Em resposta ao jogo Baleia Azul, que desafia jovens a fazerem coisas que o levarão a morte, uma página no Facebook propõe 50 desafios da baleia rosa para valorização da vida. A página Baleia Rosa, criada no último dia 13, já conta com mais de 80 mil curtidas.
Os desafios da Baleia Rosa são do bem, e visam melhorar a qualidade de vida das pessoas: “escreva na pele de alguém o quanto você a ama”, “poste uma foto usando a roupa que te faz sentir bem” e “faça carinho em alguém”.
E esta corrente do bem que os desafios da baleia rosa está propondo dão certo, os jogadores tiram fotos e postam nos comentários para provar que cumpriram as missões.
Os administradores entraram em contato com uma psicóloga para ajudar a responder os casos mais sérios. Eles também enviam o número do Centro de Valorização da Vida (CVV) para quem está buscando ajuda.
“Eu fiquei muito impressionada quando soube dos desafios da baleia rosa. Eu e um amigo decidimos então criar essas atividades que fossem positivas, que ajudassem na autoestima das pessoas. A gente queria incentivar as pessoas a fazerem bem para outras”, disse a idealizadora dos desafios da Baleia Rosa, uma publicitária de 30 anos que prefere se manter anônima.
— Estamos alertando as crianças para não entrarem nesses tipos de grupo, é muito perigoso. Também estamos procurando um caminho profissional porque estamos falando com pessoas que estão passando por situações muito difíceis e queremos arrumar uma forma de ajudar. O nosso pensamento é continuar recebendo mensagens e ajudando como der.
— A gente quer espalhar cada vez mais, o resultado já foi tão positivo. A nossa ideia é continuar espalhando o bem e mensagens positivas.
Desafios da Baleia Rosa
O jogo terá 50 desafios da baleia rosa, um por dia, e na data deste post, o último desafio era o de número 23. Confira abaixo os desafios da baleia rosa já lançados:
s:
Com uma canetinha, escreva na pele de alguém o quanto você o ama;
Desenhe com uma canetinha uma baleia rosa com uma frase ou palavra motivadora e poste em suas redes sociais;
Se você está pronto para a próxima fase, escreva sim nos comentários. Se não, vá até o espelho mais próximo e elogie-se por 5 minutos;
Converse com alguém que você não fala á muito tempo;
Escreva na sua timeline ou poste uma foto com a frase “Eu sou linda(o)” #BaleiaRosa;
Pense na situação que te deixou mais feliz na sua vida. Pensou? Agora aproveite essa lembrança;
Desenhe com canetinha o seu sonho, o que parecer mais impossível. Agora faça de tudo para realizá-lo;
Desenhar uma Baleia Rosa numa batalha de travesseiros e poste na sua timeline;
Poste uma foto usando a roupa que te faz sentir bem;
Crie uma playlist que te deixa animado e troque com seus amigos;
Use as mãos para fazer carinho em alguém;
Faça algo generoso, faça alguém sorrir;
Escreva a maior quantidade de “Baleia Rosa” em 22 segundos, não vale trapacear;
Escreva a maior quantidade de “Baleia Rosa” ao contrário, em 22 segundos;
Faça um novo amigo;
Agora é hora de você nos ajudar. Repasse esse jogo para mais 3 pessoas;
Missão secreta. Se você chegou até aqui, nos envie um inbox no Facebook e seu mentor irá lhe enviar a sua missão;
Poste e fale em vários momentos do dia “Baleia Rosa” mas não explique o porquê até as 16h20 de amanhã;
Aproveite esse momento e ligue para seus avós. Eles vão adorar a surpresa;
Passe um dia sem usar palavras negativas;
Peça desculpas ou perdoe alguém. Desbloquear aquele amigo das redes sociais também vale;
Escreva uma carta para você do futuro e guarde, só abra daqui 10 anos;
Olhe no espelho e agradeça por tudo que você tem na vida;
Então, o que achou dos desafios da Baleia Rosa? Conte para a gente nos comentários.
Ele teve início na Rússia e foi responsável por diversos suicídios naquele país, agora este jogo macabro chegou ao Brasil e pode ter feito pelo menos 3 vítimas de Estados diferentes. Sim estamos falando do desafio da Baleia Azul, ou pacto da Baleia Azul como alguns estão se referindo ao jogo macabro.
O pacto da Baleia Azul consiste em um ”jogo” onde desafios como desenhar uma baleia azul com gilete na pele, fazer fotos assistindo filmes de terror são feitos pelos líderes (curadores). No total são 50 desafios, sendo o último, o suicídio.
