1 de out. de 2012

Pedagogia afetiva - Profª Semíramis F. Alencar Moreira


Pedagogia Afetiva.
                                                                                                          

                                                                                                          Quando eu era menino, os mais velhos perguntavam:
O que você quer ser quando crescer?
Hoje não perguntam mais.
Se perguntassem, eu diria que quero ser menino.".

Fernando Sabino, escritor mineiro.


         A vida em sociedade compreende ser uma vida pautada em direitos e deveres, bens de consumo, gratificações financeiras e êxito profissional que culmina sempre em dinheiro. A posição social depende do que o indivíduo é, e o que ele pode ofertar à comunidade em que vive. Assim, é natimorta a ingenuidade, o sentimento e o carinho por parte das escolas e da família.
         Partindo do processo de exclusão que segrega, desde o descobrimento, em índios, colonos e escravos, para a atual sociedade em que observamos o rico, o pobre e o miserável, convivendo nos mesmos parâmetros de desigualdade do inicio da colonização, a educação apresenta mais uma de suas teorias que pode ser o início de uma conscientização interior no seio da grande família brasileira: A pedagogia afetiva.
         O que é a pedagogia afetiva? É a teoria de enternecimento das relações escola-família-sociedade transformando e formando as crianças em indivíduos sensíveis, conscientes, solidários, enfim, indivíduos preocupados com o social e bem estruturados emocionalmente, pois receberam da família e da escola tanto cultura quanto afetividade; atenção e respeito, fundamentos básicos para a mudança basilar da sociedade.
         Sendo um componente importante do equilíbrio e da harmonia da personalidade, a afetividade domina a atividade pessoal, tanto instintivamente quanto nas percepções, na memorização, no pensamento, no desejo e na sensibilidade corporal devendo se dar por meio do trabalho com limites, do resgate dos mitos do cotidiano e do desenvolvimento do indivíduo em seus aspectos físicos, cognitivos e psíquicos. Uma criança bem estimulada afetivamente, ao chegar a vida adulta, terá uma capacidade maior de conviver com as fases negativas da vida com determinação e autoconfiança.
         Nas mudanças que atravessa a sociedade, de forma cada vez mais complexa e acelerada, quando se faz necessário a absorção de quantidades maiores de informações, a afetividade chega quase a sucumbir. Os filhos desta geração desde o nascimento são entregues a babás, creches e babás eletrônicas (a televisão, o vídeo game, a internet) que mantém e entretém a criança escondida no lar, refugiada dos males da humanidade, enquanto seus progenitores garantem a estabilidade financeira e econômica da família. A segurança que eles provêem é necessária. Todavia, também é preciso a sua presença, com seus carinhos e punições, com brincadeiras e repreensões; do limite com suave doçura aos jogos de bola do domingo.
        É necessário também observar que esta afetividade também deve partir da escola. Não o pieguismo característico do professor que encobre sua incapacidade com palavras carinhosas e gestos inconseqüentes, mas o professor que é mestre e que de fato mostra o caminho: o caminho da justiça, do dever, do conhecimento e da lealdade aos ideais e aos amigos. A escola que educa verdadeiramente preza por cuidar de cada educando como se fosse um filho seu orientando, analisando seus pontos fracos, ouvindo seus dilemas ou suas pequenas curiosidades. É a escola participante da família do educando.
A criança é um ser social. Ao recebê-la na porta da escola, recebe-se também toda a gama de impressões, informações e assimilações bem vivenciadas ou não, bem elaboradas ou não. Como todo ser social, ela também se interessa pelo mundo que a cerca, todavia se depara não só com os aspectos positivos da vida, mas com os negativos: violência, tráfico de drogas, a banalização do amor, a exploração da figura feminina, o consumismo compulsivo entre tantos outros fatores que causam nas crianças uma curiosidade natural além do medo, do espanto, encanto e identificação.    
Todos os indivíduos se baseiam em modelos. Entretanto há os modelos bons e os modelos ruins: os modelos são buscados nos momentos em que o indivíduo, em qualquer fase de seu desenvolvimento, se sente curioso ou depressivo. Portanto, a família e a escola devem estar atentas e em sintonia a quaisquer sinais diferentes de comportamento. As mudanças na maneira de agir muitas vezes são um pedido ajuda, que as crianças (e adolescentes) não conseguem expressar claramente, pois não têm domínio sobre suas ações e sentimentos mal canalizados. Na ausência de educadores firmes e equilibrados, as crianças e os jovens procurarão outros modelos com que se identificar, os modelos ruins.
 A aprendizagem, como qualquer coisa da vida do ser humano, deve ser prazerosa, deve ser algo que estimule o ser em desenvolvimento a querer aprender sempre mais e com maiores detalhes. 
Quando a criança é estimulada com carinho e atenção para os estudos, incentivada pelos pais a realizarem as tarefas de casa, a freqüentarem a escola fazendo dela uma continuação de seu lar e na escola; os professores e funcionários promovem um ambiente de confiança, fraternidade e de comunicação, a criança corresponde positivamente: ela aprenderá os conteúdos com maior embasamento e naturalmente se desenvolverá tornando-se um adulto feliz, consciente e saudoso de sua infância que passará os mesmos valores às gerações futuras.
  
