Quem não conhece a perda de uma mãe, ainda não conheceu a dor do desamparo.
Do perfume que se perdeu no quarto, do riso fácil ecoando no vento… que saudade… Se a perda de meu pai foi dolorosa, me levando metade de minha alegria, a perda de minha minha mãe me tomou num estado de mais profunda agonia.
Minha mãe … amiga, confidente, médica, sacerdotiza, minha mãe é a mais verdadeira amiga, daquelas que o tempo não traz de volta e nem a vida recompensa com outra.
Mãe é uma só, já dizia a saberdoria popular. No meu caso, minha mãe não era apenas a senhora respeitável, de cabelos grisalhos, repleta de experiências de vida.
Minha mãe era o meu eixo, aquela que me serviu de exemplo para toda uma vida. Pedra preciosa do caminho de muitos, caridosa, amava os cãezinhos e as crianças. Amparava os idosos, defendia a igualdade de todos.
A senhora das alegrias incontidas, que fazia troça de seu próprio sofrimento, que ria um riso solto, o qual eu nunca mais me esquecerei.
Aprendi com minha mãe muito sobre a fé, o que é ser solidária no seu real sentido e a ser desprendida, mas também aprendi o valor da amizade e das relações de família.
A sábia, a intelectual, a professora, a mestra, a agente (Scavuskkka!!!) recebi de minha mãe todos os subsídios para viver plenamente e com plenitude. Um amor e felicidade inigualáveis que a imortalidade nos fará reencontrar…
Portanto, entristecida pela saudade que tenho de minha mãe e rogando à vocês um Natal repleto de paz, amor e união em suas famílias, comunico-lhes meu estado de Luto
fraternalmente,
Semíramis
25 de dez. de 2008
8 de dez. de 2008
Meus Artigos Publicados no Recado da Pesquisa e no Desabafo de Mãe
Queridos Leitores
Há muito tempo, antes de eu dar meus primeiros passos na blogosfera, uma pessoa me ajudou muito postando minhas recentes reflexões docentes (até então eu era estudante de Pedagogia), o Prof. Francisco Andrade, docente da Faculdade Maurício de Nassau em Pernambuco, pelo o riquíssimo espaço filosófico educacional, o Recado da Pesquisa . Minhas reflexões ainda estão lá, algumas publiquei por aqui, mas vale dar uma olhadinha nesse espaço que durante muito tempo divulguei meus pensamentos sobre cultura, educação, sociedade, sob a forma de pequenos textos, resenhas, resumos críticos e contestações.
Na blogosfera fiz muitas amizades e contatos frutíferos que me rendem gratas experiências e oportunidades de ajudar. O site Desabafo de Mãe é uma linda iniciativa da Ceila Santos, que gentilmente me convidou a fazer parte da equipe de consultores desse portal, na àrea de Educação básica, Ensino superior e Pedagogia. No Desabafo, costumo também divulgar alguns pequenos textos (os desabafos) e artigos, bem como respondendo as cartinhas dos papais e mamães que estão em apuros na criação e educação de seus filhotes, sempre com muito bom humor, carinho e seriedade!
Assim os convido a conferir nesse mês o artigo que postei em homenagem a minha filhota que fez aniversário em 21/10 - À minha querida Flor e um outro artigo lindinho que escrevi, chamado O Doce Planar do Passarinho que trata da meninice de meu filho Fernando (que está com 9 anos agora).
E como não posso deixar de comentar por aqui, além desses vôos em outras casas, também os convido à conhecer minha sala de visitas, o blog Ne quid nimis , um espaço informal onde não só exponho meus posicionamentos sobre educação, mas de religião, de atualidades, músicas, reflexões, cotidiano,tendências, política, enfim, nada menos que a troca amigável de conhecimento sobre quase tudo que acontece no mundo e que me desperta algum tipo de interesse.
Este mês os posts basicamente estão direcionados para ajudar às vítimas das enchentes em Santa Catarina, colaborem!!!! Para meus leitores que, como eu, residem no Rio de Janeiro, haverá agora dia 10/12 o show "Under My Skin", como cantor Maurício Baduh relembrando os grandes sucessos de Frank Sinatra em benefício aos nossos irmãos catarinenses. O evento será na sala Baden Powell em Copacabana, maiores detalhes no Ne quid nimis
Ainda há também o blog de divulgação do Projeto Teatro Espírita do ator e diretor Renato Prieto que vale a pena ser conferido, pois sempre posto alguma novidade por lá. Renato está em cartaz de sexta a domingo, às 19:30, no Teatro Princesa Isabel, Copacabana, com o espetáculo "E a vida Continua", não percam!!!
Então, é isso!! A gente se vê ainda essa semana na postagem de Natal!!!
Abraços Fraternos
Semíramis
Há muito tempo, antes de eu dar meus primeiros passos na blogosfera, uma pessoa me ajudou muito postando minhas recentes reflexões docentes (até então eu era estudante de Pedagogia), o Prof. Francisco Andrade, docente da Faculdade Maurício de Nassau em Pernambuco, pelo o riquíssimo espaço filosófico educacional, o Recado da Pesquisa . Minhas reflexões ainda estão lá, algumas publiquei por aqui, mas vale dar uma olhadinha nesse espaço que durante muito tempo divulguei meus pensamentos sobre cultura, educação, sociedade, sob a forma de pequenos textos, resenhas, resumos críticos e contestações.