Pacto da Baleia Azul: Ao menos 3 vítimas já foram feitas no Brasil por conta do jogo macabro
Confira abaixo algumas formas de prevenir que seu filho participe deste pacto da Baleia Azul, segundo a doutora em psicologia escolar e docente no Instituto Singularidade, Elizabeth dos Reis Sanada em entrevista ao site de Notícias G1:
Mudança de Comportamento
Quando a criança ou adolescente muda seu comportamento de forma brusca, pode ser que esteja sofrendo com alguma coisa que não sabe como lidar, disse Elizabeth.
“Isolamento, mudança no apetite, o fato de o adolescente passar muito tempo fechado no quarto ou usar roupas para se esquivar de mostrar o corpo são pistas de que sofre algo que não consegue falar”, diz.
Se interesse mais pela rotina do seu filho(a)
Quando os pais são omissos à rotina dos filhos, fica muito difícil entender o que se passa na vida da criança ou adolescente. E não apenas por causa do jogo da baleia azul, mas é sempre bom ficar por dentro de tudo que seu filho faz durante o dia.
“Os pais devem conhecer a rotina dos filhos, entender o que fazem, conhecer os amigos”, afirma a Elizabeth. Ela diz que muitos adolescentes “falam” abertamente sobre a falta de motivação de viver nas redes sociais. OS pais devem incentivar que os filhos tenham projetos para o futuro.
Sempre fique aberto ao diálogo
“É preciso que o adolescente se sinta à vontade para falar de suas frustrações e se sinta apoiado. Se ele tiver um espaço para dividir suas angústias e for escutado, tem um fator de proteção”. Segundo a psicóloga coordenadora do instituto de psicologia do Hospital Pequeno Príncipe, Angela Bley, normalmente adolescentes que possuem a autoestima muito baixa, e que não possui um vínculo forte com a família, sempre fica mais propenso a cair nesse tipo de armadilha.
“O que tem diálogo em casa, não é criticado o tempo todo, tem autoestima melhor, tem risco menor. Deixe que ele fale sobre o jogo, o que sente, é um momento de diálogo entre a família. Por isso é importante o diálogo franco. Não pode fingir que esse tipo de coisa não existe porque ele sabe que existe.”
Adolescentes precisam de aliados
É muito importante que a criança ou adolescente busque alguém em quem confia para compartilhar seus sentimentos. “Que ele não ceda às ameaças de quem já está em contato com o jogo e entenda que quem está a frente deles são manipuladores”, diz Elizabeth.
O adolescente precisa buscar as pessoas em que confia para compartilhar seus anseios, seja no ambiente escolar ou familiar, segundo as especialistas.
As Escolas podem ajudar em campanhas pela vida
Não são apenas os pais que devem identificar possíveis problemas com o adolescente, mas as escolas também podem ajudar na identificação de possíveis situações de risco com os alunos.
“Não é qualquer criança que vai responder ao chamado de um jogo como esse, são os que têm situações de vulnerabilidade. A escola ajuda a construir laços e tem papel fundamental de perceber como os alunos se desenvolvem”, afirma Elizabeth.
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Pesquisador da área de dependências tecnológicas alerta que atividades como Baleia Azul não deveriam ser consideradas um jogo
Publicado em 18/04/2017, às 12h58
Para psicólogo, a intenção do ‘jogo’ Baleia Azul é estimular algo problemático Tato Rocha/JC Imagem
Da Editoria de Cidades
Atividade praticada em comunidades fechadas nas redes sociais, Baleia Azul (que ficou popularmente conhecida como um jogo) leva a polícia a investigar essa prática, que pode estimular a automutilação e provocar comportamentos suicidas, especialmente entre adolescentes. O psicólogo Igor Lins Lemos, pesquisador da área de dependências tecnológicas, destaca que atividades virtuais desse tipo deveriam ser censuradas. “Para quem tem algum tipo de transtorno mental, isso é um campo aberto para ocorrência de problemas. Baleia Azul é uma forma de se banalizar a violência”, alerta Igor, que é mestre e doutor em Neuropsiquiatria e Ciências do Comportamento pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
O especialista reforça que esse tipo de prática não deve ser caracterizada como jogo. “É incorreto a forma de denominar esse tipo de estratégia sádica que colocaram na internet. Jogo é tudo aquilo que tem um caráter lúdico, de entretenimento, de conquistas. E mesmo esse tipo de atividade, que se apresenta com um tipo de passo a passo do que deve ser feito em níveis, pode ser tudo, menos um jogo”, explica o psicólogo.