Sobre a autora: Semíramis F. Alencar Moreira, @semiramsalencar, Especialista em Docência de Ensino Superior, pedagoga, Tutora a distância da Universidade Federal de Lavras-MG; professora de Psicomotricidade do curso Magistério da rede pública estadual de Minas Gerais e blogueira com diversos trabalhos publicados sobre Ensino à distância e Educação básica.  Twitter: @semiramsalencar; Facebook: semiramsalencar; Blog: http://educandooamanha.blogspot.com ; Email: semiramisalencar@gmail.com

 




BIBLIOGRAFIA 

ROSSINI, Maria Augusta Sanches. Pedagogia Afetiva. Petrópolis, Ed. Vozes, 3ª edição, 2001.    

 


28 de set. de 2012

Mensa sana in corpore sano... - por uma educação abrangente, do corpo e da mente - Profª Semíramis F. Alencar Moreira


Mensa sana in corpore sano... - por uma educação abrangente, do corpo e da mente
Profª Semíramis F. Alencar Moreira


Nunca haverá mudança na educação se internamente não houver uma mudança. Valores e comportamentos poderão ser reformulados ; aprender a ser mais justos e honestos, aprendendo a ser mais humanos sentindo menos raiva, menos rancor e ser menos destrutivos.
As pessoas ao se reencontrarem consigo mesmas, ao transformarem seus comportamentos inadequados que as levam e aos outros, à infelicidade e ao desequilíbrio. Tornam-se mais felizes e mais saudáveis quando são menos egocêntricas, quando podem ajudar, compartilhar e doar e servir.
 Dificilmente ouve-se ou lê em noticiários, casos de amor verdadeiro e profundo que todas as pessoas são capazes de sentir, não só por famílias e amigos, mas para além deles, por qualquer pessoa.  O pensar é superenfatizado e assim, abafa-se o coração.
Se não houver esta tomada de consciência, não haverá mudança na postura humana em relação ao mundo e tampouco serão observados as expressões ou sentimentos. Não haverá contribuições para mudar o social.
Deve se enfatizada a dimensão espiritual na educação. Para que se esteja integrados de corpo e mente na educação é antes necessário que os envolvidos estejam em consonância com o coração e com valores sublimes de fé, esperança e caridade ao próximo, para que se influenciem os educandos nas práticas do bem em seu cotidiano.
Todavia, a educação só vai ser libertadora de fato quando esta for ministrada por indivíduos que também queiram estes ideais e que estejam em estágio de libertação e auto descobrimento.
A ecologia e o meio ambiente estão intimamente ligados aos indivíduos, pois é na natureza de sua região que o individuo buscará recordar de seus melhores momentos da infância: sonhos, alegrias e memórias de tempos que ficaram perdidas na memória são fundamentais para que se reencontre e logo, se recomponha.
  A educação para a paz é um espaço de encontro com a realidade interna de cada um a fim de equilibrar a competitividade, a ambição, a exploração do outro, a crítica ácida, a vingança e possibilitar-se a cooperação, promover o respeito aos direitos das pessoas, aos espaços individuais, a liberdade de expressão e ação.
Pensar na escola não somente como um espaço de reflexão e criação, mas como campo para o coração, para o aprendizado de um jeito novo de viver de se relacionar, é compatível com inúmeros movimentos renovadores que hoje se espalham pelo planeta. Para haver a solidariedade, que sejam leves, firmes e em paz.
O prazer e o amor surgem como resultado de uma integração entre corpo, mente, emoção e espírito. Para que a vitalidade flua, há a necessidade destas muralhas serem derrubadas, das percepções negativas e das crenças ilusórias que impedem a harmonia.
Assim os seres humanos são uma unidade psicossomática que participa, como parte, de um todo universal único. Desta forma, educar é facilitar o desabrochar da vida, do livre pensar, do criar e reconhecer a qualidade essencial que vibra por trás das máscaras que são estruturadas por medo.
Há uma intercomunicação incessante entre tudo no universo. É possível perceber essa realidade se houver abertura para tal.
