22 de abr. de 2013

Aula 11 - Anthony Giddens e o estruturalismo Social - parte 2

  • Em que consiste a dualidade do estrutural?
A constituição dos agentes e a constituição de estruturas não são fenômenos isolados, únicos, mas uma dualidade. A dualidade do estrutural dita que as propriedades estruturais dos sistemas sociais são ao mesmo tempo o médium (meio) e o resultado das práticas que se organizam de modo recursivo, ou seja, um fato que acontece repetidas vezes, sempre com um novo resultado até que se atinja um resultado satisfatório.
  • O que são competências?
A competência baseia-se nas capacidades individuais dos trabalhadores, de ser ou não ser capaz de exercerem um determinado trabalho.
“A competência é, assim, uma parte da profissionalidade: as qualidades de responsabilidade, de autonomia, saber trabalhar em equipa caracterizam a mobilização própria da competência” (1996, Dubar - "La sociologie du travail face à la qualification et à la competénce". In Sociologie du Travail).
É uma noção centrada, em particular, no conjunto de saberes que são mobilizados no quadro definido de uma atividade/emprego e cuja avaliação se centra nos resultados finais dessa atuação, sendo independente do lugar e da duração da aprendizagem: quando se fala de competências, sabe-se que não se está falando do trabalho, mas unicamente dos indivíduos.
É, neste sentido, uma construção individual, que pode ser definida por dois traços: ela é uma "arte" e exige uma "mobilização" do indivíduo.
  • O que é sistema social?
Para Giddens, o sistema social é a formação, no espaço e no tempo, de modelos regularizados de relações sociais concebidas como práticas reproduzidas que ele religa à interação social. A reciprocidade de práticas entre atores em circunstâncias de co-presença concebidas como encontros que se fazem e se desfazem. (Riutort, 2008;341 in Sandalowski, 2008, 31.)
  • Qual a crítica que Giddens faz a Durkheim?
A crítica que Giddens faz à Durkheim é relativa à comparação que Durkheim faz do sistema social a um organismo vivo(biológico), entendendo a sociedade como uma extensão do corpo humano, negligenciando a competência dos indivíduos e suas atividades intencionais. Ou seja, para Giddens, o individuo é um sujeito com capacidades de ação, tais capacidades adquiridas pela ação (agência) humana. Não são os indivíduos que criam os sistemas sociais, mas os sistemas sociais são os responsáveis pela sua própria criação. São atemporais, enquanto que os indivíduos são temporais.
  • O que é modernidade para Giddens?
Para Giddens, a modernidade consiste em um estilo de vida, um costume ou organização social que surgiu na Europa, em meados do século XVII – XVIII e que, depois se tornou mais ou menos mundial em sua influência. A modernidade é associada à determinados traços históricos surgidos com o capitalismo, segundo ele um sistema social e econômico.
A modernidade apresenta três aspectos:


  1.  Separação tempo-espaço – onde a difusão do relógio e a padronização dos calendários tornaram o tempo uma construção social artificial.
  2. Mecanismos de desencaixe -  quando se é observado um deslocamento das relações sociais de contextos locais de interação e sua reestruturação através de extensões indefinidas de tempo-espaço. Essas organizações modernas podem conectar o local e o global de modo impensável nas sociedades mais tradicionais, afetando o cotidiano de milhares de pessoas, direta ou indiretamente (como o advento da internet na vida dos indivíduos e as mudanças de comportamento dela provenientes) Assim, Giddens ressalta dois tipos:
       1.    As fichas simbólicas – que são meios de troca impessoais (crédito), como o     dinheiro, num valor padrão;
       2.    Sistemas peritos - sistemas especializados conhecimento aos quais os leigos não tem acesso e por essa razão confiam nos indivíduos que possuem esse conhecimento especializado

3. Reflexividade – Para o autor seria pensar e repensar as relações sociais  pois esse processo permitiria a descoberta e o desenvolvimento de novos conhecimentos sobre essas relações. A utilização constante desses conhecimentos permitiria que os indivíduos ordenassem e reordenassem suas relações sociais.

O ritmo de mudança acelerado do último século, gera um dinamismo próprio da modernidade. A sociedade moderna se torna mais reflexiva no contexto pós-tradicional, pois é o próprio indivíduo que reflete e reconstrói incessantemente o seu mundo (Sandaloswki, 2008; 34 )

A perspectiva teórico metodológica enfatiza o caráter ativo, reflexivo da conduta humana. Giddens, com essa proposta atribui um papel central para a linguagem e capacidade de entendimento individuais na explicação da vida social,ou seja, seu foco se dá basicamente nas ações do indivíduo.

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Resumo de ideias baseado em Sandalowski. Mary C. Guia de Estudos de Sociologia III - Centro de Ciências Sociais e Humanas - Depto de Ciências Sociais. UFSM. 2008.

