24 de mar. de 2017

10 Dicas para Elaborar Conteúdos para Microlearning

10 Dicas para Elaborar Conteúdos para Microlearning

20/03/2017

Cada  material, independentemente do objetivo de aprendizagem, deve ser eficaz e o mais interativo, envolvente, e acoplado possível. Felizmente, há agora uma variedade de apresentação e criação de slideshow ferramentas que podem ajudá-lo a produzir um micro-learning surpreendentes e eficazes para apresentações aos seus alunos. Eu incentivo-o a usar as seguintes dicas de apresentação micro-learning a fim de tirar o máximo proveito deles:

1. Mapeie a sua estratégia com antecedência:
Antes de mergulhar no processo de criação, é sempre bom mapear toda a sua apresentação micro-learning ou apresentação de slides.
Desenvolva um plano para cada página e decida quais os elementos que você vai incluir. Você pode desenvolver um mapa mental ou storyboard para ajudá-lo com este processo.
Determine o fluxo e ritmo da apresentação de slides, para que você possa criar a experiência de micro-learning em torno desta estrutura. Tenha em mente que organização é fundamental na criação de apresentações de micro-learning, uma vez que irá permitir que você inclua apenas elementos que são absolutamente necessários.

2. Sempre o foco nos objetivos de aprendizagem:
Sempre estar ciente dos objetivos de aprendizagem, de modo que você possa adaptar todos os aspectos da apresentação micro-learning para ajudar os alunos alcançarem seu objetivo de aprendizagem principal. Por exemplo, antes de escolher os gráficos ideais para incorporar, decidir se quer ou não que determinado elemento sirva como seus objetivos de aprendizagem. Se você ainda não descobriu seus objetivos de aprendizagem, faça-o.

3. O texto deve ser conciso, claro e cuidadosamente trabalhada:
O texto que você incluir na sua apresentação ou slideshow deve ser sucinto e claro. Tendo parágrafos longos e rodados em sentenças só vai distrair ou aborrecer os alunos. Considere a adição de pontos específicos, se houver uma grande quantidade de texto, ou omita certas informações que podem ser irrelevantes. Além disso, se você está narrando a apresentação, não tente incluir o texto em tópicos ou idéias que você já apresentados verbalmente, adicione apenas palavras imagens correlativas e que Deem uma sensação de que está dando ênfase a determinado assunto.

4. Use alta qualidade, imagens relevantes:
Escolha imagens de alta qualidade e fotografias para a sua apresentação micro-learning, a fim de torná-lo mais envolvente e imersivo possível. No entanto, lembre-se que as imagens usadas devem ser pertinentes ao tema discutido. Em outras palavras, não basta usar gráficos em prol da utilização de gráficos. Além disso, ser exigente sobre as imagens que incorporam, e não usar muitos recursos repetidos é de bom tom.  Por último, mas certamente não menos importante, sempre garantir que você possui os direitos sobre a foto ou o que você optar por imagens livres.

5. Mantenha as cores, branding, design e global consistente:
Em termos de estética, poucas coisas são piores do que uma apresentação de micro-learning que se parece com aqueles textos copia-cola (CTRL C + CRTL V). Em outras palavras, os slides de sua apresentação micro-learning não devem parecer como se eles tivessem sido concebidos por diferentes indivíduos e elaborados por diferentes textos. Coesão é a palavra de ordem!!. Projeto micro-learning sem coesão só ajuda os alunos a ficarem mais confusos.
Então, certifique-se de que as cores, fontes, branding e design geral do projeto fluem bem e são consistentes em toda a apresentação. Além disso, o projeto deve efetivamente refletir a imagem de sua marca e mensagem.

6. Incluir áudio ou vídeo para criar uma experiência mais imersiva:
Integração de áudio ou vídeo é ideal, especialmente se você está tentando fazer a sua apresentação de micro-learning mais dinâmico e interativo. Narração, música de fundo, e vídeo-explicações são exemplos de ferramentas multimídia que você pode (e deve) usar. Alguns dizem que os vídeos são o futuro do e-learning.

7. Links para referências e incorporar recursos:
Incluindo links para artigos, sites de referência e outros recursos da web pode dar-lhe a oportunidade de expandir a experiência de aprendizagem de seus alunos, além da apresentação do próprio micro-learning. Ao invés de fazer os alunos vasculharem a web para encontrarem esses recursos, você pode encaminhá-los para locais específicos que podem ser úteis.

8. Integrar exemplos da vida real:
Exemplos da vida real, como aqueles que os seus alunos vão encontrar no trabalho, permitir que eles se relacionem com o conteúdo. A experiência serve para que eles saibam como utilizar o conhecimento ou habilidades adquiridas no mundo real. Isso lhes dá motivação extra para prestar atenção e absorver a informação que você está oferecendo, através da apresentação.

