29 de mai. de 2014

A utilização das interfaces interativas no ambiente de EaD - possibilidades didáticas com games

Interface interativa se define quando os usos e potencialidades de determinados softwares ou aplicativos permitem a participação de vários indivíduos. Assim, podemos citar os jogos de realidade virtual, que capta os movimentos do individuo através de uma câmera e transfere diretamente para o jogo com um dispositivo denominado "kinect", como X-box One ou 360;

Também jogos como o Playstation 4, que além de ter maior qualidade gráfica, jogabilidade, possui touch pad e interatividade com outros usuários em tempo real, através de chat box, interação por voz (quando associado a fones de ouvido e microfone), Oculus Rift (para enxergar sob a ótica de primeira pessoa no jogo) e web cam na maioria dos jogos.

Hoje em dia , em algumas empresas, o treinamento é realizado através de jogos de realidade virtual (jogos sociais) como o Second Life e o The Sims e essa experiência ganha campo em algumas universidades, nos cursos como Medicina e Engenharia: http://claudiomoreira.wordpress.com/2009/07/29/universidade-monta-treinamento-para-estudantes-de-medicina-no-second-life/

O interessante é que o layout e a interface desses jogos sociais de realidade virtual são idênticos muitas vezes aos cenários reais, o que pode ser um fator positivo para a compreensão e assimilação de conteúdos.

À princípio há pessoas que se chocam com o uso desses jogos num primeiro momento (uma vez que os jogos sociais se destinam basicamente ao público adulto), mas como tudo no mundo: depende do olhar que temos e a finalidade para a qual direcionamos.
Como em qualquer lugar de entretenimento, há configurações, restrições e formas de apresentação as quais são passíveis de serem redirecionadas e ao mesmo tempo customizadas para atender a outros objetivos.





Para quem ficou interessado no Second Life para uso didático, segue alguns links que poderão ser úteis para esse novo estudo:
  1. ABC da EaD no SL. - Curso sobre Educação a Distância totalmente ministrado no Second Life. Há até curso em EaD (usando o Moodle como plataforma de apoio) totalmente em 3d pelo Second Life. Precisa ter o software instalado e aguardar a abertura de novas turmas (Prof. João Mattar)
  2. MATTAR, João. Games em educação: como os nativos digitais aprendem. São Paulo: Pearson, 2009.
  3. Storytelling Imersivo Colaborativo: Time2Play no Second Life - http://groupware.les.inf.puc-rio.br/public/papers/SBSC09_Time2Play_Final1.pdf - 
    "Storytelling como jogo traz a possibilidade de duas ou mais pessoas colaborarem na narração e interpretação de
    histórias, inventadas ou re-contadas. Ao contar uma história, o aprendiz passa a conhecer melhor sua cultura criando
    referências importantes para seu desenvolvimento, incentivando a imaginação e a leitura." Interessante, não é mesmo?
  4. O Second Life® e o ensino-aprendizagem de Inglês -  http://ria.ua.pt/bitstream/10773/1429/1/2010001402.pdf 
    "Estes alunos mostram, por isso, uma maior propensão para os estímulos visuais, preferindo aprender fazendo, em vez de falarem ou lerem. Esta é uma geração frequentemente descrita como desmotivada pelo actual sistema de ensino, procurando abordagens cada vez mais práticas e integradas com a sua realidade, que apelem não só a um maior envolvimento e motivação, mas também adaptadas às suas novas estratégias de aprendizagem. O mesmo autor defende ainda que parte dessas aprendizagens, formais ou informais, surgem de pesquisas, partilha de informação e aprendizagens entre os pares – muitas vezes comunidades online – potenciadas por uma variedade de ferramentas Web 2.0"
Fonte: Filho adolescente louco para ser designer de games, rs

Semíramis F. Alencar Moreira
Síntese para PIGEAD- UFF 2014 
Ambientes de Aprendizagem e Mídias de Comunicação

