16 de ago. de 2014
15 de ago. de 2014
O Mediador Pedagógico, Competências e Habilidades
O mediador pedagógico é um gestor do conhecimento de
sua turma. A gestão não é a simples execução de um trabalho. Gerir
seria construir coletivamente as condições necessárias para o amplo
desenvolvimento de uma ação.
Assim são necessárias várias competências para que
um tutor seja um orientador educacional de qualidade. Gerir basicamente é
atender as necessidades de seu público alvo, levando em conta os recursos e
métodos disponíveis para tal.
Segundo Malmann e Catapan, 2008 :
"A mediação pedagógica compreende a educação enquanto
movimento caracterizado pelas interações entre professores, tutores e
estudantes sob os signos da cooperação e autonomia."
No futuro, a EaD e a educação presencial se complementarão.
O papel do tutor que atenda essas duas modalidades é o de uma ponte rolante
- de um lado os cursistas estão
desejando aquela aprendizagem que está do outro lado da ponte.
A característica principal do tutor mediador pedagógico é a
de fomentar o estudo independente. O mediador seria o orientador da
aprendizagem do aluno normalmente isolado, solitário e carente da presença
habitual do professor tradicional.
O tutor não tem por objetivo transmitir mais
conhecimento ao aluno, mas ajudá-lo a superar as dificuldades que se apresentam
no estudo das diferentes matérias, através do feedback e das discussões que
ajudam a construir o conhecimento coletivo. A solidão acadêmica faz com que os
alunos se sintam desmotivados em continuar o curso.
O tutor não é o detentor exclusivo do conhecimento, cabe ao
aluno que estuda a distância requer autonomia e responsabilidade diante do
próprio saber. Cada um deve fazer sua parte e o aluno fazer em dobro para que
alcance o sucesso.
Outro ponto que se destaca é que a mediação em EaD é muito
diferente do ensino para as massas, onde o aluno fica desmotivado pois não
encontra correspondência entre o que deseja e o que lhe é ofertado. O sistema
de tutoria à distância revela esse caminhar lado a lado com o aluno, não na
posição de saber mais, mas de acompanhá-lo, criando as contingências para que
alcance seu objetivo.
O mediador pedagógico é o principal motivador do
desenvolvimento pedagógico da turma, buscando inúmeros recursos através de
debates, vídeos, textos e até mesmo tarefas pontuais. Embora o aluno tenha
autonomia no EaD, diretamente ele precisa de mediações direcionais para um bom
entendimento do ensino.
A autonomia na EaD surge como mais um desafio ao tutor, pois
também cabe a ele desenvolver e/ou estimular essa competência no seu aluno para
que ele atinja os objetivos propostos e desenvolva uma aprendizagem efetiva no
decorrer do curso.
Segundo Aretio(2010), são quatro as qualidades principais
para o mediador de EaD (cordialidade, aceitação, honradez e empatia), sendo a
empatia a mais importante, pois é o primeiro passo para "conquistar"
o aluno e envolvê-lo no processo de aprendizagem, além de ser uma aproximação
humana - onde se coloca no lugar do outro - é uma característica fundamental
para perceber onde, quando e como intervir com cada aluno.
A empatia é um combustível essencial para a convivência não
só na EaD, mas em todos os ramos sociais. Devemos alimentá-la em cada
atividade, em cada contato com os alunos, através de mensagens de incentivo e
de motivação, tratamento harmonioso e acolhedor.
Em "A influência da empatia na relação
tutor-aluno", os autores destacam três habilidades para o desenvolvimento
da habilidade empática, a saber:
1. Capacidade de detectar nas pessoas as “pistas
emocionais",
2. Capacidade de ajudar o outro a se desenvolver e;
3. Capacidade de perceber as lideranças políticas no seu
ambiente de trabalho.
Somos seres políticos, assim, influenciamos, atuamos e
participamos ativamente do processo de construção de nosso meio social.
