24 de set. de 2012
18 de set. de 2012
19/09 - Lembremos de Paulo Freire, o Patrono da Educação
A Pedagogia da Libertação
Paulo Freire delineou uma Pedagogia da Libertação, intimamente relacionada com a visãomarxista do Terceiro Mundo e das consideradas classes oprimidas na tentativa de elucidá-las e conscientizá-las politicamente. As suas maiores contribuições foram no campo da educação popular para a alfabetização e a conscientização política de jovens e adultos operários, chegando a influenciar em movimentos como os das Comunidades Eclesiais de Base (CEB).
No entanto, a obra de Paulo Freire não se limita a esses campos, tendo eventualmente alcance mais amplo, pelo menos para a tradição de educação marxista, que incorpora o conceito básico de que não existe educação neutra. Segundo a visão de Freire, todo ato de educação é um ato político.
Principais Obras
- 1959: Educação e atualidade brasileira. Recife: Universidade Federal do Recife, 139p. (tese de concurso público para a cadeira de História e Filosofia da Educação de Belas Artes de Pernambuco).
- 1961: A propósito de uma administração. Recife: Imprensa Universitária, 90p.
- 1963: Alfabetização e conscientização. Porto Alegre: Editora Emma.
- 1967: Educação como prática da liberdade. Introdução de Francisco C. Weffort. Rio de Janeiro: Paz e Terra, (19 ed., 1989, 150 p).
- 1968: Educação e conscientização: extencionismo rural. Cuernavaca (México): CIDOC/Cuaderno 25, 320 p.
- 1970: Pedagogia do oprimido. New York: Herder & Herder, 1970 (manuscrito em português de 1968). Publicado com Prefácio de Ernani Maria Fiori. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 218 p., (23 ed., 1994, 184 p.).
- 1971: Extensão ou comunicação?. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1971, 93 p.
- 1976: Ação cultural para a liberdade e outros escritos. Tradução de Claudia Schilling, Buenos Aires: Tierra Nueva, 1975. Publicado também no Rio de Janeiro, Paz e terra, 149 p. (8. ed., 1987).
- 1977: Cartas à Guiné-Bissau. Registros de uma experiência em processo. Rio de Janeiro: Paz e Terra, (4 ed., 1984), 173 p.
- 1978: Os cristãos e a libertação dos oprimidos. Lisboa: Edições BASE, 49 p.
- 1979: Consciência e história: a práxis educativa de Paulo Freire (antologia). São Paulo: Loyola.
- 1979: Educação e mudança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 112 p.
- 1979: Multinacionais e trabalhadores no Brasil. São Paulo: Brasiliense, 226 p.
- 1980: Quatro cartas aos animadores e às animadoras culturais. República de São Tomé e Príncipe: Ministério da Educação e Desportos, São Tomé.
- 1980: Conscientização: teoria e prática da libertação; uma introdução ao pensamento de Paulo Freire. São Paulo: Moraes, 102 p.
- 1981: Ideologia e educação: reflexões sobre a não neutralidade da educação. Rio de Janeiro: Paz e Terra.
- 1982: A importância do ato de ler (em três artigos que se completam). Prefácio de Antonio Joaquim Severino. São Paulo: Cortez/ Autores Associados. (26. ed., 1991). 96 p. (Coleção polêmica do nosso tempo).
- 1982: Sobre educação (Diálogos), Vol. 1. Rio de Janeiro: Paz e Terra ( 3 ed., 1984), 132 p. (Educação e comunicação, 9).
- 1982: Educação popular. Lins (SP): Todos Irmãos. 38 p.
- 1983: Cultura popular, educação popular.
- 1985: Por uma pedagogia da pergunta. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 3ª Edição
- 1986: Fazer escola conhecendo a vida. Papirus.
- 1987: Aprendendo com a própria história (com Sérgio Guimarães). Rio de Janeiro: Paz e Terra, 168 p. (Educação e Comunicação; v.19).
- 1988: Na escola que fazemos: uma reflexão interdisciplinar em educação popular. Vozes.
