9 de mar. de 2017

Professor que coordenava projeto crítico à ditadura militar é desligado da Escola Costa e Silva


Professores usaram camiseta em apoio a José Luis, que diz ter sido desligado por coordenar projeto de crítica à ditadura | Foto: Guilherme Santos/Sul21
Fernanda Canofre
“Fora mordaça, fica Zé”. Assim professores reunidos na assembleia geral do Cpers – o sindicato dos professores estaduais do Rio Grande do Sul – cantavam em apoio a José Luis Morais, nesta quarta-feira (08). “Zé”, como o professor de História é chamado pelos colegas, recebeu o anúncio de seu desligamento da Escola Estadual Presidente Costa e Silva, no dia 02 de março, depois de quase oito anos de atividades.
Em 2009, logo que entrou na escola, José Luis começou a coordenar, junto a outros professores de História, o projeto “De Costa para a Ditadura”. A ideia era questionar o nome do presidente escolhido para “homenagear” na escola, que não é a única de Porto Alegre a carregar este nome. Artur da Costa e Silva, segundo presidente da ditadura militar, foi quem promulgou o Ato Institucional 5, com poderes de fechar o Congresso Nacional e cassar adversários políticos. Sua era deu início ao período mais duro da repressão no país. Além da escola no bairro Medianeira, onde José Luis lecionava, há outra na Zona Norte da Capital.

Professor já teria debatido questão com representante da CRE no ano passado | Foto: Guilherme Santos/Sul21
A forma encontrada pelo grupo de professores para protestar foi ignorar o nome da escola. Nos cabeçalhos de provas e trabalhos colocavam apenas “Escola Estadual”, “Escola Estadual Ditador Costa e Silva”, ou mais recentemente “Escola Estadual Edson Luis”, nome escolhido pelos próprios alunos em homenagem ao estudante morto pela Polícia Militar do Rio de Janeiro durante o governo Costa e Silva, em março de 1968. Durante a ocupação da escola, no ano passado, uma faixa com o nome eleito pelos estudantes chegou a ser colocada em frente ao prédio.
Quando recebeu o anúncio de que estava sendo dispensado do quadro de professores da escola, segundo José Luis, a justificativa do diretor foi seu envolvimento com o projeto. “O diretor disse que estava disponibilizando minha contratação pelo fato do fazer pedagógico em cima da questão da ditadura militar. A crítica e todo o processo que se constrói, estavam criando problemas na escola, na visão dele”, conta o professor.
José Luis diz ainda que, em novembro do ano passado, depois de uma visita de representantes da 1ª Coordenadoria Regional de Educação à escola, já havia sentido que poderia ter problemas no ano letivo de 2017. Ao professor de História, a representante da CRE teria dito que “como professores, eles deveriam esquecer o passado porque quem vive de passado é museu”.
“Se eu tenho uma escola cujo nome é Costa e Silva, justamente aí que eu tenho que trabalhar esta questão (…) Ela falou que a escola não pode ter partidarização, que temos de olhar todos os lados. Claro que temos de olhar todos os lados, mas eu também preciso ter posicionamento e poder falar sobre o que está acontecendo”, defende o professor.
O desligamento de José Luis foi “facilitado” por ele não ser professor concursado na escola. Ele tinha um contrato de 20 horas por nomeação e mais 20 horas por convocação. Dois regimes que facilitam a dispensa.
Para os professores que seguem na escola e que pretendem continuar com o projeto, a CRE avisou que ele terá de ser homologado junto à Coordenadoria para então passar por aprovação. Nos cinco anos anteriores, isto nunca havia sido exigido, segundo os professores.
“[O projeto] é justamente para evitar que a gente viva momentos de mordaça, como foi na ditadura, como a gente está agora vendo de novo. Esse momento de democracia está bem fragilizado, é uma opção política da 1ª CRE dizer que é por causa disso, para enfrentar o projeto e nossa atividade pedagógica. Nos mandar esquecer o passado, é uma tentativa de nos constranger”, diz a professora de História, Silvia Ehlers, colega de José Luis na Costa e Silva.

