18 de mar. de 2010

Suicídio na Adolescência

:


A escola deve assumir esse papel de elo propositor do diálogo para a compreensão e valorização da vida, pois é na escola onde tudo começa, formando cidadãos para a vida.


O silêncio sobre o suícídio deve e pode ser quebrado, é um assunto que deve ser enfrentado sem preconceitos ou medos, pelas famílias e a sociedade sob forma de se obter maior diálogo e compreensão do tema.

O campo emocional de qualquer pessoa é barreira intransponível à qualquer ser humano. Por mais que o ser humano transmita uma imagem de sucesso, de autoconfiança e total felicidade, nem sempre essa imagem corresponde a realidade de seu interior. Se no ser humano adulto, de campo emocional formado, certo de sua realidade, essas sensações são tão fáceis de serem mascaradas, o que não dizer dos adolescentes, cuja aparência e distração naturais passam às demais pessoas meros aspectos de sua própria natureza em tranformação.


A sociedade cada vez mais distanciada dos valores humanitários, onde o capitalismo desenfreado invade até mesmo o seio das mais unidas e amorosas famílias, vem separando entes queridos. Anualmente são pais, mães, jovens que apelam ao suicídio como forma definitiva de acabarem com seus problemas. Porém, nada nos causa tamanha comoção que o suicídio na adolescência

Consta que em novembro de 2008, através de dados cedidos pelo Ministério da Justiça, mostra que a taxa de suicídio no Brasil tem se elevado nos últimos anos, mais ainda entre os jovens com idades entre 15 e 24 anos, passando de 4,0 por 100 mil habitantes em 2000 para 4,7 em 2005. Essa diferença é substancial porque os números apontam para taxas juvenis 45% superiores às não-jovens , bem diferente de outras regiões do mundo, como Ásia e a Europa, onde o suicídio apresenta-se como fenômeno específico da idade adulta.

Isso sem contar com os suicídios indiretos, as mortes por acidentes automobilísticos, pegas, roletas-russa, overdoses de drogas e de remédios. À princípio, tais desconhecidas pelos pais ou mesmo até mesmo os pais estando conscientes dessas ações, são encaradas como meros passageiros arroubos da juventude.

Em dados publicados pelo Centers for Disease Control and Prevention (Department of Health and Human Services), United States, 1997. MMWR 1998;47 (No. SS-3), pode-se entender que a tentativa de suicídio é mais freqüente em adolescentes femininas (27,1%) que masculinos (15,1%). Também se vê que 20,5% dos jovens examinados tinham considerado seriamente tentar o suicídio nos últimos 12 meses e, destes, 15,7% tinham feito uma plano específico para o suicídio, além disso, 7,7% dos adolescentes pesquisados tentaram o suicídio uma ou mais vezes nos 12 meses que precedem a pesquisa.

O adolescente com tendência suicida costuma ser um indivíduo repleto de culpa, sensível e emotivo ao extremo, passivo, de baixa-estima, impulsivo, instável, sentindo-se muitas vezes indesejável, incompreendido, desacreditado de seu potencial. Não tem qualquer controle sobre seu sentimento, dando mostras de impulsividade. Dessa maneira, costuma se afastar de sua comunidade, de seus colegas e amigos, passando a maior parte de seu tempo num lugar onde possa se manter introspectivo, com o pensamento introgetado em sua própria amargura, recluso em sua própria solidão.

As causas de suicídio na adolescência são as mais diversas, motivadas pelos mais diferentes fatores, dentre os quais são destacados:

  • a solidão,
  • o amor não correspondido,
  • a ansiedade,
  • fatores estéticos,
  • bullying,
  • a desigualdade social,
  • a discriminação social, sexual, racial ou comportamental
  • a não compreensão de sua própria existência.
Segundo Ghislaine Bouchard " O suicídio na adolescência denota a presença de um mal-estar importante, é um grito de dor, de desespero, um pedido de ajuda" que nem sempre ouvimos por achar normal e de profunda carga dramática a incerteza e timidez dos adolescentes, tantas vezes ironizada e estigmatizada nos filmes norte-americanos. Ainda segundo a autora " A explicação da causa do suicídio não pode ser encontrada apenas em um fator precipitante, mas na história pregressa nos problemas vividos no passado, nos conflitos anteriores. É como se houvesse uma escalada que desde cedo foram se acumulando, até atingir o ponto culminante na adolescência. Então, um último problema desencadeia a crise e a tentativa de suicídio"