9. Limite a quantidade de tempo gasto em cada slide:
Não gaste mais do que 20 a 30 segundos em cada página ou slide. A apresentação de micro-learning deve se deslocar a um ritmo constante, ao invés de permanecer estagnado em uma tela específica. Desta forma, os alunos continuam a ficar focados e engajados em vez de ficar entediados. Além disso, tente se concentrar em um núcleo tema ou idéia para cada tela, se possível, pois isso pode ajudar a evitar a sobrecarga cognitiva.

10. Não se esqueça de repescagens e auto-avaliações:
Apesar de uma apresentação micro-learning poder não ser um curso completo, ainda é importante incluir repescagens ou auto-avaliações para garantir que os alunos estão fixando a informação. Por exemplo, você pode adicionar uma tela de repescagem depois de cada dez lâminas, a fim de resumir os conceitos, ou tê-los preencher um questionário de auto-avaliação no final da apresentação. Isso também irá ajudá-los a cometer as informações para a sua memória de longo prazo.

IBDIN Instituto Brasileiro de Desenho Instrucional

 Microlearning é um termo que tem sido cada vez mais mencionado dentro das estratégias de gestão para treinamentos corporativos. E não é à toa, afinal trata-se de uma abordagem de ensino que tem apresentado muitos benefícios para os funcionários (alunos) e para os empregadores e instrutores.
Trata-se de um método de ensino mais flexível, que consegue oferecer as habilidades necessárias em um tempo menor. Por isso, o microlearning é uma grande tendência para o treinamento corporativo.

6 Atividades para Desenvolver o seu Conhecimento sobre eLearning


6 Atividades para Desenvolver o seu Conhecimento sobre eLearning

17/03/2017

Tornar-se um especialista em qualquer coisa leva muito tempo, existem pesquisas sugerem levar 10.000 horas para chegar ao nível de especialista! Enquanto um prazo preciso é muitas vezes debatido, tornar-se um especialista exige muito esforço e fazer mais do que apenas o mínimo. Então, por onde começar, quando se quer ser especialista em eLearning? Aqui estão 6 atividades para desenvolver sua experiência em eLearning.

1. Prática
Quando você pensa em alguém que é bom no que faz, há uma boa chance de que isso tenha acontecido porque eles praticaram. Você vai melhorar suas habilidades através do desenvolvimento do seu trabalho, o tipo de prática que eu estou falando é aquela onde você tem tempo para experimentar e tentar novas idéias para desenvolver suas habilidades. Vai envolver cometer erros e planejamentos que precisarão ser revistos,  mas é uma boa oportunidade para encontrar novos métodos ou maneiras de fazer as coisas.

2. Capacite-se
A criação de eLearning reúne várias disciplinas - teoria de aprendizagem, usando uma ferramenta de autoria e outros softwares, design visual, design gráfico, acessibilidade, escrita, design instrucional, experiência do usuário, trabalho com partes interessadas, gerenciamento de projetos - por isso é importante saber mais sobre esses Áreas.

3. Olhe Exemplos
Na teoria cognitiva, a aprendizagem pode ser melhorada através do estudo de "exemplos" ou, estudos de caso desenvolvidos. Blogs e vídeos do YouTube que explicam as etapas ou processo também são benéficos. No entanto, a realidade é que não há muitos lugares onde você pode ver exemplos de eLearning abertamente, algumas ferramentas de autoria, apresentam alguns demos que podem ser baixados e analisados.

4. Conecte-se com os outros
Você pode aprender muito com a experiência dos outros, diante disso as conferências são bons lugares para se conectar com outras pessoas que trabalham com eLearning. Há muitas maneiras de fazer isso - grupos de LinkedIn, Meetups, Twitter, comunidades, comuninidades de prática, Facebook do IBDIN.

O campo de eLearning é enorme e há muita gente lá fora, que estão dispostos a compartilhar conselhos, dicas, descobertas de pesquisa e lições que eles aprenderam com a comunidade em geral.

5. Mostre seu trabalho
Você pode não se sentir confortável fazendo isso imediatamente e ok, mas mostrando o seu trabalho para os outros você pode ouvir feedbacks e  evoluir, melhorar sua performance. Mostrar seu trabalho não significa, necessariamente, que você precisa criar um site para compartilhar o que você está trabalhando (você poderia, no entanto). Comece compartilhando suas atividades de prática, amostras e descobertas com colegas, familiares ou amigos. Você também pode mostrar seu trabalho em mídias sociais, por exemplo, escrever um artigo do LinkedIn, compartilhar um link através de um tweeter ou postar no Pinterest.

6. Reflexão
Se você tentar uma ou todas as atividades acima, ter o tempo para refletir sobre o que é que você aprendeu e como você pode incorporar essas novas habilidades e conhecimentos em seu trabalho do dia-a-dia é extremamente importante. Reflexão é uma maneira poderosa incorporar o que você está aprendendo em sua prática diária.

Infelizmente, não há atalho para o desenvolvimento de experiência, é um processo contínuo que leva tempo e dedicação. Se você se comprometer com a aprendizagem contínua a sua experiência eLearning vai crescer constantemente.