19 de abr. de 2013

Aula 11 - Anthony Giddens e o Estruturalismo Social



Anthony Giddens 

Breve biografia

Sociólogo britânico, Anthony Giddens nasceu em 1938. Contribuiu largamente para a interpretação da teoria sociológica clássica desenvolvendo críticas àquilo que identificou como limitações teóricas do materialismo histórico.
Giddens designou o termo "estruturação"  de forma à denominar a dependência mútua entre a  agência humana (capacidade de realizar coisas) e a estrutura social.
As estruturas sociais não são barreiras repressoras da ação humana tampouco impedem a capacidade de ação do agente social, estão intimamente implicadas na produção da ação, uma vez que fornecem os meios pelos quais os atores sociais agem, bem como os resultados dessa ação.
Giddens, critica a pós-modernidade pois prefere pensar e analisar sobre a reflexividade da modernidade (incorporação contínua novos conhecimentos e informação em ambientes assim organizados) e na modernidade tardia, a radicalização e globalização de traços básicos da modernidade.
A reflexividade, para Giddens, é um importante princípio no desenvolvimento do self.
Outros pontos fortes de seus estudos foram luta de classes, o impacto dos conflitos internacionais nas relações sociais e a sociologia das emoções.

Obras principais:
-Capitalism and Modern Social Theory (1971)
-New Rules of Sociological Method (1976)
-Sociology (1982)
-The Consequences of Modernity (1990)
-Modernity and Self-Identity (1991)
-The Third Way (1998)

A Reflexão sobre a importância da sociologia contemporânea em transpor determinadas oposições clássicas do pensamento sociológico.

·       Teoria da estruturação – a obra de Giddens é basicamente teórica (ao contrário de Bourdieu que se remete à prática e aos casos de estudo)
·       Reformular a teoria social e re-estudar como o desenvolvimento e a modernidade são compreendidos pela sociedade.
·       Principais temas tratados por Giddens:
1.    A história do pensamento social
2.    A família;
3.    As nações e os nacionalismos;
4.    A identidade pessoal e social;
5.    Um dos primeiros pensadores sociais que analisaram o fenômeno da Globalização através da Sociologia.
Estruturação – Consiste em explicar o real não apenas a partir dos seus elementos, mas sobretudo a partir da sua estrutura, na qual se vê uma realidade independente. Nas ciências sociais, essa estrutura será o sistema de relações que está na base da unidade dos grupos humanos. Como sistema, qualquer alteração que se produza num dos seus elementos implicará alterações em todos os outros. Cada transformação na estrutura corresponderia a um modelo, o que pressupõe a possibilidade de prever o modo de reação do modelo quando se altera um dos seus elementos.

Elementos teóricos e metodológicos da teoria de Anthony Giddens.
Giddens propõe uma profunda renovação das análises estruturalistas. Para ele, a sociedade existe à partir de dois níveis eu se reforçam mutuamente na prática, por meio das ações sociais dadas através de rotinas, que se tornam sólidas: são as estruturas sociais e as representações dos agentes.
O processo de relações sociais é estruturado no tempo e no espaço, assim quando Giddens propõe o conceito de estruturação sobe o ângulo do movimento, essa construção se dá de forma circular. Como fundamento, as dimensões estruturantes da vida social correspondem tanto às condições que antecipam quanto aos produtos dessa ação.
Os agentes sociais são dotados de competências posto que estes conhecem o mundo em que estão inseridos sendo capazes de estabelecer ações racionais e intencionais, explicando os atos realizados.
Agente Social - designa um indivíduo ou agrupamento organizado que, em determinadas situações, desempenha um papel ativo numa sociedade ou espaço social. A ênfase é assim colocada no desempenho e não tanto no papel atribuído ao indivíduo ou grupo no sistema social em que está integrado.
Todavia, essas ações cotidianas
Se veem capturadas nas redes múltiplas e difíceis de dominar no inconsciente e nas consequências não-intencionais de ação. Além disso, (...) a atividade social mais corriqueira de todos os dias é menos determinada por motivações diretas do que pela rotina que é um meio de se reduzir as fontes de angústia
(Lallement, 2204 p177)
As regras sociais são ao mesmo tempo coercitivas e habilitantes, ou seja, ao mesmo tempo que a estrutrura social impede uma determinada ação dos atores, baseada em pontos de apoio pode também autorizar outras práticas sociais  Os indivíduos recorrem às suas competências, às quais correspondem à existência de uma consciência prática, agindo  e fundando retiradas do apoio tanto da realidade  quanto das experiências passadas.

Competências – A competência baseia-se explicitamente nas capacidades individuais dos trabalhadores, de ser ou não ser capaz de exercer um determinado trabalho.
A competência é, assim, uma parte da profissionalidade: as qualidades de responsabilidade, de autonomia, saber trabalhar em equipa caracterizam a mobilização própria da competência (1996, Dubar - "La sociologie du travail face à la qualification et à la competénce". In Sociologie du Travail).
É uma noção centrada, em particular, no conjunto de saberes que são mobilizados no quadro definido de uma atividade/emprego e cuja avaliação se centra nos resultados finais dessa atuação, sendo independente do lugar e da duração da aprendizagem: quando se fala de competências, sabe-se que não se está a falar do trabalho, mas unicamente dos indivíduos.
É, neste sentido, uma construção individual, que pode ser definida por dois traços: ela é uma "arte" e exige uma "mobilização" do indivíduo.



