18 de jul. de 2015

Um terço dos professores não lê livros


Para Sheila Machado, o baixo salário e a falta de tempo não são desculpas para não ler:
Para Sheila Machado, o baixo salário e a falta de tempo não são desculpas para não ler: "Vou muito a sebos, troco com colegas"
ESCOLA

Um terço dos professores não lê livros

Dados do Prova Brasil revelam que 55% dos docentes da educação básica não leem literatura com frequência. Resultado afeta a formação do aluno

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Texto publicado na edição impressa de 10 de fevereiro de 2013
Os professores da educação básica brasileira (ensino fundamental e médio) não gostam de ler. Segundo dados do questionário da Prova Brasil 2011, 21% dizem que leem às vezes e 34% nunca entram em contato com um livro. Ou seja, menos da metade tem esse prática. As causas são várias, entre elas a formação deficiente do docente, que não inclui a leitura como parte importante de seu desempenho profissional; a falta de tempo devido à dupla jornada para compensar os baixos salários; e o pouco incentivo do poder público.
No primeiro caso, a falta de valorização da leitura é apenas mais um fator da defasagem de qualidade dos cursos de Pedagogia e licenciatura, apontada pelos especialistas como um dos grandes problemas da educação hoje. Além de um currículo fraco, a carreira não consegue atrair jovens com um bom histórico escolar.
Quanto ao tempo diário de trabalho, a maioria dos professores atuam em dois períodos – ou até três – para dobrar o salário. O tempo que eles têm livre geralmente é na própria escola, a chamada hora-atividade, mas ela é voltada à preparação de aulas e correção de trabalhos e provas. "O ideal seria que dentro dessa hora-atividade existisse mais uma ou duas horinhas para que ele pudesse ler outras coisas que não as relacionadas à sua disciplina. Mas é complicado porque hoje já se faz milagre com o tempo que se tem", diz a professora do Departamento de Educação da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Suzete Bonatto.
Influenciador
O principal efeito de um professor que não lê é a não formação de novos leitores. Ou seja, de alunos que não vão ter gosto pela leitura nem vão entender a importância dela. De acordo com o escritor e professor Paulo Venturelli, a leitura fundamental é a literária. É ela que vai desenvolver a inteligência e a sensibilidade, além de mudar a percepção que o professor tem do mundo e das coisas. "Esse é o problema principal da educação do Brasil, a falta de leitura. O professor não sabe o que fazer com o livro e não sabe ensinar o aluno a usá-lo."
Por isso, mesmo que a pesquisa mostre que os índices são maiores em outros tipos de leitura, como jornal – 63% leem sempre – e revista – 65% leem sempre –, por exemplo, a leitura literária tem um papel que não pode ser substituído.
Segundo a pesquisa Re­­tratos da Leitura no Brasil 2012, do Instituto Pró-Livro e Ibope, o principal influenciador de leitura de crianças e jovens é o professor – 45%, superando o papel da mãe, que é de 43%.

Professores terão formação mais longa -Licenciaturas terão maior duração e contarão com estágio supervisionado em escolas

Professores terão formação mais longa Michael Gonçalves/Agencia RBS
Foto: Michael Gonçalves / Agencia RBS
A formação dos professores será mais longa e mais voltada para a prática em sala de aula. É o que define parecer do Conselho Nacional de Educação (CNE), que já foi homologado pelo Ministério da Educação (MEC) e que deverá ser colocado em prática em até dois anos, prazo para que os cursos em funcionamento se adequem às novas regras.

Professores do RS têm o menor salário básico.

Educadores do Brasil premia professores e diretores.
A homologação do Parecer 2/2015 é parte do pacote de medidas adotadas pelo governo no final do primeiro ano de vigência do Plano Nacional de Educação (PNE). Entre as mudanças está a exigência de uma carga horária maior para os cursos de licenciatura, que passam de 2,8 mil, o equivalente a três anos de formação, para 3,2 mil ou quatro anos de formação. Para a segunda licenciatura, a duração é de 800 a 1,2 mil horas, e os cursos de formação pedagógica para os graduados não licenciados devem ter a duração de 1 mil a 1,4 mil horas. 

Cursos de licenciatura enfrentam queda.
Os futuros professores terão durante todo o curso atividades práticas, além do estágio supervisionado em escolas.
– Há uma perspectiva de integração da educação básica e superior. Pensar a formação dos professores agora não é uma atribuição apenas das instituições de ensino superior, mas é uma parceria com a educação básica – explicou o relator do parecer, Luiz Fernandes Dourado.
Outra novidade é a maior integração entre a formação inicial dos professores e a formação continuada, oferecida aos docentes já formados. A formação envolverá as escolas e as secretarias de estado, além das instituições de Ensino Superior em atividades, cursos de extensão, atualização, aperfeiçoamento, especialização, mestrado e doutorado.
O parecer traz dados de 2013. Eles mostram que 25,2% do total de 2,14 milhões de docentes não têm a formação em nível superior. A maior porcentagem está na educação infantil, que atende crianças de até seis anos, onde 40% não tem essa formação.
– A principal modificação é compreender que a docência é um ato que tem de ser aprendido. A relação teoria e prática está presente do primeiro ao último ano de formação – analisa a presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped), Maria Margarida Machado
O parecer é o primeiro passo para a Política Nacional de Formação dos Profissionais da Educação Básica, prevista no PNE. A proposta do MEC para a Política está em consulta pública na internet. O MEC está colhendo opiniões sobre cada uma das partes da proposta. A intenção é fortalecer o regime de cooperação entre União, estados e municípios para a formação de professores.
Entre as propostas em consulta está a de que estudantes que tenham financiado cursos de licenciatura possam pagar a dívida dando aulas em escolas públicas.

4 de jun. de 2015

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