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23 de jul. de 2014

Competências e Habilidades para o Tutor à Distância

Competências e Habilidades para o Tutor à Distância
Profª Semíramis F. Alencar Moreira 

Para desempenhar as atividades de tutoria à distância, bem como a presencial, o tutor deve ter em mente que esse trabalho abrange pessoas, as quais ele estará em contato direto, por meio eletrônico, através da linguagem escrita na maioria das vezes. Sabemos que a escrita pode ser um fator tão positivo quanto maior for a clareza e a objetividade de ideias.
Por essa razão destaco o Exercício do diálogo, como elemento motivador primeiro da relação tutor-aprendizagem-aluno num curso à distância. Com o diálogo, há o estímulo à participação na construção do seu conhecimento ao mesmo tempo em que estes alunos podem desenvolver o senso de comunidade e atuarem de forma ativa, nos debates e produções conjuntas no Ambiente Virtual de Aprendizagem: como na elaboração das Wikis, na participação dos chats e fóruns.
Contudo, para haver o exercício do diálogo é importante que este mediador valorize os alunos. Apenas quem saiba valorizar o outro, saberá  acolher as diferenças que possam surgir no ambiente virtual de Aprendizagem, uma vez que são grupos de alunos com visões e histórias de vida diferentes, que possam apresentar pontos de vista distintos, mas ainda assim, de vital importância para a construção dos saberes na sala de aula e na formação para a vida.
O Exercício do diálogo acontece quando o tutor retorna os e-mails, recados ou postagens dos alunos, sempre os estimulando a comentar mais, a participar mais, fazendo com que o aluno exponha suas ideias, com interesse e boa vontade.
Á esse constante feedback, o estímulo à participação acontece quase que instantaneamente. Mas para que esse processo se torne mais efetivo, é necessário que o tutor acompanhe os diálogos entre os alunos, nas colocações nos fóruns, esclarecendo as possíveis dúvidas e cedendo todas as informações necessárias para que o aluno tenha segurança.
Esse processo de acolhimento acaba por fortalecer o senso de comunidade, com o qual os alunos serão capazes de reproduzir o esse mesmo comportamento do tutor, de mediar o conhecimento de forma atenciosa e cordial, incentivando a crescimento da turma enquanto grupo coeso, de forma amistosa, cooperativa.
Tal competência, leva ao acolhimento conjunto às diferenças. Os alunos se tornam naturalmente mais receptivos aos colegas, pois enxergam no mediador esse caráter íntegro e imparcial, passando a agir, eles mesmos como mediadores dessa igualdade de condições, auxiliando também nas trocas de saberes, essenciais à qualquer curso superior, sobretudo no EaD, onde a interação social presencial é tão rara.
Entretanto, para que essas competências sejam plenamente aplicadas, é imprescindível que o tutor Valorize os alunos, posto que o EaD é uma modalidade de ensino a qual o aluno é o centro do processo educativo. O professor é o mediador do conhecimento e das interações entre os alunos.
Portanto, as competências necessárias para um tutor mediador em cursos à distância serão pautadas na Valorização dos alunos para que o Exercício do Diálogo, O Estímulo à Participação, O Desenvolvimento do Senso de Comunidade e o acolhimento às diferenças sejam premissas possíveis de serem alcançadas.

Semíramis F. Alencar Moreira para PIGEAD - UFF, 2014.




