3 de ago. de 2012

Pais que nunca estão lá - Isabel Clemente

 
 
 
 

Fazia uma prospecção de mercado para decidir o que fazer com cinco dias de férias em julho com as crianças. Meu informante telefônico, com quem travei enorme empatia, passava-me dados sobre um famoso resort na Bahia. Liguei de curiosa, porque desisti da cara empreitada. Mas voltemos à conversa. Ele já sabia que tratava com um casal com duas meninas pequenas.

- Temos muitas atividades para as crianças…digo, para a mais velha, então, a senhora só precisa vê-la à noite.

- Não, eu preciso vê-la o dia todo. Ela é muito bonitinha.

Ele riu. Eu também.

- Que horror, não é, isso, mas tem muita gente que está preocupado com as atividades para as crianças, a senhora sabe, ter o que fazer o dia todo.

- Sei. Mas não queremos nada disso. Preciso aproveitar enquanto elas querem minha companhia.

- Para a pequena, se precisar, indicamos babás. Elas só não dão comida e banho.

- Rapaz, vou  te falar uma coisa, eu já abro mão de dar banho nela quase todos os dias entre segunda e sexta. Eu só faço a reserva no hotel se puder dar banho nas minhas filhas.

Rimos os dois.

Vamos por partes. Brincadeiras compõem o universo infantil e são especialmente bem-vindas nas férias. Chegará o dia em que elas passarão correndo por nós, gritando atrás de outras crianças e pedindo urgente, na velocidade da luz, um batom para a gincana, enquanto eu pergunto ao meu marido se entreguei a necessaire inteira para alguma das nossas filhas ou outra criança por engano. Mas minhas filhas são pequenas. E crianças pequenas querem atenção e colo dos pais.

Já me perguntaram por que eu vivia cansada quando Carol acordava duas, três, cinco vezes durante a noite. "Você não tem babá?"

Tenho, mas nunca dormiu no quarto delas, por vários motivos. Nenhum passa pelo demérito da profissional em quem confio e a quem sou muito grata por cuidar tão bem das minhas filhas enquanto estamos fora (só para esclarecer: sou grata mas pago salário, ok? Não aguento mal-entendidos).

É que no aconchego da noite, perguntas aparecem, histórias e confissões surgem, e eu quero estar lá para ouvir e responder. No escuro do quarto, a criança em eterna batalha contra o sono pede carinho. Quero estar lá para fazer. Na madrugada, pesadelos e sonhos tomam formas. E eu quero estar lá para espantar monstros e confortá-las. Um gemido interrompendo o sono pode indicar febre. Somos nós quem vamos checar.  Porque quando ela chama "mamãe-nhê, ou papai-iê" é mamãe ou papai quem vai aparecer.

Além do mais, sigo a cartilha de que a babá precisa descansar porque qualquer pessoa cansada perde a paciência com mais facilidade. Mas cada família é livre e soberana para avaliar do que realmente precisa. Há pais e mães que precisam de babás que durmam no quarto. É fato da vida.

Talvez, e digo isso com toda a sinceridade, não haja nenhum mal, nem no hábito de deixar crianças e babás no mesmo quarto, nem na criança terceirizada. Porque sempre haverá histórias daquela criança que cresceu sob cuidados alheios, foi para o colégio interno, fez intercâmbio, e se acostumou a ver os pais muito pouco, desde tenra infância. Mas tornou-se um adulto ajustado, um filho amoroso, um cidadão exemplar e um ótimo pai. Tudo é possível. No cenário descrito há pouco, a única impossibilidade para os pais é construir a memória deste amor.

É disso que não abro mão.

Tem algo muito errado quando os pais não passam um minuto a sós com seus filhos. Saem da maternidade com enfermeira contratada, passam para babás que trabalham 24 horas substituídas por folguistas de fim de semana e feriados, chamadas para brincar, alimentar e dar banho.  Acostumaram-se a delegar. Não precisam ir a festar infantis. Mandam seus assessores domésticos para o "dia da família" na escola. Orgulham-se de nunca ter perdido uma hora de sono, nem quando os filhos estavam doentes. São pais, mas nunca estão lá.