Na blogosfera fiz muitas amizades e contatos frutíferos que me rendem gratas experiências e oportunidades de ajudar. O site Desabafo de Mãe é uma linda iniciativa da Ceila Santos, que gentilmente me convidou a fazer parte da equipe de consultores desse portal, na àrea de Educação básica, Ensino superior e Pedagogia. No Desabafo, costumo também divulgar alguns pequenos textos (os desabafos) e artigos, bem como respondendo as cartinhas dos papais e mamães que estão em apuros na criação e educação de seus filhotes, sempre com muito bom humor, carinho e seriedade!
Assim os convido a conferir nesse mês o artigo que postei em homenagem a minha filhota que fez aniversário em 21/10 - À minha querida Flor e um outro artigo lindinho que escrevi, chamado O Doce Planar do Passarinho que trata da meninice de meu filho Fernando (que está com 9 anos agora).
E como não posso deixar de comentar por aqui, além desses vôos em outras casas, também os convido à conhecer minha sala de visitas, o blog Ne quid nimis , um espaço informal onde não só exponho meus posicionamentos sobre educação, mas de religião, de atualidades, músicas, reflexões, cotidiano,tendências, política, enfim, nada menos que a troca amigável de conhecimento sobre quase tudo que acontece no mundo e que me desperta algum tipo de interesse.
Este mês os posts basicamente estão direcionados para ajudar às vítimas das enchentes em Santa Catarina, colaborem!!!! Para meus leitores que, como eu, residem no Rio de Janeiro, haverá agora dia 10/12 o show "Under My Skin", como cantor Maurício Baduh relembrando os grandes sucessos de Frank Sinatra em benefício aos nossos irmãos catarinenses. O evento será na sala Baden Powell em Copacabana, maiores detalhes no Ne quid nimis
Ainda há também o blog de divulgação do Projeto Teatro Espírita do ator e diretor Renato Prieto que vale a pena ser conferido, pois sempre posto alguma novidade por lá. Renato está em cartaz de sexta a domingo, às 19:30, no Teatro Princesa Isabel, Copacabana, com o espetáculo "E a vida Continua", não percam!!!
Então, é isso!! A gente se vê ainda essa semana na postagem de Natal!!!
Abraços Fraternos
Semíramis
1 de dez. de 2008
FABRICAMOS MAUS PROFESSORES...
http://veja.abril.com.br/261108/entrevista.shtml
Meu comentário: o que podemos esperar de uma educação que despreza o tempo de preparação dos profissionais em educação, menosprezando a prática didática em nome da enganação de jargões sociológicos e pseudo-cientistas? o que esperar de um país que aprova cursos de graduação e licenciatura em Pedagogia, à distância e em menos de 2 anos? O que podemos fazer para contornar? Uma revolução nos processos de ensino dos cursos de Pedagogia e formação de professores, extinguindo a preguiça de lecionar, principal causa do caos educacional em nosso país.
Semíramis Alencar
Arquivo copiado do site da Revista Veja Entrevista: Eunice Durham
Fábrica de maus professores
Uma das maiores especialistas em ensino superior brasileiro, a antropóloga não tem dúvida: os cursos de pedagogia perpetuam o péssimo ensino nas escolas
Monica Weinberg e Edu Lopes
"Os cursos de pedagogia desprezam a prática da sala de aula e supervalorizam teorias supostamente mais nobres. Os alunos saem de lá sem saber ensinar"
Hoje há poucos estudiosos empenhados em produzir pesquisa de bom nível sobre a universidade brasileira. Entre eles, a antropóloga Eunice Durham, 75 anos, vinte dos quais dedicados ao tema, tem o mérito de tratar do assunto com rara objetividade. Seu trabalho representa um avanço, também, porque mostra, com clareza, como as universidades têm relação direta com a má qualidade do ensino oferecido nas escolas do país. Ela diz: "Os cursos de pedagogia são incapazes de formar bons professores". Ex-secretária de política educacional do Ministério da Educação (MEC) no governo Fernando Henrique, Eunice é do Núcleo de Pesquisa de Políticas Públicas, da Universidade de São Paulo – onde ingressou como professora há cinqüenta anos.
Sua pesquisa mostra que as faculdades de pedagogia estão na raiz do mau ensino nas escolas brasileiras. Como?
As faculdades de pedagogia formam professores incapazes de fazer o básico, entrar na sala de aula e ensinar a matéria. Mais grave ainda, muitos desses profissionais revelam limitações elementares: não conseguem escrever sem cometer erros de ortografia simples nem expor conceitos científicos de média complexidade. Chegam aos cursos de pedagogia com deficiências pedestres e saem de lá sem ter se livrado delas. Minha pesquisa aponta as causas. A primeira, sem dúvida, é a mentalidade da universidade, que supervaloriza a teoria e menospreza a prática. Segundo essa corrente acadêmica em vigor, o trabalho concreto em sala de aula é inferior a reflexões supostamente mais nobres.
Essa filosofia é assumida abertamente pelas faculdades de pedagogia?
O objetivo declarado dos cursos é ensinar os candidatos a professor a aplicar conhecimentos filosóficos, antropológicos, históricos e econômicos à educação. Pretensão alheia às necessidades reais das escolas – e absurda diante de estudantes universitários tão pouco escolarizados.
O que, exatamente, se ensina aos futuros professores?
Fiz uma análise detalhada das diretrizes oficiais para os cursos de pedagogia. Ali é possível constatar, com números, o que já se observa na prática. Entre catorze artigos, catorze parágrafos e 38 incisos, apenas dois itens se referem ao trabalho do professor em sala de aula. Esse parece um assunto secundário, menos relevante do que a ideologia atrasada que domina as faculdades de pedagogia.
Como essa ideologia se manifesta?