Apesar de não ter acessado o Baleia Azul, o psicólogo tem se preocupado com estratégias que levam pessoas, especialmente aquelas emocionalmente mais vulneráveis por apresentarem algum transtorno psiquiátrico, a praticarem autolesões. Para esse grupo de pacientes, atividades desse tipo podem influenciar a ocorrência de comportamento suicida. “A intenção do ‘jogo’ é estimular algo problemático, quase como um tipo de desafio para quem está seguindo as regras. E como as pessoas são estimuladas a fazer algo mais difícil, elas se sentem pertencentes a um grupo. Para quem tem grande dificuldade na relação interpessoal e não tem rede de apoio, a internet é um ‘local’ susceptível a tragédias”, alerta Igor Lins Lemos.
PREVENÇÃO
Como forma preventiva, o especialista sugere que a família converse sempre com as crianças e os adolescentes. “Indico o controle parental (uso de programas ou vigilância para monitorar e seguir as atividades online nessa faixa etária) para que os pais tenham ideia do que os filhos visualizam e fazem na internet, além de ter acesso ao histórico (de pesquisas feitas na web). É preciso também conversar sobre o assunto.”
O depoimento do psicólogo reforça o alerta da Polícia Federal, que orienta a importância de os pais atraírem a confiança dos filhos através do diálogo franco e aberto sem repressão, a fim de que a criança ou o adolescente possa, diante do primeiro sinal de perigo, sentir-se à vontade e procurar a ajuda da família, confidenciando possíveis problemas. A polícia ainda reforça que os pais devem ficar atentos a comportamento estranhos dos filhos, como isolamento, tristeza e quadros depressivos.
O ano letivo iniciou há pouco mais de um mês e os pais já tiveram a oportunidade de conferir na prática se a escolha da escola que vai passar conhecimento e contribuir com o processo de construção do ser humano que se tornará seu filho, foi a correta.
A estrutura física e, sobretudo, a metodologia e linhas pedagógicas são os principais pontos analisados pelos pais e responsáveis – principalmente na educação infantil. Em um mundo com tantos avanços tecnológicos, incorporar a inteligência emocional às estratégias de ensino tem sido uma das soluções encontradas pelas escolas.
Esta é a linha preconizada no conceito da “Pedagogia Afetiva”, em que as crianças passaram a contar com um contato humano verdadeiro e significativo no processo de ensino-aprendizagem. Isto, tendo como aliado o universo do lúdico.
A pedagogia afetiva propõe que o aprendizado aconteça por meio da relação de afeto, limites e confiança – que ressaltam aspectos da vida em sociedade ao unir cognição com a qualidade social da educação.
“Tal qual o conteúdo é assimilado de maneira interdisciplinar, o mesmo é reforçado pela tríade escola-criança-família. Afinal, é preciso estímulo e comprometimento”, explica a psicopedagoga e diretora do Educandário Jardim das Goiabeiras, Ivete Barros Ferreira. A instituição trabalha com a “Pedagogia Afetiva”.
Conforme explica Ivete, é preciso “sentir para aprender” e, com isso, desmecanizar o ensino. “Por meio de recursos lúdicos, que atraem a atenção das crianças, o processo de aprendizagem se torna muito mais prazeroso. A criança aprende brincando e vice-versa”, disse Ivete.
Para exemplificar o método, a psicopedagoga diz que na semana em que as crianças do educandário – com idade entre 4 meses e 5 anos – estão aprendendo o número três, elas irão vivenciá-lo: “desde três pulinhos na amarelinha, três voltas no ‘brinquedão’, três cores em seu desenho, três bichinhos na fazendinha”, exemplifica.
Exercícios de práticas reais e experiências de aprendizagem também ensinam os pequenos a reconhecerem as emoções primárias, os motivos de elas ocorrerem, as reações instantâneas, como lidar com elas e o modo como o conflito entre a emoção e o meio social influenciam no processo educativo.
Na prática
Mãe de Milo, de apenas 2 anos, a fotógrafa Maria Anffe conta que o filho andava irritado, mas que o método tem ajudado em seu desenvolvimento.
“Outras escolas simplesmente jogavam os problemas de volta pra mim e meu filho já dava sinais de gagueira. Com a “Pedagogia Afetiva”, a escola passou a me orientar na busca de soluções. Hoje, ele está mais tranquilo em sala de aula e mais independente. A metodologia influenciou até no meu relacionamento com ele, que melhorou”, comenta a fotógrafa.
A psicopedagoga explica que emoções positivas podem contribuir para a memória, a autoestima e o aprendizado das crianças. As negativas, por outro lado, prejudicam largamente. “Com o tempo, compreender e controlar as emoções consiste no amadurecimento da própria razão – um êxito para qualquer indivíduo, em qualquer idade”.