IBDIN Instituto Brasileiro de Desenho Instrucional

9 de mar. de 2017

Professor que coordenava projeto crítico à ditadura militar é desligado da Escola Costa e Silva


Professores usaram camiseta em apoio a José Luis, que diz ter sido desligado por coordenar projeto de crítica à ditadura | Foto: Guilherme Santos/Sul21
Fernanda Canofre
“Fora mordaça, fica Zé”. Assim professores reunidos na assembleia geral do Cpers – o sindicato dos professores estaduais do Rio Grande do Sul – cantavam em apoio a José Luis Morais, nesta quarta-feira (08). “Zé”, como o professor de História é chamado pelos colegas, recebeu o anúncio de seu desligamento da Escola Estadual Presidente Costa e Silva, no dia 02 de março, depois de quase oito anos de atividades.
Em 2009, logo que entrou na escola, José Luis começou a coordenar, junto a outros professores de História, o projeto “De Costa para a Ditadura”. A ideia era questionar o nome do presidente escolhido para “homenagear” na escola, que não é a única de Porto Alegre a carregar este nome. Artur da Costa e Silva, segundo presidente da ditadura militar, foi quem promulgou o Ato Institucional 5, com poderes de fechar o Congresso Nacional e cassar adversários políticos. Sua era deu início ao período mais duro da repressão no país. Além da escola no bairro Medianeira, onde José Luis lecionava, há outra na Zona Norte da Capital.

Professor já teria debatido questão com representante da CRE no ano passado | Foto: Guilherme Santos/Sul21
A forma encontrada pelo grupo de professores para protestar foi ignorar o nome da escola. Nos cabeçalhos de provas e trabalhos colocavam apenas “Escola Estadual”, “Escola Estadual Ditador Costa e Silva”, ou mais recentemente “Escola Estadual Edson Luis”, nome escolhido pelos próprios alunos em homenagem ao estudante morto pela Polícia Militar do Rio de Janeiro durante o governo Costa e Silva, em março de 1968. Durante a ocupação da escola, no ano passado, uma faixa com o nome eleito pelos estudantes chegou a ser colocada em frente ao prédio.
Quando recebeu o anúncio de que estava sendo dispensado do quadro de professores da escola, segundo José Luis, a justificativa do diretor foi seu envolvimento com o projeto. “O diretor disse que estava disponibilizando minha contratação pelo fato do fazer pedagógico em cima da questão da ditadura militar. A crítica e todo o processo que se constrói, estavam criando problemas na escola, na visão dele”, conta o professor.
José Luis diz ainda que, em novembro do ano passado, depois de uma visita de representantes da 1ª Coordenadoria Regional de Educação à escola, já havia sentido que poderia ter problemas no ano letivo de 2017. Ao professor de História, a representante da CRE teria dito que “como professores, eles deveriam esquecer o passado porque quem vive de passado é museu”.
“Se eu tenho uma escola cujo nome é Costa e Silva, justamente aí que eu tenho que trabalhar esta questão (…) Ela falou que a escola não pode ter partidarização, que temos de olhar todos os lados. Claro que temos de olhar todos os lados, mas eu também preciso ter posicionamento e poder falar sobre o que está acontecendo”, defende o professor.
O desligamento de José Luis foi “facilitado” por ele não ser professor concursado na escola. Ele tinha um contrato de 20 horas por nomeação e mais 20 horas por convocação. Dois regimes que facilitam a dispensa.
Para os professores que seguem na escola e que pretendem continuar com o projeto, a CRE avisou que ele terá de ser homologado junto à Coordenadoria para então passar por aprovação. Nos cinco anos anteriores, isto nunca havia sido exigido, segundo os professores.
“[O projeto] é justamente para evitar que a gente viva momentos de mordaça, como foi na ditadura, como a gente está agora vendo de novo. Esse momento de democracia está bem fragilizado, é uma opção política da 1ª CRE dizer que é por causa disso, para enfrentar o projeto e nossa atividade pedagógica. Nos mandar esquecer o passado, é uma tentativa de nos constranger”, diz a professora de História, Silvia Ehlers, colega de José Luis na Costa e Silva.

Em ato simbólico, alunos mudam nome da Costa e Silva para Edson Luis, estudante morto pela ditadura em 1968 | Foto: Facebook/Ocupa Costa
Logo que soube de seu desligamento, José Luis escreveu um desabafo em seu perfil pessoal no Facebook sobre a situação. “Quando propomos o debate da questão da Ditadura no Brasil, buscamos não fazê-lo de forma mecânica, dentro de um jogo de perguntas e respostas. Problematizamos e buscamos a reflexão e antes de mais nada, respeitamos o conhecimento ao que nosso aluno tem direito, dentro de uma escola pública, laica e de qualidade. Quando propomos a mudança “de forma simbólica” do nome da escola, problematizamos a questão”.
A reportagem tentou entrar em contato com a 1ª Coordenadoria Regional de Educação, que disse estar ciente do assunto, mas não obteve retorno.

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