6 de out. de 2007

Tempo é Educação!



Apesar de todos os avanços tecnológicos, as novas metodologias e teorias aplicadas à educação, encontram um motivo de lamentação: a falta de experiência, a falta de prática; elementos técnicos ou de estímulos para se adquirir um novo conhecimento; enfim querendo ou não, o professor no Brasil acha sempre uma brecha para adiar as renovações ou reflexões sobre mudanças.
Enquanto professores reclamam da falta de tempo, de paciência e de dinheiro, um momento importante está sendo desperdiçado: o momento de partilhar experiências com colegas de magistério. Discussão saudável e realista acerca das dificuldades pertinentes ao professorado, contribui, desta forma, para um bom relacionamento grupal, encontrando soluções para os seus questionamentos no verso e reverso dos debates.
O apelo da mídia ao conhecimento e à democratização da informática; o advento da internet e outros sistemas de comunicação à distância, tudo isso é atraente aos que trabalham com educação – fontes inesgotáveis de informação ao alcance das mãos. Em uma simples busca, é possível encontrar um universo de informações objetivas e claras que, além de auxiliar o professor na elaboração de aulas mais atrativas e produtivas também o “economiza” – um tempo precioso para o preparo de suas aulas.
A reflexão sobre a real contribuição que as tecnologias ofertam para o progresso profissional do educador deverá ser constante. Atualmente, são reconhecidos diversos cursos de Lato sensu, stricto sensu, graduação e até mestrado on-line, de conteúdos coesos, práticos e bem elaborados. O profissional educador “sem-tempo” poderá participar em seus horários livres, podendo concluí-los em diversos prazos de acordo com a carga exigida.
Contudo, o profissional de educação deverá estar atento para que não se torne um mero compilador e aproveitador de trabalhos publicados por outros profissionais. Pervertendo a utilização das novas tecnologias aplicáveis à educação, atua de forma estéril que apenas disfarça o fracasso dos profissionais pouco qualificados, com ou sem diplomas.

Educar sem medo - Semíramis Alencar


Desde os primórdios da educação, quando na Grécia um tipo de escravo, o “Paidós”, era encarregado da condução das crianças aos preceptores, havia censuras, castigos corporais e sanções psicológicas visando coibir qualquer manifestação espontânea do aluno.
Apesar do modelo educacional grego na antiguidade ser essencialmente dialógico, isso não significava que a liberdade de expressão ou de idéias fosse permitida. À todo momento na história da educação são encontrados resquícios de uma tradição conteudística docente. Até os dias atuais esta prática é amplamente difundida, ainda que haja teorias de vanguarda cujo intuito seja formar um alunado livre e capaz de interagir socialmente.
Posteriormente, a cultura do “decorum” teve seu apogeu na educação jesuítica e também no ensino do Alcorão: berço do ensino tradicional, o mais importante era a memorização dos pontos dados em aula. A idéia de uma livre expressão desse aluno, poderia se tornar uma ameaça para os sistemas educacionais em questão. O aluno é o ser sem-luz (alumni) portanto, incapaz de refletir acerca de sua própria existência.
Apesar de todos os avanços tecnológicos, científicos e filosóficos, o olhar revolucionário para a educação ainda se encontra limitado por forte influência tradicionalista. Talvez isso se deva aos métodos adotados pelos cursos de formação de professores.
Estes cursos ainda se utilizam de compêndios didáticos que valorizam o “decorum”, a sabatina, o professor como centro da atenção do aluno e detentor do saber.
Embora sejam mencionadas as práticas libertadoras como as mais precisas e desejáveis, o modelo aceito e irrevogável ainda é o método tradicional devido à comodidade que a transfusão traz aos professores se compararmos a educação formal com uma prática mais próxima da maiêutica socrática, onde o professor é uma ponte para cada entrevistado se conhecer.


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