18 de set. de 2013

Universidade substitui espelhos no banheiro por mensagem contra vaidade das alunas


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Publicado em 15 de setembro de 2013 | por Pilar Baptista
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Universidade substitui espelhos no banheiro por mensagem contra vaidade das alunas

As moças da Universidade do Alabama, em Birmingham, tiveram uma grande surpresa ao entrar nos banheiros de sua faculdade: ao invés dos comuns espelhos, nos quais as mulheres passam tanto tempo observando seus reflexos, as paredes estavam repletas por frases. Isso mesmo, frases!

As mensagens procuravam assumir possíveis coisas que as mulheres pensassem de si mesmas ao se olhar no espelho: “Eu não sou bonita o bastante”, “Meus peitos são muito grandes”, “Eu não sou alta o bastante”, “Meu rosto é muito oleoso”, “Talvez eu deva comer menos”, “Eu não sou inteligente o bastante”, etc. Aparentemente, a iniciativa da instituição foi a de chocar e de fazer com que as usuárias dos banheiros refletissem sobre a importância que dão à beleza em suas vidas. No entanto, a medida foi criticada por muitas alunas, alegando que a universidade acabou não levando em consideração que os espelhos possuiriam outras funções que não a da autocrítica ou da autoadmiração; para elas, os espelhos eram necessários também para necessidades fisiológicas, como, por exemplo, checar se seus dentes estariam sujos após terem comido alguma coisa.
O acontecimento foi divulgado primeiramente no site Reddit, e o seu autor, ao criticar a ação, supôs o slogan que a universidade colocaria no mural de seus alunos para justificar a mudança: “A grande mensagem que estamos passando para nossas alunas” ou “Legal! Nós não precisamos mais comprar espelhos!”.
De uma forma ou de outra, apesar das muitas críticas, é de se impressionar com a iniciativa da faculdade. Afinal, até que ponto somos dependentes de nossos reflexos? Como cada um de nós reagiria? Você também se incomodaria com a falta de espelho ou agiria normalmente? Fato é que, em um mundo em que a beleza possui um padrão muito limitado – a moça alta, magra, de seios grandes – e frequentemente divulgado pelas mídias e pela publicidade como sinônimo de felicidade, é de se esperar que muitas mulheres tenham grandes problemas com a sua aparência e seu corpo, transformando isso, inclusive, em um problema com quem elas de fato são (uma vez que acreditam que seu corpo as define). Logo, sendo o espelho uma das ferramentas de admiração própria (e de reafirmação do que as mulheres consideram como imperfeições), é possível considerar a iniciativa da universidade como uma forma de questionar a relação que as moças têm consigo mesmas e com suas aparências. Talvez não seja essa a maneira mais eficaz, mas não há dúvidas de que esse questionamento é necessário, principalmente em instituições de educação. Afinal, nada seria mais natural do que as mulheres se sentindo bem com elas mesmas.
Revisado por Paloma Israely

Mexe a cadeira – na sala de aula: Vinny quer deixar de ser cantor para ser professor de filosofia




Mexe a cadeira – na sala de aula: Vinny quer deixar de ser cantor para ser professor de filosofia 
Por Cláudia Garcia (Y!)

Eu sei, eu sei. A tentação que você pode ter em cair na risada e soltar todo o veneno disponível é grande.

Mas a verdade é que Vinny, o cantor da eterna e grudenta “Heloísa, Mexe a Cadeira”, e de outras como “Uh! Tiazinha” e “Te encontrar de novo” se formou em Filosofia e agora está embarcando em um mestrado na Argentina. E mais: ele pretende largar os palcos para assumir tablado, giz e lousa.

Francamente, como colega de profissão, digo que é um ato de coragem escolher estar na Educação. Ainda mais quando, a qualquer momento, um aluno ou pai pode se dar conta de que a aula é com um músico que não goza do status de Cult.