9 de jun. de 2014

Projeto de Recurso Educacional Aberto - Trabalhando com Blogs Colaborativos

 O REA (Recurso Educacional Aberto) é um aprofundamento educacional da Web 2.0.
Assim sendo, a Web 2.0 engloba recursos de uso e compartilhamento sociais tais como: wikis, chats, AVAs, podcasts, aplicativos diversos, blogs, sites, redes sociais, software livre, sites sociais) tudo isso com suas intenções voltadas à educação.
Os REAs nos permite repensar a educação de uma forma atualizada, a própria prática pedagógica a partir da criação, bem como do compartilhamento dessas tecnologias, tanto para ensinar quanto para nos recapacitarmos, uma vez que é uma linguagem inteiramente nova.
Entretanto, para isso seria imprescindível  o trabalho interdisciplinar e  transdisciplinar como forma de abranger diferentes disciplinas no contexto tanto da educação básica quanto no ensino superior, pois se trata de uma possibilidade didática de trabalhar diversos conteúdos de maneira flexível, dinâmica e estruturada para tornar a aprendizagem mais abrangente.
Se observarmos os exames do ENEM as questões desenvolvidas o são partindo do princípio da transdisciplinaridade, onde um tema está correlato à outro tema de outra disciplina diferente, onde em determinado ponto, se convergem, chegando até mesmo ser interdependentes.
O trabalho com blogs, por exemplo, é algo que permite uma troca de saberes muito grande uma vez que engloba diferentes programas e recursos da Web 2.0 . A troca de conhecimentos em redes abertas, como os blogs e as redes sociais, são mais propícias à participação dos alunos, uma vez que não tem aquele caráter restritivo das salas de aula usuais. Eles se tornam mais participativos, passam a não ter medo de escrever e se tornam mais interessados nos conteúdos propostos.
O blog oferece muitas possibilidades didático-pedagógicas. É um veículo integrador que permite, por sua interface simples e ao mesmo tempo arrojada "chamar a atenção" dos nossos alunos, sempre tão conectados, mas também tão dispersivos, tão desinteressados. 
Depois que a gente mergulha nesse ambiente, as trocas são cada vez mais profundas: a gente começa a fazer amizade com gente que mora do outro lado do Brasil e aprende ao ensinar e ensina ao aprender, parafraseando a inesquecível Cora Coralina! Dizem que todo blogueiro é gente boa: até hoje só conheci gente boa e sempre disposta a ajudar, aprendi muito!!

Projeto
No ano de 2011, desenvolvi um projeto de blogs colaborativos na E E Nilo Peçanha em Itamonte, MG, com as turmas de Formação de Professores em Ensino Médio (Magistério) nas disciplinas sociologia e Informática na educação. Esse projeto foi  pensado de forma que esses alunos pudessem trocar ideias e postar conhecimentos à cerca de temas tratados na sala de aula. Um trabalho que fiquei muito feliz em ter realizado, pois pude orientar pessoas que nunca tinham sequer ligado um computador na vida. 
Primeiramente, a disciplina consistia em apenas "dar noções" de informática, de uso dos softwares livres (Br-office em ambiente Linux) para alunos que estavam começando sua formação docente, sendo que muitos ali nunca tinham tido sequer contato com computadores em lan houses (vale lembrar que Itamonte é mais rural que urbana e muita gente vem da região rural para estudar na cidade).
Os blogs nos oferecem possibilidades pedagógicas incríveis porque permitem que os alunos participem da construção do conhecimento, tanto só nos comentários, perguntando, argumentando, quanto nos blogs colaborativos onde cada aluno tem um perfil e pode publicar postagens individuais, permitindo maior participação nessa reelaboração do conhecimento.
Na atividade que elaborei e apliquei, cada aluno participou com postagens no blog, expondo seus pontos de vista, suas ideias e aspirações, permitindo a outros colegas a postarem seus comentários ou mesmo fazerem postagens em réplica. 
Ensinar ultrapassa as fronteiras dos conteúdos propostos.  Utilizei o laboratório de informática da escola e elaborei esse projeto. Ao final de 1 ano e meio todos já sabiam mexer nos computadores e formatar textos, postar imagens e fazer postagens no blog mesmo abrir conta de email e participarem ativamente de redes sociais. Hoje tenho alunos dessa turma que fazem curso de pedagogia via EaD, o que me trouxe muitas alegrias. Foi muito gratificante!
Seguem os links para apreciação: 
Educando o Amanhã também serve como proposta didática. A sua proposta: um guia de referência a ser criado por professores para exporem temas relativos a aula, aprofundamentos, temas para pesquisa, divulgação de artigos.