- 1989: Que fazer: teoria e prática em educação popular. Vozes.
- 1990: Conversando com educadores. Montevideo (Uruguai): Roca Viva.
- 1990: Alfabetização - Leitura do mundo, leitura da palavra (com Donaldo Macedo). Rio de Janeiro: Paz e Terra, 272 p.
- 1991: A educação na cidade. São Paulo: Cortez, 144 p.
- 1991: A Importância do Ato de Ler - em três artigos que se completam. São Paulo: Cortez Editora & Autores Associados, 1991. (Coleção Polêmicas do Nosso Tempo, v 4)- 80 p.
- 1992: Pedagogia da esperança: um reencontro com a Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra (3 ed. 1994), 245 p.
- 1993: Professora sim, tia não: cartas a quem ousa ensinar. São Paulo: Olho d'água. (6 ed. 1995), 127 p.
- 1993: Política e educação: ensaios. São Paulo: Cortez, 119 p.
- 1994: Cartas a Cristina. Prefácio de Adriano S. Nogueira; notas de Ana Maria Araújo Freire. São Paulo: Paz e Terra. 334 p.
- 1994: Essa escola chamada vida. São Paulo: Ática, 1985; 8ª edição.
- 1995: À sombra desta mangueira. São Paulo: Olho d'água, 120 p.
- 1995: Pedagogia: diálogo e conflito. São Paulo: Editora Cortez.
- 1996: Medo e ousadia. Prefácio de Ana Maria Saul; Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987; 5ª Edição.
- 1996: Pedagogia da Autonomia. Rio de Janeiro: Paz e Terra.
- 2000: Pedagogia da indignação cartas pedagógicas e outros escritos. São Paulo: UNESP, 134 p.
- 2003: A África ensinando a gente (com Sérgio Guimarães). Rio de Janeiro: Paz e Terra, 248 p.
16 de set. de 2012
Apague ela com um tijolo, diz a MTV - Assine agora e exija que a MTV ponha fim à parceria com o Testosterona imediatamente!
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CONTRA O BULLYING NAS ESCOLAS DO RIO DE JANEIRO
12 de set. de 2012
II Jornada EaD: o futuro da arte
__________ Informa��o do ESET NOD32 Antivirus, vers�o da vacina 7470 (20120912) __________
A mensagem foi verificada pelo ESET NOD32 Antivirus.
http://www.eset.com
21 de ago. de 2012
Índios homenageiam Darcy Ribeiro em cerimônia no Alto Xingu
Índios homenageiam Darcy Ribeiro em
cerimônia no
Alto Xingu
Darcy Ribeiro dedicou parte da vida a defender os povos indígenas. Agora, foi homenageado em um dos rituais mais importantes entre as aldeias do Alto Xingu. Parentes e amigos participaram da cerimônia.
20 de ago. de 2012
6 de ago. de 2012
3 de ago. de 2012
Pais que nunca estão lá - Isabel Clemente
Fazia uma prospecção de mercado para decidir o que fazer com cinco dias de férias em julho com as crianças. Meu informante telefônico, com quem travei enorme empatia, passava-me dados sobre um famoso resort na Bahia. Liguei de curiosa, porque desisti da cara empreitada. Mas voltemos à conversa. Ele já sabia que tratava com um casal com duas meninas pequenas.
- Temos muitas atividades para as crianças digo, para a mais velha, então, a senhora só precisa vê-la à noite.
- Não, eu preciso vê-la o dia todo. Ela é muito bonitinha.
Ele riu. Eu também.
- Que horror, não é, isso, mas tem muita gente que está preocupado com as atividades para as crianças, a senhora sabe, ter o que fazer o dia todo.
- Sei. Mas não queremos nada disso. Preciso aproveitar enquanto elas querem minha companhia.
- Para a pequena, se precisar, indicamos babás. Elas só não dão comida e banho.
- Rapaz, vou te falar uma coisa, eu já abro mão de dar banho nela quase todos os dias entre segunda e sexta. Eu só faço a reserva no hotel se puder dar banho nas minhas filhas.