Poupe seu arsenal de “É o fim do mundo o Vinny em uma sala de aula”. Pelo que tudo indica, ele segue firme academicamente – um mestrado fora do país não é exatamente qualquer pangaré que consegue. Além disso, entra uma outra questão polêmica em pauta: ele quer ser professor, ou pelo menos tentar. Isso signifca, por exemplo, que ele está na frente de muita gente que eu vejo entrando em cursos de Licenciatura – inclusive na Unicamp, onde estudo – que afirma com um ar pedante e pretensioso “Eu não vou dar aula. Só em Universidade.” Perdoem-me o desdém, mas quem entra em um curso de Licenciatura sem querer dar aula tem mesmo que ficar fora da sala de aula, tanto pelo desdém desmedido quanto pela fala de interpretação do nome do curso.

Nisso, eu defendo Vinny: nada garante que ele possa ser mau professor. Isso não garante que ele será bom, mas, enquanto isso, nada de jogar pedras, ainda mais se for só por causa daquelas músicas que são do estilo “Finjo-que-odeio-mas-sei-a-letra-e-danço-que-nem-louco-quando-toca”. Dizer que isso tudo é um absurdo por causa das músicas que ele fez é preconceito puro e simples. A vontade dele de dar aula e de estudar se sobrepõe ao que ele possa ter feito de tão mau assim (se é que umas músicas meio duvidosas depõem tanto assim, eternamente, contra alguém).

Para enfatizar que o Vinny não merece ser tão escorraçado quanto é, uma das colaboradoras aqui do Literatortura, a Clariana Touza, vai compartilhar a experiência que ela teve com o Vinny, enquanto ele era plantonista do colégio em que ela estudava:

Em 2008/ 2009, eu cursava o básico no Ensino Médio em um colégio particular no subúrbio do Rio de Janeiro e certo dia minha turma entrou na classe para a aula de Filosofia/ Sociologia com o professor Marcelo, que disse que queria conversar conosco sobre o futuro estagiário que nos acompanharia por um tempo e afirmou que havia um problema em relação a isso.

Ele explicou de forma muita clara que se tratava de uma pessoa famosa e que naquela momento, era apenas um estudante de Filosofia e que devíamos tratá-lo como tal. Todos concordaram e dias depois, o Vinny entra no meio da nossa aula e vira o caos. O professor o apresenta e todos muito simpáticos, o tratam super bem, mas acabam levando para o lado Vinny, o dono do hit “Mexe a cadeira”. Ouviam-se baixinho alunos cantando “Mexe a cadeira” e meninas agitadas por ter um famoso em sala. Comportamento esperado, apesar do pedido do Marcelo.

Vinny, uma pessoa extremamente simples e simpática, parecia um pouco contrariado em ser tratado como Vinny, o cantor, e não como um mero estudante, mas apesar disso, cedeu aos pedidos de tirar fotos com toda a turma. Confesso que não sei o nome do Vinny e suponho que seja Vinicius, mas ninguém parecia de fato interessado em conhecê-lo melhor, já que o que importava era ele enquanto famoso. Ele falava pouco, era quieto, mas sempre conversava com as pessoas quando elas puxavam papo e ele parecia detestar aquela atenção toda direcionada a ele.

Como estagiário, era interessado, prestava atenção a tudo o que era dito, fazia anotações, respondia e levantava questões; era um universitário bastante aplicado que tinha que lidar com o “peso” de ter sido cantor de hits e músicas, digamos, nem tão filosóficas assim.

O conheci um pouco melhor e tive contato com esse lado não famoso dele e me parecia ser um pouco frustrante para ele não conseguir quebrar esse elo, visto que as pessoas se prendem a esses detalhes.

Alguns alunos da minha classe, quase o ignoravam, assim como faziam com qualquer outro estagiário que passava por ali, mas os mais vedetes se deixam seduzir. Havia um esforço muito grande da parte do professor em romper essa barreira de ex- cantor e fazer com que ele fosse visto de forma mais séria por todos, e Vinny parecia ser muito grato a essa atitude dele, afinal ele estava ali porque estava interessado em dar aulas de Filosofia.

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