Em ato simbólico, alunos mudam nome da Costa e Silva para Edson Luis, estudante morto pela ditadura em 1968 | Foto: Facebook/Ocupa Costa
Logo que soube de seu desligamento, José Luis escreveu um desabafo em seu perfil pessoal no Facebook sobre a situação. “Quando propomos o debate da questão da Ditadura no Brasil, buscamos não fazê-lo de forma mecânica, dentro de um jogo de perguntas e respostas. Problematizamos e buscamos a reflexão e antes de mais nada, respeitamos o conhecimento ao que nosso aluno tem direito, dentro de uma escola pública, laica e de qualidade. Quando propomos a mudança “de forma simbólica” do nome da escola, problematizamos a questão”.
A reportagem tentou entrar em contato com a 1ª Coordenadoria Regional de Educação, que disse estar ciente do assunto, mas não obteve retorno.

Pais e escolas apostam em “pedagogia afetiva” para melhorar a qualidade do processo ensino-aprendizagem



Pais e escolas apostam em “pedagogia afetiva” para melhorar a qualidade do processo ensino-aprendizagem

A pedagogia afetiva propõe que o aprendizado aconteça por meio da relação de afeto, limites e confiança

O ano letivo iniciou há pouco mais de um mês e os pais já tiveram a oportunidade de conferir na prática se a escolha da escola que vai passar conhecimento e contribuir com o processo de construção do ser humano que se tornará seu filho, foi a correta. 

A estrutura física e, sobretudo, a metodologia e linhas pedagógicas são os principais pontos analisados pelos pais e responsáveis – principalmente na educação infantil. Em um mundo com tantos avanços tecnológicos, incorporar a inteligência emocional às estratégias de ensino tem sido uma das soluções encontradas pelas escolas.

Esta é a linha preconizada no conceito da “Pedagogia Afetiva”, em que as crianças passaram a contar com um contato humano verdadeiro e significativo no processo de ensino-aprendizagem. Isto, tendo como aliado o universo do lúdico.

A pedagogia afetiva propõe que o aprendizado aconteça por meio da relação de afeto, limites e confiança – que ressaltam aspectos da vida em sociedade ao unir cognição com a qualidade social da educação. 

“Tal qual o conteúdo é assimilado de maneira interdisciplinar, o mesmo é reforçado pela tríade escola-criança-família. Afinal, é preciso estímulo e comprometimento”, explica a psicopedagoga e diretora do Educandário Jardim das Goiabeiras, Ivete Barros Ferreira. A instituição trabalha com a “Pedagogia Afetiva”.

Conforme explica Ivete, é preciso “sentir para aprender” e, com isso, desmecanizar o ensino. “Por meio de recursos lúdicos, que atraem a atenção das crianças, o processo de aprendizagem se torna muito mais prazeroso. A criança aprende brincando e vice-versa”, disse Ivete.

Para exemplificar o método, a psicopedagoga diz que na semana em que as crianças do educandário – com idade entre 4 meses e 5 anos – estão aprendendo o número três, elas irão vivenciá-lo: “desde três pulinhos na amarelinha, três voltas no ‘brinquedão’, três cores em seu desenho, três bichinhos na fazendinha”, exemplifica.

Exercícios de práticas reais e experiências de aprendizagem também ensinam os pequenos a reconhecerem as emoções primárias, os motivos de elas ocorrerem, as reações instantâneas, como lidar com elas e o modo como o conflito entre a emoção e o meio social influenciam no processo educativo. 

Na prática

Mãe de Milo, de apenas 2 anos, a fotógrafa Maria Anffe conta que o filho andava irritado, mas que o método tem ajudado em seu desenvolvimento.

“Outras escolas simplesmente jogavam os problemas de volta pra mim e meu filho já dava sinais de gagueira. Com a “Pedagogia Afetiva”, a escola passou a me orientar na busca de soluções. Hoje, ele está mais tranquilo em sala de aula e mais independente. A metodologia influenciou até no meu relacionamento com ele, que melhorou”, comenta a fotógrafa.