Para a comerciante Adriana Faria, esta nova visão pedagógica foi essencial para que o pequeno Rafael, 4 anos, fizesse uma transição não-traumática entre o ambiente doméstico para o escolar.
“Ele ainda não havia ido ao colégio. Mas, este clima familiar – com calor humano mais próximo – contribuiu muito. Sem contar que, aprender de forma mais alegre, fez com que ele passasse, em pouco tempo, a amar a escola. Ele está gostando de estudar. Aprende sorrindo”, pontua Faria.
O adolescente João (João Pedro Zappa) tem uma série de problemas comportamentais: ele é ignorado pelos pais e se torna agressivo com os amigos de escola. Quando é diagnosticado com depressão, seus familiares decidem interná-lo em uma clínica psiquiátrica. No local, ele conhece Judite (Deborah Secco), paciente HIV positivo e dependente química, em fase terminal. Apesar do ambiente hostil, os dois se apaixonam e iniciam um romance. Mas Judite tem medo que a sua morte abale a saúde de João.
As moças da Universidade do Alabama, em Birmingham, tiveram uma grande surpresa ao entrar nos banheiros de sua faculdade: ao invés dos comuns espelhos, nos quais as mulheres passam tanto tempo observando seus reflexos, as paredes estavam repletas por frases. Isso mesmo, frases!
As mensagens procuravam assumir possíveis coisas que as mulheres pensassem de si mesmas ao se olhar no espelho: “Eu não sou bonita o bastante”, “Meus peitos são muito grandes”, “Eu não sou alta o bastante”, “Meu rosto é muito oleoso”, “Talvez eu deva comer menos”, “Eu não sou inteligente o bastante”, etc. Aparentemente, a iniciativa da instituição foi a de chocar e de fazer com que as usuárias dos banheiros refletissem sobre a importância que dão à beleza em suas vidas. No entanto, a medida foi criticada por muitas alunas, alegando que a universidade acabou não levando em consideração que os espelhos possuiriam outras funções que não a da autocrítica ou da autoadmiração; para elas, os espelhos eram necessários também para necessidades fisiológicas, como, por exemplo, checar se seus dentes estariam sujos após terem comido alguma coisa.
O acontecimento foi divulgado primeiramente no site Reddit, e o seu autor, ao criticar a ação, supôs o slogan que a universidade colocaria no mural de seus alunos para justificar a mudança: “A grande mensagem que estamos passando para nossas alunas” ou “Legal! Nós não precisamos mais comprar espelhos!”.
De uma forma ou de outra, apesar das muitas críticas, é de se impressionar com a iniciativa da faculdade. Afinal, até que ponto somos dependentes de nossos reflexos? Como cada um de nós reagiria? Você também se incomodaria com a falta de espelho ou agiria normalmente? Fato é que, em um mundo em que a beleza possui um padrão muito limitado – a moça alta, magra, de seios grandes – e frequentemente divulgado pelas mídias e pela publicidade como sinônimo de felicidade, é de se esperar que muitas mulheres tenham grandes problemas com a sua aparência e seu corpo, transformando isso, inclusive, em um problema com quem elas de fato são (uma vez que acreditam que seu corpo as define). Logo, sendo o espelho uma das ferramentas de admiração própria (e de reafirmação do que as mulheres consideram como imperfeições), é possível considerar a iniciativa da universidade como uma forma de questionar a relação que as moças têm consigo mesmas e com suas aparências. Talvez não seja essa a maneira mais eficaz, mas não há dúvidas de que esse questionamento é necessário, principalmente em instituições de educação. Afinal, nada seria mais natural do que as mulheres se sentindo bem com elas mesmas.
Empreendedores sociais, com idade entre 18 e 25 anos, que tenham ideias inovadoras ou que já estejam tocando algum trabalho de impacto social podem participar doConcurso Jovens Inovadores. O prêmio é realizado pela ITU Telecom World (União Internacional de Telecomunicações, em inglês), ligada à ONU (Organização das Nações Unidas).O tema do concurso é Inovação para Desenvolvimento da Juventude e as 12 melhores iniciativas serão premiadas com até R$ 20 mil. Poderão ser enviados trabalhos que envolvam alguma das oito áreas definidas pela organização: segurança cibernética, educação, empoderamento das mulheres, sustentabilidade ambiental, assistência médica, direitos humanos, transparência e emprego para jovens. As inscrições são submetidas em inglês e devem ser feitas até o dia 1o de julho.
crédito Maksym Filipchuk / Fotolia.com
Além do prêmio em dinheiro, os vencedores vão participar da ITU Telecom World, principal evento de criação de redes e intercâmbio de conhecimento da área, que acontece de 14 a 18 de outubro, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
Os vencedores também vão ter acesso a uma rede de tutores, com apoio contínuo por mais de um ano para que se seus projetos sejam bem sucedidos. Além disso, eles serão convidados a participar de uma comunidade de jovens inovadores e deverão fornecer atualizações regulares sobre o andamento de suas propostas.
