7 de jul. de 2016

Drops Pedagogia - O Fantástico Método de Maria Montessori


O FANTÁSTICO MÉTODO DE MARIA MONTESSORI



fantástico método de Maria Montessori
Um gênio! Só assim pode ser definida em uma palavra Maria Montessori, psiquiatra, pedagoga, filósofa, pesquisadora, educadora e voluntária italiana, nascida em 1870 cujo método por ela criado transformou a pedagogia no mundo inteiro.
Se na escolinha do teu filho existem mesinhas, cadeirinhas e pias baixinhas, Maria Montessori esteve ali. Esteve e está presente em mais de 20.000 escolas de todos os continentes que seguem o seu método de ensino. Já as mesinhas, ou seja, a adaptação do mundo adulto à criança fora uma ideia por ela criada e seguida praticamente por TODAS as escolas.
Tudo começou com uma sua constatação básica da vida: a criança é um ser completo, totalmente capaz e criativo. Apenas precisam de liberdade para desenvolver as atividades que matem a sua sede por conhecimento, atividades estas que lhes desenvolvem a concentração e consequentemente a disciplina.Um indivíduo disciplinado é capaz de se guiar sozinho quando tiver que enfrentar e seguir as regras da vida.
Mas para que tudo isso ocorra, é necessário dar às crianças a liberdade de escolha para que cada uma delas possa explorar o que quiser, e assim, desenvolver o interesse que a levará à concentração.

Criança que trabalha não dá trabalho

A metáfora com a música pode dar a ideia de que se trate de trabalho infantil. Não se trata disso. A palavra trabalhar poderia ser trocada por brincar, mas o método montessoriano usa mesmo trabalhar pois, para Maria Montessori, a criança se torna pessoa através do trabalho.
Maria Montessori
A educadora foi a primeira mulher a se formar médica na Universidade Sapienza em Roma e começou a trabalhar com crianças com problemas mentais. Aquelas que todos viam como "coitadas", “incapacitadas ou menos capazes” Maria, diferentemente, via como capazes e passou a tratar estas crianças como tais, ajudando-as em seus desenvolvimentos. “Ajuda-me a fazer sozinho” poderia ser a frase que resume todo o seu ponto de vista sobre a necessidade infantil em explorar o mundo.
Poderíamos falar horas sobre este gênio que desenvolveu um método ainda hoje tão inovador, que depois de mais de 100 anos passados, será adaptado às novas tecnologias em aplicações para celular e tablets como materiais didáticosinterativos (uma das fortes características montessoriana).
Mas não precisaria necessariamente ter acesso aos materiais didáticos paraaplicar o método montessori na educação do teu filho. Bastaria não vê-lo como incapaz ou muito pequeno para desenvolver determinadas atividades que os pais geralmente acham, por exemplo, perigosas. As crianças são curiosas por natureza e deixá-las explorar o mundo como elas quiserem (dentro obviamente de um limite imposto) é colocar em prática o pensamento montessoriano.

Como fazer isso?

Simples, deixe a criança te ajudar em casa nas tarefas diárias. Quanto a idade e as tarefas sugeridas abaixo, inclusive, temos que falar de outra característica do método montessoriano: individualizar a criança, ou seja, cada um é cada um, um gosta muito de matemática, outro menos. Com dois anos a criança pode fazer asatividades aqui sugeridas ou não, cada um é cada um. Veja algumas sugestões e observe teu filho.
Com um ano e meio, dois anos, a criança já pode te ajudar a descascar a mexerica, a banana, o amendoim, o pistache…Você pode supervisionar mas não fique me cima, deixe a criança fazer no tempo dela e deixe que ela descubra sozinha como fazer melhor.
Maria Montessori 2
A partir dos dois anos ela pode te ajudar a espremer laranja e a colocar o suco do espremedor no copo, a cortar a maçã, obviamente com uma faca não afiada, assim como a cenoura e outras verduras cozidas. Inclusive, esta tarefa pode fazer com que se interessem mais em comer o alimento que cortaram, facilitando a tarefa de mãe em dar alimento saudável ao filho.
Maria Montessori 3
Nessa mesma idade, ou até antes, deixe-as te ajudarem a preparar a comida, por exemplo, a passar o bolinho no ovo batido e na farinha de rosca antes de fritar ou assar; a usar o funil (elas amam um funil); a preparar o pão (tem coisa mais fofa que mãozinhas na massa?); a arrumar a mesa; a tirar o pó dos móveis; a limpar o chão; limpar um vidro; ajudarem na jardinagem; a lavar louça (em escolas montessorianas, existem até mesmo pias baixinhas para as crianças usarem. Em casa, que tal deixá-las lavar, por exemplo o babador, em uma bacia?).
Maria Montessori 4
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"O maior sucesso de uma professora é dizer: as crianças estão trabalhando como se eu não existisse."
"Uma prova de estar seguindo corretamente o nosso agir educativo é a felicidade da criança."
E viva Maria Montessori!
Leia também:
Fonte fotos: facebook.com
Fonte foto capa: wikipedia.org