Todas as ações, sentimentos e pensamentos, interferem no universo, pois movimentam o tecido energético em que os seres humanos estão imersos. A consciência humana pode se expandir para além dos limites conhecidos de percepção.
Esse tipo de mudança inicia-se sutilmente partindo do principio que o educador é um semeador, que semeia aquilo que produziu de si mesmo. Ele é o dinamizador das sementes contidas em cada educando. Tudo o que é vivenciado junto dos outros educadores se refletirá nos alunos. Tudo o que se vivencia em si mesmo, interferirá em quem está próximo ou distante e vice e versa.
É preciso, num primeiro plano, de se manter limpas as comunicações. Um exercício ininterrupto de atenção, administração do que se fala, do como se fala e da plena expressão do que se quer ser manifestado, deixando vir à consciência a verdade de cada um. É preciso coragem para aprofundar, para sair da superficialidade das relações e da comunicação.
O medo de que o outro rejeite por possíveis diferenças, por pensar, falar e agir diferentes, ou ainda se descobrir como o outro é, se souber o que se está sentindo e pensando.
O primeiro passo para a vivificação da dimensão humana é a espiritualização, tanto formalmente, em reuniões entre educadores e corpo de funcionários e junto aos alunos quanto informalmente. Esses movimentos de inteligência e valorização mental, emocional e física devem ser estimulados.
É importante frisar o preâmbulo do ato constitucional da UNESCO (órgão das nações unidas) que diz: "As guerras nascem no interior dos homens nos quais devem ser erguidos os baluartes da paz".
Assim sendo, educar é, antes de tudo, educar para paz. Paz interior que gerará a paz nas famílias, nas instituições entre os países. A terra, como planeta que acolhe, terá seu equilíbrio restabelecido a partir de cada um de seus habitantes. A ecologia, na realidade, tem dimensões muito mais profundas que o pensado atualmente. Todavia, a grande despoluição deverá acontecer, antes nos corações e mentes para que se possa parar de poluir a natureza.
A velha educação tem-se elegido para a construção de um mundo frio, lógico, mensurável, analítico, triste competitivo de decoreba e nenhuma criação.
As crianças, no limiar de um novo milênio, em que a regeneração será a palavra de ordem, ainda se vêm obrigadas a provas e testes que não somente as classificam em fracassados ou bem sucedidos como também estimulam esta competitividade e inferioridade.
As disciplinas devem ser passadas de formas mais agradáveis, integradas em si. Como uma teia de fios inter-relacionados e leves, tecido por mentes unificadas e mãos afetuosas.
O que se é vivido na infância, plasma uma imagem-síntese daquela fase da vida como um campo de energia que se infiltra e se mistura à constituição de todos os tecidos do organismo.
Se a infância vivida foi harmoniosa, plena de experiências agradáveis, respeitadas suas opiniões e espontaniedades, suas curiosidades, suas criações, brincadeiras, se aprendeu a ousar, dizer os seus pensamentos e ser acolhida em seus pontos de vista, esta pessoa certamente trouxe para a vida adulta a leveza, a possibilidade de ser feliz e de se integrar. Pessoas assim são seres potencialmente transformadores do social.
Alguns professores se divertem com o fracasso dos alunos, com sua própria tirania na sala de aula; outros, mesmo que se esforcem, não conseguem ser simpáticos, acessíveis ou compreensivos.
Todavia, deve ser observado que as mudanças de comportamento para com os alunos deverão partir não só dos professores, mas da sociedade como um todo e principalmente das famílias dos educandos. As mudanças deverão partir de dentro do seio familiar para fora, para a sociedade e a escola deverá zelar pela manutenção desta afetividade.
Portanto, é de suma importância que a perspicácia, a sabedoria de crianças e jovens sejam respeitadas. Nada lhes poderá ser ocultado, nenhum sentimento ferido, sob pena de perderem sua condição de espontaneidade e confiança.                         
                         