Por exemplo, na bibliografia adotada nesses cursos, circunscrita a autores da esquerda pedagógica. Eles confundem pensamento crítico com falar mal do governo ou do capitalismo. Não passam de manuais com uma visão simplificada, e por vezes preconceituosa, do mundo. O mesmo tom aparece nos programas dos cursos, que eu ajudo a analisar no Conselho Nacional de Educação. Perdi as contas de quantas vezes estive diante da palavra dialética, que, não há dúvida, a maioria das pessoas inclui sem saber do que se trata. Em vez de aprenderem a dar aula, os aspirantes a professor são expostos a uma coleção de jargões. Tudo precisa ser democrático, participativo, dialógico e, naturalmente, decidido em assembléia.
Quais os efeitos disso na escola?
Quando chegam às escolas para ensinar, muitos dos novatos apenas repetem esses bordões. Eles não sabem nem como começar a executar suas tarefas mais básicas. A situação se agrava com o fato de os professores, de modo geral, não admitirem o óbvio: o ensino no Brasil é ainda tão ruim, em parte, porque eles próprios não estão preparados para desempenhar a função.
Por que os professores são tão pouco autocríticos?
Eles são corporativistas ao extremo. Podem até estar cientes do baixo nível do ensino no país, mas costumam atribuir o fiasco a fatores externos, como o fato de o governo não lhes prover a formação necessária e de eles ganharem pouco. É um cenário preocupante. Os professores se eximem da culpa pelo mau ensino – e, conseqüentemente, da responsabilidade. Nos sindicatos, todo esse corporativismo se exacerba.
Como os sindicatos prejudicam a sala de aula?
Está suficientemente claro que a ação fundamental desses movimentos é garantir direitos corporativos, e não o bom ensino. Entenda-se por isso: lutar por greves, aumentos de salário e faltas ao trabalho sem nenhuma espécie de punição. O absenteísmo dos professores é, afinal, uma das pragas da escola pública brasileira. O índice de ausências é escandaloso. Um professor falta, em média, um mês de trabalho por ano e, o pior, não perde um centavo por isso. Cenário de atraso num país em que é urgente fazer a educação avançar. Combater o corporativismo dos professores e aprimorar os cursos de pedagogia, portanto, são duas medidas essenciais à melhora dos indicadores de ensino.
A senhora estende suas críticas ao restante da universidade pública?
Há dois fenômenos distintos nas instituições públicas. O primeiro é o dos cursos de pós-graduação nas áreas de ciências exatas, que, embora ainda atrás daqueles oferecidos em países desenvolvidos, estão sendo capazes de fazer o que é esperado deles: absorver novos conhecimentos, conseguir aplicá-los e contribuir para sua evolução. Nessas áreas, começa a surgir uma relação mais estreita entre as universidades e o mercado de trabalho. Algo que, segundo já foi suficientemente mensurado, é necessário ao avanço de qualquer país. A outra realidade da universidade pública a que me refiro é a das ciências humanas. Área que hoje, no Brasil, está prejudicada pela ideologia e pelo excesso de críticas vazias. Nada disso contribui para elevar o nível da pesquisa acadêmica.
Um estudo da OCDE (organização que reúne os países mais industrializados) mostra que o custo de um universitário no Brasil está entre os mais altos do mundo – e o país responde por apenas 2% das citações nas melhores revistas científicas. Como a senhora explica essa ineficiência?
Sem dúvida, poderíamos fazer o mesmo, ou mais, sem consumir tanto dinheiro do governo. O problema é que as universidades públicas brasileiras são pessimamente administradas. Sua versão de democracia, profundamente assembleísta, só ajuda a aumentar a burocracia e os gastos públicos. Essa é uma situação que piorou, sobretudo, no período de abertura política, na década de 80, quando, na universidade, democratização se tornou sinônimo de formação de conselhos e multiplicação de instâncias. Na prática, tantas são as alçadas e as exigências burocráticas que, parece inverossímil, um pesquisador com uma boa quantia de dinheiro na mão passa mais tempo envolvido com prestação de contas do que com sua investigação científica. Para agravar a situação, os maus profissionais não podem ser demitidos. Defino a universidade pública como a antítese de uma empresa bem montada.
Muita gente defende a expansão das universidades públicas. E a senhora?
Sou contra. Nos países onde o ensino superior funciona, apenas um grupo reduzido de instituições concentra a maior parte da pesquisa acadêmica, e as demais miram, basicamente, os cursos de graduação. O Brasil, ao contrário, sempre volta à idéia de expandir esse modelo de universidade. É um erro. Estou convicta de que já temos faculdades públicas em número suficiente para atender aqueles alunos que podem de fato vir a se tornar Ph.Ds. ou profissionais altamente qualificados. Estes são, naturalmente, uma minoria. Isso não tem nada a ver com o fato de o Brasil ser uma nação em desenvolvimento. É exatamente assim nos outros países.
As faculdades particulares são uma boa opção para os outros estudantes?
Freqüentemente, não. Aqui vale a pena chamar a atenção para um ponto: os cursos técnicos de ensino superior, ainda desconhecidos da maioria dos brasileiros, formam gente mais capacitada para o mercado de trabalho do que uma faculdade particular de ensino ruim. Esses cursos são mais curtos e menos pretensiosos, mas conseguem algo que muita universidade não faz: preparar para o mercado de trabalho. É estranho como, no meio acadêmico, uma formação voltada para as necessidades das empresas ainda soa como pecado. As universidades dizem, sem nenhum constrangimento, preferir "formar cidadãos". Cabe perguntar: o que o cidadão vai fazer da vida se ele não puder se inserir no mercado de trabalho?
