. (Bueno, 1995) Muitas vezes, os familiares, em especial, os pais, colocam a criança surda numa redoma, não a permitindo executar ações próprias, interagindo com o mundo. (
Diagnóstico
O nível de surdes de uma pessoa só é possível saber com precisão através de uma audiometria. Esse exame é realizado através da mensuração em decibéis (db). Quanto maior for o número de decibéis necessários para a criança responder a um estímulo sonoro, maior e mais significativa terá sido a perda auditiva.
A evolução do sistema auditivo se dá no quinto mês de gestação, evoluindo intensamente nos primeiros meses de vida, expandindo suas conexões neurais por vários anos. À partir do sexto mês de vida, podem ser observados alguns reflexos na criança que podem mostrar, à grosso modo, se ela tem algum grau de surdez ou não.
Por essa razão, outros métodos de aferição e diagnóstico podem ser realizados ou associados à audiometria, de forma a perceber futuros problemas relacionados à audição.

Exemplos:

• Nos primeiros dias de vida, Reflexo de Moro (reagir aos sons com um movimento brusco)

• 03 meses - Reflexo Cócleo-palpebral

• 06 meses - Reflexo de orientação-investigação

• 07 a 08 meses não reagir à voz e a linguagem.
Quanto mais cedo esses diagnósticos forem obtidos, melhores possibilidades e opções de tratamento e linguagem deverão ser desenvolvidas não apenas pelo indivíduo, mas pelos pais e os que convivem com a criança de forma que, ao decorrer de seu crescimento, ela se sinta mais à vontade e conviva com a surdez de forma normal. 

Profª Semíramis F. Alencar Moreira, para curso de especialização em Atendimento Educacional Especial para Surdos - Universidade Federal de Uberlândia - UFU-MG

16 de jul. de 2014

Lançamento do livro - Carmem Farage

Importante Declaração pela Saúde - Precisamos do seu Apoio!





Breve histórico da EaD no Brasil

Não há certamente um marco definido sobre o início da EaD. Há pesquisadores que apontam as epístolas de Paulo ou as cartas de Platão como os primeiros esboços de uma educação a distância. 

Johann Guttemberg, com sua imprensa, por volta de 1450, pode proporcionar, através da tradução da bíblia para o alemão por Matinho Lutero, a primeira ideia de materiais didáticos para a EaD, uma vez que as bíblias em alemão significava maiores possibilidades de educação dos povos, posto que antes as bíblias eram escritas em latim produzidas exclusivamente  por monges copistas, restritas ao clero.

Com o desenvolvimento do serviço postal na Europa, no século XIX, surgem as primeiras experiências de educação por correspondência, cursos como de caligrafia, datilografia, taquigrafia. Podemos considerar esses cursos como EaD, tendo seu uso até meados do século XX.

Com a popularização do rádio e da televisão, por volta de 1950, o ensino a distância passou a ser influenciado por essas novas tecnologias em massa. Com som e imagem, a educação passava a ser reproduzida e acompanhada pelo aluno, dentro de sua casa.


No Brasil, as iniciativas mais antigas de EaD são o Telecurso 2000 e o Instituto Universal Brasileiro. Estas instituições deram sua contribuição para criar uma nova cultura de aprendizado, tanto para situações do dia a dia, quanto para cursos profissionalizantes e de capacitação.

Esses primórdios do ensino à distância ofereciam educação domiciliar regular, não reconhecida legalmente e muto cara. Não havia interfaces, a comunicação era linear, onde apenas o professor passava as informações e conteúdos aos alunos. Em sua expansão, havia conferências telefônicas, bilaterais, sistema de envio de apostilas e pré determinação de um lugar para serem realizadas as provas com a presença de um tutor.

À partir do surgimento e popularização da Internet, em meados da década de 90, a EaD ressurge como a principal alternativa de estudos para pessoas com pouco tempo de frequentarem a educação formal. A EaD por Internet possibilita trocas assíncronas, como e-mail e sms, e síncronas como chat, video e webconferência, com professores e colegas, essas ações se tornaram universalizadas e hoje qualquer pessoa pode se comunicar através de um computador com câmera e realizar seus estudos.

Hoje em dia, o e-learning assume posição de destaque na hora de se procurar um curso de aperfeiçoamento ou mesmo de graduação por conta de sua objetividade, suas atividades estruturadas de forma que o aluno estude sem abrir mão do trabalho, sem ter gasto de tempo e dinheiro em deslocamentos, sendo inclusive oferecidos de forma gratuita por instituições públicas de ensino. Nas empresas e corporações o e-learning assume um papel fundamental na capacitação de seus funcionários e na ampliação de conhecimentos necessários para seu crescimento.

Estamos vivendo na geração da web 3.0, com iniciativas como o M-learning que permitem que o aluno estude ao deslizar do dedo num Smartphone, uma educação que preza pelas interações em 3D como os cursos de realidade virtual, como os desenvolvidos em Second Life, The Sims e Playstation4 - onde são exigidas maior conectividade, maiores conhecimentos práticos e a necessidade de interfaces interativas que possam desenvolver competências e habilidades no mundo real.

