10 de mai. de 2017

Câmeras em salas dividem a opinião de pais, alunos e pedagogos chineses

A obsessão nacional por vídeos ao vivo está invadindo as escolas e nem todo mundo está feliz com isso
http://educacao.estadao.com.br/noticias/geral,cameras-em-salas-de-aula-dividem-a-opiniao-dos-chineses,70001770149



Javier C. Hernández, The New York Times
10 Maio 2017 | 08h00
XUCHANG - Nos corredores da Escola Secundária Yuzhou Nº 1, no centro da China, os alunos se referem a elas simplesmente como "as câmeras".

Câmeras nas salas de aula dividem a opinião dos chineses
Crianças montam robôs enquanto são vigiadas por câmera que transmite pela internet a aula em Jimo, na província de Shandong, na China Foto: Yuyang Liu/The New York Times
Quando o primeiro sinal toca antes das sete da manhã, suas lentes olho-de-peixe voltam à vida, transmitindo ao vivo enquanto os alunos sentam em suas carteiras e medem ângulos geométricos, tomam notas ou cochilam durante o intervalo. Pouco tempo depois, milhares de pessoas - não apenas pais e professores - estão assistindo online, oferecendo comentários amadores sobre as cenas que veem.
"O que esse garoto está fazendo? Ele está olhando em volta sem fazer nada, e parece meio agitado", escreveu um usuário. "Aquele aluno está brincando com o celular!", comentou outro, publicando uma foto da tela.
À medida que a velocidade da internet aumenta, vídeos ao vivo se tornaram um fenômeno cultural na China, transformando o entretenimento online e os rituais diários como namorar e comer. Agora, a obsessão nacional por vídeos ao vivo está invadindo as escolas e nem todo mundo está feliz com isso.
Milhares de escolas - públicas e privadas, de jardins da infância a colegiais - estão instalando webcams nas salas de aula e transmitindo ao vivo em páginas da internet abertas ao público, apostando que a supervisão constante, mesmo que venha de estranhos, será um incentivo aos estudantes.
Os funcionários das instituições de ensino veem as câmeras como uma maneira de melhorar a confiança dos jovens e de dividir a tarefa de flagrar alunos mal comportados. Os pais usam os vídeos para monitorar o progresso acadêmico de seus filhos e espionar suas amizades e romances. Mas muitos alunos veem as câmeras como uma invasão, levando a um debate maior na China sobre privacidade, ética educacional e os perigos da paternidade estilo "helicóptero".
"Eu detesto. Parece que somos animais no zoológico", afirma Ding Yue, de 17 anos, que está no último ano da Escola Yuzhou Nº 1, de Xuchang, cidade da província de Henan.
Alguns especialistas alertam que a transmissão dos vídeos das escolas deixará os jovens chineses, que já estão acostumados com a extensiva censura da internet no país e com o uso de câmeras de segurança em locais públicos, ainda mais sensíveis à vigilância.
"Se as salas de aula estão sob vigilância o tempo todo, a educação vai definitivamente ser influenciada por fatores externos e pela opinião de quem quer que esteja assistindo", explica Xiong Bungqi, vice-presidente do Instituto de Pesquisa de Educação do Século XXI, influente centro de discussões chinês, que afirma que a prática é uma violação dos direitos dos estudantes e uma ameaça à liberdade acadêmica.
Depois de um artigo crítico sobre o assunto publicado recentemente no importante jornal The Beijing News, várias escolas anunciaram que iriam acabar com a transmissão. Mas milhares de outras escolheram permanecer online e continuar a atrair audiência diária de monitores cibernéticos ansiosos para denunciar alunos distraídos e professores relaxados.
Existem dezenas de plataformas de vídeo ao vivo na China, e as transmissões das salas de aulas podem ser encontradas em várias delas. Qualquer pessoa com uma conexão de internet é capaz de entrar e escolher entre milhares de escolas. O site mais popular é o Shuidi, da gigante de segurança na internet Qihoo 360 Technology Co., que vende câmeras e softwares, entre outros produtos.
"Quando você diz aos alunos: 'É possível que seus pais estejam atrás de você assistindo', é como se houvesse uma espada sobre a cabeça deles. Ter a vigilância faz com que as crianças se comportem melhor", afirma Zhao Weifeng, diretor de uma escola privada na província oriental de Jiangsu que instalou câmeras nas salas de aula no ano passado.
O Deep Blue Children Robot Center, uma rede de programas de enriquecimento tecnológico de Pequim, diz que tornou a transmissão ao vivo uma parte central de seu modelo de educação.
"Uma pessoa nobre não deve ter nada a esconder. Todos precisam ser capazes de se colocar no palco, concorrer a um cargo, receber a atenção do país e do mundo", explica Jiang Jifa, cientista de computação e um dos fundadores da rede.
No feroz sistema educacional da China, o vídeo ao vivo também encontra defensores entre pais obcecados com as notas, que procuram novas maneiras de pressionar seus filhos, e nas escolas ansiosas para melhorar seu desempenho acadêmico.
"Ajuda o aluno a gastar seu tempo de maneira mais eficiente para entrar na universidade dos seus sonhos", escreveu recentemente em um fórum online o pai de um aluno da Escola Yuzhou Nº 1.
As câmeras se tornaram especialmente populares em internatos rurais, onde os professores dizem que o vídeo ao vivo pode ser uma conexão vital entre as crianças e seus pais, frequentemente trabalhadores migrantes que moram em cidades há centenas de quilômetros de distância.
A China não é o primeiro país a usar câmeras de internet nas salas de aula. Escolas privadas e internatos dos Estados Unidos começaram recentemente a usar circuitos fechados, transmissões privadas para deter o crime e o mau comportamento. O Reino Unido está testando câmeras de corpo nos professores para reunir evidências para processos disciplinares dos alunos.
Mas os críticos dizem que as escolas chinesas adotaram uma tecnologia de vídeo ao vivo em escala nunca vista e com poucas das proteções de privacidade existentes em outros lugares.