Essa terceira dimensão diz respeito à seleção de lideres
natos dentro das salas de aula, participativos que junto aos mediadores
pedagógicos auxiliam nessa construção de aprendizagem:
"E, por fim, a terceira competência necessária para
desenvolver a empatia é a capacidade de perceber as lideranças políticas no seu
ambiente de trabalho e detectar quem são as pessoas de maior influência nas
tomadas
de decisões. Nesse caso, o tutor precisa perceber onde
conseguir as informações de que precisa para ajudar os alunos e que meios ele
pode utilizar para conseguir o que deseja junto a outros setores
superiores"
(GOLEMAN, 1995)
Enfim, o professor na EaD é um orientador-mediador e a
construção do conhecimento é realizada em conjunto, de forma que todos possamos
aprender e reelaborar essa aprendizagem no sentido de acrescentar novos valores
e expandir os conhecimentos adquiridos.
A educação não é uma ciência estática, ela está em constante
movimento evolutivo, tal como a vida.
Bibliografias sugeridas
Aretio, L. G. (Coord.);
Ruíz Corbella, M.; Quintanal Díaz, J.; García Blanco, M. ; García Pérez, M. (2010). Concepción y Tendencias de la Educación.
GOLEMAN, D. Inteligência emocional. Rio de Janeiro: Objetiva,
1995. 370p.
Mallmann e Catapan,
2008 - Materiais Didáticos em Educação a Distância: Gestão e Mediação
Pedagógica.
NOBRE, C. V. & MELO,
K. S. Convergência das competências
essenciais do mediador pedagógico da EaD –Disponível em http://pt.scribd.com/doc/94697512/Convergencias-Das-Compentencias-Essenciais-Do-Mediador-Pedagogico-Da-EaD
VEDOVE, J.C.D.; CAMARGO,
R.T.M. A influência da empatia na
relação tutor-aluno. Revista Intersaberes, ano3 n. 6, p. 155 - 165, jul-dez
2008. Disponível em: http://www.uninter.com/intersaberes/index.php/revista/article/download/135/108
Semíramis F. Alencar Moreira para PIGEAD-UFF 2014. Sistemas
de Tutoria a Distância
11 de ago. de 2014
Cont. Comunicações e interações face a face (Teoria das faces)
As conversações face a face e virtuais oferecem um leque de habilidades para melhor inserção dos mesmos.
Tecnologia - Ofício/ estudo - conjunto de conhecimentos e/ou princípios científicos que se aplicam a determinado ramo ou atividade;
Conversa - Tecnologia instrucional mais antiga e mais eficaz!Ainda é o recurso mais utilizado mesmo na EaD;
A linguagem oral é utilizada como instrumento de ensino há mais de 2400 anos começa com a peripatética de Aristóteles, esse método de ensino consistia em andar pelos jardins e campos dialogando. Era uma aprendizagem dialógica na qual o tutor (filósofo) estimulava o discípulo não só a repetir um determinado conteúdo, mas tecer ideias acerca do que foi conversado.
Educação liberal - Grande conversação entre os mestres do passado e do presente, ligados não só pela tradição oral, mas pelas melhores obras.
Aulas com diálogo proporcionam maior grau de interação entre instrutor e aprendiz. Tecnologia de conversação utilizada em diversos contextos.
A linguística entende a língua sob o aspecto social, cognitivo e gramatical, também vem sendo estudada como forma de aumentar a interatividades em uma aula.
Momentos divergentes e convergentes
1.Entrada - Conhecimento prévio associado ao novo tema;
2. Esclarecimento do assunto - condutor da discussão apresenta o modelo do tópico a ser analisado;
3. Investigação colaborativa - dados e pontos de vista são levantados e classificados;
4. Fechamento/ síntese - O condutor incentiva os participantes a realizar uma síntese do que foi abordado, fechando o ciclo dialógico..
Princípio da cooperação - Um objetivo ou finalidade no enunciado no qual o falante deva sempre levar em conta em suas intervenções, o desenrolar da conversa e a direção que ela toma.
