Receita de Ano Novo - Carlos Drummond AndradePara você ganhar belíssimo Ano Novo cor do arco-íris, ou da cor da sua paz, Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido (mal vivido talvez ou sem sentido) para você ganhar um ano não apenas pintado de novo, remendado às carreiras, mas novo nas sementinhas do vir-a-ser; novo até no coração das coisas menos percebidas (a começar pelo seu interior) novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota, mas com ele se come, se passeia, se ama, se compreende, se trabalha, você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita, não precisa expedir nem receber mensagens (planta recebe mensagens? passa telegramas?) Não precisa fazer lista de boas intenções para arquivá-las na gaveta. Não precisa chorar arrependido pelas besteiras consumidas nem parvamente acreditar que por decreto de esperança a partir de janeiro as coisas mudem e seja tudo claridade, recompensa, justiça entre os homens e as nações, liberdade com cheiro e gosto de pão matinal, direitos respeitados, começando pelo direito augusto de viver. Para ganhar um Ano Novo que mereça este nome, você, meu caro, tem de merecê-lo, tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil, mas tente, experimente, consciente. É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre. Um ótimo ano de 2011! |
29 de dez. de 2010
Receita de Ano Novo - Carlos Drummond Andrade
26 de dez. de 2010
Respondendo ao Professor Dr. Luiz Carlos Formiga.
Obrigada, querido Ramon e querido professor Formiga pela divulgação desse artigo e de meu blog Educando o Amanhã. Respostas em Azul! Abraços Semíramis Alencar Em 26 de dezembro de 2010 10:26, R Chaves <ramonchaves@hotmail.com> escreveu: LUIZ CARLOS <formigalcd@hotmail.com>; To: gadelh Subject: RE: Eu Acuso - Educando o Amanha Date: Sun, 26 Dec 2010 12:02:03 +0000 Coloquei também um de origem espírita. Divulguem. Discussão nos links Ramon Re: Evangelização Espírita Infantil Onde se dá a formação de educadores? Licenciaturas? Faculdade de Educação? Onde elas ficam? Universidades? A formação de Educadores deveria de ser desenvolvida, em primeiro lugar, no seio da própria família, comprometida com os valores morais voltados para a ética, a cidadania, o respeito e a solidariedade - educando nossos filhos e filhas, educamos também a sociedade. Faculdades, universidades, centros acadêmicos e licenciaturas pouco ajudam quando já não trazemos a educação do seio familiar. O estudo ajuda a formar, entretanto as famílias tem papel essencial na condução desse processo de maturação. O que mudou na universidade dominada pelo materialismo? Pouco ou nada. Na realidade, sempre foi materialista Como aproveitar a agilidades tecnológicas da nova era na universidade? Colocando as ferramentas tecnológicas a serviço do bem, como forma de prestação de serviços, repassando informações úteis, de forma a agrupar a comunidade para a solução de seus próprios problemas Como pensar em formação de educadores sem pensar em valores espiritualistas? Pensando exatamente no estado de coisas que se encontra a educação hoje - completamente desvirtuada de sua real função: a de educar . na escola se aprende de tudo: a humilhar o semelhante, a roubar, a mentir para si mesmo, a enganar, a colar, a discriminar, a agredir... Os professores, pressionados pelas más condições de trabalho e baixa renda não prezam pela correta conduta dos alunos, também vitimizados pelo sistema capitalista que também vitimizam seus pais. Nessa reação em cadeia, onde o mais forte é o que pode se impôr pela força, o mais inteligente, aquele que pode se driblar os currículos e tarefas propostas sob a alegação de que podem recorrer aos órgãos de proteção ao adolescente, a justiça por danos morais. Lastimável... a educação voltará a ser respeitada somente se cada professor dentro de sua crença começar a desenvolver uma educação pautada nos valores realmente humanos, desde a pré-escola, sem protecionismos ou desmandos, a escola que tem professores, pais e alunos que são parceiros na construção de uma nova sociedade, que não se pautem apenas na pequenez de passar ou não de ano, sob o argumento de que "traumatiza o aluno". A educação apenas alcançará algum efeito quando passar a respeitar seus educadores mais sérios, a incentivar o uso das novas metodologias de ensino, a compartilhar a visão de mundo do outro, a respeitar a lei de Diretrizes e Bases, dos Regimentos Escolares, de aceitarem o "não" como resposta, de reconhecer suas falhas, enfim, quando cada um de nossos pais, alunos, professores e dirigentes escolares reconhecerem que a educação sem verdade não é educação - é desvirtuamento. Abraços, Semíramis F. Alencar Moreira (pedagoga; especialista em Docência de Ensino Superior e professora) "Nas salas de aula desses cinqüenta e tantos anos de magistério, sempre olhei o adolescente, apiedado... E ouvia Jesus na página maravilhosa de Boa Nova: Pedro, eles não são pecadores... Eles são somente frágeis... E a fragilidade se mistura com os nossos conhecimentos de Física, de Química, de Biologia, de Psicologia... E as vontades? Como despertar as vontades? Como fortalecer os frágeis? Como ativar as vontades para querer o melhor para os próprios espíritos? E você? Onde fica? Pode ajudar ampliando essas reflexões? |
O que é o Natal?