Nos Estados Unidos, cerca de 60% dos alunos freqüentam essas escolas técnicas. No Brasil, são apenas 9%. Por quê?
Sempre houve preconceito no Brasil em relação a qualquer coisa que lembrasse o trabalho manual, caso desses cursos. Vejo, no entanto, uma melhora no conceito que se tem das escolas técnicas, o que se manifesta no aumento da procura. O fato concreto é que elas têm conseguido se adaptar às demandas reais da economia. Daí 95% das pessoas, em média, saírem formadas com emprego garantido. O mercado, afinal, não precisa apenas de pessoas pós-graduadas em letras que sejam peritas em crítica literária ou de estatísticos aptos a desenvolver grandes sistemas. É simples, mas só o Brasil, vítima de certa arrogância, parece ainda não ter entendido a lição.
Faculdades particulares de baixa qualidade são, então, pura perda de tempo?
Essas faculdades têm o foco nos estudantes menos escolarizados – daí serem tão ineficientes. O objetivo número 1 é manter o aluno pagante. Que ninguém espere entrar numa faculdade de mau ensino e concorrer a um bom emprego, porque o mercado brasileiro já sabe discernir as coisas. É notório que tais instituições formam os piores estudantes para se prestar às ocupações mais medíocres. Mas cabe observar que, mesmo mal formados, esses jovens levam vantagem sobre os outros que jamais pisaram numa universidade, ainda que tenham aprendido muito pouco em sala de aula. A lógica é típica de países em desenvolvimento, como o Brasil.
Por que num país em desenvolvimento o diploma universitário, mesmo sendo de um curso ruim, tem tanto valor?
No Brasil, ao contrário do que ocorre em nações mais ricas, o diploma de ensino superior possui um valor independente da qualidade. Quem tem vale mais no mercado. É a realidade de um país onde a maioria dos jovens está ainda fora da universidade e o diploma ganha peso pela raridade. Numa seleção de emprego, entre dois candidatos parecidos, uma empresa vai dar preferência, naturalmente, ao que conseguiu chegar ao ensino superior. Mas é preciso que se repita: eles servirão a uma classe de empregos bem medíocres – jamais estarão na disputa pelas melhores vagas ofertadas no mercado de trabalho.
A tendência é que o mercado se encarregue de eliminar as faculdades ruins?
A experiência mostra que, conforme a população se torna mais escolarizada e o mercado de trabalho mais exigente, as faculdades ruins passam a ser menos procuradas e uma parte delas acaba desaparecendo do mapa. Isso já foi comprovado num levantamento feito com base no antigo Provão. Ao jogar luz nas instituições que haviam acumulado notas vermelhas, o exame contribuiu decisivamente para o seu fracasso. O fato de o MEC intervir num curso que, testado mais de uma vez, não apresente sinais de melhora também é uma medida sensata. O mau ensino, afinal, é um grande desserviço.
A senhora fecharia as faculdades de pedagogia se pudesse?
Acho que elas precisam ser inteiramente reformuladas. Repensadas do zero mesmo. Não é preciso ir tão longe para entender por quê. Basta consultar os rankings internacionais de ensino. Neles, o Brasil chama atenção por uma razão para lá de negativa. Está sempre entre os piores países do mundo em educação.
Meu comentário: o que podemos esperar de uma educação que despreza o tempo de preparação dos profissionais em educação, menosprezando a prática didática em nome da enganação de jargões sociológicos e pseudo-cientistas? o que esperar de um país que aprova cursos de graduação e licenciatura em Pedagogia, à distância e em menos de 2 anos? O que podemos fazer para contornar? Uma revolução nos processos de ensino dos cursos de Pedagogia e formação de professores, extinguindo a preguiça de lecionar, principal causa do caos educacional em nosso país.
Semíramis Alencar
Arquivo copiado do site da Revista Veja Entrevista: Eunice Durham
Fábrica de maus professores
Uma das maiores especialistas em ensino superior brasileiro, a antropóloga não tem dúvida: os cursos de pedagogia perpetuam o péssimo ensino nas escolas
Monica Weinberg e Edu Lopes
"Os cursos de pedagogia desprezam a prática da sala de aula e supervalorizam teorias supostamente mais nobres. Os alunos saem de lá sem saber ensinar"
Hoje há poucos estudiosos empenhados em produzir pesquisa de bom nível sobre a universidade brasileira. Entre eles, a antropóloga Eunice Durham, 75 anos, vinte dos quais dedicados ao tema, tem o mérito de tratar do assunto com rara objetividade. Seu trabalho representa um avanço, também, porque mostra, com clareza, como as universidades têm relação direta com a má qualidade do ensino oferecido nas escolas do país. Ela diz: "Os cursos de pedagogia são incapazes de formar bons professores". Ex-secretária de política educacional do Ministério da Educação (MEC) no governo Fernando Henrique, Eunice é do Núcleo de Pesquisa de Políticas Públicas, da Universidade de São Paulo – onde ingressou como professora há cinqüenta anos.
Sua pesquisa mostra que as faculdades de pedagogia estão na raiz do mau ensino nas escolas brasileiras. Como?
As faculdades de pedagogia formam professores incapazes de fazer o básico, entrar na sala de aula e ensinar a matéria. Mais grave ainda, muitos desses profissionais revelam limitações elementares: não conseguem escrever sem cometer erros de ortografia simples nem expor conceitos científicos de média complexidade. Chegam aos cursos de pedagogia com deficiências pedestres e saem de lá sem ter se livrado delas. Minha pesquisa aponta as causas. A primeira, sem dúvida, é a mentalidade da universidade, que supervaloriza a teoria e menospreza a prática. Segundo essa corrente acadêmica em vigor, o trabalho concreto em sala de aula é inferior a reflexões supostamente mais nobres.