11 de abr. de 2013

Como fazer uma Wiki Colaborativa - Semíramis Alencar

Como fazer uma wiki colaborativa:

A wiki é uma tarefa colaborativa, ou seja, um texto elaborado em conjunto de forma sucinta e objetiva.

Cada participante traz uma contribuição e interliga esse texto colaborativo no mesmo espaço.

Na wiki não é necessário colocar citações e não é aconselhável o recorte de fragmentos de texto advindo de outros autores sem os devidos créditos.

1. Em primeiro lugar, atentem para o tema proposto. Pesquisem em fontes idôneas, fatos, imagens, sínteses e recolham as infos necessárias.

2. Coloquem essas informações com suas próprias palavras, visando maior objetividade possível. Você pode recorrer à tabelas, gráficos, infográficos ou desenhos para ajudar na exposição de seus argumentos, mas lembre-se de mencionar os devidos créditos. As wikis também permitem links e formatações diversas, use a criatividade!

3. Cada participante da Wiki deverá usar uma cor para diferenciar sua participação. Isso é bastante importante pois assim cada um dos participantes terá sua ação destacada.

4. É imprescindível a divisão do trabalho na Wiki. Procurem discutir sobre a divisão das tarefas nos fóruns e chats. Ao final, cada um deixe sua parte definida, por exemplo:





Ou seja, cada integrante deverá falar sobre um determinado tema com a cor escolhida, mas também pode consertar alguma coisa que o outro participante deixou de fazer.

5. Quando todos tiverem escrito suas partes, com as cores escolhidas e os temas objetivamente elaborados, deverá ser feita a postagem na atividade Wiki no AVA. Primeiro cada participante posta suas contribuições em suas cores; depois todos analisam o conteúdo, para checarem se não há mais nenhuma contribuição à realizar.

6. A escolha de um revisor é muito importante. O revisor é o integrante que irá avaliar o conteúdo, verificar se não há erros de ortografia, gramática, concordância ou de formatação. É o responsável por dar o acabamento final na wiki, definindo o layout, o tamanho e as fontes utilizadas, etc. O revisor também tem a função de formatar o texto final.

7. Observação - Há algumas wikis tão bem elaboradas que nem necessitam de um texto final. Não tem importância se estiverem coloridas, mas dentro de uma formatação bem elaborada, com infográficos, tabelas e outros elementos gráficos. Para isso, o acompanhamento do revisor e a participação de todos os integrantes é o ideal.

8. Como se trata de um texto informativo é necessário que as fontes pesquisadas sejam mencionadas. Isto é, tudo o que o grupo pesquisou, leu e condensou para elaborar a wiki deve ser colocado no final da wiki  com o título FONTES PESQUISADAS é uma forma de justificar o que fora escrito ali, dando credibilidade ao trabalho.

Aula 10 - Pierre Bourdieu - Construtivismo estruturalista ou genético - parte 1

Foto: As pesquisas de Bourdieu exerceram forte influência na Educação durante os anos 70 e 80Breve Biografia 

Pierre Félix Bourdieu (Denguin - França 1 de agosto de 1930  Paris - França, 23 de janeiro de 2002) foi um importante sociólogo francês.
De origem campesina, filósofo de formação, foi docente na École de Sociologie du Collège de France. Desenvolveu, ao longo de sua vida, diversos trabalhos abordando a questão da dominação e é um dos autores Um dos autores mais lidos, em todo o mundo, nos campos da Antropologia e Sociologia, cuja contribuição alcança as mais variadas áreas do conhecimento humano, discutindo em sua obra temas como educaçãocultura,literaturaartemídialingüística e política. Também escreveu muito sobre a Sociologia da Sociologia. 
Para Bourdieu, o mundo social deve ser compreendido à luz de três conceitos fundamentais: campohabitus e capital.
Por Campo entende-se um espaço simbólico, no qual as lutas dos agentes determinam, validam, legitimam representações. É o poder simbólico. Nele se estabelece uma classificação dos signos, do que é adequado, do que pertence ou não a um código de valores. No campo da arte, por exemplo, a luta simbólica determina o que é erudito, ou o que pertence à indústria cultural. 
Determina também quais valores e quais rituais de consagração as constituem, e como elas são delineadas dentro de cada estrutura. No campo, local empírico de socialização, o habitus constituído pelo poder simbólico surge como todo e consegue impor significações datando-as como legítimas. Os símbolos afirmam-se, assim, na noção de prática, como os instrumentos por excelência de integração social, tornando possível a reprodução da ordem estabelecida.
O Habitus por sua vez relaciona-se à capacidade de uma determinada estrutura social ser incorporada pelos agentes por meio de disposições para sentir, pensar e agir. O termo Habitus foi criado por Bourdieu com o objetivo de pôr fim à antinomia indivíduo/sociedade dentro da sociologia estruturalista.
Já o Capital é um conceito que discute a quantidade de acúmulo de forças dos agentes em suas posições no campo. Ele distingue, no decorrer de sua obra, quatro principais tipos de capital: o social, o cultural, o econômico e o simbólico (no qual se inclui o científico, entre outros). 
Fonte - Wikipedia.