A psicopedagoga explica que emoções positivas podem contribuir para a memória, a autoestima e o aprendizado das crianças. As negativas, por outro lado, prejudicam largamente. “Com o tempo, compreender e controlar as emoções consiste no amadurecimento da própria razão – um êxito para qualquer indivíduo, em qualquer idade”.

Para a comerciante Adriana Faria, esta nova visão pedagógica foi essencial para que o pequeno Rafael, 4 anos, fizesse uma transição não-traumática entre o ambiente doméstico para o escolar.

“Ele ainda não havia ido ao colégio. Mas, este clima familiar – com calor humano mais próximo – contribuiu muito. Sem contar que, aprender de forma mais alegre, fez com que ele passasse, em pouco tempo, a amar a escola. Ele está gostando de estudar. Aprende sorrindo”, pontua Faria.

O acesso à Educação é o ponto de partida - Mozart Neves

O acesso à Educação é o ponto de partida

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A Educação tem resultados profundos e abrangentes no desenvolvimento de uma sociedade: contribui para o crescimento econômico do país, para a promoção da igualdade e bem-estar social, e também tem impactos decisivos na vida de cada um. Um deles, por exemplo, é na própria renda do trabalhador. Uma análise feita há alguns anos pelo economista Marcelo Neri mostrou que, a cada ano a mais de estudo, o brasileiro ganha 15% a mais de salário. Além disso, o estudo também mostrou que quem completou o Ensino Fundamental tem 35% a mais de chances de ocupação que um analfabeto. Esse número sobe para 122% na comparação com alguém que tenha o Ensino Médio e 387% com Ensino Superior.
Diante disso, o direito do acesso à Educação é o ponto de partida na formação de uma pessoa e, consequentemente, no desenvolvimento e prosperidade de uma nação. Não obstante os avanços alcançados pelo Brasil nas duas últimas décadas, ainda há importantes desafios a superarmos no que tange esse direito. Se por um lado conseguimos universalizar o atendimento escolar no Ensino Fundamental, temos ainda, por outro lado, 2,8 milhões de crianças e jovens de 4 a 17 anos fora da escola. Isso corresponde a um país do tamanho do Uruguai. O desafio, em termos de acesso, é a universalização da Pré-Escola (crianças de 4 e 5 anos) e do Ensino Médio (jovens de 15 a 17 anos).
Há outro desafio em jogo: o de como motivar 5,3 milhões de jovens de 18 a 25 anos que nem estudam e nem trabalham, a chamada “geração nem-nem”, para trazê-los de volta à escola e, posteriormente, incluí-los no mundo do trabalho. Isso é essencial para um país que passa por um bônus demográfico que se completará, segundo os especialistas, em 2025. O país, para seu crescimento econômico e sua sustentabilidade, não poderá abrir mão de nenhum de seus jovens.
No Ensino Superior, o desafio não é menor. O Brasil tem apenas 17% de jovens de 18 a 24 anos matriculados nesse nível de ensino. Em conformidade com o Plano Nacional de Educação (PNE), o país precisará dobrar esse percentual nos próximos dez anos, ou seja, chegar a 33%. Para se ter uma ideia da complexidade dessa meta, esse era o percentual previsto no PNE que se concluiu em 2010. Isso exige – sem que haja perda de qualidade com essa expansão – que a educação básica melhore significativamente, tanto em acesso como em qualidade, tomando como referência os atuais índices de aprendizagem escolar.
O acesso à Educação é, portanto, ainda um desafio e, caso seja efetivado com qualidade, poderá contribuir decisivamente para que o país reduza o enorme hiato que separa o seu desenvolvimento econômico, medido pelo seu Produto Interno Bruto – PIB (o Brasil é o 7° PIB mundial) e o seu desenvolvimento social, medido pelo seu Índice de Desenvolvimento Humano – IDH (o Brasil ocupa a 75 ª posição no ranking mundial). Somente quando o país alinhar esses índices nas melhores posições do ranking mundial, teremos de fato um Brasil com menos desigualdade e menos pobreza. Para que isso aconteça, não se conhece nada melhor do que a Educação.