30

30 salas de aula pelo mundo

Deng Xu, que tem uma filha em uma pré-escola de elite em Pequim, diz que entende o desejo de ficar de olho nas crianças e em seus professores quando estão na escola, principalmente quando são muito pequenos. Mas afirma que em algum momento os pais precisam relaxar.
"É muito triste ser fiscalizado o tempo todo. Os pais precisam aprender a se distanciar um pouco."
Han Xiao, advogado de Pequim que tem falado contra os vídeos ao vivo nas salas de aula, explica que muitas escolas estão operando as câmeras sem o consentimento dos pais e dos alunos e que as transmissões públicas são uma ameaça à segurança dos estudantes.
"As salas de aula são espaços fechados, então as atividades dos alunos, como ler e tomar lanche, deveriam ser vistas como privadas. Viver sob vigilância e com medo vai prejudicar o potencial de crescimento dos estudantes."
As câmeras 360 da Qihoo são anunciadas como ferramentas para deter ladrões e monitorar crianças pequenas em casa. Mas a empresa afirma que não tinha escolas como alvo de venda, que não havia recebido reclamações sobre privacidade e que os indivíduos que começam a transmitir vídeos ao vivo precisam concordar com o respeito à intimidade dos outros.
"Muitas escolas e professores compraram e instalaram nossas ferramentas e escolheram compartilhar as imagens voluntariamente", explica a empresa em uma declaração.
Os vídeos ao vivo em geral estão na vanguarda do entretenimento na China, transformando gente comum em estrelas que usam o celular para transmitir suas refeições, falar monólogos sinceros sobre o sentido da vida e fazer tutoriais de temas como maquiagem e reconstrução de carros.
A indústria mais do que dobrou de tamanho em 2016 e espera-se que gere US$ 5 bilhões de receita este ano, principalmente por meio de venda de presentes virtuais, segundo o Credit Suisse. Mas está sendo difícil para o governo chinês regular tudo isso.
No outono passado, as autoridades emitiram orientações que baniam a pornografia infantil e reportagens originais em canais de transmissão ao vivo. As regras reconheciam o direito geral à privacidade, mas não abordavam a transmissão online das escolas.
Na Escola Yuzhou Nº 1, que começou a transmitir as aulas no final do ano passado, os alunos agora brincam que a instituição deveria ser chamada "Prisão Yozhou Nº 1".
Por telefone, vários disseram que ficam desconfortáveis com o fato de que qualquer pessoa com uma conexão de internet possa assistir as discussões da sala de aula. Para evitar o olhar da câmera, algumas vezes eles se reúnem em um ponto cego perto da frente da sala, contaram os alunos.
"Quem sabe se não há um psicopata assistindo?", perguntou a estudante Li Li.
A escola não quis comentar.
O aluno Ding Yue diz que o vídeo ao vivo também contribuiu com o aumento do bullying na escola, lembrando que um estudante foi provocado depois que os colegas leram o comentário de uma pessoa falando mal de sua aparência.
"A maioria dos alunos quer falar e se defender, mas não podemos", explica ele, quando perguntado se os estudantes reclamaram com a escola. "É coisa dos adultos. Não temos permissão para falar sobre isso."