1.      Conclusão

Ser professor é, antes de tudo, ser um visionário. Mas em que ponto ele deve parar para não fazer do sacerdócio construtivo e sensível uma abnegação quase masoquista, que busca a iluminação por duras penas?
Se a sociedade carece de professores para continuar sua evolução, por que esta mesma não fornece a este profissional: instrumentos, condições de trabalho e rendimentos dignos?
É importante que haja o respeito e o carinho com o educando, todavia é necessário que seja refletido que o educador é também um pai de família, um consumidor, um profissional que precisa estar em constante atualização para o aprofundamento de novas técnicas de ensino. E isto custa caro para ele.
Como este profissional deverá estar engajado na proteção e na condução de seus alunos no saber disciplinar, devendo passar a noção de cidadania, preservação do meio ambiente, além da espiritualização/ humanização deles próprios, se não tem base e não tem exemplos de como fazê-lo? Como será possível propor à um indivíduo que ele tem que ser emocionalmente tranqüilo, se sua fome é maior que seu estímulo de lecionar? Como incentiva-lo a ser feliz se suas contas à pagar são maiores para ele do que os problemas da natureza ou de seus semelhantes?
Como chegar feliz e otimista na escola se seus alunos, ao invés de o respeitar como uma pessoa que estudou e que está ali para passar seus conhecimentos, trazem na mochila a soberba e a má criação dos tempos modernos? É uma reação em cadeia: onde os pais de aluno são desprezados no trabalho, desprezam e ensinam seus filhos a desprezarem o trabalho dos outros, assim suas vidas não serão tão fracassadas, pois eles estarão batendo primeiro. Mas, nessa reação, somente é observado o comportamento do educador, como se ele fosse o único responsável pelo desvio de conduta de toda uma sociedade, quando se defende ou manifesta sua insatisfação diariamente nas salas de aula, no trato com seus alunos.
..."Mas, renova-se a esperança /nova aurora a cada dia... / há de se cuidar do broto para que a vida nos dê cor, flor e frutos..." (m. nascimento-F. Brant) Para isso é necessário que se comece agora uma luta real com o propósito de humanizar a sociedade, começando pelos membros da própria família. Promovendo o entendimento entre pais, alunos, professores e a comunidade como um todo, visando uma melhoria do quadro educacional atual com base nas políticas públicas, escolhendo representantes para as câmaras municipais, estaduais e o Senado Federal.
Que a classe dos professores lute de maneira mais enfática, pois greves e reclamações não adiantam muito e, com as emendas e propostas feitas pelos próprios professores possam melhorar não só a educação, mas principalmente, suas condições de trabalho, de viver.
E assim seus filhos, netos ou bisnetos poderão dizer com orgulho, quando argüidos sobre o que vão ser quando crescer: "Vou ser professor!".


18 de set. de 2012

19/09 - Lembremos de Paulo Freire, o Patrono da Educação

Paulo Reglus Neves Freire (Recife, 19 de setembro de 1921  São Paulo, 2 de maio de1997) foi um educador e filósofo brasileiro. É Patrono da Educação Brasileira.
Paulo Freire é considerado um dos pensadores mais notáveis na história da Pedagogiamundial,[1] tendo influenciado o movimento chamado pedagogia crítica. A sua prática didática fundamentava-se na crença de que o educando assimilaria o objeto de estudo fazendo uso de uma prática dialética com a realidade, em contraposição à por ele denominada educação bancária, tecnicista e alienante: o educando criaria sua própria educação, fazendo ele próprio o caminho, e não seguindo um já previamente construído; libertando-se de chavões alienantes, o educando seguiria e criaria o rumo do seu aprendizado.
Destacou-se por seu trabalho na área da educação popular, voltada tanto para a escolarização como para a formação da consciência política. Autor de Pedagogia do Oprimido, um método de alfabetização dialético, se diferenciou do "vanguardismo" dos intelectuais de esquerda tradicionais e sempre defendeu o diálogo com as pessoas simples, não só como método, mas como um modo de ser realmente democrático.
Em 13 de abril de 2012, foi sancionada a lei 12.612 que declara o educador Paulo Freire Patrono da Educação Brasileira.[2]
Foi o brasileiro mais homenageado da história: ganhou 41 títulos de Doutor Honoris Causa de universidades como Harvard, Cambridge e Oxford