Inep divulga balanço da educação superior de 2015

Inep divulga balanço da educação superior de 2015

Enade

Foram avaliados 8.121 cursos, 26 áreas e 447.056 participantes. Número de concluintes regulares inscritos no Enade 2015 foi de 549.847
por Portal BrasilPublicado08/03/2017 16h03Última modificação08/03/2017 16h15
Arquivo/Agência BrasilA avaliação é de responsabilidade do Inep. Já a regulação é definida pelo Ministério da Educação
A avaliação é de responsabilidade do Inep. Já a regulação é definida pelo Ministério da Educação
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou, nesta quarta-feira (8), os Indicadores de Qualidade da Educação Superior 2015. O balanço é referente à avaliação dos cursos de graduação e as Instituições de Educação Superior (IES) brasileiros.
A avaliação, em uma escala de 1 a 5, tem como objetivo aferir conhecimentos, competências e habilidades desenvolvidas pelos estudantes ao longo do curso.
Em 2015, foram avaliados os bacharelados nas áreas de Ciências Sociais Aplicadas, Ciências Humanas e áreas afins e os Eixos Tecnológicos em Gestão e Negócios, Apoio Escolar, Hospitalidade e Lazer, Produção Cultural e Design.
Foram avaliados 8.121 cursos, 26 áreas e 447.056 participantes. O número de concluintes regulares inscritos no Enade 2015 foi de 549.847, mas apenas são considerados nos indicadores aqueles participantes que fazem as provas e respondem o Questionário do Estudante. O número de IES que tiveram o Índice Geral de Cursos Avaliados da Instituição (IGC) calculado foi de 2.109.
A avaliação é de responsabilidade do Inep. Já a regulação é definida pela Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior do Ministério da Educação.
Resultados 
Em 2015; 3,4% dos concluintes que fizeram o Enade, indicador de qualidade a partir do desempenho dos estudantes, obtiveram o conceito 1; 26,9%, o conceito 2; 42,7%, o conceito 3; 18,8%, o conceito 4 e 5%, o conceito 5.
Já no Conceito Preliminar de Curso (CPC), calculado somente para cursos com, no mínimo, dois concluintes participantes no Enade, 0,3% dos cursos obtiveram conceito 1; 11%, conceito 2; 57,7%, conceito 3; 26,5%, conceito 4 e 1,1%, o conceito 5.
O cálculo, por IES, do Índice Geral de Cursos Avaliados da Instituição (IGC) considera a média dos CPC dos cursos avaliados da instituição, no triênio de referência, ponderada pelo número de matrículas, além da média dos conceitos da avaliação trienal da Capes dos programas de pós-graduação stricto sensu, ponderada pelo número de matrículas.
Para instituições sem programas de pós-graduação stricto sensu avaliados pela Capes, o IGC é a média ponderada dos CPC de seus cursos de graduação. Em 2015; 0,4% das IES obtiveram conceito 1; 4%, conceito 2; 67%, conceito 3; 16,6%, conceito 4 e 1,1 conceito 5.
Atraso
Os indicadores de qualidade da Educação Superior são, tradicionalmente, divulgados, em novembro do ano seguinte à aplicação do Enade. Os dados de 2015, entretanto, sofreram um atraso após o Inep constatar dois problemas de responsabilidade da empresa contratada para operacionalizar o manuseio, distribuição e aplicação das provas: montagem incorreta de alguns pacotes de provas e quantidade de provas insuficiente em algumas salas de aplicação.
Após análise sistemática, o Inep constatou que 399 participantes foram afetados por problemas de aplicação no Enade 2015, o que não significa que cursos e IES tenham sido automaticamente afetados para efeito do cálculo dos indicadores. A análise do problema de aplicação encontra-se descrita em uma nota técnica no portal do Inep.
Saiba mais sobre os critérios de avaliação
Fonte: Portal Brasil, com informações do Inep

23 de dez. de 2016

Feliz Natal!!