Como diagnosticar se a pessoa em sentimentos suicidas? Consta na crença popular que quem quer atentar contra a própria vida não anuncia, entretanto esse mito cai por terra quando deparamo-nos com poesias depressivas, canções e literaturas as quais a tristeza profunda e o sentimento de desordem emocional povoam os quartos, armários, mp4´s e cadernos de nossos jovens, sem que ao menos saibamos o porquê ou não darmos a devida atenção ao fato, pensando em se tratar de modismo. Os sinais são surdos, tal como a própria natureza do adolescente, àvido por descobertas e por atenção, porém suficientemente tímidos para confrontar seu pensamento com a própria tradição familiar ou mesmo o próprio ritmo de vida da família. Assim, TEIXEIRA, C. M. F. S. - Tentativa de suicídio na adolescência enfoca que :

"Relatos constantes na literatura sobre o assunto indicam que a grande maioria das pessoas que tentou morrer anunciou sua intenção. Todavia, seus sinais de alerta não foram reconhecidos, o que indica, quase sempre, despreparo dos profissionais e familiares.


A tentativa de suicídio por jovens mostra-se como sinal de alarme. Traduz fracasso no processo da adolescência, contrapondo-se à essência do existir dessa fase. A opção pela morte surge como a negação do desejo de viver. É preciso, pois, aprofundar os estudos sobre o problema, de forma a ampliar o conhecimento acerca de dois temas fascinantes: a adolescência e as manifestações suicidas nessa fase. Ambos se apresentam como grandes desafios para os profissionais da saúde, da educação, sem deixar de ser, talvez, o mais incômodo problema para pais e familiares. Essas inquietações remetem-nos a algumas questões: Qual o significado da tentativa de suicídio em adolescentes? Como identificar sinais de alerta de suicídio ou como conhecer/ diagnosticar adolescentes potencialmente suicidas?"

O adolescente em risco são aqueles que::
  • Tem um relacionamento familiar conturbado;
  • Sofreram violência física ou emocional grave;
  • Perda recente de pessoa significativa em suas vidas; acontecimento traumático;
  • Ter presenciado suicídio de algum familiar ou pessoa próxima ao seu ciclo de conhecimento;
  • Ter alguma identidade com o suícida, tê-o como modelo ou grande afinidade;
  • Dficuldade de identificação sexual, a não-aceitação ou o medo de manifestar seu homossexualismo
  • Consumo de alcool, drogas, medicamentos;
  • Fugas sem motivo aparente;
  • Comportamento delinquente e prostituíção,
  • Tentativas anteriores de suicídio.

O que mais preocupa é que na adolescência todo o processo de suicídio pode ser muito curto, durando apenas algumas horas, ou na calada da noite, quando não há meio de alguém intervir em sua ação. O adolescente apresenta sinais que geralmente passam desapercebidos pelas familias, os quais são definidos como mensagens indiretas:
Fazer alusão ao suícidio de modo indireto : "Em breve encontrarei a paz!" "sou um inútil, não sei o que estou fazndo aqui", "vejo coragem em quem se suicida" "vou fazer uma longa viagem" fazer piadas com o suicídio etc.

  • Preparar-se para uma viagem, deixar cartas de despedida, últimos pedidos, testamentos;
  • Doar objetos de valor pessoal importante, interessar-se pelo tema Morte;
  • Atração subita por armas de fogo e produtos tóxicos, sinais de depressão;
  • Transtornos de sono (insônia/ hipersônia)
  • Transtornos de apetite (anorexia/bulimia)
  • Falta de energia, fadiga extrema ou grande agitação em alguns momentos . Nenhuma capacidade de ter satisfação ou prazer em qualquer atividade
  • Tristeza, choro, falta de coragem
  • Indecisão, inconstância de pensamentos
  • Irritabilidade, cólera, raiva
  • baixa estima acentuada
  • desânimo em cuidar de si
  • ansiedade aumentada
  • Isolamento físico e psicológico (introspecção)
  • Ruptura de contatos com a família, amigos, grupos etc.
  • mutismo
  • ausência de diálogo, de emoção
  • retraimento, busca pela solidão

Comportamentos

  • Ausência das aulas; notas baixas; desinteresse pelas aulas
  • diminuição do rendimento escolar
  • não realiza as tarefas de casa, trabalhos
  • Hiperatividade ou lentidão extremas
  • Desinteresse geral e interesse acentuado nos assuntos relacionados à morte e as formas de morrer.
Sudbrack & Costa (1992) lembram que “mais importante do que procurar a causa do problema é identificar como seus efeitos são vividos no contexto sócio-familiar [...] qual a função do significado que o sintoma adquire no contexto das interações onde ele se produz e se mantém” (p.27) . Uma outra alternativa apresentada por Neuburger (1999). é a que propõe a discussão entre o suicídio de adolescentes e a situação vivenciada de despertencimento, ou seja, a relação entre o desejo de morrer e o sentimento de "não mais ser reconhecido como pertencente a um grupo ou pelo risco de perder seu pertencimento a um grupo" (p.181).