Enviado gentilmente pela amiga Maristella Bilmeyer ! Feliz Natal, Bella! Io te voglio benne! Bacci. Aos leitores do Educando o Amanhã, meus desejos sinceros de que a alegria do Natal se estenda ao Reveillon e se prolongue por todos os dias do ano de 2011. Abraços fraternos Semíramis Alencar |
21 de dez. de 2010
Aos Amigos - Nossa mensagem de Natal
Com votos sinceros de que o verdadeiro sentido do Natal de Jesus esteja presente no coração de todos os amigos, irmanados em fé, amor e paz. Semíramis Alencar e Família |
20 de dez. de 2010
Eu Acuso - ou sobre o professor em BH
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19 de dez. de 2010
15 de dez. de 2010
Formação de EDUCADORES
Formação de EDUCADORES
LUIZ CARLOS FORMIGA
Onde se dá a formação de educadores?
Licenciaturas? Faculdade de Educação? Onde elas ficam? Universidades?
Toda banda larga é inútil, se a mente for estreita diz mensagem do "Momento espírita".
É preciso resgatar valores na universidade? Banda larga e mente estreita, fora e dentro da universidade?
Eis a ideia veiculada numa determinada campanha publicitária nacional, que toca numa temática bastante interessante.
Nos tempos da velocidade da informação, e da conectividade em tempo real com o mundo todo, é necessário pensar. Pensar se tudo isso, realmente, está sendo utilizado em favor do desenvolvimento humano
Será apenas mais uma distração criada pela alma imatura do homem terreno?
Sim, pois, se pouco ou nada nos acrescenta como espíritos, no que diz respeito ao nosso progresso moral, ao nosso melhor comportamento.
De que nos adianta?
De que nos adianta ter a facilidade no acesso à informação, se não sabemos o que fazer com ela?
De que adianta ficar sabendo de tantas e tantas coisas, se não sabemos selecionar o que eu quero e o que eu não quero para mim?
Toda banda larga é inútil, se a mente for estreita.
A mente estreita é esta que se perde em meio a tantas possibilidades, sem saber para onde ir.
Naufragam ao invés de navegarem na sociedade do terceiro milênio. A tecnologia está à nossa disposição para nos ajudar. É o conhecimento intelectual engendrando o progresso moral, propiciando o adiantamento do ser humano, e não sua destruição.
O que mudou na universidade dominada pelo materialismo?
Como aproveitar a agilidades tecnológicas da nova era na universidade?
Sejamos nós estes de mente larga, que querem e trabalham pelo bem comum, das mais diferentes formas possíveis.
Não podemos esquecer do investimento contra o materialismo que impera na universidade, formadora de educadores influenciados pelo marxismo.
Como pensar em formação de educadores sem pensar em valores espiritualistas na universidade?
Busquemos a plenitude intelecto-moral, conforme tão bem acentua o codificador (foto).