Peppermints
Minha Mensagem de Natal aos amigos, familiares e companheiros de jornada!
Obrigada pelo carinho de vocês ao longo do ano!
Feliz Natal de Jesus em nossos corações!! <3 <3 <3
 
A imagem pode conter: 2 pessoas, pessoas em pé e texto
Peppermints

11 de jul. de 2016

RJ - Servidor: Secretário cortará cargos e gratificações na Educação

Servidor: Secretário cortará cargos e gratificações na Educação 

Wagner Victer promete enxugar em até 30% os gastos e diz que a greve agora é assunto da Justiça

PALOMA SAVEDRA
Rio - Há quase dois meses à frente da Secretaria de Educação, o secretário Wagner Victer não titubeia: promete cortes de até 30% em gratificações e comissionados extra-quadro, mesmo sem que a pasta tenha sido obrigada a isso por decreto. “Isso é uma forma de eu poder gerenciar o Fundeb para ter recursos para outras atividades com pessoal. O Fundeb não é um saco sem fundo”, arremata.
Wagner Victer entrou na Secretária de Educação há quase dois meses, no meio da greve dos servidores
Foto: Alexandre Brum / Agência O Dia
Para o ex-presidente da Faetec, o papel do secretário é “otimizar” a gestão. Por isso, afirma que vai cortar o que pode sem afetar atividades da pasta. Ele ressalta que a Educação - assim como a Segurança e a Saúde - não foi mencionada no decreto de 9 de junho, editado pelo governador em exercício, Francisco Dornelles. No entanto, Victer diz que já está adotando essa medida, tendo em vista o risco de desenquadramento do estado frente à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
“Eu vou cumprir o decreto, mesmo sem ter obrigação. É função do gestor trabalhar administrando bem o recurso público”, diz. 
“Quando eu entrei na Educação, antes do decreto, cortei 10% dos valores de todas as gratificações e 15% dos cargos comissionados. Ao todo, a redução foi de 27,5%. Do ponto de vista de corte, o maior cortador em números relativos e absolutos, sou eu”, pontua o secretário, que acrescenta: “Nos próximos dias vou cortar mais.
Mesmo prometendo ações mais duras, Victer tenta amenizar e diz que a medida pode melhorar a gestão da pasta. “Não é corte, mas sim otimizar e melhorar o trabalho”, opina.
Menos despesas
As áreas que devem ser mais afetadas são as administrativas. Victer também cita que reduziu despesas com transporte (carros) a um terço, além de ter cortado gastos com telefonia e outros itens. “A gente deve estar reduzindo gastos em transmissão de dados na ordem de 70%”, adianta.
Na Educação, o ex-presidente da Faetec e da Cedae — companhia que comandou por 8 anos — conta com verbas do Fundeb para investimentos. O recurso garantiu o pagamento de salários de maio de servidores ativos da pasta, enquanto outras categorias tiveram os vencimentos parcelados.
Victer aponta ainda o modelo de administração que adotou na Faetec, cortando terceirizados. “Aplicamos corte de 3.800 profissionais, em um ano e meio, entre professores temporários e terceirizados. Com isso, ampliamos em 30% a quantidade de vagas”, diz ele, tentando ainda se aproximar do pleito dos servidores estáveis: “Na secretaria, a redução de gratificações vai ao encontro do que é sugerido pelo próprio Sepe”.
Sem reajuste salarial
Enfrentando uma greve de quatro meses de professores e servidores da Educação, Victer tenta evitar polêmica ao falar sobre a paralisação. O secretário afirma que agora a questão está nas mãos da Justiça — que já aplicou multa diária de R$100 mil ao sindicato e declarou a greve abusiva — e afasta a possibilidade de reajuste salarial.
A categoria pede 30% de reajuste, um terço da carga horária para atividades extra-classe, entre outros pontos da pauta de reinvindicações. Autorizado pela Justiça o estado já está descontando, desde o fim de junho, os dias não trabalhados de servidores grevistas.
Questionado sobre o impasse na negociação, ele diz que a Justiça definirá a e legalidade da greve. “A decisão de ter greve é do sindicato. É da categoria, e eu respeito institucionalmente”, diz. “Quando não se chega a um entendimento em uma negociação, busca-se um árbitro, que é a Justiça. Esse árbitro vai pesar todas as questões, inclusive os direitos legítimos daqueles que querem ter aula. A Justiça já decretou a abusividade da greve”, acrescenta.
Victer diz que o estado não tem como conceder aumento por “questão discricionária”. “A Seeduc não é a pagadora. E é fato que há uma crise financeira no estado. É fato que outras categorias não estão tendo aumento”, justifica. Apesar de o Sepe afirmar que a pasta não entrou em acordo sobre o item de um terço, Victer diz que o pedido está sendo negociado.