Essa filosofia é assumida abertamente pelas faculdades de pedagogia?
O objetivo declarado dos cursos é ensinar os candidatos a professor a aplicar conhecimentos filosóficos, antropológicos, históricos e econômicos à educação. Pretensão alheia às necessidades reais das escolas – e absurda diante de estudantes universitários tão pouco escolarizados.
O que, exatamente, se ensina aos futuros professores?
Fiz uma análise detalhada das diretrizes oficiais para os cursos de pedagogia. Ali é possível constatar, com números, o que já se observa na prática. Entre catorze artigos, catorze parágrafos e 38 incisos, apenas dois itens se referem ao trabalho do professor em sala de aula. Esse parece um assunto secundário, menos relevante do que a ideologia atrasada que domina as faculdades de pedagogia.
Como essa ideologia se manifesta?
Por exemplo, na bibliografia adotada nesses cursos, circunscrita a autores da esquerda pedagógica. Eles confundem pensamento crítico com falar mal do governo ou do capitalismo. Não passam de manuais com uma visão simplificada, e por vezes preconceituosa, do mundo. O mesmo tom aparece nos programas dos cursos, que eu ajudo a analisar no Conselho Nacional de Educação. Perdi as contas de quantas vezes estive diante da palavra dialética, que, não há dúvida, a maioria das pessoas inclui sem saber do que se trata. Em vez de aprenderem a dar aula, os aspirantes a professor são expostos a uma coleção de jargões. Tudo precisa ser democrático, participativo, dialógico e, naturalmente, decidido em assembléia.
Quais os efeitos disso na escola?
Quando chegam às escolas para ensinar, muitos dos novatos apenas repetem esses bordões. Eles não sabem nem como começar a executar suas tarefas mais básicas. A situação se agrava com o fato de os professores, de modo geral, não admitirem o óbvio: o ensino no Brasil é ainda tão ruim, em parte, porque eles próprios não estão preparados para desempenhar a função.
Por que os professores são tão pouco autocríticos?
Eles são corporativistas ao extremo. Podem até estar cientes do baixo nível do ensino no país, mas costumam atribuir o fiasco a fatores externos, como o fato de o governo não lhes prover a formação necessária e de eles ganharem pouco. É um cenário preocupante. Os professores se eximem da culpa pelo mau ensino – e, conseqüentemente, da responsabilidade. Nos sindicatos, todo esse corporativismo se exacerba.
Como os sindicatos prejudicam a sala de aula?
Está suficientemente claro que a ação fundamental desses movimentos é garantir direitos corporativos, e não o bom ensino. Entenda-se por isso: lutar por greves, aumentos de salário e faltas ao trabalho sem nenhuma espécie de punição. O absenteísmo dos professores é, afinal, uma das pragas da escola pública brasileira. O índice de ausências é escandaloso. Um professor falta, em média, um mês de trabalho por ano e, o pior, não perde um centavo por isso. Cenário de atraso num país em que é urgente fazer a educação avançar. Combater o corporativismo dos professores e aprimorar os cursos de pedagogia, portanto, são duas medidas essenciais à melhora dos indicadores de ensino.
A senhora estende suas críticas ao restante da universidade pública?
Há dois fenômenos distintos nas instituições públicas. O primeiro é o dos cursos de pós-graduação nas áreas de ciências exatas, que, embora ainda atrás daqueles oferecidos em países desenvolvidos, estão sendo capazes de fazer o que é esperado deles: absorver novos conhecimentos, conseguir aplicá-los e contribuir para sua evolução. Nessas áreas, começa a surgir uma relação mais estreita entre as universidades e o mercado de trabalho. Algo que, segundo já foi suficientemente mensurado, é necessário ao avanço de qualquer país. A outra realidade da universidade pública a que me refiro é a das ciências humanas. Área que hoje, no Brasil, está prejudicada pela ideologia e pelo excesso de críticas vazias. Nada disso contribui para elevar o nível da pesquisa acadêmica.
Um estudo da OCDE (organização que reúne os países mais industrializados) mostra que o custo de um universitário no Brasil está entre os mais altos do mundo – e o país responde por apenas 2% das citações nas melhores revistas científicas. Como a senhora explica essa ineficiência?
Sem dúvida, poderíamos fazer o mesmo, ou mais, sem consumir tanto dinheiro do governo. O problema é que as universidades públicas brasileiras são pessimamente administradas. Sua versão de democracia, profundamente assembleísta, só ajuda a aumentar a burocracia e os gastos públicos. Essa é uma situação que piorou, sobretudo, no período de abertura política, na década de 80, quando, na universidade, democratização se tornou sinônimo de formação de conselhos e multiplicação de instâncias. Na prática, tantas são as alçadas e as exigências burocráticas que, parece inverossímil, um pesquisador com uma boa quantia de dinheiro na mão passa mais tempo envolvido com prestação de contas do que com sua investigação científica. Para agravar a situação, os maus profissionais não podem ser demitidos. Defino a universidade pública como a antítese de uma empresa bem montada.
Muita gente defende a expansão das universidades públicas. E a senhora?
Sou contra. Nos países onde o ensino superior funciona, apenas um grupo reduzido de instituições concentra a maior parte da pesquisa acadêmica, e as demais miram, basicamente, os cursos de graduação. O Brasil, ao contrário, sempre volta à idéia de expandir esse modelo de universidade. É um erro. Estou convicta de que já temos faculdades públicas em número suficiente para atender aqueles alunos que podem de fato vir a se tornar Ph.Ds. ou profissionais altamente qualificados. Estes são, naturalmente, uma minoria. Isso não tem nada a ver com o fato de o Brasil ser uma nação em desenvolvimento. É exatamente assim nos outros países.