TEIXEIRA, C. M. F. S afirma ainda que " Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) referem que cerca de 815.000 pessoas se mataram no ano de 2000 em todo o mundo, uma taxa de 14,5 para cada 100.000 habitantes, significando um suicídio a cada 40 segundos. Nos últimos 40 anos as taxas de suicídio aumentaram em 60% no mundo todo. Os dados da OMS referem ainda que o suicídio é a 3ª causa de morte entre as idades de 15-44 anos, em ambos os sexos, sem incluir as tentativas de suicídio, que são 20 vezes mais freqüentes que o suicídio. A OMS (1996) define, pois, o suicídio como um problema de saúde pública. O tabu da morte ainda se faz presente na sociedade do século XXI e, em especial, no tocante ao suicídio, engendrando concepções que dificultam reflexões, atuação e ações.

Em pesquisa realizada para o Doutoramento em Psicologia2 (Teixeira, 2003) com estudantes escolares e adolescentes atendidos em contexto de tratamento, foi possível identificar sujeitos cujas histórias eram reveladoras de que pensar sobre a morte ou passar para ação o desejo de autodestruição, de aniquilamento do ser são expressões máximas da vontade de por fim ao sofrimento psíquico.



Família e escola foram apontados pelos adolescentes como fator de risco e, paradoxalmente fator de proteção ao suicídio.



A família representa a condição necessária para o crescimento e desenvolvimento de vínculos que garantam a sobrevivência física, social e afetiva das pessoas. Contudo, os adolescentes da pesquisa apontaram o contexto familiar como fator desencadeante para a tentativa de suicídio e, por vezes como o lugar seguro para crescer."




Aos pais fica o alerta para que observem a conduta de seus filhos; professores e pedagogos , que observem as tendências de seu alunado.
Nem sempre um rosto apagado num mar de rostos felizes é sinônimo de estranheza adolescente.

Abraços Fraternos

Semíramis Alencar
Fontes de pesquisa:
Projeto Conviver
Psiquiatria da Infância e adolescência
Tentativa de suicídio na adolescência



Outro Artigo para pesquisar
http://cemhomens.com/2012/10/bullying-e-suicidio-parte-i/

Dica de Livro

Suicídio – O Futuro Interrompido
O livro da jornalista Paula Fontenelle, Suicídio: o futuro interrompido, lançado este mês pela Geração Editorial, mostra o outro lado dessa história. Com uma visão otimista, a autora traz uma ampla abordagem do assunto com foco na prevenção. Para isso, Paula esclarece como identificar uma pessoa que esteja pensando em tirar a própria vida, os sinais de alerta mais comuns, os fatores de risco associados ao suicídio. Com depoimentos comoventes e histórias de superação, o livro traz exemplos de como se aproximar dessas pessoas e o que fazer para evitar o pior. A própria autora passou pela experiência da morte voluntária do pai, em janeiro de 2005, e sentiu o peso do tabu que cerca o assunto. Ela não conseguiu encontrar no Brasil uma publicação que tratasse do tema numa linguagem para leigos. Por isso a decisão de contribuir para um debate que pode salvar vidas e ajudar a sociedade a entender o que leva um indivíduo a desistir do amanhã.
Autor: Paula Fontenelle – Reportagem

Formato 16×23 cms, 260 págs.

ISBN: 978-85-6150-107-5

Cód. barra: 978-85-6150-107-5

Peso: 0.35 kg.

R$ 34,90

30 comentários:

  1. Parabéns pelo trabalho realizado aqui.
    Escolhi como BLOG da semana no Historia Viva, se desejar retire o selo no endereço
    http://historianovest.blogspot.com/2010/03/blogs-da-semana.html

    abraços e bom dia.