Bourdieu e a Sociologia da Educação
Bourdieu não acreditava numa escola salvacionista. Bourdieu investigara sociologicamente acerca do conhecimento e percebeu um jogo de dominação e reprodução de valores no âmbito escolar. Muito embora a maioria dos grandes pensadores tenha desenvolvido suas teorias numa visão crítica da escola, apenas na segunda metade do século XX surgiram questionamentos bem embasados sobre a neutralidade da instituição. 
Suas pesquisas exerceram forte influência nos ambientes pedagógicos nas décadas de 1970 e 1980 Entretanto, as opiniões de Bourdieu, apesar de serem muito pertinentes no momento atual, nesse período não foram adotadas pois as teorias de reprodução começam a ser criticadas por exagerar a visão pessimista sobre a escola. Ao mesmo tempo dessas restrições acadêmicas, Bourdieu se ganha notoriedade pelas críticas à mídia, aos governos de esquerda da Europa e à globalização. Está ao lado de grandes expoentes do pensamento francês como o escritor Émile Zola (1840-1902) e  o filósofo Jean Paul Sartre (1905-1980).

Construtivismo Estruturalista ou Genético
Esta postura adotada por Bourdieu consiste em admitir que existe no mundo social estruturas objetivas que podem dirigir, ou melhor, coagir a ação e a representação dos indivíduos, dos chamados agentes. No entanto, tais estruturas são construídas socialmente assim como os esquemas de ação e pensamento, chamados por Bourdieu de habitus. Bourdieu tenta fugir da dicotomia subjetivismo/objetivismo dentro das ciências humanas. 
Por estruturalista se entende que no próprio mundo social existem estruturas independentes da consciência e da vontade dos indivíduos, capazes de orientar ou limitar suas práticas ou representações. 
Por construtivista conclui-se que haja uma gênese social - um início da sociedade, dos esquemas perceptivos, do pensamento e da ação pertencentes ao habitus e das estruturas sociais (do campo).

Aspectos Objetivista e Subjetivista da Sociologia
O aspecto subjetivista é um modo de conhecimento que não consegue ir além de uma simples descrição do que caracteriza a experiência vivida do mundo social, apreendendo-o  como "mundo natural e evidente". Bourdieu exclui a questão das condições da produção dessa experiência de familiaridade, ou seja, coincidem as estruturas objetivas e as que são incorporadas pelos agentes.
Assim, a ação das estruturas sociais sobre o comportamento individual se dá preponderantemente de dentro para fora e não inversamente. A formação inicial em um ambiente social e familiar estão situadas em uma posição na estrutura social, os indivíduos incorporariam um conjunto de disposições para a ação típica dessa posição (habitus familiar ou de classe) que os conduziriam pelo decorrer dos anos em diversos ambientes de ação.
O caráter coercitivo determinante de certa posição na estrutura social não se daria de forma individual, não seria uma ação pessoal, mas do grupo a que o individuo pertencesse. Dessa forma, a estrutura social se perpetuaria porque os próprios indivíduos a atualizariam, para agir de acordo com o conjunto de leis e ações típicas da posição estrutural na qual foram socializados.


10 de abr. de 2013

10 erros que os pais cometem ao colocar os filhos para dormir

10 erros que os pais cometem ao colocar os filhos para dormir

http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI335475-15161,00-ERROS+QUE+OS+PAIS+COMETEM+AO+COLOCAR+OS+FILHOS+PARA+DORMIR.html
Na hora do desespero, mães e pais topam qualquer estratégia para os filhos pegarem no sono. Nem todas são recomendáveis
 Shutterstock
Crédito/foto: Shutterstock
Como todos os comportamentos do ser humano, o sono precisa ser ensinado ou condicionado. Criar certos hábitos pode acostumar mal a criança ou aumentar sua dependência dos pais. Listamos os principais erros que os casais cometem quando o assunto é hora de dormir:

Não ter rotina

Criança gosta e precisa de repetição para se sentir segura. O ideal é que a hora de ir para a cama seja precedida pelas mesmas ações, todos os dias.

Atividades agitadas

O ideal é que essa rotina não inclua atividades que vão deixar o pequeno ainda mais desperto, como brincadeiras que envolvem movimentação física e programas de televisão que deixam a criança agitada ou com medo. Entre as atividades relaxantes, estão tomar banho e ler um livro.