A escola deve assumir esse papel de elo propositor do diálogo para a compreensão e valorização da vida, pois é na escola onde tudo começa, formando cidadãos para a vida.
O silêncio sobre o suícídio deve e pode ser quebrado, é um assunto que deve ser enfrentado sem preconceitos ou medos, pelas famílias e a sociedade sob forma de se obter maior diálogo e compreensão do tema.
O campo emocional de qualquer pessoa é barreira intransponível à qualquer ser humano. Por mais que o ser humano transmita uma imagem de sucesso, de autoconfiança e total felicidade, nem sempre essa imagem corresponde a realidade de seu interior. Se no ser humano adulto, de campo emocional formado, certo de sua realidade, essas sensações são tão fáceis de serem mascaradas, o que não dizer dos adolescentes, cuja aparência e distração naturais passam às demais pessoas meros aspectos de sua própria natureza em tranformação.
A sociedade cada vez mais distanciada dos valores humanitários, onde o capitalismo desenfreado invade até mesmo o seio das mais unidas e amorosas famílias, vem separando entes queridos. Anualmente são pais, mães, jovens que apelam ao suicídio como forma definitiva de acabarem com seus problemas. Porém, nada nos causa tamanha comoção que o suicídio na adolescência
Consta que em novembro de 2008, através de dados cedidos pelo Ministério da Justiça, mostra que a taxa de suicídio no Brasil tem se elevado nos últimos anos, mais ainda entre os jovens com idades entre 15 e 24 anos, passando de 4,0 por 100 mil habitantes em 2000 para 4,7 em 2005. Essa diferença é substancial porque os números apontam para taxas juvenis 45% superiores às não-jovens , bem diferente de outras regiões do mundo, como Ásia e a Europa, onde o suicídio apresenta-se como fenômeno específico da idade adulta.
Isso sem contar com os suicídios indiretos, as mortes por acidentes automobilísticos, pegas, roletas-russa, overdoses de drogas e de remédios. À princípio, tais desconhecidas pelos pais ou mesmo até mesmo os pais estando conscientes dessas ações, são encaradas como meros passageiros arroubos da juventude.
Em dados publicados pelo Centers for Disease Control and Prevention (Department of Health and Human Services), United States, 1997. MMWR 1998;47 (No. SS-3), pode-se entender que a tentativa de suicídio é mais freqüente em adolescentes femininas (27,1%) que masculinos (15,1%). Também se vê que 20,5% dos jovens examinados tinham considerado seriamente tentar o suicídio nos últimos 12 meses e, destes, 15,7% tinham feito uma plano específico para o suicídio, além disso, 7,7% dos adolescentes pesquisados tentaram o suicídio uma ou mais vezes nos 12 meses que precedem a pesquisa.
O adolescente com tendência suicida costuma ser um indivíduo repleto de culpa, sensível e emotivo ao extremo, passivo, de baixa-estima, impulsivo, instável, sentindo-se muitas vezes indesejável, incompreendido, desacreditado de seu potencial. Não tem qualquer controle sobre seu sentimento, dando mostras de impulsividade. Dessa maneira, costuma se afastar de sua comunidade, de seus colegas e amigos, passando a maior parte de seu tempo num lugar onde possa se manter introspectivo, com o pensamento introgetado em sua própria amargura, recluso em sua própria solidão.
As causas de suicídio na adolescência são as mais diversas, motivadas pelos mais diferentes fatores, dentre os quais são destacados:
a solidão,
o amor não correspondido,
a ansiedade,
fatores estéticos,
bullying,
a desigualdade social,
a discriminação social, sexual, racial ou comportamental
a não compreensão de sua própria existência.
