Do perfume que se perdeu no quarto, do riso fácil ecoando no vento… que saudade… Se a perda de meu pai foi dolorosa, me levando metade de minha alegria, a perda de minha minha mãe me tomou num estado de mais profunda agonia.
Minha mãe … amiga, confidente, médica, sacerdotiza, minha mãe é a mais verdadeira amiga, daquelas que o tempo não traz de volta e nem a vida recompensa com outra.
Mãe é uma só, já dizia a saberdoria popular. No meu caso, minha mãe não era apenas a senhora respeitável, de cabelos grisalhos, repleta de experiências de vida.
Minha mãe era o meu eixo, aquela que me serviu de exemplo para toda uma vida. Pedra preciosa do caminho de muitos, caridosa, amava os cãezinhos e as crianças. Amparava os idosos, defendia a igualdade de todos.
A senhora das alegrias incontidas, que fazia troça de seu próprio sofrimento, que ria um riso solto, o qual eu nunca mais me esquecerei.
Aprendi com minha mãe muito sobre a fé, o que é ser solidária no seu real sentido e a ser desprendida, mas também aprendi o valor da amizade e das relações de família.
A sábia, a intelectual, a professora, a mestra, a agente (Scavuskkka!!!) recebi de minha mãe todos os subsídios para viver plenamente e com plenitude. Um amor e felicidade inigualáveis que a imortalidade nos fará reencontrar…
Portanto, entristecida pela saudade que tenho de minha mãe e rogando à vocês um Natal repleto de paz, amor e união em suas famílias, comunico-lhes meu estado de Luto
fraternalmente,
Semíramis
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