Colo

Um dos erros mais comuns é ninar o filho e deixá-lo adormecer no colo dos pais. As crianças devem dormir diretamente onde vão acordar, porque ao despertarem na madrugada, há grande chance de estranharem o berço e chamarem a pessoa que as fez dormir. O mais indicado é dar um beijo de boa-noite e levar a criança ainda acordada para o berço. Os pais deixam o quarto e, se ouvirem choro, voltam alguns minutos depois para que ela percebe que ninguém a abandonou. Aos poucos, o bebê se acalma e aprende a dormir sozinho.
Ninar pela casa

Nada de perambular com a criança pela casa no carrinho de bebê, colocar o bebê-conforto sobre a máquina de lavar ou passear de carro com o pretexto de fazer a criança dormir. Ela não precisa ser chacoalhada para pegar no sono. A dica é dar uma fraldinha ao seu filho, que ele se auto ninará.

Levar para dormir na cama dos pais

Se a criança acorda assustada ou chama pelos pais de madrugada, os adultos precisam dar atenção. Mas, no quarto dela. Isso porque ceder aos pedidos em um dia transmitirá a mensagem de que a criança pode insistir sempre. Se seu filho for direto para sua cama, você até pode deixá-lo ficar um pouquinho, mas leve-o de volta para o quarto dele quantas vezes forem necessárias. Compartilhar a cama com frequência atrapalha o sono da família, não incentiva a independência da criança e prejudica a intimidade do casal.

Luz acesa

É comum crianças terem medo do escuro, mas deixar a luz acesa altera a produção do hormônio melatonina, que induz o sono. Se seu filho estiver com medo, converse sobre os motivos da insegurança, explicando que não há razão para temer. Para acalmá-lo, deixe uma tomada de luz baixa, que ilumina o caminho, caso ele acorde de madrugada. Luz de cor azul tem efeito calmante. Para as crianças que não se importam, o melhor é apagar todas as luzes.

Deixar a TV ligada

Além de o som e a luz prejudicarem a qualidade do sono, ele precisa aprender a pegar no sono sozinho.

Dar comida de madrugada 
Os médicos dizem que a alimentação durante a noite é uma das coisas que mais atrapalham o sono. Se a criança tem fome, os pais devem verificar se a alimentação no restante do dia ou na última mamada da noite está sendo suficiente.

Irritação

Nada de inventar situações negativas em relação ao sono, como bicho-papão. Ficar bravo ou irritado na hora de colocar os filhos para dormir também é ruim, pois eles começarão a associar esse momento a algo negativo.

Evitar as sonecas diurnas para melhorar o sono da noite

As sonecas diurnas são necessárias até um período da vida da criança (veja tabela). Normalmente, esse sono se divide em duas etapas: de manhã e depois do almoço. À medida que seu filho cresce, a necessidade de dormir enquanto o sol está no céu diminui.  

3 de abr. de 2013

Aula 9 - Texto apoio - Karl Marx - O Filósofo da Revolução

O pensador alemão, um dos mais influentes de todos os tempos, investigou a mecânica do capitalismo e previu que o sistema seria superado pela emancipação dos trabalhadores

Márcio Ferrari (novaescola@atleitor.com.br)


Numa de suas frases mais famosas, escrita em 1845, o pensador alemão Karl Marx (1818-1883) dizia que, até então, os filósofos haviam interpretado o mundo de várias maneiras. "Cabe agora transformá-lo", concluía. Coerentemente com essa ideia, durante sua vida combinou o estudo das ciências humanas com a militância revolucionária, criando um dos sistemas de idéias mais influentes da história.
Direta ou indiretamente, a obra do filósofo alemão originou várias vertentes pedagógicas comprometidas com a mudança da sociedade. "A educação, para Marx, participa do processo de transformação das condições sociais, mas, ao mesmo tempo, é condicionada pelo processo", diz Leandro Konder, professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.
No século 20, o pensamento de Marx foi submetido a numerosas interpretações, agrupadas sob a classificação de "marxismo". Algumas sustentaram regimes políticos duradouros, como o comunismo soviético (1917-1991) e o chinês (em vigor desde 1949). Muitos governos comunistas entraram em colapso, por oposição popular, nas décadas de 1980 e 1990. Em recente pesquisa da rádio BBC, que mobilizou grande parte da imprensa inglesa, Marx foi eleito o filósofo mais importante de todos os tempos.

Na base do pensamento de Marx está a idéia de que tudo se encontra em constante processo de mudança. O motor da mudança são os conflitos resultantes das contradições de uma mesma realidade. Para Marx, o conflito que explica a história é a luta de classes. Segundo o filósofo, as sociedades se estruturam de modo a promover os interesses da classe economicamente dominante. No capitalismo, a classe dominante é a burguesia; e aquela que vende sua força de trabalho e recebe apenas parte do valor que produz é o proletariado.

O marxismo prevê que o proletariado se libertará dos vínculos com as forças opressoras e, assim, dará origem a uma nova sociedade. Segundo Marx, o conflito de classes já havia sido responsável pelo surgimento do capitalismo, cujas raízes estariam nas contradições internas do feudalismo medieval. Em ambos os regimes (feudalismo e capitalismo), as forças econômicas tiveram papel central. "O moinho de vento nos dá uma sociedade com senhor feudal; o motor a vapor, uma sociedade com o capitalista industrial", escreveu Marx.