Depois da festa, voltamos exaustos. Crianças pra lá de Marrakesh, dez da noite. Troca uma, limpa outra como pode, faz mamadeira, escova os dentinhos na boca quase fechada, traz o travesseiro e cobertor, apaga a luz baixa, põe no berço e na cama, sai de fininho. Carol, bêbada de leite, chama. Como mamanhê estava ocupada, o pai apareceu ao do lado do berço, sem camisa. A criança deitada no berço entreabre os olhinhos. O pai pergunta "que foi, Carol?"

"Papai…cê tá pelado?"

"Não, Carol, to sem camisa"

"Ah (silêncio). Papai-i…bota a camisa"

"Tá, minha filha, e você dorme"

"Tá bom, papai"

"Eu te amo"

"E-te-amu muuuuito mais"

A outra filha, que devia estar dormindo, riu.

Quando você ouve uma criança de um ano e nove meses improvisando uma conversa, repetindo frases do filme Enrolados, e ainda pega a mais velha rindo da cena, você lembra que é preciso estar lá e zelar pela memória deste amor.

Isabel Clemente é editora de ÉPOCA no Rio de Janeiro.

"Para dedicar tempo aos filhos, é preciso deixar outras coisas de lado" - Sergio Sinay

O escritor Sergio Sinay, 66 anos, é um especialista em vínculos humanos. Sociólogo e jornalista, formou-se na Escola de Psicologia da Associação Gestáltica de Buenos Aires. Requisitado consultor sobre assuntos familiares e relações pessoais, tem vários livros publicados. O mais novo,Sociedade dos Filhos Órfãos, que acaba de sair em português (Editora BestSeller), é uma dura crítica ao modo de vida da atualidade, em que pais delegam a educação e a atenção aos filhos para babás, escolas e até para as novas tecnologias – como celular, televisão e computadores. Esse comportamento transmite aos filhos a noção errada de que basta ter dinheiro para encontrar quem se encarregue daquilo que nos cabe fazer, afirma Sinay, em seu livro.

Casado e pai de um jovem, Sinay diz que o amor é uma construção contínua que se fortalece diariamente com responsabilidade e comprometimento. "Para dedicar tempo aos filhos, é preciso deixar outras coisas de lado". A seguir trechos da entrevista concedida ao Mulher7x7.

Mulher7x7- Há uma geração de filhos sem pais presentes nascendo ou ela sempre existiu?

SERGIO SINAY – Sempre houve pais que não assumem responsabilidades e sempre haverá. Mas nunca houve como hoje um fenômeno social tão amplo e profundo a ponto de criar uma geração de filhos órfãos de pais vivos. Pela primeira vez podemos dizer, infelizmente, que os filhos com pais presentes que cumprem suas funções são uma minoria.

Até que ponto a relação dos pais com os filhos reproduz um estilo de vida da atualidade?

Vivemos numa cultura do utilitarismo, em que se busca o material a qualquer preço e por qualquer caminho. As pessoas se medem pelo que possuem e não pelo que são. Os pais correm atrás do material e descuidam de seus filhos que, por sua vez, aprendem a valorizar apenas o bem material. Essa é a fórmula para criar filhos materialistas.

Em vários trechos do livro, o senhor diz estar convencido de que muita gente ficará irritada com o que está escrito. Por quê?

Porque muita gente não gosta de escutar ou ler o que precisa, apenas o que gosta. Os pais de filhos órfãos, em sua maioria, não admitem sua própria conduta e acreditam que ser pai e mãe consiste em comprar coisas para os filhos, matriculá-los em escolas caras, dar celulares e computadores modernos.