A Pedagogia da Libertação

Painel Paulo Freire no CEFORTEPE - Centro de Formação, Tecnologia e Pesquisa Educacional da Secretaria Municipal de Educação de Campinas-SP

Paulo Freire delineou uma Pedagogia da Libertação, intimamente relacionada com a visãomarxista do Terceiro Mundo e das consideradas classes oprimidas na tentativa de elucidá-las e conscientizá-las politicamente. As suas maiores contribuições foram no campo da educação popular para a alfabetização e a conscientização política de jovens e adultos operários, chegando a influenciar em movimentos como os das Comunidades Eclesiais de Base (CEB).

No entanto, a obra de Paulo Freire não se limita a esses campos, tendo eventualmente alcance mais amplo, pelo menos para a tradição de educação marxista, que incorpora o conceito básico de que não existe educação neutra. Segundo a visão de Freire, todo ato de educação é um ato político.

 

Principais Obras

 

  • 1959: Educação e atualidade brasileira. Recife: Universidade Federal do Recife, 139p. (tese de concurso público para a cadeira de História e Filosofia da Educação de Belas Artes de Pernambuco).
  • 1961: A propósito de uma administração. Recife: Imprensa Universitária, 90p.
  • 1963: Alfabetização e conscientização. Porto Alegre: Editora Emma.
  • 1967: Educação como prática da liberdade. Introdução de Francisco C. Weffort. Rio de Janeiro: Paz e Terra, (19 ed., 1989, 150 p).
  • 1968: Educação e conscientização: extencionismo rural. Cuernavaca (México): CIDOC/Cuaderno 25, 320 p.
  • 1970: Pedagogia do oprimido. New York: Herder & Herder, 1970 (manuscrito em português de 1968). Publicado com Prefácio de Ernani Maria Fiori. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 218 p., (23 ed., 1994, 184 p.).
  • 1971: Extensão ou comunicação?. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1971, 93 p.
  • 1976: Ação cultural para a liberdade e outros escritos. Tradução de Claudia Schilling, Buenos Aires: Tierra Nueva, 1975. Publicado também no Rio de Janeiro, Paz e terra, 149 p. (8. ed., 1987).
  • 1977: Cartas à Guiné-Bissau. Registros de uma experiência em processo. Rio de Janeiro: Paz e Terra, (4 ed., 1984), 173 p.
  • 1978: Os cristãos e a libertação dos oprimidos. Lisboa: Edições BASE, 49 p.
  • 1979: Consciência e história: a práxis educativa de Paulo Freire (antologia). São Paulo: Loyola.
  • 1979: Educação e mudança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 112 p.
  • 1979: Multinacionais e trabalhadores no Brasil. São Paulo: Brasiliense, 226 p.
  • 1980: Quatro cartas aos animadores e às animadoras culturais. República de São Tomé e Príncipe: Ministério da Educação e Desportos, São Tomé.