As faculdades particulares são uma boa opção para os outros estudantes?
Freqüentemente, não. Aqui vale a pena chamar a atenção para um ponto: os cursos técnicos de ensino superior, ainda desconhecidos da maioria dos brasileiros, formam gente mais capacitada para o mercado de trabalho do que uma faculdade particular de ensino ruim. Esses cursos são mais curtos e menos pretensiosos, mas conseguem algo que muita universidade não faz: preparar para o mercado de trabalho. É estranho como, no meio acadêmico, uma formação voltada para as necessidades das empresas ainda soa como pecado. As universidades dizem, sem nenhum constrangimento, preferir "formar cidadãos". Cabe perguntar: o que o cidadão vai fazer da vida se ele não puder se inserir no mercado de trabalho?
Nos Estados Unidos, cerca de 60% dos alunos freqüentam essas escolas técnicas. No Brasil, são apenas 9%. Por quê?
Sempre houve preconceito no Brasil em relação a qualquer coisa que lembrasse o trabalho manual, caso desses cursos. Vejo, no entanto, uma melhora no conceito que se tem das escolas técnicas, o que se manifesta no aumento da procura. O fato concreto é que elas têm conseguido se adaptar às demandas reais da economia. Daí 95% das pessoas, em média, saírem formadas com emprego garantido. O mercado, afinal, não precisa apenas de pessoas pós-graduadas em letras que sejam peritas em crítica literária ou de estatísticos aptos a desenvolver grandes sistemas. É simples, mas só o Brasil, vítima de certa arrogância, parece ainda não ter entendido a lição.
Faculdades particulares de baixa qualidade são, então, pura perda de tempo?
Essas faculdades têm o foco nos estudantes menos escolarizados – daí serem tão ineficientes. O objetivo número 1 é manter o aluno pagante. Que ninguém espere entrar numa faculdade de mau ensino e concorrer a um bom emprego, porque o mercado brasileiro já sabe discernir as coisas. É notório que tais instituições formam os piores estudantes para se prestar às ocupações mais medíocres. Mas cabe observar que, mesmo mal formados, esses jovens levam vantagem sobre os outros que jamais pisaram numa universidade, ainda que tenham aprendido muito pouco em sala de aula. A lógica é típica de países em desenvolvimento, como o Brasil.
Por que num país em desenvolvimento o diploma universitário, mesmo sendo de um curso ruim, tem tanto valor?
No Brasil, ao contrário do que ocorre em nações mais ricas, o diploma de ensino superior possui um valor independente da qualidade. Quem tem vale mais no mercado. É a realidade de um país onde a maioria dos jovens está ainda fora da universidade e o diploma ganha peso pela raridade. Numa seleção de emprego, entre dois candidatos parecidos, uma empresa vai dar preferência, naturalmente, ao que conseguiu chegar ao ensino superior. Mas é preciso que se repita: eles servirão a uma classe de empregos bem medíocres – jamais estarão na disputa pelas melhores vagas ofertadas no mercado de trabalho.
A tendência é que o mercado se encarregue de eliminar as faculdades ruins?
A experiência mostra que, conforme a população se torna mais escolarizada e o mercado de trabalho mais exigente, as faculdades ruins passam a ser menos procuradas e uma parte delas acaba desaparecendo do mapa. Isso já foi comprovado num levantamento feito com base no antigo Provão. Ao jogar luz nas instituições que haviam acumulado notas vermelhas, o exame contribuiu decisivamente para o seu fracasso. O fato de o MEC intervir num curso que, testado mais de uma vez, não apresente sinais de melhora também é uma medida sensata. O mau ensino, afinal, é um grande desserviço.
A senhora fecharia as faculdades de pedagogia se pudesse?
Acho que elas precisam ser inteiramente reformuladas. Repensadas do zero mesmo. Não é preciso ir tão longe para entender por quê. Basta consultar os rankings internacionais de ensino. Neles, o Brasil chama atenção por uma razão para lá de negativa. Está sempre entre os piores países do mundo em educação.
11 de nov. de 2008
Adoção, Um ato de amor
Esta blogagem coletiva foi proposta pela Geórgia Aertinger e hoje posto meu artigo sobre o generoso gesto da adoção, explicando que, antes de mais nada, considero a adoção pela ótica espiritualista, pois nesse quesito analiso a questão de que famílias constituídas por membros sem laços sanguíneos podem ser tão mais felizes quanto as genéticas.
Adotar uma criança é sim um ato de amor, incondicional. Segundo Allan Kardec: “O corpo procede do corpo, mas o Espírito não procede do Espírito” (Evangelho Segundo o Espiritismo - Kardec, A.)
Quando adotamos, ou pensamos em adotar uma criança, devemos estar cônscios de que entra para nossas vidas um outro ser humano, com uma bagagem afetiva, genética, histórica, diversa da nossa. Por outro lado, se pensarmos bem somos todos adotados pois ninguém é propriedade de ninguém. Um filho nosso de hoje poderá vir a ser nosso pai amanhã. Isso é o que estabelece a lei da reencarnação.
Neste plano terreno, onde tantas são nossas provas e expiações, assumir os cuidados para com uma criança que se encontra sozinha no mundo constitui a um só tempo, formar as bases para se criar um ser humano mais feliz e cumprir com uma etapa de uma encarnação bem sucedida. desta forma ter um filho adotivo ou biológico semper será para a família uma forma de ressarcir debitos anteriores, direta ou indiretamente, independente de serem da família ou da própria criança.