O senhor relaciona o fracasso dos pais na educação dos filhos ao medo que eles têm da reprovação infantil. De onde vem esse medo e como fugir dessa armadilha?

O medo vem de uma cultura que transformou as relações humanas em transações comerciais. As pessoas se  enxergam como recursos ou clientes. Os pais tratam de comprar o amor dos filhos e temem que o cliente não esteja contente. O carinho dos filhos não se compra. Amor se constrói com presença, atitudes e assumindo a responsabilidade de liderar o caminho dessa vida em direção à autonomia. Para isso, há que se estabelecer limites, marcar as fronteiras, frustrar. Criar e educar é também frustrar, ensinar que nem tudo é possível. Só assim se ensina a escolher. E só quem escolhe pode ser livre. Os pais, no entanto, têm medo de não ser simpáticos, então se esquecem de ser pais, que é o que os filhos precisam.

Ao se referir ao modelo do passado, em que as mães eram o retrato do sacrifício, e os pais, da disciplina ainda que com distância emocional, o senhor diz que todos sabiam seu papel, algo não acontece hoje. Aquele modo de educar era de alguma forma melhor?

Aquele modo de educar tinha muitas limitações e era muito rígido em muitos aspectos. Mas se sabia claramente quem eram os pais e quem eram os filhos. Os pais não tinham medo de atuar como pais, ainda que às vezes cometessem excessos em sua autoridade. Mas é sempre mais fácil corrigir um excesso do que superar uma ausência. Alguém pode mudar um modelo pobre ou insuficiente. Muito mais grave é não ter modelo.

Ao abordar o problema de jovens envolvidos com drogas e violência, o senhor diz que a solução é os pais terem mais controle sobre o que eles fazem e onde vão. Como não resvalar para a superproteção?

A infância e a adolescência são etapas muito breves da vida e necessárias para o amadurecimento biológico, psíquico e cognitivo. Seremos adultos a maior parte da nossa vida. A adolescência termina entre os 18 e os 19 anos. Quando os pais são ausentes ou não cumpriram suas funções, vemos adolescentes imaturos de 30 ou 40 anos. Se os pais pegam no leme do barco, e realizam esse trabalho com amor, ao fim da adolescência, seus filhos serão pessoas com ferramentas para caminhar pela vida. Terão muito por aprender ainda, mas terão boas bases e um bom sistema imunológico contra os principais perigos sociais. Os limites do controle vão mudando com a idade dos filhos e vão se flexibilizando até desaparecer por completo. Para saber quando e como modificá-los, há que estar presente.

Ao propor que os pais busquem interagir com outros pais para a realização de programas em comum e conversas que afinem experiências e atitudes, o senhor está sugerindo que educar é, de alguma forma, uma obra coletiva?

Educar é uma missão intransferível de quem, biologicamente ou por adoção, criou um vínculo de maternidade e paternidade. A responsabilidade é sempre individual. Conversar com outros pais e empreender projetos comuns, ajuda a afirmar a tarefa e permite a troca de experiências úteis.

Nas grandes cidades, em que muitos pais sequer comparecem às reuniões na escola, não é uma utopia propor essa interação entre os pais?

Sem utopias, não se avança. E se cruzarmos os braços, perdemos a batalha. Muitos casais responsáveis e amorosos se sentem sozinhos, não concordam com o que vêem outros pais fazendo e seguem adiante com suas convicções. Por isso, há que falar e propôr interação, dizer a eles "vocês estão num bom caminho", compartilhem isso. Quando esses pais começarem a falar descobrirão que muita gente pensa assim também, mas estava em silêncio.

É o caso de uma família evitar certos círculos de pessoas e lugares, e até cidades, se achar que a vida do filho está indo pelo caminho errado?