O Professor no Jornal dos Espíritos diz assim:
"Um professor universitário me escreveu e disse que deseja trabalhar valores espíritas junto ao alunado do seu Estado. Muito boa notícia esta de trabalhar valores espíritas na universidade (terreno inóspito). Muitos alunos não foram "trabalhados" adequadamente no período infantil, o que torna o nosso trabalho pouco atraente. O movimento espírita parece não se importar muito com o universitário. Que sugestões práticas faria para o professor e que material bibliográfico poderia enviar-lhe como suporte? Agradeço a ajuda, pois estou com esse "espinho na carne". Transmita esse meu pedido aos universitários que conheça pedindo sugestões. Podem ser funcionários da universidade federal, estadual, particular, alunos, professores e todos os que um dia passaram por lá (formados ou aposentados). SOS.
Responda-me assim que encontrar um tempo pra esse amigo.
Sua colaboração é muito valiosa. Escreva para a redação."
ESPÍRITAS universitários - http://www.jornaldosespiritos.com/2007.3/colunistas.htm
O Grupo Estudos Espíritas Avançados (GEAE) relembra os "Valores Espíritas na Universidade" dizendo que: "Através da correspondência eletrônica chegou-me a notícia de que um Professor Universitário desejava trabalhar valores espíritas junto ao alunado do seu Estado. Como o Rio de Janeiro já havia tomado essa iniciativa num passado recente fui consultado. Revi os primeiros dias, não antes de lembrar o educador Rubem Alves: "O primeiro ato de domínio exige que o dominado esqueça o seu nome, perca a memória do seu passado, não mais se lembre de sua dignidade." De forma ligeira, fiz algumas anotações para não perder a memória do passado no Núcleo Espírita Universitário do Fundão (NEU-Fundão).
Muito boa esta notícia de trabalhar valores espirituais na universidade (terra escaldante). Muitos alunos não foram "trabalhados" adequadamente no período infantil, o que torna nosso trabalho pouco atraente, mesmo, quando utilizamos, como estratégia, temas ligados aos problemas atuais. Na época que ajudamos a fundar o NEU-Fundão esses desafios eram Sexo, Drogas, DSTs, AIDS, Hansenísae, Curas Espirituais e Regressão de Memória, mas, mesmo assim, foi complicado. Como também era pesquisador com o Pires na Mão já havia desenvolvido alto grau de resistência à frustração, o que me ajudou muito. Isso não deve ser considerado um desestímulo, mas uma dose da vacina contra os primeiros fracassos (Resiliência *).
A universidade é um terreno complicado e tentamos dar uma idéia disso no "Universidade da Alma. Cidade Universitária do Espírito", que está no link http://www.espirito.org.br/portal/artigos/geae/universidade-da-alma.html. Só não desisti porque sempre lembrava das palavras de um outro Professor do nosso "ginasial" (Newton G. de Barros) e que coloquei como "grande final" no artigo Sexo: Artigo de Compra e Venda ( http://www.espirito.org.br/portal/artigos/neurj/sexo--artigo-de-compra-e-venda.html ).
"Nas salas de aula desses cinquenta e tantos anos de magistério, sempre olhei o adolescente, apiedado... E ouvia Jesus na página maravilhosa de Boa Nova: Pedro, eles não são pecadores... Eles são somente frágeis... E a fragilidade se mistura com os nossos conhecimentos de Física, de Química, de Biologia, de Psicologia... E as vontades? Como despertar as vontades? Como fortalecer os frágeis? Como ativar as vontades para querer o melhor para os próprios espíritos?
Mas sobe à superfície da memória a "Parábola do semeador: - O Semeador saiu a semear... Atirou as sementes, amorosamente... Umas caíram na terra escaldante e feneceram... Outras caíram ao alcance dos pássaros e foram deglutidas... Outras cresceram entre espinheiros e foram sufocadas... Mas outras caíram em terreno fértil... E produziram uma por trinta... uma por sessenta... uma por cem... e deram muitos frutos bons...
Bezerra de Menezes desce de alturas não mensuráveis e nos diz pelas mãos sagradas hoje, de Francisco Cândido Xavier: A legenda agora é kardequizar... Semear as sementes escolhidas... e confiar na fertilidade dos terrenos...