A obra de Marx reúne uma grande variedade de textos: reflexões curtas sobre questões políticas imediatas, estudos históricos, escritos militantes – como O Manifesto Comunista, parceria com Friedrich Engels – e trabalhos de grande fôlego, como sua obra-prima, O Capital, que só teve o primeiro de quatro volumes lançado antes de sua morte. A complexidade da obra de Marx, com suas constantes autocríticas e correções de rota, é responsável, em parte, pela variedade de interpretações feitas por seus seguidores.

Trabalho e alienação

Em O Capital, Marx realiza uma investigação profunda sobre o modo de produção capitalista e as condições de superá-lo, rumo a uma sociedade sem classes e na qual a propriedade privada seja extinta. Para Marx, as estruturas sociais e a própria organização do Estado estão diretamente ligadas ao funcionamento do capitalismo. Por isso, para o pensador, a idéia de revolução deve implicar mudanças radicais e globais, que rompam com todos os instrumentos de dominação da burguesia.

Marx abordou as relações capitalistas como fenômeno histórico, mutável e contraditório, trazendo em si impulsos de ruptura. Um desses impulsos resulta do processo de alienação a que o trabalhador é submetido, segundo o pensador. Por causa da divisão do trabalho – característica do industrialismo, em que cabe a cada um apenas uma pequena etapa da produção –, o empregado se aliena do processo total.

Além disso, o retorno da produção de cada homem é uma quantia de dinheiro, que, por sua vez, será trocada por produtos. O comércio seria uma engrenagem de trocas em que tudo – do trabalho ao dinheiro, das máquinas ao salário – tem valor de mercadoria, multiplicando o aspecto alienante.
Por outro lado, esse processo se dá à custa da concentração da propriedade por aqueles que empregam a mão-de-obra em troca de salário. As necessidades dos trabalhadores os levarão a buscar produtos fora de seu alcance. Isso os pressiona a querer romper com a própria alienação.
Um dos objetivos da revolução prevista por Marx é recuperar em todos os homens o pleno desenvolvimento intelectual, físico e técnico. É nesse sentido que a educação ganha ênfase no pensamento marxista. "A superação da alienação e da expropriação intelectual já está sendo feita, segundo Marx", diz Leandro Konder. "O processo atual se aceleraria com a revolução proletária para alcançar, afinal, as metas maiores na sociedade comunista."

Aprendizado para a mente, o corpo e as mãos

Marx aprovava ensino nas fábricas. Combater a alienação e a desumanização era, para Marx, a função social da educação. Para isso seria necessário aprender competências que são indispensáveis para a compreensão do mundo físico e social. O filósofo alertava para o risco de a escola ensinar conteúdos sujeitos a interpretações "de partido ou de classe". Ele valorizava a gratuidade da educação, mas não o atrelamento a políticas de Estado – o que equivaleria a subordinar o ensino à religião.
Marx via na instrução das fábricas, criada pelo capitalismo, qualidades a ser aproveitadas para um ensino transformador – principalmente o rigor com que encarava o aprendizado para o trabalho.
O mais importante, no entanto, seria ir contra a tendência "profissionalizante", que levava as escolas industriais a ensinar apenas o estritamente necessário para o exercício de determinada função.
Marx entendia que a educação deveria ser ao mesmo tempo intelectual, física e técnica. Essa concepção, chamada de "onilateral" (múltipla), difere da visão de educação "integral" porque esta tem uma conotação moral e afetiva que, para Marx, não deveria ser trabalhada pela escola, mas por "outros adultos".
O filósofo não chegou a fazer uma análise profunda da educação com base na teoria que ajudou a criar. Isso ficou para seguidores como o italiano Antonio Gramsci (1891-1937), o ucraniano Anton Makarenko (1888-1939) e a russa Nadia Krupskaia (1869-1939).

2 de abr. de 2013

Mural de educação

02 DE ABRIL DE 1910, NASCIA EM PEDRO LEOPOLDO "CHICO XAVIER"..... 2013: 11 ANOS LONGE DELE "CORAÇÃO FRATERNO, AMIGO, HUMILDE, BOM e NOBRE..... 11 CONSEHOS DE SABEDORIA ...."Ai que saudades que dá... até posso chorar mas será de amor..."

ABRIL DE 1910, NASCIA EM PEDRO LEOPOLDO "CHICO XAVIER"..... 2013: 11 ANOS LONGE DELE "CORAÇÃO FRATERNO, AMIGO, HUMILDE, BOM e NOBRE..... 11 CONSEHOS DE SABEDORIA ...."Ai que saudades que dá... até posso chorar mas será de amor..."

11 CONSELHOS DE SABEDORIA DO "CORAÇÃO FRATERNO, AMIGO, HUMILDE, BOM e NOBRE: "CHICO XAVIER"
 
1 - Uma casa espírita é um templo de fé, mas também necessita funcionar como uma escola... Sem estudar a Doutrina e vivenciá-la, colocando em prática os preceitos do Evangelho, não conseguiremos sair do mundo em melhores condições do que quando aqui chegamos.
 