Não se pode ter medo de tomar decisões, dizer não, proibir certas relações perigosas. Os filhos vão protestar, tentarão transgredir. Isso não é um problema, é parte do processo. Os filhos sempre buscarão transgredir para crescer. O problema é quando os pais viram o rosto, olham para o outro lado, não estabelecem limites ou têm medo dos filhos. Ser pai com amor e presença não significa converter-se em uma pessoa simpática, em um animador de televisão. Às vezes, há que se tomar medidas duras.

O senhor diz que muitos pais usam a suposta importância da qualidade do tempo ao lado do filho para justificar a ausência. O que é qualidade de tempo com o filho, na sua opinião?

Não há qualidade sem quantidade. Em qualquer tarefa para alcançar qualidade é preciso tempo, compromisso, dedicação. O famoso "tempo de qualidade" de que falam muitos pais – e que inclusive tem o apoio de pediatras e psicólogos infantis – é uma desculpa para que os pais não se sintam culpados. Os pais são adultos e um adulto sabe que na vida não se pode tudo. Há que optar. Para dedicar tempo aos filhos, é preciso deixar outras coisas de lado. O "tempo de qualidade" são cinco minutos nos quais os pais culpados dão tudo aos filhos para evitar o conflito. Isso faz muito mal aos filhos. Se não há tempo, não há qualidade. E se não há tempo para os filhos, é preciso pensar antes de se tornar pais. Depois é tarde.

Mas muitos pais não escolhem seus horários, o tempo que perdem no trânsito e, por falta de opção, ficam menos com os filhos do que gostariam. O senhor não acha que os filhos aprendem a diferenciar os pais que nunca estão porque não querem dos pais que não estão porque não podem?

A responsabilidade de ser pais nos obriga a fazer escolhas. É verdade que os pais são demandados por muitas atividades. Mas eu pergunto "são todas obrigatórias?". Muitas vezes, trabalha-se demais para pagar o que não é necessário. Ser pai e mãe é uma oportunidade para aprender a diferenciar os desejos das necessidades. É uma oportunidade para aprender a diferenciar o que a publicidade vende do que realmente precisamos. Tudo que requer nosso tempo é imprescindível? Podemos trabalhar menos enquanto criamos os filhos pequenos? É possível dividir melhor o tempo entre pais e mães? Por que tem que ser sempre a mãe a que duplica suas tarefas? Por que podemos dizer "não" ao tempo que nossos filhos exigem de nós em vez de dizer "não" aos outros? Se os pais têm sempre tempo para suas obrigações e nunca para seus filhos, os filhos aprendem que essas outras coisas (trabalho, reuniões, encontros sociais, esportes etc) são mais importantes do que eles porque nunca podem ser adiados. Não é obrigação dos filhos compreender os pais (ainda mais quando são pequenos). É obrigação dos pais atender às necessidades dos filhos.Por isso é preciso pensar antes de ser tornar pai e mãe.

O senhor critica também a estratégia de entreter as crianças com DVDs em viagens para elas ficarem quietas. Vemos esse comportamento da não-interação se estendendo à mesa de restaurantes, festas. Onde está o erro dessa atitude?

Ser pai e mãe é um trabalho. Não se pode delegar esse trabalho às novas tecnologias. Essas tecnologias muitas vezes nos conectam mas nos tornam incomunicáveis. Isso se vê especialmente nas famílias, onde todos têm celulares e computadores, mas não mantêm diálogos nem proximidade.

O senhor diz que escola não educa, ensina. O que não se deve esperar da escola?
Educar é transmitir valores por atitudes, vivendo os valores que pregamos. Educar é ensinar que as pessoas são o fim, e não o meio, algo que se passa por vínculos. Educar é transmitir a certeza de que cada vida tem um sentido e há que viver a busca desse sentido. Isso é educar, é o que fazem os pais com presença, ações e condutas. A escola é a grande socializadora que ensina a viver a diversidade e a respeitá-la, que treina habilidades para viver e atuar no mundo, que dá informação vital sobre esse mundo e que é uma ponte para ele. A escola e os pais são sócios, não podem se separar, nem se enfrentar. Tem que atuar de um modo cooperativo. Os filhos são alunos da escola, não clientes. A escola não é um parque de diversões, nem creche, nem shopping. A escola não pode fazer a vez do pai e da mãe. Os pais não podem pedir à escola que ocupe o lugar que eles deixam vago. Pais que não respeitam as escolas ensinam seus filhos a não respeitar as instituições.