Deixei mais links para que o Professor Universitário tenha ideia deste trabalho de "kardequizar na universidade..." e possa também ver "sementes escolhidas".
"Espiritismo na Universidade"
http://www.panoramaespirita.com.br/modules/smartsection/item.php?itemid=5207
Antiga HP do NEU-RJ - http://www.zap.to/neurj
Afinal, quando sabemos de onde viemos sempre é mais fácil determinar para onde vamos." http://www.geae.inf.br/pt/boletins/geae544.pdf
O Jornal dos Espíritos "apela" para a resiliência (espírita)
http://www.jornaldosespiritos.com/2007.3/col49.1.htm
Realmente, resgatar valores é um grande desafio diante do materialismo universitário.
Aí aprovar o aborto é fácil!
http://www.serprofessoruniversitario.pro.br/ler.php?modulo=10&texto=524
E você? Onde fica?
Pode ajudar ampliando essas reflexões? No mínimo, pode convocar aquele amigo que como você também está preocupado com o materialismo que reina na faculdade de educação. Envie para ele essas questões. A semente pode cair em terreno fértil. Confiemos, mas vamos também semear.
Ir para página principal...
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14 de dez. de 2010
Ministra defende "homoafetividade" discutida em aula
---Enviado pelo Professor DR. LUIZ CARLOS FORMIGA formigalcd@hotmail.com
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15 de out. de 2010
Feliz Dia dos Professores
Ser professor é almejar construir as bases solidas de um mundo civilizado, independente de crença, visão política ou antagonismos sociais. Ser professor é ser um pouco utópico, consciente da própria necessidade de evolução e contribuir para isso com seu aprimoramento constante, paciência e fé no futuro Parabéns para nós, professores: da Educação básica, da Educação Especial, dos EJA´s e do Ensino Superior : é a partir do nosso mérito que há a evolução de nossa pátria. A escola que desejo um dia A escola de meus sonhos eu ainda não vi. Ela está no sonho dos alunos, dos professores dedicados que conheci; A escola dos meus sonhos não se fará com estruturas futuristas, nem com apelos modernistas ou tendências tradicionais. Ela se fará com carisma e a ousadia de ouvir os educandos e guiá-los para uma humanidade mais justa, que se preocupa com os demais. Uma escola que usa o bom senso, no momento de avaliar seus discípulos e escolher seu corpo docente; Orientando-os a uma prática de ensino coerente. Educadores que entendam que o ser e o saber dos educandos precisam ser respeitados. Que nunca permitam que seus pupilos sejam desmoralizados Por não saberem o conteúdo de uma disciplina ou por suas diferenças. Educadores que saibam diminuir as desavenças. Pois amam seu ofício e se entregam à vocação, E sabem que educar é conquistar o coração. Antes de tudo, esta escola onírica deve estar em constante revisão de suas metas estabelecidas, Para não cair na mesmice de outras já falidas. Será uma escola crítica, assim, seu principal compromisso será com a verdade. Uma vez que é fundamental o diálogo, a troca de experiências e a confrontação com a realidade. A realidade dos que tem fome de saber, de viver, fome de cidadania. Esta é a escola que desejo um dia. Semíramis Alencar |
10 de out. de 2010
As Sementes do Amanhã - Feliz dia da Criança
Dizes que sou o futuro,
Não me desampares no presente.
Dizes que sou a esperança da paz,
Não me induzas à guerra.
Dizes que sou a promessa do bem,
Não me confies ao mal.
Dizes que sou a luz dos teus olhos,
Não me abandones ás trevas.
Não espero somente o teu pão,
Sou alguém que te bate à porta em nome de Deus.
Ensina-me o trabalho e a humildade, o devotamento e o perdão.
Compadece-te de mim e orienta-me para o que seja bom e justo.
Ajude-me hoje para que amanhã eu não te faça chorar.
Efeitos do castigo físico e humilhante FONTE :Site da Campanha Não Bata, Eduque
O uso do castigo físico infligido a uma pessoa faz parte de um “ciclo” de violência. Entretanto, muitos pais ainda não enxergam dessa forma, pois esta metodologia educativa está fortemente legitimada em nossa sociedade. Os pais que utilizam o tapa, a palmada ou a chinelada para educar o fazem acreditando que estão fazendo o melhor para seus filhos, mas não percebem que, na verdade, estão infringindo o direito que as crianças possuem (assim como qualquer outro ser humano) ao respeito pela sua integridade física e dignidade humana.