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    1. Obrigada Eduardo!
      Muito bonito o seu blog
      Continue educando com carinho!
      Abraços

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  2. claudia sales1:14 AM

    Olá,um comportamento estranho de um aluno de 17a, fez despertar o interesse pelo assunto, e agora após ler percebo que não foi mero achismo que o jovem esta realmente apresentando um comportamento suicida. Agradeço

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  3. Anônimo11:05 AM

    realmente a maior parte dos sintomas e motivos
    são esses mesmos. pena, que ninguém preste atenção
    em nós antes que seja tarde de mais. =/

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    1. Anônimo12:21 AM

      Exatamente isso. Nos sentimos sozinhos, acabamos nos acustumando e vendo que é melhor.. e então, acabamos gostando de ficar sozinho.

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  4. Anônimo2:29 PM

    As pessoas riem do meu transtorno alimentar me chamando de futil e a minha falta de vontade de sair ou fazer qualquer coisa irritou minhas amigas que se afastaram. Na escola, quando eu desmaio depois de ficar sem comer eles acham graça... mal sabem eles pelo que estou passando...

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    1. Não se deixe abater, passei por isso minha adolescência inteira. A fé me fez persistir no bem e na esperança de que um dia tudo ia dar certo. E deu!

      Seja feliz em primeiro lugar, faça apenas as coisas que te tragam alegria.
      Se não há, busque ajuda profissional. Um bom psicólogo pode ajudá-la.

      Abraços

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  5. Anônimo11:16 PM

    kra eu era assim, muitas pessoas zoavam de mim, mas eu encontrei algo que mudou minha vida, que é, JESUS, ele preencheu esse espaço vazio que tinha dentro de mim. Por isso eu um adolescente de 15 anos fiz um blog para conversa com outros adolescentes sobre a vida na adolescência, que não é nada facil. Parabenizo o trabalho da pessoa que fez esse blog, muito bom o trabalho de vcs.

    e o meu blog é assim http://grandeamigo.tumblr.com/

    vlw galera até mais, e se quiseram acessem lá.

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    1. Obrigada querido!

      Muita paz em seu coração! Continue na seara do bem
      ajudando sempre, seguindo os passos de amor de nosso Mestre Jesus

      Fraternalmente

      Semíramis

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  6. Anônimo12:52 PM

    esta pensando em suicido, mas vi esse trabalho estou largando desse pensamento

    Vinicius sousa

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  7. De verdade... Eu percebi pelos comportamentos e pelas coisas que acontecem com a pessoa suicida, e se encaixam em mim... Pois é u=infelizmente eu sou uma pessoa suicida =( Mas Deus vai me livrar desse mal

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    1. Danny, estarei aqui torcendo por você. Confie no amor de Deus - Ele nos criou, só Ele pode nos dar a alegria e o amor que tanto buscamos.
      Abraços

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  8. Anônimo10:07 AM

    Queria que pelo menos uma pessoa ao meu redor pensasse assim. Eu não aguento mais essa solidão. Não é uma solidão de estar só. É de não ser ouvida!

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    1. Olá, menina

      Olha, eu aprendi desde muito nova a buscar companhia com outras pessoas tão solitárias quanto eu. Procure apoio nos amigos, num avô, avó, tios... primos... ás vezes temos mais pessoas que nos querem bem do que achamos.

      Um abraço carinhoso,

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  9. Anônimo3:24 AM

    eu penso em me matar mais também vejo que meus pais ia se culpar mais eu penso nisso por que é muita tensão por que eu sou popular na escola por que eu jogo e sou a melhor goleira e eu não aguento ver meus amigos falando mal das pessoa que não anda com a turma do time o que eu faço agora

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    1. Olá, amiga

      Você deve, em todas as situações de sua vida, fazer apenas o que te dá alegria e apenas o que te trouxer boas conquistas. Não se deixe levar por situações de momento, hoje você é a melhor goleira, depois você terá que deixar o espaço para outra menina, para poder alcançar coisas maiores e melhores. Quer ser realmente popular? dê o seu melhor naquilo que VERDADEIRAMENTE te traga alegria. Se os teus colegas te irritam por falarem mai de alguma pessoa e você não curte isso, se afaste. Você não precisa compactuar com coisas erradas apenas para se manter bem com todos. Busque novas metas, novas coisas que você ame fazer. E siga feliz sempre.

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  10. Anônimo9:50 PM

    estou tentando entender porque meu primo 16 anos se matou enforcado

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  11. Oiie
    Eu estou fazendo um trabalho sobre esse assunto mais eu preciso de alguem pra entrevistar allguem me ajuda ...