Que mensagem o senhor daria para os pais que, sem perceber, estão deixando os filhos de lado acreditando estarem fazendo a coisa certa?

Eu os recordaria que ser pai e mãe foi uma escolha. Em pleno século 21, quem não quer ter filhos não tem, de modo que não há desculpas. Quem tem filhos tem responsabilidades sobre uma vida. Essa vida precisa de respostas. E diria que só há uma maneira de aprender a ser pai e mãe: convivendo com os filhos, estando presentes em suas vidas, errar, pedir desculpas, reparar o erro e seguir adiante, sempre com responsabilidade e presença.

Em seu livro, o senhor deixa claro que educar é um processo contínuo que exige envolvimento e dá trabalho, mas é fato que muita gente opta por soluções fáceis. Que soluções fáceis devem ser postas de lado?

Filhos não vêm com manual de instruções. Cada filho é uma pessoa única. Por isso não há soluções fáceis nem receitas. Nossos filhos nos ensinam a ser pais. Querer que um pediatra, um professor, um psicólogo, a televisão, a internet, uma babá, os avós ou a escola se encarregue dos filhos é buscar uma solução fácil. Pais que procuram esse tipo de solução provam que o problema são eles, e não os filhos. Os filhos nunca são o problema. O grande e maior problema (vício em drogas, alcoolismo, violência juvenil, acidentes de carro, comportamento de risco, doenças novas como obesidade infantil ou déficit de atenção, entre outros) não está nos filhos, nas crianças ou nos adolescentes. Estão nos pais.

É possível impor limites sem ser chato?

Aquele que impõe limites não recebe sorrisos nem aplausos, mas assume responsabilidades e logo colherá frutos.

O senhor afirma que o amor é uma construção. O senhor acredita em amor incondicional?

Como bem dizia Alice Miller, uma extraordinária psicóloga suíça que morreu no ano passado, aos 83 anos, e era uma grande defensora dos filhos, o único amor incondicional que existe é dos filhos para os pais. As crianças precisam muito mais dos pais: para crescer, ser guiadas, ter proteção, ser alimentadas, receber valores e, sobretudo, ser amadas. Os filhos não precisam provar seu amor aos pais, mas se os pais amam seus filhos devem dar a eles provas desse amor, acompanhando seu crescimento, transmitindo-lhes valores, colocando limites, frustrando quando necessário, oferecendo um modelo de vida que faça sentido. Sem isso, o amor será apenas palavras.

Curta o Mulher7x7 no Facebook e siga-nos no Twitter.

18 de jul. de 2012

Dilma promete aumentar para 60 mil número de escolas integrais até 2014

Dilma promete aumentar para 60 mil número de escolas integrais até 2014

Presidente discursou durante a 9ª Conferência Nacional dos Direitos da Criança e Adolescente


12 de julho de 2012




Dilma promete aumentar para 60 mil número de escolas integrais até 2014

Dilma promete aumentar para 60 mil número de escolas integrais até 2014

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quinta-feira, 12, que a grandeza de uma nação não é medida pelo Produto Interno Bruto (PIB), mas pelo que faz pelas suas crianças e adolescentes. "Uma grande nação deve ser medida por aquilo que faz para as suas crianças e adolescentes, não é o PIB, é a capacidade de o País, do governo e da sociedade de proteger o seu presente e o seu futuro", discursou Dilma, diante de uma plateia formada, na maioria, por adolescentes, durante a 9ª Conferência Nacional dos Direitos da Criança e Adolescente.