2 - Entre aqueles que acompanharam Jesus no primeiro momento, mesmo entre os Apóstolos, muitos eram solteiros, muitos eram casados e muitos eram viúvos, além daqueles que não puderam levar adiante os seus compromissos matrimoniais. Jesus não perguntava a ninguém pela sua condição no campo dos sentimentos. Nós é que nos habituamos a rotular as pessoas.
 
3 - Se nós, os espíritas, nos preocupássemos mais em exemplificar as lições que os nossos Benfeitores nos transmitem, estaríamos dando à Doutrina, à Fé que professamos, um impulso extraordinário. Infelizmente, achamos que a vivência dos nossos princípios é com os outros e não conosco."
 
4 - O livro mediúnico agasalha a alma, mas a peça de roupa que se costura agasalha a esperança de quem esteja prestes a sucumbir... Um pedaço de pão ao faminto vale mais que mil palavras a quem esteja de barriga vazia.
 
5 - A ociosidade é um abismo. Quem não procura ocupar o seu tempo, tem o espírito tomado pelos pensamentos oriundos de mentes enfermas... Precisamos nos ocupar o dia todo, sendo úteis aos nossos semelhantes, cuidando da casa, do jardim, da lavagem de roupas, da varredura do quintal... A mente desocupada traz doença para o espírito.
 
6 - Se Jesus nos recomendou perdoar setenta vezes setes vezes aos nossos inimigos, quantas vezes deveremos perdoar aqueles que nos querem bem?
 
7 - Acredito que Nossa Senhora, o espírito iluminado de Maria de Nazaré, seja de fato a Entidade Espiritual que, com suas diversas aparições venha tentando despertar a Humanidade para as lições do Evangelho de Jesus. A mediunidade não é privilégio dos espíritas. Fenômenos mediúnicos dos mais autênticos acontecem todos os dias com os nossos irmãos de fé católica.
 
8 - Ninguém perde por tolerar um pouco mais... Certas amizades terminam porque os amigos não foram capazes de relevar as falhas que estavam habituados a relevar um do outro. Mais tarde, verificam que o rompimento foi desnecessário, mas, como já se passou muito tempo, fica difícil retroceder.
 
9 - Tudo o que estiver sobrando na nossa casa, está fazendo falta em algum lugar.
 
10 - A humildade não está na pobreza, não está na indigência, na penúria, na necessidade, na nudez e nem na fome. A humildade está na pessoa que, tendo o direito de reclamar, julgar, reprovar e tomar qualquer atitude compreensível no brio pessoal, apenas abençoa...
 
11 - Eu não sei o que fui no passado... Estou preocupado em saber o que serei no futuro. Para tanto, sei que o tempo presente é fundamental.

Aula 8 - A Sociologia de Max Weber





Maximilian Karl Emil Weber foi um intelectual alemão, jurista, economista e considerado um dos fundadores da Sociologia. 

Seus estudos mais importantes estão nas áreas da sociologia da religião, sociologia política, administração pública (governo) e economia.

Principais realizações
Estudos nos campos da economia, sociologia política, religião e administração pública.
- Consultor aos negociadores da Alemanha no Tratado de Versalhes.
- Consultor da comissão que redigiu a Constituição de Weimar.

As Principais obras de Weber foram:
A Ética Protestante e o espírito do capitalismo (1903)
- Estudos sobre a Sociologia e a Religião (1921)
- Estudos de Metodologia (1922)
- Política como vocação

A Sociologia de Weber 

Weber vê como objetivo primeiro da sociologia o entendimento das relações da ação humana. Compreende-se que um fenômeno social passaria a ser compreendido apenas quando um fato carregado de sentido apontasse para outros fatos significativos. 
Conforme anteriormente foi visto em Durkheim, a ordem social era submetida aos indivíduos como forças exteriores à eles (uma força coercitiva). Para Max Weber, no entanto, não existe oposição entre indivíduo e sociedade. As normas sociais tornam-se concretas quando são manifestadas em cada indivíduo sob a forma de motivação.

A sociedade e os sistemas sociais não são superiores aos indivíduos. As regras e as normas seriam o produto de um conjunto de ações individuais nas quais os agentes poderiam escolher as formas de conduta.

Assim, a ação dos indivíduos seria o ponto de partida da sociologia de Weber. Não intencionava com isso negar o papel do Estado, das religiões, do empresariado ou das sociedades anônimas, porém visava ressaltar a necessidade de se compreender as intenções e motivações dos indivíduos, atuantes e participantes nessas situações sociais.  

Weber e a burocracia 

Weber foi um dos primeiros a mencionar a importância da burocracia, como uma forma  de organização social ligada a um determinado tipo de poder institucionalizado pela tradição ou através de leis.

A burocracia seria então uma hierarquia de indivíduos com cargos remunerados e claramente definidos, por pessoas livres, categorizadas e selecionadas à partir de suas especialidades e com possibilidades de ascensão profissional. 