  • 1980: Conscientização: teoria e prática da libertação; uma introdução ao pensamento de Paulo Freire. São Paulo: Moraes, 102 p.
  • 1981: Ideologia e educação: reflexões sobre a não neutralidade da educação. Rio de Janeiro: Paz e Terra.
  • 1982: A importância do ato de ler (em três artigos que se completam). Prefácio de Antonio Joaquim Severino. São Paulo: Cortez/ Autores Associados. (26. ed., 1991). 96 p. (Coleção polêmica do nosso tempo).
  • 1982: Sobre educação (Diálogos), Vol. 1. Rio de Janeiro: Paz e Terra ( 3 ed., 1984), 132 p. (Educação e comunicação, 9).
  • 1982: Educação popular. Lins (SP): Todos Irmãos. 38 p.
  • 1983: Cultura popular, educação popular.
  • 1985: Por uma pedagogia da pergunta. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 3ª Edição
  • 1986: Fazer escola conhecendo a vida. Papirus.
  • 1987: Aprendendo com a própria história (com Sérgio Guimarães). Rio de Janeiro: Paz e Terra, 168 p. (Educação e Comunicação; v.19).
  • 1988: Na escola que fazemos: uma reflexão interdisciplinar em educação popular. Vozes.
  • 1989: Que fazer: teoria e prática em educação popular. Vozes.
  • 1990: Conversando com educadores. Montevideo (Uruguai): Roca Viva.
  • 1990: Alfabetização - Leitura do mundo, leitura da palavra (com Donaldo Macedo). Rio de Janeiro: Paz e Terra, 272 p.
  • 1991: A educação na cidade. São Paulo: Cortez, 144 p.
  • 1991: A Importância do Ato de Ler - em três artigos que se completam. São Paulo: Cortez Editora & Autores Associados, 1991. (Coleção Polêmicas do Nosso Tempo, v 4)- 80 p.
  • 1992: Pedagogia da esperança: um reencontro com a Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra (3 ed. 1994), 245 p.
  • 1993: Professora sim, tia não: cartas a quem ousa ensinar. São Paulo: Olho d'água. (6 ed. 1995), 127 p.
  • 1993: Política e educação: ensaios. São Paulo: Cortez, 119 p.
  • 1994: Cartas a Cristina. Prefácio de Adriano S. Nogueira; notas de Ana Maria Araújo Freire. São Paulo: Paz e Terra. 334 p.
  • 1994: Essa escola chamada vida. São Paulo: Ática, 1985; 8ª edição.
  • 1995: À sombra desta mangueira. São Paulo: Olho d'água, 120 p.
  • 1995: Pedagogia: diálogo e conflito. São Paulo: Editora Cortez.
  • 1996: Medo e ousadia. Prefácio de Ana Maria Saul; Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987; 5ª Edição.
  • 1996: Pedagogia da Autonomia. Rio de Janeiro: Paz e Terra.
  • 2000: Pedagogia da indignação – cartas pedagógicas e outros escritos. São Paulo: UNESP, 134 p.
  • 2003: A África ensinando a gente (com Sérgio Guimarães). Rio de Janeiro: Paz e Terra, 248 p.