Com cartas motivacionais, pais ajudam a preparar os filhos para o Enem

Com cartas motivacionais, pais ajudam a preparar os filhos para o Enem

Alunos se juntam para selfie com professor em dia de entrega das cartas
Alunos se juntam para selfie com professor em dia de entrega das cartas Foto: Reprodução internet
Força, coragem e determinação. Foram essas as características que Íria Lucia Barbieri Marrafa viu crescer na filha Maria Cllara, 18 anos, ao receber uma carta da mãe dias antes do último Enem. A injeção de confiança foi motivada pela escola onde a jovem estudava, o Colégio Futuro Vip, que sugeriu aos pais que escrevessem uma mensagem de amor e ânimo para os vestibulandos.
- É um momento de dedicação e de empenho deles, mas a gente também fica envolvido em todo o processo. A carta foi uma mistura de frases emotivas e engraçadas, minha filha chorava e ria. Até as amigas pegaram para ler. E como não tínhamos condição de pagar uma faculdade particular, passar no vestibular era importante - conta Íria, que entregou a carta dois dias antes da prova.
Maria Cllara Marrafa com a mãe, Íria
Maria Cllara Marrafa com a mãe, Íria Foto: Reprodução internet
Maria Cllara passou para História, e no próximo semestre começa a estudar na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Vinícius dos Santos, 19 anos, também foi pego de surpresa quando recebeu a carta escrita pela mãe e pelo pai, que faleceu meses depois de ele prestar vestibular para Nutrição.
- Eu sou uma pessoa sensível, estava bastante emocionado naquele momento e precisava de força. Fui para a prova mais tranquilo, mais consciente - lembra o futuro universitário, que resolveu mudar de curso no meio do caminho. Ele se prepara agora para começar a estudar História na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ):
- Meu pai não viu essa vitória, mas eu vou lembrar com muito carinho e responsabilidade da força que ele e minha mãe me deram. Espero concluir a faculdade para dar o meu melhor como profissional.
Alunas se divertem ao receber as cartas dos familiares
Alunas se divertem ao receber as cartas dos familiares Foto: Reprodução internet
Idealizador da ação, Carlos Ferreira, diretor administrativo da unidade Brás de Pina do Colégio Futuro Vip, ainda lidera uma aula relaxante surpresa entre os alunos. Pela manhã, eles são recebidos com café da manhã e uma palestra com o professor com quem têm mais afinidade.
- A gente entende que a família é a raiz. Nunca vemos o conteúdo da carta. Muitas vezes as coisas não são ditas olho no olho, mas pela carta os pais, irmãos e os padrinhos abrem o coração. Isso é um resultado para a vida e não só para o Enem - comemora.


Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/educacao/vida-de-calouro/com-cartas-motivacionais-pais-ajudam-preparar-os-filhos-para-enem-20979271.html#ixzz4giR5OQIR

Refugiados dão aulas de inglês gratuitas para brasileiros

Refugiados dão aulas de inglês gratuitas para brasileiros

Miré dá aulas de inglês gratuitamente na FACHA, em Botafogo
Miré dá aulas de inglês gratuitamente na FACHA, em Botafogo Foto: Divulgação
Juliana Alcantara
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Em 2013, quando Miré Cabral desembarcou no Rio de Janeiro, vindo da Guiné Bissau, ele tinha um objetivo: continuar os estudos. No entanto, o irmão que pagaria sua faculdade faleceu e o professor de inglês, então com 28 anos, precisou adiar o sonho. Mas sem abandonar a vida acadêmica: o africano logo começou a dar aulas do idioma para brasileiros.
Esta também foi a saída encontrata por Mariama Bah, que chegou ao Brasil refugiada do país natal, Gâmbia. Assim como Miré, ela leciona a língua na Biblioteca Municipal de Botafogo e no campus das Faculdades Integradas Hélio Alonso no mesmo bairro da Zona Sul do Rio. As aulas são gratuitas são na FACHA e na Biblioteca custam R$ 100 por mês.
Mariama chegou ao Rio em 2014, aos 25 anos, depois de passar por um período conturbado em sua vida. Ela foi forçada a se casar com um primo quando tinha apenas 13 e engravidou poucos meses depois:
- Foi difícil no começo. Não é nada fácil deixar sua família para trás por motivos tão tristes. Cheguei num país onde não conhecia ninguém, não falava o idioma, e totalmente diferente da minha realidade
Miré conseguiu voltar a estudar e hoje é bolsista do curso de Direito da Facha, onde também trabalha na administração:
- Nunca tive medo, apesar das dificuldades, das diferenças culturais e da realidade de ensino. Quando eu fiz a inscrição no sistema para a bolsa de estudos pensava mais no curso de Relações Internacionais, mas comecei no curso de Direito e me apaixonei.
Mariama vive no Rio de Janeiro e trabalha como professora de inglês
Mariama vive no Rio de Janeiro e trabalha como professora de inglês Foto: Reprodução internet
Mariama, que sempre gostou de estudar, foi tirada do colégio para se dedicar ao matrimônio. Atualmente, ela cursa o supletivo em um colégio de Nova Iguaçu e quer ingressar na faculdade de Cinema ou Medicina no próximo semestre. Sua filha, Maimuna, tem 14 anos e estuda com bolsa integral em uma escola no Rio.
- Na primeira oportunidade que tive, deixei o país. Lá, o espaço da mulher é muito limitado na sociedade. Passei muitas coisas na minha vida, mas nunca desisti do sonho de estudar.O destino mudou e meu sonho é ser inspiração não só para minha filha, mas para muitas gerações. É uma luta muito longa, mas eu já comecei e eu não vou desistir - conta.


Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/educacao/vida-de-calouro/refugiados-dao-aulas-de-ingles-gratuitas-para-brasileiros-21176513.html#ixzz4giQmz9kq

Vamos ajudar o Jovem Josué !

Conheço bem de perto a luta desse jovem que desde 2 anos luta pela vida !
Vamos ajudá-lo, por favor !
Um abraço
Semíramis Alencar 


Vamos Ajudar Ao Josué!

Conheço a luta da Angela Maria De Almeida Almeida e de seu filho Josué faz muitosJo
anos. Josué é um jovem de 17 anos que desde doisanos de idade sofre de uma doença chamada Esofagite Eosinofílica, ele toma 18 medicamentos, dentre eles Losec mups, que é importado da Suíça e um suplemento alimentar importado da Holanda por conta das alegrias que tem aos componentes do leite e precisa muito de tomar uma vacina que custa 3.000 reais.
A família não dispõe de recursos. Eles moram no sul de Minas.
Que possamos contribuir com qualquer quantia, doações de medicamentos ou indicações de associações que possam ajudá-lo para que nosso querido Josué possa conseguir o sustento necessário para sua enfermidade. Acessem a Vakinha e deixem sua contribuição

https://youtu.be/9gk7y0eA1ZI 
Um abraço,
Semíramis 


Quem puder ajudar ao Josué, segue a lista de medicamentos que ele está precisando com maior urgência.

Losec Mupps 40 mg
DROXAINE
Flixionase
Label
Digesan
Alenia bombinha
Nasonex

Esses são os mais importantes, além do suplemento alimentar Neocate 20 latas ao mês.

Pode sim !


Prêmio reconhece boas práticas criadas por professores brasileiros

Bom dia....aposto que temos aqui na rede projetos potenciais vencedores desse.  Vamos nos inscrever?
Leiam e compartilhem....vamos incentivar nossos bravos professores.

Curso a distância do observatório nacional


Curso a distância do Observatório Nacional 

Observatório Nacional abre as inscrições para o curso a distância "O Sistema Solar"

As inscrições para o curso a distância "O Sistema Solar" estarão abertas a partir de 04 de maio no site do Observatório Nacional.


Os cursos a distância oferecidos pelo Observatório Nacional são gratuitos e voltados para um público não especializado em ciências exatas. Este curso terá duração de 04 (quatro) meses, sendo iniciado no dia 03 de julho de 2017 e encerrado no dia 13 de novembro de 2017.

As inscrições iniciam no dia 04 de maio de 2017 e permanecerão abertas até o final do último dia de prova (13/11/2017). O participante pode se inscrever a qualquer momento. Se perder um módulo ou uma prova, pode participar da fase seguinte.

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PASSEIO AULA GRATUITO PELO CIRCUITO DA HERANÇA AFRICANA
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Maio
Terça-feira, 9, às 9h
Terça-feira, 16, às 14h
Terça-feira, 23, às 9h
Terça-feira, 27, às 14h
OBS :Favor nos avisar o dia que pretende participar
PASSEIO AULA GRATUITO!!!

Autismo na escola



Brasil pedindo socorro!



Biologia ilustrações científicas

As imagens são editáveis no powerpoint, uma vez que se tratam de junção de pequenas imagens que compõe a imagem final. Isto permite ao utilizador alterar as cores, editar tamanhos e contornos das imagens antes de usar.

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