5 de jul. de 2016

Drops Pedagogia - Os estágios do Desenvolvimento segundo Henry Wallon

Os estágios do Desenvolvimento segundo Henry Wallon 

Para Henry Wallon, gênese da inteligência é genética e organicamente social, ou seja, "o ser humano é organicamente social e sua estrutura orgânica supõe a intervenção da cultura para se atualizar" ((Dantas, 1992). Wallon tomou por base o desenvolvimento psíquico da criança, que aparece descontínuo, marcado por contradições e conflitos, resultado da maturação e das condições ambientais, provocando alterações qualitativas no seu comportamento em geral.
  • Impulsivo-emocional, que ocorre no primeiro ano de vida. A predominância da afetividade orienta as primeiras reações do bebê às pessoas, às quais intermediam sua relação com o mundo físico;
  • Sensório-motor e projetivo, que vai até os três anos. A aquisição da marcha e da prensão, dão à criança maior autonomia na manipulação de objetos e na exploração dos espaços. Também, nesse estágio, ocorre o desenvolvimento da função simbólica e da linguagem. O termo projetivo refere-se ao fato da ação do pensamento precisar dos gestos para se exteriorizar. O ato mental "projeta-se" em atos motores. Como diz Dantas (1992), para Wallon, o ato mental se desenvolve a partir do ato motor;
  • Personalismo, ocorre dos três aos seis anos. Nesse estágio desenvolve-se a construção da consciência de si mediante as interações sociais, reorientando o interesse das crianças pelas pessoas;
  • Categorial. Os progressos intelectuais dirigem o interesse da criança para as coisas, para o conhecimento e conquista do mundo exterior;
  • Predominância funcional. Ocorre nova definição dos contornos da personalidade, desestruturados devido às modificações corporais resultantes da ação hormonal. Questões pessoais, morais e existenciais são trazidas à tona.
Na sucessão de estágios há uma alternância entre as formas de atividades e de interesses da criança, denominada de "alternância funcional", onde cada fase predominante (de dominância, afetividade, cognição), incorpora as conquistas realizadas pela outra fase, construindo-se reciprocamente, num permanente processo de integração e diferenciação.
Wallon enfatiza o papel da emoção no desenvolvimento humano, pois, todo o contato que a criança estabelece com as pessoas que cuidam dela desde o nascimento, são feito de emoções e não apenas cognições.
Assim, categorizou em 4 elementos que estão em constante construção e desenvolvimento
  • AFETIVIDADE- possui papel fundamental no desenvolvimento da pessoa pois é por meio delas que o ser humano demonstra seus desejos e vontades. As transformações fisiológicas de uma criança (nas palavras de Wallon, em seu sistema neurovegetativo) revelam importantes traços de caráter e personalidade.
  • EMOÇÕES- é altamente orgânica, ajuda o ser humano a se conhecer. A raiva, o medo, a tristeza, a alegria e os sentimentos mais profundos possuem uma função de grande relevância no relacionamento da criança com o meio.
  • MOVIMENTO- as emoções da organização dos espaços para se movimentarem. Deste modo, a motricidade tem um caráter pedagógico tanto pela qualidade do gesto e do movimento, quanto pela maneira com que ele é representado. A escola ao insistir em manter a criança imobilizada acaba por limitar o fluir de fatores necessários e importantes para o desenvolvimento completo da pessoa.
  • FORMAÇÃO DO EU- a construção do eu depende essencialmente do outro. Com maior ênfase a partir de quando a criança começa a vivenciar a "crise de oposição", na qual a negação do outro funciona como uma espécie de instrumento de descoberta de si própria. Isso acontece mais ou menos em torno dos 3 anos, quando é a hora de saber que "eu" sou. Imitação, manipulação e sedução em relação ao outro são características comuns nesta fase.

3 de jul. de 2016

Drops Pedagogia - Vygotsky e a zona de desenvolvimento proximal

Drops Pedagogia - são pequenos resumos de temas relativos à educação e pedagogia; conceitos básicos que passam despercebidos. 

Zona de desenvolvimento proximal



Na perspectiva sócio-interacionista, sócio-cultural ousócio-histórica, abordada por L. Vygotsky, a relação entre o desenvolvimento e a aprendizagem está atrelada ao fato de o ser humano viver em meio social, sendo este a alavanca para estes dois processos. Isso quer dizer que os processos caminham juntos, ainda que não em paralelo. Entenderemos melhor essa relação ao discutir a Zona de Desenvolvimento proximal.

Os conceitos sócio-interacionistas sobre desenvolvimento e aprendizagem se fazem sempre presentes, impelindo-nos à reflexão sobre tais processos. Como lidar com o desenvolvimento natural da criança e estimulá-lo através da aprendizagem? Como esta pode ser efetuada de modo a contribuir para o desenvolvimento global da criança?

Em Vygotsky, ao contrário de Piaget, o desenvolvimento – principalmente o psicológico/mental (que é promovido pela convivência social, pelo processo de socialização, além das maturações orgânicas) – depende da aprendizagem na medida em que se dá por processos de internalização de conceitos, que são promovidos pela aprendizagem social, principalmente aquela planejada no meio escolar[1].

Ou seja, para Vygotsky, não é suficiente ter todo o aparato biológico da espécie para realizar uma tarefa se o indivíduo não participa de ambientes e práticas específicas que propiciem esta aprendizagem. Não podemos pensar que a criança vai se desenvolver com o tempo, pois esta não tem, por si só, instrumentos para percorrer sozinha o caminho do desenvolvimento, que dependerá das suas aprendizagens mediante as experiências a que foi exposta.

Neste modelo, o sujeito – no caso, a criança – é reconhecida como ser pensante, capaz de vincular sua ação à representação de mundo que constitui sua cultura, sendo a escola um espaço e um tempo onde este processo é vivenciado, onde o processo de ensino-aprendizagem envolve diretamente a interação entre sujeitos.

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