Se a violência física contra um adulto não é aceitável socialmente, sendo passível inclusive de sanções legais, porque a violência contra a criança deve ser aceita? Os pais não vêem que, ao utilizarem o castigo físico, estão abusando da diferença de poder que existe numa relação entre um adulto e uma criança.
Anos 60 - A Época que mudou o mundo
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Os anos 50 chegaram ao fim com uma geração de jovens, filhos do chamado "baby boom", que vivia no auge da prosperidade financeira, em um clima de euforia consumista gerada nos anos do pós-guerra nos EUA. A nova década que começava já prometia grandes mudanças no comportamento, iniciada com o sucesso do rock and roll e o rebolado frenético de Elvis Presley, seu maior símbolo.
A imagem do jovem de blusão de couro, topete e jeans, em motos ou lambretas, mostrava uma rebeldia ingênua sintonizada com ídolos do cinema como James Dean e Marlon Brando. As moças bem comportadas já começavam a abandonar as saias rodadas de Dior e atacavam de calças cigarette, num prenúncio de liberdade.
Os anos 60, acima de tudo, viveram uma explosão de juventude em todos os aspectos. Era a vez dos jovens, que influenciados pelas idéias de liberdade "On the Road" [título do livro do beatnik Jack Keurouac, de 1957] da chamada geração beat, começavam a se opor à sociedade de consumo vigente. O movimento, que nos 50 vivia recluso em bares nos EUA, passou a caminhar pelas ruas nos anos 60 e influenciaria novas mudanças de comportamento jovem, como a contracultura e o pacifismo do final da década.
Nesse cenário, a transformação da moda iria ser radical. Era o fim da moda única, que passou a ter várias propostas e a forma de se vestir se tornava cada vez mais ligada ao comportamento.
Conscientes desse novo mercado consumidor e de sua voracidade, as empresas criaram produtos específicos para os jovens, que, pela primeira vez, tiveram sua própria moda, não mais derivada dos mais velhos. Aliás, a moda era não seguir a moda, o que representava claramente um sinal de liberdade, o grande desejo da juventude da época.
Algumas personalidades de características diferentes, como as atrizes Jean Seberg, Natalie Wood, Audrey Hepburn, Anouk Aimée, modelos como Twiggy, Jean Shrimpton, Veruschka ou cantoras como Joan Baez, Marianne Faithfull e Françoise Hardy, acentuavam ainda mais os efeitos de uma nova atitude.
Na moda, a grande vedete dos anos 60 foi, sem dúvida, a minissaia. A inglesa Mary Quant divide com o francês André Courrèges sua criação. Entretanto, nas palavras da própria Mary Quant: "A idéia da minissaia não é minha, nem de Courrèges. Foi a rua que a inventou". Não há dúvidas de que passou a existir, a partir de meados da década, uma grande influência da moda das ruas nos trabalhos dos estilistas. Mesmo as idéias inovadoras de Yves Saint Laurent com a criação de japonas e sahariennes [estilo safári], foram atualizações das tendências que já eram usadas nas ruas de Londres ou Paris.
O sucesso de Quant abriu caminho para outros jovens estilistas, como Ossie Clark, Jean Muir e Zandra Rhodes. Na América, Bill Blass, Anne Klein e Oscar de la Renta, entre outros, tinham seu próprio estilo, variando do psicodélico [que se inspirava em elementos da art nouveau, do oriente, do Egito antigo ou até mesmo nas viagens que as drogas proporcionavam] ou geométrico e o romântico.
Em 1965, na França, André Courrèges operou uma verdadeira revolução na moda, com sua coleção de roupas de linhas retas, minissaias, botas brancas e sua visão de futuro, em suas "moon girls", de roupas espaciais, metálicas e fluorescentes. Enquanto isso, Saint Laurent criou vestidos tubinho inspirados nos quadros neoplasticistas de Mondrian e o italiano Pucci virou mania com suas estampas psicodélicas. Paco Rabanne, em meio às suas experimentações, usou alumínio como matéria-prima.