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    1. Anônimo12:23 AM

      talvez eu possa ajudar.. se quiser contato meu twitter é @deeplysmg , espero ter ajudado

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  12. Anônimo2:42 AM

    hmmm,desde os seis anos de idade eu julgo a vida uma idiotice,e dos 14 aos 18 eu cheguei a extremo do desgosto da vida,p mim tudo era uma ilusão,e eu apresentava alguns dos sintomas ai descritos!Agora entendi pq um dia algum estranho foi direto e falou q eu queria me suicidar!Na ocasião fiquei pasma;mas algo q eu jamais teria coragem de fz seria o suicidio;espero q chegue minha hora naturalmente e tb sempre tive medo do outro lado ser pior q este.O q me curou da depressão foi meu foco em um objetivo;eu decidi q ia estudar na faculdade de graça e numa area q eu não entendo nada(fisica,no caso);assim toda minha energia pesada e sobrecarregada se desvaneceu e agora só me acham doida,pois sempre tive facilidade de falar com as pessoas,sou boa ouvinte e fico muito tempo observando e meditando.Mesmo q eu odeie a vida humana na terra,nao me matarei!

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  13. Queridos,

    Compreendo bem o que vcs vem passando. Eu mesma com 14 anos julgava a vida um verdadeiro inferno: uma menina amargurada, que era constantemente debochada, agredida e desacreditada não só pela família quanto por colegas de escola e professores. Encontrei um refúgio tranquilo na fé em Deus. Teve momentos que quis me matar também, entretanto a coragem em seguir em frente me tornava mais forte. Lutar pelo que eu julgava certo também. A Vida é feita mesmo de altos e baixos e não há vida perfeita sem lutas . Não somos príncipes e princesas, nem anjos ou demônios, ou vampiros apaixonados - todos os dias devemos buscar algo que nos fortaleça e lutar por um ideal, se dedicar à algo que lhe seja apaixonante. Não se deixem iludir pela ideia de que o suicídio é o melhor caminho para se acabar com todas as dores. O melhor remédio para se acabar com todas as dores e angústias é a fé em Deus aliada a persistência no se quer de melhor para você. Eu desejo paz ao coração de vocês, mas felicidade se conquista, todos os dias, um pouquinho de cada vez. Felicidade não é só ter a compreensão da família, a roupa e as baladas da moda, rios de dinheiro - felicidade você encontra no banho de chuva, em trabalhar no que se ame, estudar o que dá prazer e ver que seu trabalho rendeu frutos. Seja Mais você - a vida é linda, não a desperdice!

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  14. Anônimo10:22 PM

    Tenho 17, e desde os 14 o pensamento suicida sempre me acompanhou...Meus pais acham q sabem d tudo e o único apoio q tive na época foi dos animais! Hoje em dia , de vez em quando, ainda vem lembranças ou idéias de como seria se eu estivesse morto, mas enfim, se ainda estou vivo foi algo ou alguma força superior q me tirou da fossa!

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    1. Então, querido leitor, se dedique aos animais: muitas vezes só eles conseguem compreender nosso sofrimento, com a silenciosa amizade!

      Um abraço de todo coração!

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  15. Anônimo9:50 PM

    Tenho 19 anos e desde os 11 anos não encontro sentido na vida, até os 14 anos eu sempre pensei em me matar [além do mais com decepções amorosas, pois sou extremamente tímido e todas vezes que eu conseguia, no final eu estragava tudo por medo e de se sentir incapaz]. Não tenho muitos amigos, e minha família não é muito unida, meu pai está para se separar, e isso piorou ainda mais minha situação. Porém.. dos 17 pra frente eu comecei a pensar em homicídio, e não suicídio. Creio que tenho borderline, e muitas vezes olho com desprezo como se a vida não fosse nada e tanto faz estar morto ou vivo... tenho medo de virar um monstro no futuro, pois sofria bullyng na escola e sempre quis me vingar. Vou buscar ajuda especializada o mais breve possível, nunca é tarde para mudar.

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    Respostas
    1. Olá, amigo

      A função dos pais é a de cuidar dos filhos até que eles possam se organizarem sozinhos. Você já é maior de idade, pode dar um colorido diferente à sua vida. Busque uma meta, siga-a adiante, organize-se e viva sua vida. Busque nos postos de saúde do Sus um acompanhamento psicológico para que você possa ter autoconfiança. Não pense que o homicídio ou o suicídio sejam a chave para mudar sua vida, pois pode dar tudo errado e sua vida mudar para pior. Eu sofri bullying na escola, incompreensão de pais,familiares, mas quando me formei e cheguei a idade adulta busquei coisas positivas em minha vida e as coisas boas me aconteceram. A vida é maravilhosa, basta que tenhamos coragem de buscar suas maravilhas - na natureza, no auxílio ás outras pessoas, no auxílio a outros jovens que como vocês e eu sofremos e vamos, com certeza, alcançar a felicidade que todos merecemos!