 

    16 de set. de 2012

    Apague ela com um tijolo, diz a MTV - Assine agora e exija que a MTV ponha fim à parceria com o Testosterona imediatamente!


    Semíramis,
    Se você achava que o negócio da MTV era música, você se enganou: eles também curtem incentivar a violência.
    A MTV apoia e promove o Testosterona, um blog que humilha e promove a violência contra mulheres, gays e pessoas trans. Entre as postagens do Testosterona está um guia rápido para o estupro ("primeiro passo: apague ela com um tijolo") e uma lista de vantagens em se namorar uma travesti ("se você bater nela, ela não vai poder ir na delegacia das mulheres").
    A MTV se recusa a fazer algo a respeito. Na semana passada, eles emitiram um comunicado dizendo que o conteúdo do blog não reflete a opinião da emissora. Então por que continuam a promover um site tão perigoso? Ninguém sabe.
    O presidente da MTV Networks, Van Toffler, tem o poder de frear isso – e nós entregaremos sua assinatura diretamente a ele, pra que ele saiba o que a MTV anda aprontando no Brasil.
    Assine agora e exija que a MTV ponha fim à parceria com o Testosterona imediatamente!
    www.allout.org/pt/MTV
    O autor do Testosterona acusa seus críticos de não terem senso de humor. O que ele parece não entender é que suas ideias têm consequências muito reais.
    Em março, a Polícia Federal prendeu os autores de outro blog que incitava o ódio contra mulheres, gays e diversos grupos – eles eram parceiros do Testosterona e também postavam conteúdo no blog. Durante a investigação, a Polícia descobriu ainda que eles planejavam um massacre na Universidade de Brasília.
    Nessa semana, a Secretaria de Políticas para as Mulheres solicitou que o Ministério Público investigue o Testosterona por incitar o estupro e a violência. Mas ainda não foi o bastante para a MTV agir – nós podemos mudar isso!
    Assine a petição e vamos exigir que o presidente da MTV Networks, Van Toffler, deixe de patrocinar o Testosterona e seu discurso de ódio imediatamente.
    www.allout.org/pt/MTV
    Obrigado por apoiar a All Out e vamos em frente!
    Um abraço,
    Andre, Joe, Leandro, Sara, Tile, Wesley, e o restante da equipe da All Out.
    REFERÊNCIAS:
    Vídeo de humor sobre estupro pode ser alvo de investigação
    www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1146880-video-de-humor-sobre-estupro-pode-ser-alvo-de-investigacao.shtml
    MP pode investigar vídeo de humor que incita violência contra a mulher
    cbn.globoradio.globo.com/editorias/pais/2012/09/01/MP-PODE-INVESTIGAR-VIDEO-DE-HUMOR-QUE-INCITA-VIOLENCIA-CONTRA-A-MULHER.htm
    Dupla é presa suspeita de manter site de apologia a crimes contra negros, judeus e nordestinos
    noticias.r7.com/cidades/noticias/policia-federal-faz-operacao-contra-crimes-de-intolerancia-na-internet-20120322.html
    A All Out está colocando em contato muita gente de todos os cantos do planeta e de todas as identidades – lésbicas, gays, héteros, bissexuais, transexuais e travestis - e tudo no meio e além – para construir um mundo em que cada pessoa viva livremente e seja aceita pelo que é.
    Nosso endereço é:
    Purpose Foundation
    224 Centre St
    New York, NY 10013
    Copyright © 2012 AllOut.org, All rights reserved.

    .


    __________

    CONTRA O BULLYING NAS ESCOLAS DO RIO DE JANEIRO

    Car@,
    Acabei de saber que a Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro  pode aprovar um projeto de lei homofóbico e discriminatório: a proposta é proibir a distribuição de qualquer material que fale sobre diversidade sexual nas escolas do Rio.
    Bolsonaro_all_large
    Apesar da força política que o filho de Jair Bolsonaro possui - o projeto passou em uma primeira leitura na semana passada - ainda temos a chance de dizer aos vereadores e vereadoras que votem CONTRA este projeto de lei na próxima votação que vai acontecer em breve.
    E foi por isso que eu assinei esta petição urgente, dizendo aos vereadores e vereadoras da cidade maravilhosa que votem contra este projeto de lei, que só irá contribuir para o aumento da violência e intolerância entre os jovens nas escolas. É de responsabilidade da Câmara dos Vereadores, representantes da população e eleitos por ela, que respeitem jovens LGBTs e que promovam o diálogo, a compreensão e a educação.
    Por favor, assine esta petição para não deixarmos que a homofobia seja institucionalizada no Rio de Janeiro.

    12 de set. de 2012

    II Jornada EaD: o futuro da arte


    Caso não esteja visualizando as imagens, acesse aqui
    II Jornada EaD: o futuro da arte
    II Jornada EaD: o futuro da arte
    II Jornada EaD: o futuro da arte
    II Jornada EaD: o futuro da arte
    II Jornada EaD: o futuro da arte


    __________ Informa��o do ESET NOD32 Antivirus, vers�o da vacina 7470 (20120912) __________

    A mensagem foi verificada pelo ESET NOD32 Antivirus.

    http://www.eset.com
    Caso não queira mais receber nossos emails, remova aqui.

    21 de ago. de 2012

    Índios homenageiam Darcy Ribeiro em cerimônia no Alto Xingu

     Um de nossos heróis mais contundentes e brilhantes, que lutou pela causa indígena e pela educação pública e de qualidade em nosso país se chama Darcy Ribeiro. Esse homem que passou sua vida lutando pelas causas sociais e indigenistas no Brasil, recebeu nos dias 18 e 19/08 uma justa homenagem dos índios Yawalapíti, no Alto Xingu (Mato Grosso) na tradicional cerimônia do Kuarup, uma festa de despedida e honra aos seus entes que desencarnaram.