Assim, podemos perceber a importância do blog como ferramenta educativa e colaborativa nas palavras de Levy (2003) 
 “a capacidade de trocar ideias, compartilhar informações e interesses comuns,criando comunidades  e estimulando conexões” e  ela afirma ainda:
“As únicas redes que funcionam sem mediador são as de entretenimento”. (LEVY,2007).


Nota da Semíramis (autora )
O que eu acho mais interessante é ser educadora e trabalhar com  a formação de professores, pois estamos incentivando aos jovens seguirem essa profissão tão desvalorizada e, no entanto, imprescindível para a formação da sociedade. E esse trabalho, além de requerer muito amor, requer também paciência, alegria e persistência em continuar estudando, se capacitando para oferecer sempre um diferencial. Muitas vezes, não nos compreendem: os meus amigos implicam comigo me perguntando se eu tenho vida social, porque eu vivo estudando apesar de não ter muito reconhecimento. Melhor não responder, mas agir. Ver os olhares atentos de meus alunos valem todas as noites insones que fico estudando...

Semíramis F. Alencar Moreira 
Síntese para PIGEAD- UFF - Ambientes Virtuais de Aprendizagem e Mídias na Educação



Fonte: SENRA, M.L.B. e BATISTA, H.A. Uso do Blog como ferramenta pedagógica nas aulas de Língua Portuguesa.  Disponível em:http://www.pucrs.br/famat/viali/tic_literatura/artigos/blogs/diartigos69.pdf Acesso em: 08 de Jun  2014.


Usabilidade de Interfaces virtuais

A usabilidade de interfaces virtuais  é um assunto muito interessante mesmo e nos permite a tecer sínteses para nossa melhor compreensão 
Desenho de conteúdos e atividades  para e-learning que requer um tempo maior de planejamento. 
A interface deve ser acessível e "usável" pelo usuário, exigem maior praticidade, mais clareza, maior objetividade. 
O professor pode utilizar os seguintes interfaces tais como:
1) Os desmembramentos como: Hiperlinks, glossários, atenção, curiosidades (podendo ser em vídeos ou textos complementares);
2) Inclusão de informações pertinentes nas laterais do material também dão boa visibilidade ao aluno (no caso de desmembramentos como citado acima);
3) O tamanho da fonte do material, cores padrões, imagens e espaçamento em branco são características para a consistência de layout;
Assim, os projetistas devem elaborar interfaces que visem a oferta maior de opções e facilidades sem que haja uma sobrecarga cognitiva (ambiente pesado, com muitas informações e gadgets inúteis)
A usabilidade sempre está associada à alguma teoria da aprendizagem: geralmente teorias construtivistas e neo-construtivistas.
Projetar é uma atividade técnico-artística, "uma atividade responsável pela elaboração de objetos usáveis e sistemas de informação. O projetista determina materiais, tecnologias de fabricação, volumes, texturas, imagens, tipografias e incorpora recomendações ergonômicas" (Santos, 2003)

FONTE: Costa e Marins, 2009.

Semíramis F. Alencar Moreira 
Síntese para PIGEAD- UFF  - Ambientes Virtuais de Aprendizagem e mídias de comunicação

26 de mai. de 2014

Visões da Ead - Ambientes virtuais de aprendizagem e mídias educacionais parte 2

A taxonomia de Bloom  pode ser um excelente instrumento a ser utilizado para nos orientar na hora de criar um AVA ou um determinado material didático. Esse esquema pode nos auxiliar a compreender bem esses critérios:

Realmente o alto volume de informações ao DI acaba o confundindo e a falta de um projeto, um layout pré-definido pode atrapalhar ainda mais a confecção de um AVA ou de um material didático. 
O bom senso e a clareza são essenciais nesse processo. É necessário muita atenção nesse quesito até para não deixar um ambiente virtual confuso e que fornece muitas informações desencontradas!

Profª Semíramis F. Alencar Moreira
Síntese PIGEAD - 26/05/2014

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