Qualquer pessoa pode adotar uma criança, desde que maior, com condições psicológicas e financeiras estáveis. Há uma crítica quanto aos casais homossexuais serem capazes ou não de adotar uma criança. Pessoalmente acredito que onde há amor, há compromisso e há a necessidade de ser amado, tudo pode ser possível, afinal, são de almas reencarnantes de que estamos falando.
Aonde há exercício da afetividade e da solidariedade fraterna, há progresso. NO EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO”, Cap. XI, item 9, diz: “Disse Jesus: ‘Amai o vosso próximo como a vós mesmos’. nossa relação com o próximo deveria de ser ilimitada, sem famílias, nações ou seitas para bloqueá-la, ou seja, a humanidade inteira. De livre arbítrio do indivíduo entender se o exercício que está fazendo dentro da relação é de solidariedade, desenvolvimento de laços fraternos, ou se apenas está baseado nas sensações e na busca da sensualidade.
Levando em conta que a constituição de laços de família é uma necessidade do Espírito. A família terrena é um instrumento para a construção da família espiritual. Desta forma, devemos ponderar que, ao adotar uma criança, devemos também estar conscientes de que assumimos a responsabilidade da problemática do ser adotado. O espírito Joana de Angelis nos alerta que os filhos recusados em outras etapas alcançar-nos-ão o lar ou a intimidade por processos transversos. Portanto, se você pensa em adotar uma criança , você pode estar adotando, nada mais nada menos, um ser que de alguma maneira está relacionado com sua vida anterior. Somos todos irmãos, ligados por um mesmo laço: cada indvíduo que passa por nós, nos deixam um pouco de si e leva um pouco de nós, Fernando Pessoa já dizia isso, quem somos nós para refutá-lo?
Entretanto, há aqueles casais que optam por uma união sem filhos, naturais ou adotados. Tal situação não atende a todas as finalidades do casamento segundo a Doutrina Espírita, uma vez que ”A reprodução é uma Lei da Natureza sem ela o mundo corporal pereceria” (LE, 686). Segundo um planejamento feito anteriormente (no Plano Espiritual), um casal pode chegar a nunca ter filhos, atendendo a tarefas humanitárias, trabalhando pelo próximo, fazendo o bem ser ver a quem, em milhares de orfanatos, asilos, escolas e lares espalhados nesse planeta.
Um casal impossibilitado de ter filhos, agiria de acordo com a Caridade se os adotasse, pois esse seria um caminho de atendimento a algumas dessas denominadas ”tarefas humanitárias”. Se eles desejam filhos e não os têm é porque certamente estão num processo de reabilitação, que eles podem apressar com a adoção de crianças desvalidas.
Enfim, adotar uma criança é um grande ato de amor e uma solução feliz para aqueles casais que não podem ter filhos ou para os que têm e sentem a necessidade de amparar mais um ser. Desta forma não estamos trazendo para dentro de nossas casas filhos sem pai nem mãe, mas sim, grandes afetos nossos de passadas reencarnações, espíritos com quem devemos nos reajustar. Os Órfãos, no Evangelho Segundo o Espiritismo (Cap 13, item 18), diz:
Os órfãos - 18. Meus irmãos, amai os órfãos. Se soubésseis quanto é triste ser só e abandonado, sobretudo na infância! Deus permite que haja órfãos, para exortar-nos a servir-lhes de pais.
Que divina caridade amparar uma pobre criaturinha abandonada, evitar que sofra fome e frio, dirigir-lhe a alma, a fim de que não desgarre para o vício!
Agrada a Deus quem estende a mão a uma criança abandonada, porque compreende e pratica a sua lei.
Ponderai também que muitas vezes a criança que socorreis vos foi cara noutra encarnação, caso em que, se pudésseis lembrar-vos, já não estaríeis praticando a caridade, mas cumprindo um dever.
Assim, pois, meus amigos, todo sofredor é vosso irmão e tem direito à vossa caridade: não, porém, a essa caridade que magoa o coração, não a essa esmola que queima a mão em que cai, pois freqüentemente bem amargos são os vossos óbolos! Quantas vezes seriam eles recusados, se na choupana a enfermidade e a miséria não os estivessem esperando!
Dai delicadamente, juntai ao beneficio que fizerdes o mais precioso de todos os benefícios: o de uma boa palavra, de uma carícia, e um sorriso amistoso. Evitai esse ar de proteção, que eqüivale a revolver a lâmina no coração que sangra e considerai que, fazendo o bem, trabalhais por vós mesmos e pelos vossos. - Um Espírito familiar. (Paris, 1860.)
Abraços fraternos,
Semíramis Alencar
____________________________________________________________________________________
NOTA DA AUTORA: Por eu ser espírita escolhi o tema Adoção perante o espiritismo pois não concebo a adoção de outro ser sem o devido conhecimento espiritual. Essa é uma visão minha amparada nos ensinamentos de Alan Kardec, os quais acho justos e condizentes com nossa condição de encarnados. Entretanto, considero que muitos colegas possam não concordar com minha visão, por serem de credos diferentes ou mesmo por não possuirem nenhum. Todavia, estamos num país com liberdade de expressão e de culto e achei justo colocar nesta postagem o que acredito ser de mais puro, bom e verdadeiro, o que é vital para a vida de todos os seres humanos.
Artigo publicado inicialmente no Ne quid nimis
Adotar uma criança é sim um ato de amor, incondicional. Segundo Allan Kardec: “O corpo procede do corpo, mas o Espírito não procede do Espírito” (Evangelho Segundo o Espiritismo - Kardec, A.)