Rimos os dois.
Vamos por partes. Brincadeiras compõem o universo infantil e são especialmente bem-vindas nas férias. Chegará o dia em que elas passarão correndo por nós, gritando atrás de outras crianças e pedindo urgente, na velocidade da luz, um batom para a gincana, enquanto eu pergunto ao meu marido se entreguei a necessaire inteira para alguma das nossas filhas ou outra criança por engano. Mas minhas filhas são pequenas. E crianças pequenas querem atenção e colo dos pais.
Já me perguntaram por que eu vivia cansada quando Carol acordava duas, três, cinco vezes durante a noite. "Você não tem babá?"
Tenho, mas nunca dormiu no quarto delas, por vários motivos. Nenhum passa pelo demérito da profissional em quem confio e a quem sou muito grata por cuidar tão bem das minhas filhas enquanto estamos fora (só para esclarecer: sou grata mas pago salário, ok? Não aguento mal-entendidos).
É que no aconchego da noite, perguntas aparecem, histórias e confissões surgem, e eu quero estar lá para ouvir e responder. No escuro do quarto, a criança em eterna batalha contra o sono pede carinho. Quero estar lá para fazer. Na madrugada, pesadelos e sonhos tomam formas. E eu quero estar lá para espantar monstros e confortá-las. Um gemido interrompendo o sono pode indicar febre. Somos nós quem vamos checar. Porque quando ela chama "mamãe-nhê, ou papai-iê" é mamãe ou papai quem vai aparecer.
Além do mais, sigo a cartilha de que a babá precisa descansar porque qualquer pessoa cansada perde a paciência com mais facilidade. Mas cada família é livre e soberana para avaliar do que realmente precisa. Há pais e mães que precisam de babás que durmam no quarto. É fato da vida.
Talvez, e digo isso com toda a sinceridade, não haja nenhum mal, nem no hábito de deixar crianças e babás no mesmo quarto, nem na criança terceirizada. Porque sempre haverá histórias daquela criança que cresceu sob cuidados alheios, foi para o colégio interno, fez intercâmbio, e se acostumou a ver os pais muito pouco, desde tenra infância. Mas tornou-se um adulto ajustado, um filho amoroso, um cidadão exemplar e um ótimo pai. Tudo é possível. No cenário descrito há pouco, a única impossibilidade para os pais é construir a memória deste amor.
É disso que não abro mão.
Tem algo muito errado quando os pais não passam um minuto a sós com seus filhos. Saem da maternidade com enfermeira contratada, passam para babás que trabalham 24 horas substituídas por folguistas de fim de semana e feriados, chamadas para brincar, alimentar e dar banho. Acostumaram-se a delegar. Não precisam ir a festar infantis. Mandam seus assessores domésticos para o "dia da família" na escola. Orgulham-se de nunca ter perdido uma hora de sono, nem quando os filhos estavam doentes. São pais, mas nunca estão lá.
Depois da festa, voltamos exaustos. Crianças pra lá de Marrakesh, dez da noite. Troca uma, limpa outra como pode, faz mamadeira, escova os dentinhos na boca quase fechada, traz o travesseiro e cobertor, apaga a luz baixa, põe no berço e na cama, sai de fininho. Carol, bêbada de leite, chama. Como mamanhê estava ocupada, o pai apareceu ao do lado do berço, sem camisa. A criança deitada no berço entreabre os olhinhos. O pai pergunta "que foi, Carol?"
"Papai cê tá pelado?"
"Não, Carol, to sem camisa"
"Ah (silêncio). Papai-i bota a camisa"
"Tá, minha filha, e você dorme"
"Tá bom, papai"
"Eu te amo"
"E-te-amu muuuuito mais"
A outra filha, que devia estar dormindo, riu.
Quando você ouve uma criança de um ano e nove meses improvisando uma conversa, repetindo frases do filme Enrolados, e ainda pega a mais velha rindo da cena, você lembra que é preciso estar lá e zelar pela memória deste amor.
Isabel Clemente é editora de ÉPOCA no Rio de Janeiro.
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