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17 de mai. de 2012

Para especialista, educação infantil é primeiro passo no combate à pobreza

Para especialista, educação infantil é primeiro passo no combate à pobreza

Governo Federal anunciou a construção de 1.512 creches no País
15 de maio de 2012



Para especialista, educação infantil é primeiro passo no combate à pobreza
Para especialista, educação infantil é primeiro passo no combate à pobreza
O 'Programa Brasil Carinhoso' passa a valer nesta terça-feira (15) em todo o País. A ação, lançada pela presidente Dilma Rousseff nesta segunda-feira (14), tem como objetivo tirar da miséria crianças de até seis anos, cuja renda familiar per capita seja inferior a R$ 70.


Para Maristella Angotti, pedagoga e pesquisadora da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Araraquara (SP), esse investimento só terá um bom resultado se for desenvolvido com foco na qualidade e no atendimento.


A ideia, segundo o governo, é reforçar o subsídio oferecido, por meio do Bolsa Família, e ampliar a cobertura do sistema de saúde, com a distribuição de vitamina A, ferro e remédios contra asma para crianças. O programa também prevê a ampliação de vagas em creches e pré-escolas públicas, além de acelerar o ritmo de construção de novas unidades. O objetivo do governo é levantar seis mil creches até 2014.


Segundo a pesquisadora, a creche também deve ser considerada como etapa importante do sistema educacional brasileiro. "Nós não temos uma etapa mais ou menos importante na vida do ser humano. Toda ela é carente e necessita de um atendimento educacional especializado específico", diz.


Angotti ressalta que a creche hoje não significa apenas uma condição de atendimento social, mas um meio em que é fundamental para o desenvolvimento da base intelectual, social, ética e moral. Angotti cita como exemplo a criança que trabalha com o imaginário em uma casa de brinquedos.


"Na verdade, ela não está só brincando. Quando ela faz as representações dos papéis da família, ela está muitas vezes representando a casa dela e também melhorando a qualidade de vida que ela gostaria. Então, ela própria já resolve algumas situações como gostaria que fosse na realidade. Nós não podemos mais desconsiderar o brincar, as diferentes linguagens como condição fundamental para o desenvolvimento dessa criança", explica.
Fonte: Globo.com

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