Segundo Ghislaine Bouchard " O suicídio na adolescência denota a presença de um mal-estar importante, é um grito de dor, de desespero, um pedido de ajuda" que nem sempre ouvimos por achar normal e de profunda carga dramática a incerteza e timidez dos adolescentes, tantas vezes ironizada e estigmatizada nos filmes norte-americanos. Ainda segundo a autora " A explicação da causa do suicídio não pode ser encontrada apenas em um fator precipitante, mas na história pregressa nos problemas vividos no passado, nos conflitos anteriores. É como se houvesse uma escalada que desde cedo foram se acumulando, até atingir o ponto culminante na adolescência. Então, um último problema desencadeia a crise e a tentativa de suicídio"
Como diagnosticar se a pessoa em sentimentos suicidas? Consta na crença popular que quem quer atentar contra a própria vida não anuncia, entretanto esse mito cai por terra quando deparamo-nos com poesias depressivas, canções e literaturas as quais a tristeza profunda e o sentimento de desordem emocional povoam os quartos, armários, mp4´s e cadernos de nossos jovens, sem que ao menos saibamos o porquê ou não darmos a devida atenção ao fato, pensando em se tratar de modismo. Os sinais são surdos, tal como a própria natureza do adolescente, àvido por descobertas e por atenção, porém suficientemente tímidos para confrontar seu pensamento com a própria tradição familiar ou mesmo o próprio ritmo de vida da família. Assim, TEIXEIRA, C. M. F. S. - Tentativa de suicídio na adolescência enfoca que :
"Relatos constantes na literatura sobre o assunto indicam que a grande maioria das pessoas que tentou morrer anunciou sua intenção. Todavia, seus sinais de alerta não foram reconhecidos, o que indica, quase sempre, despreparo dos profissionais e familiares.
A tentativa de suicídio por jovens mostra-se como sinal de alarme. Traduz fracasso no processo da adolescência, contrapondo-se à essência do existir dessa fase. A opção pela morte surge como a negação do desejo de viver. É preciso, pois, aprofundar os estudos sobre o problema, de forma a ampliar o conhecimento acerca de dois temas fascinantes: a adolescência e as manifestações suicidas nessa fase. Ambos se apresentam como grandes desafios para os profissionais da saúde, da educação, sem deixar de ser, talvez, o mais incômodo problema para pais e familiares. Essas inquietações remetem-nos a algumas questões: Qual o significado da tentativa de suicídio em adolescentes? Como identificar sinais de alerta de suicídio ou como conhecer/ diagnosticar adolescentes potencialmente suicidas?"
O adolescente em risco são aqueles que::
Tem um relacionamento familiar conturbado;
Sofreram violência física ou emocional grave;
Perda recente de pessoa significativa em suas vidas; acontecimento traumático;
Ter presenciado suicídio de algum familiar ou pessoa próxima ao seu ciclo de conhecimento;
Ter alguma identidade com o suícida, tê-o como modelo ou grande afinidade;
Dficuldade de identificação sexual, a não-aceitação ou o medo de manifestar seu homossexualismo
Consumo de alcool, drogas, medicamentos;
Fugas sem motivo aparente;
Comportamento delinquente e prostituíção,
Tentativas anteriores de suicídio.
O que mais preocupa é que na adolescência todo o processo de suicídio pode ser muito curto, durando apenas algumas horas, ou na calada da noite, quando não há meio de alguém intervir em sua ação. O adolescente apresenta sinais que geralmente passam desapercebidos pelas familias, os quais são definidos como mensagens indiretas:
Fazer alusão ao suícidio de modo indireto : "Em breve encontrarei a paz!" "sou um inútil, não sei o que estou fazndo aqui", "vejo coragem em quem se suicida" "vou fazer uma longa viagem" fazer piadas com o suicídio etc.
Preparar-se para uma viagem, deixar cartas de despedida, últimos pedidos, testamentos;
Doar objetos de valor pessoal importante, interessar-se pelo tema Morte;
Atração subita por armas de fogo e produtos tóxicos, sinais de depressão;
Transtornos de sono (insônia/ hipersônia)
Transtornos de apetite (anorexia/bulimia)
Falta de energia, fadiga extrema ou grande agitação em alguns momentos . Nenhuma capacidade de ter satisfação ou prazer em qualquer atividade
Tristeza, choro, falta de coragem
Indecisão, inconstância de pensamentos
Irritabilidade, cólera, raiva
baixa estima acentuada
desânimo em cuidar de si
ansiedade aumentada
Isolamento físico e psicológico (introspecção)
Ruptura de contatos com a família, amigos, grupos etc.
mutismo
ausência de diálogo, de emoção
retraimento, busca pela solidão
Comportamentos
Ausência das aulas; notas baixas; desinteresse pelas aulas
diminuição do rendimento escolar
não realiza as tarefas de casa, trabalhos
Hiperatividade ou lentidão extremas
Desinteresse geral e interesse acentuado nos assuntos relacionados à morte e as formas de morrer.
Sudbrack & Costa (1992) lembram que “mais importante do que procurar a causa do problema é identificar como seus efeitos são vividos no contexto sócio-familiar [...] qual a função do significado que o sintoma adquire no contexto das interações onde ele se produz e se mantém” (p.27) . Uma outra alternativa apresentada por Neuburger (1999). é a que propõe a discussão entre o suicídio de adolescentes e a situação vivenciada de despertencimento, ou seja, a relação entre o desejo de morrer e o sentimento de "não mais ser reconhecido como pertencente a um grupo ou pelo risco de perder seu pertencimento a um grupo" (p.181).