Drops Pedagogia - Tendências Pedagógicas (por Emanuelle Oliveira)


Tendências Pedagógicas
Emanuelle Oliveira


As tendências pedagógicas são divididas em liberais e progressistas. A pedagogia liberal acredita que a escola tem a função de preparar os indivíduos para desempenhar papéis sociais, baseadas nas aptidões individuais. Dessa forma, o indivíduo deve adaptar-se aos valores e normas da sociedade de classe, desenvolvendo sua cultura individual. Com isso as diferenças entre as classes sociais não são consideradas, já que, a escola não leva em consideração as desigualdades sociais. Existem quatro tendências pedagógicas liberais:

Tradicional: tem como objetivo a transmissão dos padrões, normas e modelos dominantes. Os conteúdos escolares são separados da realidade social e da capacidade cognitiva dos alunos, sendo impostos como verdade absoluta em que apenas o professor tem razão. Sua metodologia é baseada na memorização, o que contribui para uma aprendizagem mecânica, passiva e repetitiva.

Renovada: a educação escolar assume o propósito de levar o aluno a aprender e construir conhecimento, considerando as fases do seu desenvolvimento. Os conteúdos escolares passam a adequar-se aos interesses, ritmos e fases de raciocínio do aluno. Sua proposta metodológica tem como característica os experimentos e as pesquisas. O professor deixa de ser um mero expositor e assume o papel de elaborar situações desafiadoras da aprendizagem. A aprendizagem é construinda através de planejamentos e testes. O professor passa a respeitar e a atender as necessidades individuais dos alunos.

Renovada não-diretiva:
há uma maior preocupação com o desenvolvimento da personalidade do aluno, com o autoconhecimento e com a realização pessoal. Os conteúdos escolares passam a ter significação pessoal, indo de encontro aos interesses e motivação do aluno. São incluídas atividades de sensibilidade, expressão e comunicação interpessoal, acentuando-se a importância dos trabalhos em grupos. Aprender torna-se um ato interno e intransferível. A relação professor-aluno passa a ser marcada pela afetividade.

Tecnicista: enfatiza a profissionalização e modela o individuo para integrá-lo ao modelo social vigente, tecnicista. Os conteúdos que ganham destaque são os objetivos e neutros. O professor administra os procedimentos didáticos, enquanto o aluno recebe as informações. O educador tem uma relação profissional e interpessoal com o aluno.

Já as tendências pedagógicas progressistas analisam de forma critica as realidades sociais, cuja educação possibilita a compreensão da realidade histórico-social, explicando o papel do sujeito como um ser que constrói sua realidade. Ela assume um caráter pedagógico e político ao mesmo tempo. É divida em três tendências:

Libertadora: o papel da educação é conscientizar para transformar a realidade e os conteúdos são extraídos da pratica social e cotidiana dos alunos. Os conteúdos pré-selecionados são vistos como uma invasão cultural. A metodologia é caracterizada pela problematizarão da experiência social em grupos de discussão. A relação do professor com o aluno é tida como horizontal em que ambos passam a fazer parte do ato de educar.

Libertaria: a escola propicia praticas democráticas, pois acredita que a consciência política resulta em conquistas sócias. Os conteúdos dão ênfase nas lutas sociais, cuja metodologia é está relacionada com a vivência grupal. O professor torna-se um orientador do grupo sem impor suas idéias e convicções.