      Um abraço,

      Excluir
  16. Mantém o teu controle emocional em todas as situações.
    Sistema nervoso alterado, vida
    em desalinho.
    Se dificuldades ameaçarem o
    teu equilíbrio, utiliza-te da oração.
    A prece é medicamento eficaz
    para todas as doenças da alma.
    (Joanna de Angelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco)

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  17. Anônimo11:03 PM

    Tenho 14 anos! Tenho pai, mãe e irmãos. Tenho tudo pra ser uma garota feliz e normal... Mas quando há alegria em alguma coisa, não sei o que dá em mim, estrago e todos ficam mal comigo. Ano passado sofri auto mutilação e tentei me suicidar, mas acabei perdendo as forças e desisti. Pensei em todos que me amavam... Esse ano estava tudo bem até o começo do ano, eu estava normal e feliz. Já no meio do ano comecei a ter crises como gritar com minha mãe e falar que precisava morrer. Eu conheci um garoto também... Sou tímida e demoro demais pra demonstrar o que eu sinto por alguém... Isso foi enfraquecendo o nosso amor e ele achou alguém que com certeza nesse exato momento tá demonstrando o que ela realmente sente por ele. Infelizmente descobri tudo, comecei a me auto mutilar novamente, comecei a deletar minhas redes sociais, ando me organizando demais, estou com anemia, estou sofrendo transtornos de apetite, já não tenho animo pra sair com meus amigos, durmo o dia inteiro pra ver se tudo isso passa e minha auto estima está lá em baixo, não tenho animo em me arrumar. O devo fazer?

    ResponderExcluir
  18. Querida menina,

    Há momentos na vida em que pensamos que tudo está ruim e é apenas falta de andar um pouco, buscar alegrias novas, novas metas. Se mutilar não adianta muita coisa: você não resolve o problema te provocando mais dor. Busque a felicidade em tudo na sua vida: um curso novo, uma atividade inteiramente nova, um esporte, dança, música , teatro o que for. As pessoas deixam de viver bem e em liberdade apenas porque ficam limitadas ao própria preguiça doméstica. E ser feliz dá um pouquinho de trabalho, depois a gente se adapta. Busque nos postos de saúde do SUS a ajuda de um psicólogo - existe, procure saber como voc~e faz pois para há esse entre outras especialidades exclusivas ao adolescente.
    A timidez por um lado é bom (um charme pessoal) mas quando a gente está com uma pessoa devemos sempre dizer a ela que nos importamos. Isso fortalece os laços.
    Nunca deixe de conviver com as pessoas, busque grupos de ajuda, pode ser numa igreja evangélica, católica, num templo budista, num centro espírita em qualquer lugar, mas esteja em contato com o Divino - Ele nos deu a vida e Ele nos quer ver felizes - Fez o céu,as estrelas, a natureza, as flores, os animais e as pessoas - busque as maravilhas de Deus quando se sentir oprimida.
    A vida é o que acontece enquanto você dorme. Você perde a oportunidade de fazer acontecer!

    Levante-se, banhe-se, ajeite-se - vista sua melhor roupa e pense em alguma coisa maravilhosa para se começar hoje e saia confiante!

    Eu te desejo tudo de melhor

    Um abraço,

    Semíramis Alencar - moderadora do Blog Educando o Amanhã

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  19. Anônimo1:20 AM

    Meu filho de 15 anos tentou para nosso espanto o suicídio com remédios que causou-nos estranheza
    Nos somos liberais com ele, sempre procuramos conversar.
    Não o apertamos para fazer esta ou aquela faculdade esta ou aquela profissão, sempre deixamos claro que ele e que deve escolher.
    Ele e vaidoso, bonito, tem amigos e amigas faz esportes, não e introvertido, pelo contrario e bem falante.
    Briga muito com a irma que tem 21 anos e estuda fora
    As vezes diz que odeia um ou outro amigo(a)
    A alegação da tentativa de se matar foi medo do futuro diz que estuda muito e não grandes notas como seus amigos (eu e minha esposa nunca exigimos grandes notas)
    E fanático por series de vampiros e do Drexter mas inúmeros jovens são

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