Semíramis F. Alencar Moreira
PIGEAD - UFF - Sistemas de Tutoria em Ensino a Distância, 2014
Comunicação e Interação face a face
Na comunicação e interação face a face são considerados 4 componentes
1. Tomada de turno
A organização dos participantes se dá de forma que cada um se expresse um de cada vez.
O professor deve aproveitar as "deixas"dos alunos para interagir e realimentar as discussões, a fala é receptiva às intervenções dos alunos;
2. Sobreposição
Ocorre quando duas ou mais pessoas falam ao mesmo tempo ou quando um deseja roubar o turno do outro, interrompendo-o, as sobreposições geralmente são curtas;
3. Reparo
Esclarecimento de algo, acrescentar a informação a um comentário recém feito, correção ou realinhamento dos participantes no ponto de vista do falante;
4. Reformulação
Sintetizar, unificar ou extrair sínteses, resumir as falas de forma a clarear algum conteúdo, interpretando falas e validando correções.
Fases das discussões instrucionais
Momentos divergentes e convergentes
A estrutura elástica de várias contribuições dos integrantes da conversação, afunilada por razões estratégicas;
Fases das discussões instrucionais em EaD
1. Entrada - conhecimento prévio e revisado associado ao novo tópico
2. Esclarecimento do assunto - Modelo do tópico
3. Investigação colaborativa - dados a serem levantados, classificados
4. Fechamento ou síntese - o condutor da discussão deve auxiliar os outros participantes a realizar uma síntese do que foi levantado.
Princípio da cooperação
Enunciado - objetivo ou finalidade
1. Tomada de turno
A organização dos participantes se dá de forma que cada um se expresse um de cada vez.
O professor deve aproveitar as "deixas"dos alunos para interagir e realimentar as discussões, a fala é receptiva às intervenções dos alunos;
2. Sobreposição
Ocorre quando duas ou mais pessoas falam ao mesmo tempo ou quando um deseja roubar o turno do outro, interrompendo-o, as sobreposições geralmente são curtas;
3. Reparo
Esclarecimento de algo, acrescentar a informação a um comentário recém feito, correção ou realinhamento dos participantes no ponto de vista do falante;
4. Reformulação
Sintetizar, unificar ou extrair sínteses, resumir as falas de forma a clarear algum conteúdo, interpretando falas e validando correções.
Fases das discussões instrucionais
Momentos divergentes e convergentes
A estrutura elástica de várias contribuições dos integrantes da conversação, afunilada por razões estratégicas;
Fases das discussões instrucionais em EaD
1. Entrada - conhecimento prévio e revisado associado ao novo tópico
2. Esclarecimento do assunto - Modelo do tópico
3. Investigação colaborativa - dados a serem levantados, classificados
4. Fechamento ou síntese - o condutor da discussão deve auxiliar os outros participantes a realizar uma síntese do que foi levantado.
Princípio da cooperação
Enunciado - objetivo ou finalidade
Princípios que se desenrolam em :
Máximas Conversacionais
1. Máximas de quantidade
Informação exigida
não dar mais informação do que seja necessário;
2. Máximas de qualidade
Não afirmar o que não se tenha certeza
não afirmar o que acredita ser falso
não afirmar coisas sobre as quais não se tenha provas
3. Máximas de relação
Pertinência ao tema tratado
4. Máximas de maneira
Clareza;
Evitar ambiguidade;
Ordenação, cadência, coerência
Teoria das Faces/ Polidez linguística
Amor próprio do interlocutor
Face positiva , que valorize os aspectos positivos do sujeito:
apreciação, reconhecimento;
Face Negativa - defesa dos ataques externos, autopreservação.
Fonte: Conversação e discussões instrucionais (BEVILAQUA, D. V. & BARRETO, C., 2009)
Semíramis F. Alencar Moreira
PIGEAD - UFF - 2014
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