Crítico-social dos conteúdos
: a escola tem a tarefa de garantir a apropriação critica do conhecimento cientifico e universal, tornando-se uma arma de luta importante. A classe trabalhadora deve apropriar-se do saber. Adota o método dialético, esse que é visto como o responsável pelo confronto entre as experiências pessoais e o conteúdo transmitido na escola. O educando participa com suas experiências e o professor com sua visão da realidade.

Referências bibliográficas:

LIBÂNEO, José Carlos. Democratização da escola pública: a pedagogia crítica-social dos conteúdos. 8. ed. São Paulo: Loyola, 1989.

SAVIANI. Dermeval. Escola e democracia. 31 ed. Campinas: Autores Associados, 1997.

Drops Pedagogia - O Método Paulo Freire de Alfabetização




O MÉTODO PAULO FREIRE


Não é possível se falar da compreensão de educação de Paulo Freire sem nos referirmos e nos determos numa parte intrínseca dela: o seu “Método de Alfabetização”. Esse vai além da simples alfabetização. Propõe e estimula a inserção do adulto iletrado no seu contexto social e político, na sua realidade, promovendo o despertar para a cidadania plena e transformação social. 

É a leitura da palavra, proporcionando a leitura do mundo. Suas idéias nasceram no contexto do Nordeste brasileiro a partir da década de 1950, onde metade dos seus 30 milhões de habitantes eram analfabetos, com predomínio do colonialismo e todas as vivências impostas por uma realidade de opressão, imposição, limitações e muitas necessidades.
Freire aplicou, pela primeira vez, publicamente, o seu método no “Centro de Cultura Dona Olegarinha”, um Círculo de Cultura do Movimento de Cultura Popular do Recife (MCP) para discussão dos problemas cotidianos na comunidade de “Poço da Panela”.
Dos 5 alunos, três aprenderam a ler e escrever em 30 horas, outros 2 abandonaram o “curso”.
O método de alfabetização de Paulo Freire é resultado de muitos anos de trabalho e reflexões de Freire no campo da educação, sobretudo na de adultos em regiões proletárias e subproletárias, urbanas e rurais, de Pernambuco. No processo de aprendizado, o alfabetizando ou a alfabetizanda é estimulado(a) a articular sílabas, formando palavras, extraídas da sua realidade, do seu cotidiano e das suas vivências. Nesse sentido, vai além das normas metodológicas e lingüísticas, na medida em que propõe aos homens e mulheres alfabetizandos que se apropriem da escrita e da palavra para se politizarem, tendo uma visão de totalidade da linguagem e do mundo. O método Paulo Freire estimula a alfabetização/educação dos adultos mediante a discussão de suas experiências de vida entre si, os participantes da mesma experiência, através de tema/palavras gerador(as) da realidade dos alunos, que é decodificada para a aquisição da palavra escrita e da compreensão do mundo. As experiências acontecem nos Círculos de Cultura.



“Estudar não é um ato de consumir idéias, mas de criá-las e recriá-las.”
FREIRE P.. (1982) Ação cultural para a liberdade e outros escritos. Rio de Janeiro: Paz e Terra (6ª edição), pp. 09-12.

O “MÉTODO PAULO FREIRE” ESTÁ ESTRUTURADO EM TRÊS ETAPAS:



1) Etapa de Investigação: aluno e professor buscam, no universo vocabular do aluno e da sociedade onde ele vive, as palavras e temas centrais de sua biografia.

2) Etapa de Tematização: aqui eles codificam e decodificam esses temas, buscando o seu significado social, tomando assim consciência do mundo vivido.

3) Etapa de Problematização: aluno e professor buscam superar uma primeira visão mágica por uma visão crítica do mundo, partindo para a transformação do contexto vivido.