Os tecidos apresentavam muita variedade, tanto nas estampas quanto nas fibras, com a popularização das sintéticas no mercado, além de todas as naturais, sempre muito usadas.
As mudanças no vestuário também alcançaram a lingerie, com a generalização do uso da calcinha e da meia-calça, que dava conforto e segurança, tanto para usar a minissaia, quanto para dançar o twist e o rock.
O unissex ganhou força com os jeans e as camisas sem gola. Pela primeira vez, a mulher ousava se vestir com roupas tradicionalmente masculinas, como o smoking [lançado para mulheres por Yves Saint Laurent em 1966].
A alta-costura cada vez mais perdia terreno e, entre 1966 e 1967, o número de maisons inscritas na Câmara Sindical dos costureiros parisienses caiu de 39 para 17. Consciente dessa realidade, Saint Laurent saiu na frente e inaugurou uma nova estrutura com as butiques de prêt-à-porter de luxo, que se multiplicariam pelo mundo também através das franquias.
Com isso, a confecção ganhava cada vez mais terreno e necessitava de criatividade para suprir o desejo por novidades. O importante passaria a ser o estilo e o costureiro passou a ser chamado de estilista.
Nessa época, Londres havia se tornado o centro das atenções, a viagem dos sonhos de qualquer jovem, a cidade da moda. Afinal, estavam lá, o grande fenômeno musical de todos os tempos, os Beatles, e as inglesinhas emancipadas, que circulavam pelas lojas excêntricas da Carnaby Street, que mais tarde foram para a famosa King's Road e o bairro de Chelsea, sempre com muita música e atitude jovens.
Nesse contexto, a modelo Jean Shrimpton era a personificação das chamadas "chelsea girls". Sua aparência era adolescente, sempre de minissaia, com seus cabelos longos com franja e olhos maquiados. Catherine Deneuve também encarnava o estilo das "chelsea girls", assim como sua irmã, a também atriz Françoise Dorléac. Por outro lado, Brigitte Bardot encarnava o estilo sexy, com cabelos compridos soltos rebeldes ou coque no alto da cabeça [muito imitado pelas mulheres].
Twiggy, o rosto dos 60 |
Entretanto, os anos 60 sempre serão lembrados pelo estilo da modelo e atriz Twiggy, muito magra, com seus cabelos curtíssimos e cílios inferiores pintados com delineador.
A maquiagem era essencial e feita especialmente para o público jovem. O foco estava nos olhos, sempre muito marcados. Os batons eram clarinhos ou mesmo brancos e os produtos preferidos deviam ser práticos e fáceis de usar. Nessa área, Mary Quant inovou ao criar novos modelos de embalagens, com caixas e estojos pretos, que vinham com lápis, pó, batom e pincel. Ela usou nomes divertidos para seus produtos, como o "Come Clean Cleanser", sempre com o logotipo de margarida, sua marca registrada.
As perucas também estavam na moda e nunca venderam tanto. Mais baratas e em diversas tonalidades e modelos, elas eram produzidas com uma nova fibra sintética, o kanekalon.
O estilo da "swinging London" culminou com a Biba, uma butique independente, frequentada por personalidades da época. Seu ar romântico retrô, aliado ao estilo camponês, florido e ingênuo de Laura Ashley, estavam em sintonia com o início do fenômeno hippie do final dos anos 60.
A moda masculina, por sua vez, foi muito influenciada, nos início da década, pelas roupas que os quatro garotos de Liverpool usavam, especialmente os paletós sem colarinho de Pierre Cardin e o cabelo de franjão. Também em Londres, surgiram os mods, de paletó cintado, gravatas largas e botinas. A silhueta era mais ajustada ao corpo e a gola rolê se tornou um clássico do guarda-roupa masculino. Muitos adotaram também a japona do pescador e até mesmo o terno de Mao.
