Semíramis
Criado pela FUNAI em 1967, o dia do Índio foi criado como uma homenagem aos indígenas, nativos de nossas terras, quase que dizimados pelos colonizadores.
E só. Até bem pouco tempo atrás, eu costumava ver as crianças saindo de suas escolas enfeitadas com cocares, arco e flechas, rostinhos pintados... Hoje em dia, nem tanto. O que aconteceu com as datas cívicas?
Há quem abomine as datas cívicas por considerá-las uma forma de imposição do patriotismo pelo regime militar, porém o que dizer de um povo que aos poucos vai perdendo sua cultura? O que dizer de um povo que aos poucos vai se esquecendo de suas tradições?
Índios, hoje são poucos os que mantêm suas tradições. Peles pintadas e ornamentos plumários pouco ou nada são usados em virtude das “vestes de branco”. Os índios estão deixando de lado suas raízes para viver a comezinha vida dos brancos: suas diversões, seus remédios e vícios – como se salvarão? Se o próprio governo não designa pessoal capacitado para orientá-los (e não deixá-los à sua própria sorte).
Por outro lado, alguns membros das comunidades indígenas estão saindo das aldeias para lutarem por seus direitos. Começam pela educação: muitos ingressam nas universidades a fim de poderem repassar, dentro de sua própria cultura, linguagem e pensamento as virtudes, soluções, prós e contras do mundo dos brancos. São professores, advogados, médicos e enfermeiros indígenas.
Estes profissionais acreditam que, se ampliadas as condições de estudo, emprego e renda, sua tribo pode viver harmoniosamente com o restante da população, produzindo, negociando, partilhando o conhecimento e auxiliando nas pesquisas que favorecerão a humanidade como um todo, sem com isso desprezar seu passado histórico, antes, revivê-lo a cada dia, mantendo vivas suas tradições, costumes, ritos e sabedoria. Conceitos Morais e Religiosos.
A Funai registra a existência de 206 povos indígenas, alguns com apenas uma dúzia de indivíduos. Somente dez povos têm mais de 5 mil pessoas. As 547 áreas indígenas cobrem 94.091.318 ha, ou 11% do país. Há indícios da existência de 54 grupos de índios isolados, ainda não contatados pelo homem branco.
Pois, a história dos primeiros habitantes dessas terras milenares necessita de bem mais do que um dia para serem lembradas. São mais de 600 tribos, cada qual com sua história: Kaiapós, Pataxós, Arawêtes, Ticunas... Todas com um modo diferente de ver sua existência, sua criação e a criação do mundo.
O que essa existência pode nos trazer, além de um retorno com nossas próprias origens é o aprendizado para a vida, o respeito aos ancestrais e a construção da vida em comunidade.
Que esta seja uma data para ser lembrada a figura do índio, não somente neste dia, mas um diálogo reflexivo para todo o ano.
Fontes: Institut Arara - http://www.arara.fr/BBTRIBOS.html
FUNAI - http://www.funai.gov.br/index.html
Desvendar.com - http://www.desvendar.com/especiais/indio/tribos.asp
Já que invadimos suas terras, matamos, escravizamos, introduzimos doenças, dentro outros males, pelo menos deveriamos perguntar a eles: o que vocês querem para nos retratarmos: a FUNAI já fez isso? Acho que não, o que vejo a FUNAI fazer é instituir direitos aos índios sem ao menos saber se eles querem estes direitos, ou seja, a FUNAI, decide o que é bom e o que é ruim para os índios.
ResponderExcluirPor outro lado é graças a FUNAI que os índios não estão em uma cituação pior. É preciso sim defender o índio do homem branco, mas até que ponto devemos nos intrometer em suas culturas para garantir os seus direitos?
bom, é isso,
abraço,
e até mais,
Marco Aurelio - www.educultirsao.blogspot.com lá onde educação, cultura e diversão brincam juntas!
Marco, obrigada pelo comentário
ResponderExcluirNão fiz um discurso pró-Funai, mas justamente acho que por termos invadido as terras indígenas, escravizando-os, introduzindo doenças e dizimando suas culturas, é que acho que a FUNAI deveria sair do discurso hipócrita e partir para uma ação de prevenção às doenças de branco em postos avançados no interior da amazônia, onde índios que nem falam a língua portuguesa estão no interior de suas florestas, sofrendo ataques e tendo seus filhos mortos pelas drogas e pelo vício degradante do álcool. A situação não poderia ser pior, há índios no interior do Mato Grosso do Sul que estão sofrendo de doenças como a AIDS e a Lepra, suas filhas sendo estrupadas e seus velhos assassinados pelo traficantes de drogas. Já que é a obrigação do Estado cuidar para que os Índios sobrevivam, deve o fazer direito, tentando cuidar de suas atribuições, pois ao que me consta nenhum membro da sociedade civil sairá de livre e espontânea vontade para ir para lá cuidar destes nossos irmãos. Portanto, cabe aos professores educadores deste país cuidar, um pouquinho que seja de manter este povo vivo, ao menos na lembrança de nossos educandos, como um povo que merece respeito por ser natural e originalmente dono destas terras.
Abraços Sinceros
Semíramis
Olá minha amiga do coração,
ResponderExcluirPrimeiro quero lhe agradecer por todo o carinho e atenção diante dessa situação triste que vivemos. Você mesmo às voltas com sua filha se restabelecendo,ainda arranjou um tempinho para me enviar palavras de conforto.
Você é mesmo muito especial.
Quero também lhe parabenizar pelo blog que está magnífico.
Esta reportagem do Dia do índio está simplesmente maravilhosa!
Parabéns querida!
Beijinhos no seu coração
Cybele Meyer
Olá querida!
ResponderExcluir=]
Não tinha tido oportunidade de ler tua reportagem no 'dia' correto, no entanto, ainda em tempo[eu diria!]Adorei a 'reportagem', e, fala sério[!!], que imagens beeeelas você escolheu!
Parabéns amiga!
Sempre mantendo o excelente nível por aqui!!
[]'s
Oi Semírames, q bom q vc é ciclista. Toda e qualquer iniciativa eu apoio, pode pensar algo e me contactar, abraços. Viu a postagem ( o texto e o vídeo), espetacular, não é? Como vc faz para colocar essas músicas no blog, muito legal.
ResponderExcluirOi Semíramis, tudo bem? Não quero ser chato, mas o link do meu blog está errado, não é educacaoeensinodehistoria, e sim www.douglasfranzen.blogspot.com
ResponderExcluirAbraços.