TEIXEIRA, C. M. F. S afirma ainda que " Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) referem que cerca de 815.000 pessoas se mataram no ano de 2000 em todo o mundo, uma taxa de 14,5 para cada 100.000 habitantes, significando um suicídio a cada 40 segundos. Nos últimos 40 anos as taxas de suicídio aumentaram em 60% no mundo todo. Os dados da OMS referem ainda que o suicídio é a 3ª causa de morte entre as idades de 15-44 anos, em ambos os sexos, sem incluir as tentativas de suicídio, que são 20 vezes mais freqüentes que o suicídio. A OMS (1996) define, pois, o suicídio como um problema de saúde pública. O tabu da morte ainda se faz presente na sociedade do século XXI e, em especial, no tocante ao suicídio, engendrando concepções que dificultam reflexões, atuação e ações.
Em pesquisa realizada para o Doutoramento em Psicologia2 (Teixeira, 2003) com estudantes escolares e adolescentes atendidos em contexto de tratamento, foi possível identificar sujeitos cujas histórias eram reveladoras de que pensar sobre a morte ou passar para ação o desejo de autodestruição, de aniquilamento do ser são expressões máximas da vontade de por fim ao sofrimento psíquico.
Família e escola foram apontados pelos adolescentes como fator de risco e, paradoxalmente fator de proteção ao suicídio.
A família representa a condição necessária para o crescimento e desenvolvimento de vínculos que garantam a sobrevivência física, social e afetiva das pessoas. Contudo, os adolescentes da pesquisa apontaram o contexto familiar como fator desencadeante para a tentativa de suicídio e, por vezes como o lugar seguro para crescer."
Aos pais fica o alerta para que observem a conduta de seus filhos; professores e pedagogos , que observem as tendências de seu alunado.
Nem sempre um rosto apagado num mar de rostos felizes é sinônimo de estranheza adolescente.
Suicídio – O Futuro Interrompido
O livro da jornalista Paula Fontenelle, Suicídio: o futuro interrompido, lançado este mês pela Geração Editorial, mostra o outro lado dessa história. Com uma visão otimista, a autora traz uma ampla abordagem do assunto com foco na prevenção. Para isso, Paula esclarece como identificar uma pessoa que esteja pensando em tirar a própria vida, os sinais de alerta mais comuns, os fatores de risco associados ao suicídio. Com depoimentos comoventes e histórias de superação, o livro traz exemplos de como se aproximar dessas pessoas e o que fazer para evitar o pior. A própria autora passou pela experiência da morte voluntária do pai, em janeiro de 2005, e sentiu o peso do tabu que cerca o assunto. Ela não conseguiu encontrar no Brasil uma publicação que tratasse do tema numa linguagem para leigos. Por isso a decisão de contribuir para um debate que pode salvar vidas e ajudar a sociedade a entender o que leva um indivíduo a desistir do amanhã.
Autor: Paula Fontenelle – Reportagem
Parafraseando o psicólogo Içami Tiba - "Quem ama, verdadeiramente, Educa" A questão é que muitos pais não sabem dosar esse amor super-protegendo os filhos e, dessa forma, se tornando deles reféns.
Um guia objetivo de informações para pais e professores.
Abraço fraterno
profª Semíramis Alencar
Palestra ministrada pelo médico psiquiatra Dr. Içami Tiba, em Curitiba, 23/07/08. O Palestrante é membro eleito do Board of Directors of the International Association of Group Psychotherapy. Conselheiro do Instituto Nacional de Capacitação e Educação para o Trabalho "Via de Acesso". Professor de cursos e workshops no Brasil e no Exterior.
Em pesquisa realizada em março de 2004, pelo IBOPE, entre os psicólogos do Conselho Federal de Psicologia, os entrevistados colocaram o Dr. Içami Tiba como terceiro autor de referência e admiração - o primeiro nacional.
1º- lugar: Sigmund Freud;
2º- lugar: Gustav Jung;
3º- Lugar: Içami Tiba
1.A educação não pode ser delegada à escola. Aluno é transitório. Filho é para sempre.
2. O quartonão é lugar para fazer criança cumprir castigo. Não se pode castigar com internet, som, TV, etc.
3. Educar significa punir as condutas derivadas de um comportamento errôneo. Queimou índio pataxó, a pena (condenação judicial) deve ser passar o dia todo em hospital de queimados.
4. É preciso confrontaro que o filho conta com a verdade real. Se falar que professor o xingou, tem que ir até a escola e ouvir o outro lado, além das testemunhas.