No Brasil, a Jovem Guarda fazia sucesso na televisão e ditava moda. Wanderléa de minissaia, Roberto Carlos, de roupas coloridas e como na música, usava botinha sem meia e cabelo na testa [como os Beatles]. A palavra de ordem era "quero que vá tudo pro inferno".
Os avanços na medicina, as viagens espaciais, o Concorde que viaja em velocidade superior à do som, são exemplos de uma era de grande desenvolvimento tecnológico que transmitia uma imagem de modernidade. Essa imagem influenciou não só a moda, mas também o design e a arte que passaria a ter um aspecto mais popular e fugaz.
Trabalho de Andy Warhol, símbolo da pop art |
Nesse contexto, nenhum movimento artístico causou maior impacto do que a Arte Pop. Artistas como Andy Warhol, Roy Lichetenstein e Robert Indiana usaram irreverência e ironia em seus trabalhos. Warhol usava imagens repetidas de símbolos populares da cultura norte-americana em seus quadros, como as latas de sopa Campbell, Elvis Presley e Marilyn Monroe. A Op Art [abreviatura de optical art, corrente de arte abstrata que explora fenômenos ópticos] também fez parte dessa época e estava presente em estampas de tecidos.
No ritmo de todas as mudanças dos anos 60, o cinema europeu ganhava força com a nouvelle vague do cinema francês ["Acossado", de Jean-Luc Godard, se tornaria um clássico do movimento], ao lado do neo-realismo do cinema italiano, que influenciaram o surgimento, no início da década, do cinema novo [que teve Glauber Rocha como um dos seus iniciadores] no Brasil, ao contestar as caras produções da época e destacar a importância do autor, ao contrário dos estúdios de Hollywood.
No final dos anos 60, de Londres, o reduto jovem mundial se transferiu para São Francisco (EUA), região portuária que recebia pessoas de todas as partes do mundo e também por isso, berço do movimento hippie, que pregava a paz e o amor, através do poder da flor [flower power], do negro [black power], do gay [gay power] e da liberação da mulher [women's lib]. Manifestações e palavras de ordem mobilizaram jovens em diversas partes do mundo.
A esse conjunto de manifestações que surgiram em diversos países deu-se o nome de contracultura. Uma busca por um outro tipo de vida, underground, à margem do sistema oficial. Faziam parte desse novo comportamento, cabelos longos, roupas coloridas, misticismo oriental, música e drogas.
No Brasil, o grupo "Os Mutantes", formado por Rita Lee e os irmãos Arnaldo e Sérgio Batista, seguiam o caminho da contracultura e afastavam-se da ostentação do vestuário da jovem guarda, em busca de uma viagem psicodélica.
A moda passou a ser as roupas antes reservadas às classes operárias e camponesas, como os jeans americanos, o básico da moda de rua. Nas butiques chiques, a moda étnica estava presente nos casacos afegãos, fulares indianos, túnicas floridas e uma série de acessórios da nova moda, tudo kitsch, retrô e pop.
Toda a rebeldia dos anos 60 culminaram em 1968. O movimento estudantil explodiu e tomou conta das ruas em diversas partes do mundo e contestava a sociedade, seus sistemas de ensino e a cultura em diversos aspectos, como a sexualidade, os costumes, a moral e a estética.
No Brasil, lutava-se contra a ditadura militar, contra a reforma educacional, o que iria mais tarde resultar no fechamento do Congresso e na decretação do Ato Institucional nº 5.
Talvez o que mais tenha caracterizado a juventude dos anos 60 tenha sido o desejo de se rebelar, a busca por liberdade de expressão e liberdade sexual. Nesse sentido, para as mulheres, o surgimento da pílula anticoncepcional, no início da década, foi responsável por um comportamento sexual feminino mais liberal. Porém, elas também queriam igualdade de direitos, de salários, de decisão. Até o sutiã foi queimado em praça pública, num símbolo de libertação.
Os 60 chegaram ao fim, coroados com a chegada do homem à Lua, em julho de 1969, e com um grande show de rock, o "Woodstock Music & Art Fair", em agosto do mesmo ano, que reuniu cerca de 500 mil pessoas em três dias de amor, música, sexo e drogas.
http://educandooamanha.blogspot.com/2009/12/movimento-hippie-40-anos.html
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