Weber e Ação social
Weber se preocupava com a ação social, enquanto uma ação com sentido - a conduta humana dotada de sentido. O ser humano com significado e especificidade.Esse mesmo indivíduo, cônscio desses valores, é o que dá sentido à sua ação social, conectando  o motivo da ação, a própria ação e seus efeitos.

AÇÃO - Conduta humana com SENTIDO SUBJETIVO - Razão, pensamento e reflexão da CULTURA E VALORES DO INDIVÍDUO, determinantes de sua CONDUTA

Max Weber diferenciou alguns tipos de ações sociais:
  • Ações racionais: ações tomadas com base nos valores do indivíduo, mas sem pensar nas consequências e muitas vezes sem considerar se os meios escolhidos são apropriados para atingi-lo.
  • Ações instrumentais (também conhecidas como ação por fins, do alemão zweckrational)): ações planejadas e tomadas após avaliado o fim em relação a outros fins, e após a consideração de vários meios (e consequências) para atingi-los. Um exemplo seria a maioria das transações econômicas.
  • Ações afetivas: ações tomadas devido às emoções do indivíduo, para expressar sentimentos pessoais. Como exemplos, comemorar após a vitória, chorar em um funeral, seriam ações emocionais.
  • Ações tradicionais : ações baseadas na tradição enraizada. Um exemplo seria relaxar nos domingos e colocar roupas mais leves. Algumas ações tradicionais podem se tornar um artefato cultural.
Na hierarquia sociológica, a ação social é mais avançada que o comportamento, ação e comportamento social, e é em sequência seguida por contatos sociais mais avançados, interação social e relação social.

Weber e a educação

Para entender Max Weber, deve-se entender o contexto histórico de sua vida, as viagens e estudos que fez. Quando viajou pelos EUA, suas impressões sobre a burocracia numa democracia foi assunto de muitos de seus estudos.
Weber não escreveu sobre educação. Entretanto podemos deduzir através de seus escritos grandes contribuições acerca do papel da educação no mundo capitalista.

Para Weber, haveria três tipos de dominação que teriam relação com os três tipos de educação diferentes:

1- Dominação Racional-legal - cumprimento das leis e das regras. A burocracia, impessoalidade nas relações e disciplina. A crescente especialização/racionalização dos quadros e meios administrativos;

2- Dominação Tradicional - crença no poder absoluto de um chefe. A autoridade pertence não à aquele escolhido pelos habitantes de sua sociedade, mas por um homem que é chamado assumir o poder por causa de uma tradição, costume (monarquia, reis). Dominação patriarcal. Composição de quadros administrativos dada de forma não especializada; hierarquia sem racionalidade, uma vez que a escolha está ligada ao pretendente e ao chefe. 

3- Dominação Carismática - Crença cega num único líder, de poderes "sobrenaturais", líder carismático. Unicamente emocional, sem o discernimento da razão, sujeita a regras decretadas (impostas) e tradicionais. Carisma e vocação pessoais, não é contato o valor profissional ou a especificidade. 

Weber então observa que a educação carismática e tradicional eram comuns nas sociedades pré-capitalistas e a burocrática, especializada, de treinamento seria própria da sociedade capitalista, seu real interesse. Weber concebia que a educação é a forma como os indivíduos se preparam para lidar com as transformações causadas pelo processo de racionalização da vida, tal processo modificou todos os modos de educar, os sentidos atribuídos à educação, o reconhecimento e o acesso ao status e bens materiais para aqueles que tenham acesso a educação sistemática.

Assim para cada uma das dominações, um tipo de educação era observado:

1- Dominação Racional- Legal - Nessa sociedade a educação visava treinar e transmitir conhecimentos especializados com finalidades práticas úteis à administração do estado e às empresas capitalistas; domínio da língua  escrita e falada, aprendizagem; centrado nos títulos; mecanismo de ascensão social - treinamento especializado; educação parcial; especializada, reducionista (algo como o ensino tecnicista)

2- Dominação Tradicional - Nessas sociedades o ideal era educar um homem culto, erudito - o ideal de cultura dependia da classe social a qual ele estivesse sendo preparado. Weber a nomeou como "Educação para o cultivo", preparar o aluno para uma "nova conduta de vida". ( o ensino tradicional; clássico)

3- Dominação Carismática -  nessas sociedades dominadas pelo carisma, a função da educação era a de despertar o carisma, exaltar as capacidades heroicas ou dons sobrenaturais, voltada justamente para heróis ou feiticeiros. ( a educação escolástica) 

Weber se coloca de forma pessimista em relação à esses rumos que o capitalismo moderno e o processo de racionalização da vida estavam ditando em termos educacionais, pois o homem estaria deixando de se desenvolver integralmente em nome de uma preparação que visava dinheiro, status e poder. 


Semíramis F. Alencar Moreira 
Tutora a distância - Licenciatura em Pedagogia 
Universidade Federal de Lavras - MG



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