Professora entusiasmada procura vaga em instituíção escolar, pública ou privada, que possa acolhê-la, dentro de suas competências e habilidades, ao cargo de docente.
Esta profissional de ensino cumpriu todos os pré-requisitos necessários para desempenhar sua função, de acordo com as normas vigentes da LDB 9394/96. Tem graduação e pós-graduação Lato sensu, fala inglês fluentemente, domina técnicas de ensino integradas às novas tecnologias da educação, sempre que possível participa de congressos, seminários e simpósios e pretende continuar investindo em sua formação acadêmica ao ingressar no stricto sensu, sem no entanto, se esquivar dos objetivos primeiros de sua função.
A referida profissional aprecia trabalhar em equipe, conhece e busca sanar as necessidades educativas e sociais das instituíções em que costuma atuar. É uma pessoa flexível, um pouco rígida quanto ás questões de disciplina, porém se mostra uma pessoa que prima pelo diálogo igualitário entre professores e alunos e concebe uma educação dialógica e transformadora, que possa reelaborar o conhecimento, não somente do aluno, mas ajudar a ampliar os saberes didáticos dos colegas professores.
A profissional afirma que tem disponibilidade de tempo e se dispõe a trabalhar com dedicação às causas educacionais para quaisquer série as quais seja indicada. A mesma não se importa com os baixos salários, pois compreende que a vocação docente é um voto de pobreza sacerdotal e que o papel de quem escolhe ser professor é o de amar e respeitar o ato docente como forma de fomento aos discentes, não importando o quão rebeldes ou desinteressados estes sejam, o papel do professor é aprimorar sua prática para perpetuar e tornar prósperas outras carreiras.
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A quem interessar possa, deve-se salientar que este tipo de profissional está escasso no mercado, posto que as escolas hoje, estão dominadas por profissionais medíocres ou mesmo bons profissionais desviados de função, atendentes aos desmandos de seus superiores, na base do jeitinho brasileiro, do encaixe, do burlamento das leis e no acobertamento de ações desastrosas.
O profissional de educação hoje é muito próximo à um mendigo educado que, com o seu precioso currículo na mão, eruditamente pede a esmola de uma vaga para lecionar sendo achincalhado e esnobado por companheiros que deveriam se unir em prol de uma educação de qualidade e de respeito pelo futuro do País.
Ad astra per aspera... (Às estrelas pelos caminhos mais àsperos)
Semíramis
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Semíramis,
ResponderExcluirPois é... se essa professora já chegou aos 50 anos, fica ainda pior! E para uma professora nessa faixa etária, que quer trabalhar com informática educacional, conseguir um emprego se torna um sonho distante, praticamente impossível!
Abço
Oi Miriam
ResponderExcluirAos 20 anos você é inexperiente, muito nova,
aos 30, você tem que disputar com seus títulos seu lugar ao sol, nem sempre obtendo êxito, sobretudo se você é uma pessoa honesta.
Aos 40, com muito sacrifício, você ainda tem alguma respeitabilidade
mas ao 50 a tendência é classificarem a professora como idosa e ultrapassada.
É lamentável que essa coisas ocorram em nosso país, o mais triste é ver que isso é acobertado por nossos próprios colegas em nome de uma cumplicidade que só favorece aos menos competentes e menos justos.
A profissional que procura não é ninguém menos do que eu entre outros tantos profissionais especialistas em educação, pedagogos, professores de primeiro segmento de EF que estão hoje desempregados ou vivendo de subempregos, enquanto que outros colegas acumulam 2, 4, 6 cargas horárias, mal dando conta das inúmeras atribuições que seu cargo exige.
Obrigada pelo comentário, apareça mais vezes!
Semíramis
Olá Semíramis, obrigada pela visita.
ResponderExcluirGostei deste currículo reflexivo e poético também.
Grande abraço
Conceição.
Olá querida Semíramis,
ResponderExcluirAdorei este seu artigo. Totalmente verdadeiro.
Porém eu tenho a esperança de que com a inclusão digital estes preconceitos venham a cair por terra. Sinto isso quando participo dos eventos onde 90% dos participantes são jovens e eu "meio centenária" não sou excluída, pois consigo falar a mesma linguagem, claro que não com a mesma desenvoltura dos nativos digitais.
O estar atrás da tela acaba contribuindo para que você se nivele com o seu público. Então quando te conhecem pessoalmente, o paradigma já foi quebrado.
Beijinhos e continuamos na luta.