"O Brasil durante muito tempo conviveu com uma situação lamentável e terrível, ser um país com tantas riquezas, formado por um povo tão solidário, mas que uma parte imensa da sua população estava afastada dos direitos e, sobretudo, dos benefícios dessas riquezas e de tudo que esse país pode produzir", afirmou.


Dilma destacou programas do governo federal, como o Brasil Carinhoso e o Bolsa Família, prometendo aumentar - até o final de 2014 - de 33 mil para 60 mil escolas o número de escolas de ensino fundamental e médio que tenham dois turnos.


"Vamos disputar o que é a economia moderna, que é a economia do conhecimento, aquela que agrega valor, a internet, as tecnologias de informação. Esse país vai ser um país desenvolvido quando todas as crianças e seus jovens tiverem acesso à educação de qualidade", afirmou.


"Lugar de criança e adolescente é na creche e na escola, num ambiente seguro, é nas escolas técnicas, é nos campos esportivos, é em todas as manifestações artísticas, é sobretudo em um ambiente seguro, livre da miséria, da violência e dos abusos."


No encerramento do discurso, a presidente manifestou apoio à candidatura do brasileiro Wanderlino Nogueira Neto ao Comitê de Direitos da Criança da ONU. Dilma deixou o Centro de Convenções Ulysses Guimarães, local do evento, sem falar com a imprensa, evitando comentar a redução da taxa Selic, definida ontem pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.

Fonte: www.estadao.com.br


Governo dá reajuste de até 45 por cento a professores de ensino superior da rede federal

Governo dá reajuste de até 45 por cento a professores de ensino superior da rede federal

O salário inicial do professor com doutorado e com dedicação exclusiva será de R$ 8,4 mil


16 de julho de 2012



O salário inicial do professor com doutorado e com dedicação exclusiva será de R$ 8,4 mil

O salário inicial do professor com doutorado e com dedicação exclusiva será de R$ 8,4 mil

O governo federal propôs um plano de carreira às entidades sindicais dos professores dos institutos e das universidades federais que passará a vigorar a partir de 2013. A proposta foi anunciada em um encontro que os Ministérios do Planejamento e da Educação tiveram com os representantes sindicais da categoria nesta sexta-feira, 13. O reajuste vai de 16% até 45%.


A proposta reduz de 17 para 13 os níveis da carreira, como forma de incentivar o avanço mais rápido e a busca da qualificação profissional e dos títulos acadêmicos.


Em reunião realizada com os representantes sindicais dos professores, o governo propôs o seguinte plano:


Todos os docentes federais de nível superior terão reajustes salariais, além dos 4% concedidos pela MP 568 retroativo a março, ao longo dos próximos três anos.


O salário inicial do professor com doutorado e com dedicação exclusiva será de R$ 8,4 mil. Os salários dos professores já ingressados na universidade, com título de doutor e dedicação exclusiva passarão de R$ 7,3 mil para R$ 10 mil.


Ao longo dos próximos três anos, a remuneração do professor titular com dedicação exclusiva passará de R$ 11,8 mil para R$ 17,1 mil.


No caso dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, além da possibilidade de progressão pela titulação, haverá um novo processo de certificação do conhecimento tecnológico e experiência acumulados ao longo da atividade profissional de cada docente.


Segundo o MEC, hoje a rede federal tem 105.667 professores, dos quais 37.522 são aposentados. Entre os docentes em atividade, 87% têm contratos de dedicação exclusiva. Dos ativos, 68% têm doutorado, 25,9% têm mestrado e 2,1%, só a graduação. Outros 2.797 professores estão em nível de aperfeiçoamento ou de especialização, com cursos em andamento.


"Desta forma, o governo federal atende a reivindicação histórica dos docentes, que pleiteavam um plano de carreira que privilegiasse a qualificação e o mérito. Além disso, torna a carreira mais atraente para novos profissionais e reconhece a dedicação dos professores mais experientes", informou o Ministério do Planejamento.