28 de mai. de 2014

Síntese sobre a palestra de Sir Ken Robinson para TED Talks

Assistindo à excelente e bem-humorada palestra de Ken Robinson pude constatar alguns tópicos essenciais para estimular a criatividade em qualquer situação, lógico que, diante da fala dele acrescento algumas ideias próprias também.
1. As escolas não matam a criatividade, os professores, quando não abertos ao novo e os pais quando não apoiam o crescimento intelectual de seus filhos quando são presas a pontos de vista conservadores do que seja uma carreira, posição social, modos de ser.
2.A criança tem uma incrível capacidade de se inventar, reinventar, criar novos olhares;
3. Criatividade é tão importante quanto a alfabetização;
4.Tanto criança quanto adultos precisam ter seus pontos de vista respeitados. O que mata a espontaneidade tanto de crianças quanto de adultos é a ironia, o sarcasmo, o desdém e o escárnio de suas ideias. A pessoa se intimada, tornando-se reclusa, passando a repetir apenas o que o "sistema" a permita dizer;
5. Se arriscar-se é imprescindível à criatividade, é necessário mudar o a visão de muitos professores que, diante de um erro, fazem motivo de deboche ao invés de transformar o mesmo numa possibilidade didática, de aprendizado re-significado;
6. Ressalto uma frase do próprio Ken Robinson "Se você não estiver preparado para estar errado, você nunca terá uma ideia original"
7.  O que pode ser constatado nas grandes corporações é que os adultos tem um enorme pavor de errar - passam a vida com medo de se arriscarem , por receio do que os outros pensem, falem sobre sua personalidade. O medo é um aspecto limitante do ser, pois impede que a pessoa exponha seus pontos de vista e ao mesmo tempo se arrisque em novas empreendimentos; 
8. Na escola observa-se o mesmo fenômeno, a substituição da criatividade por uma pasteurização/ "paternização" (de pattern) do saber. Na escola, o comportamento (parecer, pensar e agir) de cada aluno deve ser igual, sob pena de ser considerado como "diferente".
9. Alegria e coragem de se lançar ao novo são ações mais do que necessárias ao processo de criatividade. E não acontecem da noite para o dia. Cada dia é tempo para se lançar e alçar voos ainda maiores.
10. Repito aqui a frase de Picasso, citada por Robinson, na palestra: "Todas as crianças nascem artistas" O difícil é continuar sendo enquanto crescem, porque somos ensinados no decorrer da vida a abandonar a criatividade.


Parafraseando o Ken Robinson 
"A única esperança para o futuro é adotar uma nova concepção de ecologia humana, reconstituindo a concepção das riquezas da capacidade humana"
Como fazer isso? acho que dando maior liberdade aos nossos alunos, ainda na educação básica. Creio que muitos dos problemas da desmotivação no ensino superior está imerso na educação básica. Cobramos desde muito cedo aos nossos filhos / alunos para que eles pensem no futuro. Qual futuro? o futuro que nós efetivamente queremos (a sociedade) não damos muita "trela" ao que eles querem fazer de suas vidas, razão pela qual muitos largam uma, duas, três universidades ou nunca se sentem satisfeitos com o que escolheram de carreira. 
Enfim, enquanto nossas escolas não criarem um sistema no qual os alunos sejam avaliados sob suas reais potencialidades, ainda na educação básica fundamental, nenhuma forma de ensino será plenamente satisfatória. Por exemplo, eu não precisaria saber a Fórmula de Báskara ou se éteres, cetonas, ésteres são ácidos ou básicos para cursar literaturas ou artes cênicas...

Semíramis F. Alencar Moreira
Síntese para PIGEAD- UFF 2014 
Ambientes de Aprendizagem e Mídias de Comunicação


27 de mai. de 2014

Construtivismo e Interacionismo na EaD

Construtivismo e Interacionismo na EaD

O construtivismo ainda é a teoria mais utilizada para se entender o processo de ensino aprendizagem, sobretudo em tempos de e-learning. Ela nos mostra com riqueza de detalhes como se dá todo o nosso processo cognitivo, o que é maravilhoso! Santo Piaget!

Entretanto, gosto de pensar na teoria sócio-interacionista (acho que é por causa do meu viés Vygostkiano de pensar a educação não como uma construção pessoal, mas uma construção social, posto que vivemos em sociedade).

Toda nossa construção cognitiva é realizada através da interação: os pais em casa conversam com seus filhos os dando as primeiras noções de sociabilidade; as crianças são mandadas para a escola, onde aprendem a se socializar entre si e com o meio; a religião combina esses fatores na certeza de um fé e de um ser superior à nós, junto à outros indivíduos pertencentes às mesmas ideias; na comunidade onde vive, quando ela começa a tecer suas impressões acerca do mundo e inferir sobre ele.

Enfim, se tudo o que aprendemos, fazemos e desenvolvemos parte da perspectiva do outro, considero que o Sócio-interacionismo possa explicar bem melhor nossas intenções na EaD.