Aprendendo sobre os surdos 5 - Desigualdades sociais e educacionais, órgãos de apoio ao Surdo

A LDB 9394/96 deveria representar o nosso futuro mais igualitário, mais protetor e seguramente, mais justo e responsável com as gerações que virão. Também chamada de Lei Darcy Ribeiro - esse grande sociólogo e antropólogo que defendeu a escola pública e a educação de milhões de brasileiros, desde os povos indígenas, passando pelas populações sertanejas e ribeirinhas, até os indivíduos citadinos - essa Lei é abrangente, no sentido de que seus incisos e parágrafos determinam todos os passos que poderiam ser dados no que diz respeito a manutenção da cidadania e da promoção da igualdade de direitos. A valorização da educação é o único passo para formarmos uma sociedade verdadeiramente justa em igualdade e condições para todos os seus cidadãos. Entretanto, nem todas as metas dessa lei são cumpridos e, em muitas escolas e institutos o que vemos ainda é o sucateamento das instituições escolares, a subeducação dos profissionais de educação (muitas vezes coniventes com a situação por não poder abrir mão de sua sustentabilidade), os roubos e desvios de verbas que deveriam ser usados para formar cidadãos.
Esse ciclo vicioso faz com que gerações saiam das escolas semi-alfabetizados; o que mais chama a atenção nesse descaso todo é que a LDB que impõe tratamento digno, com capacitação de profissionais  qualificados para o atendimento dos portadores de necessidades especiais, não tem condições nem financeiras e nem de deslocamento para se capacitarem devidamente, pois as próprias secretarias de educação do país não recebem verbas para oferecer esses cursos de forma gratuita aos professores atuantes em suas regiões. 
O que se esperar quando o poder público simplesmente não fiscaliza seus imediatos que são responsáveis por esses repasses? muito já foi feito, mas para que a educação alcance o patamar de excelência, se comparados à alguns países que erradicaram toda e qualquer forma de analfabetismo ainda estamos muito longe de atingir esse ideal.
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Dados sobre as desigualdades sociais e educacionais
  1. No mundo, mais de 100 milhões de crianças, 60 milhões são meninas e 40 milhões são meninos não tem acesso ao ensino fundamental;
  2. Mais de 1/3 dos adultos não tem acesso  ao conhecimento impresso ou novas habilidades e tecnologias que poderiam viabilizar seus estudos;
  3. Mais de 100 milhões de crianças e adultos não completam a educação básica e outros que conseguem nem sempre adquiriram os conhecimentos básicos e habilidades fundamentais (analfabeto funcional)
  4. Mesmo com o empenho de alguns governos em promover  a educação, milhões de seres humanos continuam na pobreza sem escolaridade ou analfabetos;
  5. Em alguns países industrializados, o corte nos gastos com educação ao longo dos anos 80 arrasou a educação;
  6. A educação básica é mais do que uma finalidade em si. Ela é a Base para a aprendizagem e o desenvolvimento humano permanentes, sobre a qual os países podem construir níveis e tipos mais adiantados de educação e capacitação;
  7. A Educação básica é o enriquecimento dos valores culturais e morais comuns, pois neles os indivíduos e sociedade encontram identidade e dignidade;
  8. A educação básica deve ser proporcionada a todas as crianças, jovens  e adultos. Universalizá-la é o melhor caminho para melhorar a sua qualidade e sua disseminação;
  9. As necessidades básicas de aprendizagem dos portadores de necessidades especiais requerem atenção especial. Devem ser tomadas e promovidas medidas que garantam a qualidade de ensino, à igualdade de acesso à educação como parte integrante do processo educativo;
  10. Todos os instrumentos disponíveis e os canais de informação, comunicação e ação social podem contribuir na transmissão de conhecimentos essenciais, bem como na informação e educação dos indivíduos quanto a questões sociais. 
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Qual é a Unidade da FENEIS mais próxima de sua cidade ?Seria na cidade Rio de Janeiro
FENEIS - Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos
Em 1983, a comissão pela luta dos direitos dos surdos, um grupo não oficializado, com integrantes surdos, começou a fazer parte nas discussões da FENEIDA, passou a participar dos diálogos da instituição, com representatividade. Até então esse direito era negado aos surdos pois acreditava-se que eles eram incapazes de coordenar uma entidade. Em 1987, porém, eles assumem a diretoria da FENEIDA quando reestruturam o estatuto da instituição passando a ser chamar FENEIS.

Feneis é uma instituição com caráter eminentemente político. -
 Considerando que a vida social é política, onde a participação de cada indivíduo deve ser valorizada, assim deve ser com os surdos. Os surdos devem discutir entre si quais as principais dificuldades em se relacionar, quais os melhores métodos e ainda o que devem fazer para se integrarem na sociedade. Para isso, um movimento como esses deve ser estimulado e ao mesmo tempo valorizado por se tratar de uma reunião voluntária de pessoas com a mesma característica.


Profª Semíramis F. Alencar Moreira, para curso de especialização em Atendimento Educacional Especial para Surdos - Universidade Federal de Uberlândia - UFU-MG

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