Em seu livro Educação como Prática da Liberdade, Freire propõe a execução prática do Método em cinco fases, a saber:



1ª fase: Levantamento do universo vocabular dos grupos com quem se trabalhará. Essa fase se constitui num importante momento de pesquisa e conhecimento do grupo, aproximando educador e educando numa relação mais informal e portanto mais carregada de sentimentos e emoções. É igualmente importante a anotação das palavras da linguagem dos componentes do grupo, dos seus falares típicos.
2ª fase: Escolha das palavras selecionadas do universo vocabular pesquisado. Esta escolha deverá ser feita sob os critérios: a) da sua riqueza fonética; b) das dificuldades fonéticas, numa seqüência gradativa das menores para as maiores dificuldades; c) do teor pragmático da palavra, ou seja, na pluralidade de engajamento da palavra numa dada realidade social, cultural, política etc.

3ª fase: Criação de situações existenciais típicas do grupo com quem se vai trabalhar. São situações desafiadoras, codificadas e carregadas dos elementos que serão decodificados pelo grupo com a mediação do educador. São situações locais que, discutidas, abrem perspectivas para a análise de problemas locais, regionais e nacionais.

4ª fase: Elaboração de fichas-roteiro que auxiliem os coordenadores de debate no seu trabalho. São fichas que deverão servir como subsídios, mas sem uma prescrição rígida a seguir.

5ª fase: Elaboração de fichas para a decomposição das famílias fonéticascorrespondentes aos vocábulos geradores. Esse material poderá ser confeccionado na forma de slides, stripp-filmes (fotograma) ou cartazes.


“É mais do que um método que alfabetiza, é uma ampla e profunda compreensão da educação que tem como cerne de suas preocupações a natureza política.”

(A Voz da Esposa - A Trajetória de Paulo Freire)

http://www.projetomemoria.art.br/PauloFreire/pensamento/01_pensamento_o%20metodo_paulo_freire.html

9 de jul. de 2016

[PARA PROFESSORES] Unesco oferece curso de extensão EAD gratuito

Programa Apoio ao Professor da UNESCO: formação continuada de professores e especialistas em educação, na modalidade a distância.

Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura(UNESCO) em parceria com o Instituto Phorte Educação oferecem um curso online para professores e especialistas em Educação. O curso tem como principal objetivo destacar subsídios para um bom planejamento pedagógico com a utilização de novas ferramentas, passando pelo seu uso em avaliações escolares e favorecendo o trabalho com competências e habilidades em sala de aula.

Sobre o Programa

Apoio ao Professor é um programa de extensão universitária para a formação continuada de educadores e especialistas na área de educação de todo o território nacional.  O curso é namodalidade a distância, totalmente gratuito e divide-se em 4 módulos de 12 horas cada. Especialmente preparado para quem busca aperfeiçoamento e crescimento profissional.
O desafio que surgiu com o surgimento de novas tecnologias motivou e levou à concepção e elaboração de um curso que atualize os profissionais sobre o uso dessas tecnologias e suas possibilidades para o ensino médio e fundamental, capacitando-os a utilizar na prática as inúmeras ferramentas digitais como livros didáticos digitais, blogs, wikis, rádio-web, videoaulas, tabelas e formulários de avaliação, simuladores, podcasts e muitas outras ferramentas.

Os módulos

1. Novas tecnologias na aprendizagem: Aspectos Filosóficos
2. Novas tecnologias na aprendizagem: Didática Aplicada
3. Novas tecnologias na aprendizagem: Novas Plataformas
4. Novas tecnologias na aprendizagem: Políticas Educacionais

Quem pode cursar

Qualquer pessoa atuante ou que esteja se preparando para atuar na educação pode fazer os cursos de extensão universitária disponibilizados pelo programa Apoio ao Professor.
Quem cursou ou está cursando qualquer área de graduação voltada à educação, como Pedagogia, as licenciaturas e todas as outras que se relacionam à escola: gestores, educomunicadores, bibliotecários, assistentes sociais, psicólogos educacionais e educadores sociais.

Como fazer a matrícula

A matrícula deve ser feita neste endereço: Apoio ao Professor Matrícula. Basta clicar em um módulo e preencher o formulário. Depois é só aguardar o email de confirmação. A senha é enviada em até 48 horas após a matrícula.
FONTE: BlastingNews

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