    Edição do dia 21/08/2012

    Índios homenageiam Darcy Ribeiro em 



    cerimônia no 







    Alto Xingu

    Darcy Ribeiro dedicou parte da vida a defender os povos indígenas. Agora, foi homenageado em um dos rituais mais importantes entre as aldeias do Alto Xingu. Parentes e amigos participaram da cerimônia.

    André Curvello e Alex CarvalhoParque Indígena do Xingu, MT
    Um homem que dedicou parte da vida a defender os povos indígenas foi homenageado em um dos rituais mais importantes entre as aldeias do Alto Xingu. Parentes e amigos do antropólogo Darcy Ribeiro participaram da cerimônia, realizada pelos índios.
    Essa história começa quando o Sol ainda era gente. Depois que a mãe morreu, o Sol fez um ritual e a cerimônia passou a se chamar Kuarup. É uma das mais belas histórias dos povos que habitam o Parque Indígena do Xingu. Um lugar do Brasil Central onde o Cerrado e a Floresta Amazônica se encontram.
    Nosso voo tem como destino o Alto Xingu, no estado de Mato Grosso. De cima vemos um clarão, um círculo de terra. É a aldeia dos índios Yawalapíti. Um povo que se alimenta principalmente de peixe, do biju - que vem da mandioca - e também de muitas tradições.
    O Kuarup é uma delas. Principal cerimônia entre as aldeias do Alto Xingu, é feito só para aqueles que os índios consideram muito importantes. É o momento de se despedir dos mortos.
    Acompanhamos os últimos dias do ritual, que dura 10 meses. Dessa vez, são três homenageados. Dois líderes indígenas e um homem branco: Darcy Ribeiro.
    Escritor, educador, político, idealizador e reitor da Universidade de Brasília, etnólogo. Darcy Ribeiro teve muitas vidas em uma só. Mas foi como antropólogo e com os índios que ele mais se realizou e mais se encantou.
    "É a consagração do trabalho do professor Darcy. Eu acho que a maior homenagem que um homem público, um intelectual que dedicou grande parte de sua vida em defesa dos povos indígenas é receber essa homenagem", conta Paulo Ribeiro, presidente da Fundação Darcy Ribeiro.
    As flautas sagradas, os chocalhos e os cantos evocam as almas. Uma fila se forma. Para os povos que vivem no parque do Xingu, os espíritos dos mortos vão incorporar nesses troncos, cuidadosamente preparados.
    Paulo Ribeiro, sobrinho de Darcy, é arranhado: é o processo de purificação. Em um dos momentos mais importantes, mais emocionantes da cerimônia, a família e os amigos de Darcy Ribeiro choram diante do tronco que o representa. É hora de secar a tristeza através do choro.
    A noite chega. Os povos visitantes, todos do Alto Xingu, se juntam aos Yawalapíti. Agora são oito etnias diferentes, mais de 1,5 mil pessoas. A tristeza dá lugar à rivalidade. Começa a luta, que exige força, habilidade e respeito.
    "Isso é muito valorizado no Parque Indígena do Xingu. Então, isso é a nossa tradição, que a gente não vai deixar nunca acabar", conta Jair, índio Kuikuro.
    Os Yawalapíti saem como os grandes vencedores. E pensar que esse povo quase desapareceu. No fim da década de 50, eram apenas 12 índios.
    Preocupado com o possível desaparecimento dos povos indígenas do Centro-Oeste no começo dos anos 50, Darcy Ribeiro foi conversar com Getúlio Vargas. Para tentar convencer o então presidente, falou que a natureza brasileira estava ameaçada, porque os fazendeiros estavam destruindo a mata para criar pastagens. E que a única maneira de preservar esse pedaço do Brasil seria entregá-lo aos indígenas, que - desde sempre - souberam viver harmonicamente com a terra. Getúlio concordou e começou o processo de criação do Parque do Xingu.
    "Darcy é o primeiro que se preocupou com nossa terra. A gente tem que manter isso aqui. Porque essa cultura é muito importante. A gente não pode esquecer essa cultura", afirma o Cacique Aritana, índio Yawalapíti.
    Kamukaiaka já tentou a vida na cidade. Foi jogar futebol em Brasília. Mas a saudade apertou e ele voltou para casa. Hoje desenha a história dos Yawalapiti. Começa no tempo em que o Sol ainda era gente.

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