O Andes, sindicato dos professores de universidades federais, criticou a proposta de plano de carreira apresentada pelo governo federal, mas não quis informar se defenderá a manutenção da greve, que já se estende por 57 dias. "Para as universidades públicas brasileiras se desenvolverem, é preciso ter uma carreira estruturada, e não tabelas com valores jogados ao léu", disse o segundo tesoureiro do Andes, Almir Menezes.


A proposta do governo estabelece prazo de até três anos. "O MEC apresentou uma tabela sem um conceito de carreira e não disse quando isso vai ser aplicado. O problema é que no ano que vem pode ser só 1%, por exemplo." Menezes admitiu que os reajustes, que variam de 16% a 45%, podem ser considerados "razoáveis" se fossem entrar em vigor imediatamente. Mas, com o horizonte proposto, de três anos, são "insuficientes".

Além da crítica à falta de parâmetro e aos valores atribuídos "aleatoriamente" e sem cronograma detalhado, o Andes considerou que a forma de divulgação prejudica a apreciação da proposta. "O comando nacional de greve vai precisar fazer um estudo das tabelas e depois encaminhar para a base", disse Menezes. "Vamos discutir os números na semana que vem. Cada assembleia tem seu tempo."

Fonte: www.estadao.com.br

Férias no Museu é opção de diversão e aprendizado no mês de julho

Férias no Museu é opção de diversão e aprendizado no mês de julho

Oficinas começaram nesta quarta-feira (4) e vão até o dia 13 de julho.


5 de julho de 2012




Segundo diretoria do museu, ideia é dialogar com a sociedade.

Segundo diretoria do museu, ideia é dialogar com a sociedade.

Quer uma dica para as férias de julho? Começou, nesta quarta-feira (4), o projeto "Férias no Museu", com oficinas sobre a cultura maranhense. É no Museu Histórico e Artístico do Maranhão (MHAM), em São Luís, como mostra a reportagem de Tayse Feques, exibida no JMTV 2ª Edição de hoje.


No mesmo casarão, está guardado parte do passado do Maranhão. São milhares e milhares de anos relembrados onde a história do povo maranhense é contada por meio do que restou. Durante dez dias, o Museu Histórico e Artístico vai ser palco de aulas de cultura e nesta quarta-feira, a cultura dos índios foi relembrada e 25 pessoas fizeram questão de saber um pouco mais sobre o assunto.


A jornalista e pesquisadora, Déa Melo, veio de Belém, PA, para ministrar a oficina. Ela falou da dança, religião e costumes dos índios. No meio da roda, os adereços usados pelos povos era mostrados e, em um telão, vídeos ajudavam a contar mais um pouco dos nativos.


A oficina faz parte do projeto 'Férias no Museu'. De hoje, 4, até o dia 13 de julho, haverá sempre uma atividade sócio-educativa de graça para a população. "Hoje, quando se fala de museu, se fala em diálogo com a sociedade, se fala em sentimento de pertencimento à essa sociedade, em um local onde está preservada a história e memória da cidade, então o melhor para dialogar com a sociedade é trazer para dentro do museu, temas pertinentes aos anseios e às lacunas que existem dentro dessas discussões", explicou a diretora do museu, Luiza Raposo.


Crianças
Na semana que vem, a programação é voltada ao público infantil, com contação de histórias, rodas de leitura e visitas monitoradas. Os interessados em participar do projeto "Férias no Museu" podem ligar para o telefone 3218-9922.

Fonte: globo.com

ACOMPANHAR

Tindin é destaque de educação financeira em plataforma do grupo SOMOS

Com cursos variados, Plurall Store impacta mais de 1 milhão de alunos por ano O grupo SOMOS conta com uma base de  1,5M de alunos dos Ensino...

Arquivo do blog