5. Informação é diferente de conhecimento.. O ato de conhecer vem após o ato de ser informado de alguma coisa. Não são todos que conhecem. Conhecer camisinha e não usar significa que não se tem o conhecimento da prevenção que a camisinha proporciona.
6. A autoridade deve ser compartilhada entre os pais. Ambos devem mandar. Não podem sucumbir aos desejos da criança. Criança não quer comer? A mãe não pode alimentá-la. A criança deve aguardar até a próxima refeição que a família fará. A criança não pode alterar as regras da casa. A mãe NÃO PODE interferir nas regras ditadas pelo pai (e nas punições também) e vice-versa. Se o pai determinar que não haverá um passeio, a mãe não pode interferir. Tem que respeitar sob pena de criar um delinqüente.
7. Em casa que tem comida, criança não morre de fome. Se ela quiser comer, saberá a hora.. E é o adulto quem tem que dizer QUAL É A HORA de se comer e o que comer.
8. A criança deve ser capaz de explicar aos pais a matéria que estudou e na qual será testada. Não pode simplesmente repetir, decorado. Tem que entender.
9. É preciso transmitir aos filhos a idéia de que temos de produzir o máximo que podemos. Isto porque na vida não podemos aceitar a média exigida pelo colégio: não podemos dar 70% de nós, ou seja, não podemos tirar 7,0.
10. As drogas e a gravidez indesejada estão em alta porque os adolescentes estão em busca de prazer. E o prazer é inconseqüente.
11. A gravidez é um sucesso biológico e um fracasso sob o ponto de vista sexual.
12. Maconha não produz efeito só quando é utilizada. Quem está são, mas é dependente, agride a mãe para poder sair de casa, para fazer uso da droga . A mãe deve, então, virar as costas e não aceitar as agressões. Não pode ficar discutindo e tentando dissuadi-lo da idéia. Tem que dizer que não conversará com ele e pronto. Deve 'abandoná-lo'.
13. A mãe é incompetente para 'abandonar' o filho. Se soubesse fazê-lo, o filho a respeitaria. Como sabe que a mãe está sempre ali, não a respeita.
14. Se o pai ficar nervoso porque o filho aprontou alguma coisa, não deve alterar a voz. Deve dizer que está nervoso e, por isso, não quer discussão até ficar calmo. A calmaria, deve o pai dizer, virá em 2, 3, 4 dias. Enquanto isso, o videogame, as saídas, a balada, ficarão suspensas, até ele se acalmar e aplicar o devido castigo.
15. Se o filho não aprendeu ganhando, tem que aprender perdendo..
16. Não pode prometer presente pelo sucesso que é sua obrigação. Tirar nota boa é obrigação.. Não xingar avós é obrigação. Ser polido é obrigação. Passar no vestibular é obrigação. Se ganhou o carro após o vestibular, ele o perderá se for mal na faculdade.
17. Quem educa filho é pai e mãe. Avós não podem interferir na educação do neto, de maneira alguma. Jamais. Não é cabível palpite. Nunca...
18. Se a mãe engolir sapos do filho, ele pensará que a sociedade terá que engolir também.
19. Videogamessão um perigo: os pais têm que explicar como é a realidade, mostrar que na vida real não existem 'vidas', e sim uma única vida. Não dá para morrer e reviver. Não dá para apostar tudo, apertar o botão e zerar a dívida.
20. Professor tem que ser líder. Inspirar liderança. Não pode apenas bater cartão.
21. Pais e mães não pode se valer do filho por uma inabilidade que eles tenham. 'Filho, digite isso aqui pra mim porque não sei lidar com o computador'. Pais têm que saber usar o Skype, pois no mundo em que a ligação é gratuita pelo Skype, é inconcebível pagarem para falar com o filho que mora longe.
22. O erro mais freqüente na educação do filho é colocá-lo no topo da casa. O filho não pode ser a razão de viver de um casal. O filho é um dos elementos. O casal tem que deixá-lo, no máximo, no mesmo nível que eles. A sociedade pagará o preço quando alguém é educado achando-se o centro do universo.
23. Filhos drogados são aqueles que sempre estiveram no topo da família.
24. Cair na conversa do filho é criar um marginal. Filho não pode dar palpite em coisa de adulto. Se ele quiser opinar sobre qual deve ser a geladeira, terá que mostrar qual é o consumo (kWh) da que ele indicar. Se quiser dizer como deve ser a nova casa, tem que dizer quanto isso (seus supostos luxos) incrementará o gasto final.
25. Dinheiro 'a rodo' para o filho é prejudicial. Mesmo que os pais o tenham, precisam controlar e ensinar a gastar.