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26 de jan. de 2008

Explicando a Enquete (corrigida - desculpe alguns errinhos de formatação e redação, acontecem...)

Primeiramente, gostaria de agradecer aos 141 amigos, aproximadamente, que estão visitando meu querido blog-objeto de estudo. Adoraria que vocês pussessem uma ou duas linhas sobre o que acharam deste espaço que criei com muito carinho e que estou aprimorando constantemente. Obrigada, vocês estão me ajudando muito.

A enquete é simples: sou uma entusiasta da aplicação das novas tecnologias como forma de complemento ao ensino presencial. No entanto, não acredito nas estruturas educacionais totalmente via EAD que sejam descompromissadas e apenas visem formar mais mão de obra para atender, ora necessidades políticas, ora cobranças sociais.

Por acreditar que o papel do professor é fundamental na formação educacional, moral, intelectual e afetiva dos educandos, acho que um curso em EAD deveria de ter pelo menos alguns encontros presenciais em pólos. Isso encurtaria as distâncias e criaria maior cumplicidade entre alunos e professores.


Sites, blogs, fotologs, slides, podcasts, programas televisivos, programas de rádio, rádios comunitárias, jornais (locais ou nacionais) entre outras formas de comunicação podem facilitar e auxiliar o trabalho de professores e alunos no sentido de viabilizar as formas de interação e integração sala de aula-cotidiano, relação profundamente deficitária não apenas nas escolas públicas e particulares de EF e EM.


Um caso curioso: Em julho do ano passado, observei a implantação da primeira turma de um curso de graduação (tecnológica) via EAD de uma universidade federal por três meses em uma cidade de interior, onde quase não há cursos universitários. Uma nobre iniciativa que poderia ter dado certo, se o curso não fosse totalmente via EAD. Os tutores desta graduação deveriam se corresponder por e-mails e murais de recados em cada uma das 6 disciplinas obrigatórias.


No primeiro módulo, todos aprenderam as minúcias de um ambiente de ensino virtual. Uma tarefa que rendeu muito pedagogicamente, uma vez que os próprios alunos ajudavam-se mutuamente. Entretanto, terminado o módulo inicial e iniciadas as disciplinas componentes do curso, os alunos sentiram a falta do apoio presencial de alguém que pudesse ajudá-los no dia-a dia do curso, pois as dificuldades inerentes ao conteúdo, complicavam-se sobremaneira, isso sem contar com a confusa e muitas vezes inoperantes ações dos professores que, depois de anos lecionando no ensino presencial, não conseguiam coordenar as ações didáticas que teriam numa sala de aula, no desempenho diário desta nova modalidade de ensino.


O resultado disso foi a desmotivação de cerca de 20 alunos que acabaram por desistir do curso. O principal motivo alegado foi a ausência do elemento humano. Por mais que não queiramos nos passar por repassadores do conhecimento, nossa presença se faz essencial pois nada substitui o olhar, a voz, o timbre, o gestual, a imagem e o laço que alunos e professores podem criar na reelaboração do conhecimento e no desenvolvimento da aprendizagem.


Daí, a proposta da enquete: não creio que as novas tecnologias e os cursos via EAD possam ser utilizados como método de ensino, desprovido da presença real do professor ou de pelo menos de um bom planejamento que possibilite a sustentabilidade desse sistema . Acredito e aposto seriamente na idéia de que tais ferramentas, virtuais ou midiáticas, possam ser um instrumento vital à aprendizagem e a criação de vínculos cognitivos, sociais, interativos e por que não dizer, afetivos, uma vez que este é um dos papéis da educação.


Abraços sinceros,


Semíramis

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