De acordo com a leitura do texto pude perceber que o principal cuidado que devemos ter é com a manutenção da linguagem e do diálogo, ou seja, a interação social. Tudo pode ser muito clean, objetivo, dinâmico, com um appeal moderno, mas nunca deve prescindir do modelo que haja uma interação, um debate. Deve ser por isso que os fóruns, chats e wikis são tão importantes para a aprendizagem, pois trabalham a reelaboração do conhecimento em grupo.

Uma fala de Rezende, no entanto, me chamou a atenção:

Dessa forma, o design e os programas e aplicativos sendo bem distribuídos podem realimentar esse processo de aprendizagem.

Semíramis F. Alencar Moreira
Síntese para PIGEAD- UFF 2014 
Ambientes de Aprendizagem e Mídias de Comunicação


26 de mai. de 2014

Visões da Ead - Ambientes virtuais de aprendizagem e mídias educacionais parte 2

A taxonomia de Bloom  pode ser um excelente instrumento a ser utilizado para nos orientar na hora de criar um AVA ou um determinado material didático. Esse esquema pode nos auxiliar a compreender bem esses critérios:

Realmente o alto volume de informações ao DI acaba o confundindo e a falta de um projeto, um layout pré-definido pode atrapalhar ainda mais a confecção de um AVA ou de um material didático. 
O bom senso e a clareza são essenciais nesse processo. É necessário muita atenção nesse quesito até para não deixar um ambiente virtual confuso e que fornece muitas informações desencontradas!

Profª Semíramis F. Alencar Moreira
Síntese PIGEAD - 26/05/2014

Visões da Ead - Ambientes virtuais de aprendizagem e mídias na educação parte 1

Para mim falar de Design em Ambientes virtuais é suspeito pois amo Design! Mesmo porque crio blogs e páginas na web em PHP e minha plataforma predileta é o Wordpress, por ter designs muito inteligentes. Meu desejo é justamente me dedicar a essa área na EaD.
Quanto mais limpo for o design e a forma de apresentá-lo, melhores são as oportunidades de se criar um ambiente propício à aprendizagem. O aluno tende a se confundir quando há muita informação e esse excesso acaba gerando um conflito cognitivo negativo.
Este vídeo resume bem o que o design didático deve oferecer:

Devemos lembrar que existem também os conflitos cognitivos positivos, quando uma pergunta ou uma colocação podem impulsionar uma nova aprendizagem.
design didático deve se amparar nas tecnologias disponíveis, que gerem acesso à informação, trazendo um aspecto objetivo, limpo e ao mesmo tempo que ofereça estímulo ao aluno de continuar pesquisando, ampliando o leque de suas pesquisas, em prol de favorecer a aquisição do conhecimento, reelaborá-lo e reinventá-lo.
um exemplo de material didático que pode ser objetivo e estimulante é, sem dúvida, as animações em flash abordando esquemas, imagens ou charges, pois as pessoas tem mais facilidade em deter informações visualmente estimulantes. Eu utilizo muito o I Spring free, no Power Point. Dá um aspecto inovador às informações que se pretende passar. 
Semíramis F. Alencar Moreira 
Síntese PIGEAD 26/05 PARTE 1

25 de mai. de 2014

Sintetizando Criatividade Vs Inovação (Piotário) Waldez Ludwig

1. Para ser criativo basta ter alguma necessidade, para ser inovador é preciso espírito empreendedor, disciplina e educação, boa educação. Conhecimento para transformar a ideia em algo tangível: um projeto, um protótipo.
2.E como você alcança isso? sendo persistente, não tendo medo, corajoso, não se importando com quem não se importa com o seu projeto.  Correr atrás, detendo atenção maior aos detalhes e ser rápido, antes que alguém tenha a mesma ideia que você, posto que somos milhões tendo ideias parecidas!!
3. Quem é inovador perde o senso de lógica, pensa fora da casinha, desafia a autoridade, a praticidade, as tradições, não tem medo de errar (ou pelo menos não se submete à esse medo) e perde o senso de ridículo, 
4. no fundo, é como voltar a ser criança, as crianças não tem medo da verdade e nem de falar o que pensa, aventurar-se pelo mundo intangível das ideias e escutar mais o próprio coração.
Eu confesso que venho fazendo isso e tem sortido um efeito muito promissor! Ainda não sei se meus planos darão certo, mas perder o medo de contar as minhas ideias me ajudou muito!
Profª Semíramis F. A. Moreira - sintese para o PIGEAD 28/05/2014

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