Quando adotamos, ou pensamos em adotar uma criança, devemos estar cônscios de que entra para nossas vidas um outro ser humano, com uma bagagem afetiva, genética, histórica, diversa da nossa. Por outro lado, se pensarmos bem somos todos adotados pois ninguém é propriedade de ninguém. Um filho nosso de hoje poderá vir a ser nosso pai amanhã. Isso é o que estabelece a lei da reencarnação.
Neste plano terreno, onde tantas são nossas provas e expiações, assumir os cuidados para com uma criança que se encontra sozinha no mundo constitui a um só tempo, formar as bases para se criar um ser humano mais feliz e cumprir com uma etapa de uma encarnação bem sucedida. desta forma ter um filho adotivo ou biológico semper será para a família uma forma de ressarcir debitos anteriores, direta ou indiretamente, independente de serem da família ou da própria criança.
Qualquer pessoa pode adotar uma criança, desde que maior, com condições psicológicas e financeiras estáveis. Há uma crítica quanto aos casais homossexuais serem capazes ou não de adotar uma criança. Pessoalmente acredito que onde há amor, há compromisso e há a necessidade de ser amado, tudo pode ser possível, afinal, são de almas reencarnantes de que estamos falando.
Aonde há exercício da afetividade e da solidariedade fraterna, há progresso. NO EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO”, Cap. XI, item 9, diz: “Disse Jesus: ‘Amai o vosso próximo como a vós mesmos’. nossa relação com o próximo deveria de ser ilimitada, sem famílias, nações ou seitas para bloqueá-la, ou seja, a humanidade inteira. De livre arbítrio do indivíduo entender se o exercício que está fazendo dentro da relação é de solidariedade, desenvolvimento de laços fraternos, ou se apenas está baseado nas sensações e na busca da sensualidade.
Levando em conta que a constituição de laços de família é uma necessidade do Espírito. A família terrena é um instrumento para a construção da família espiritual. Desta forma, devemos ponderar que, ao adotar uma criança, devemos também estar conscientes de que assumimos a responsabilidade da problemática do ser adotado. O espírito Joana de Angelis nos alerta que os filhos recusados em outras etapas alcançar-nos-ão o lar ou a intimidade por processos transversos. Portanto, se você pensa em adotar uma criança , você pode estar adotando, nada mais nada menos, um ser que de alguma maneira está relacionado com sua vida anterior. Somos todos irmãos, ligados por um mesmo laço: cada indvíduo que passa por nós, nos deixam um pouco de si e leva um pouco de nós, Fernando Pessoa já dizia isso, quem somos nós para refutá-lo?
Entretanto, há aqueles casais que optam por uma união sem filhos, naturais ou adotados. Tal situação não atende a todas as finalidades do casamento segundo a Doutrina Espírita, uma vez que ”A reprodução é uma Lei da Natureza sem ela o mundo corporal pereceria” (LE, 686). Segundo um planejamento feito anteriormente (no Plano Espiritual), um casal pode chegar a nunca ter filhos, atendendo a tarefas humanitárias, trabalhando pelo próximo, fazendo o bem ser ver a quem, em milhares de orfanatos, asilos, escolas e lares espalhados nesse planeta.
Um casal impossibilitado de ter filhos, agiria de acordo com a Caridade se os adotasse, pois esse seria um caminho de atendimento a algumas dessas denominadas ”tarefas humanitárias”. Se eles desejam filhos e não os têm é porque certamente estão num processo de reabilitação, que eles podem apressar com a adoção de crianças desvalidas.
Enfim, adotar uma criança é um grande ato de amor e uma solução feliz para aqueles casais que não podem ter filhos ou para os que têm e sentem a necessidade de amparar mais um ser. Desta forma não estamos trazendo para dentro de nossas casas filhos sem pai nem mãe, mas sim, grandes afetos nossos de passadas reencarnações, espíritos com quem devemos nos reajustar. Os Órfãos, no Evangelho Segundo o Espiritismo (Cap 13, item 18), diz:
Os órfãos - 18. Meus irmãos, amai os órfãos. Se soubésseis quanto é triste ser só e abandonado, sobretudo na infância! Deus permite que haja órfãos, para exortar-nos a servir-lhes de pais.
Que divina caridade amparar uma pobre criaturinha abandonada, evitar que sofra fome e frio, dirigir-lhe a alma, a fim de que não desgarre para o vício!
Agrada a Deus quem estende a mão a uma criança abandonada, porque compreende e pratica a sua lei.
Ponderai também que muitas vezes a criança que socorreis vos foi cara noutra encarnação, caso em que, se pudésseis lembrar-vos, já não estaríeis praticando a caridade, mas cumprindo um dever.
Assim, pois, meus amigos, todo sofredor é vosso irmão e tem direito à vossa caridade: não, porém, a essa caridade que magoa o coração, não a essa esmola que queima a mão em que cai, pois freqüentemente bem amargos são os vossos óbolos! Quantas vezes seriam eles recusados, se na choupana a enfermidade e a miséria não os estivessem esperando!
Dai delicadamente, juntai ao beneficio que fizerdes o mais precioso de todos os benefícios: o de uma boa palavra, de uma carícia, e um sorriso amistoso. Evitai esse ar de proteção, que eqüivale a revolver a lâmina no coração que sangra e considerai que, fazendo o bem, trabalhais por vós mesmos e pelos vossos. - Um Espírito familiar. (Paris, 1860.)
Abraços fraternos,
Semíramis Alencar
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NOTA DA AUTORA: Por eu ser espírita escolhi o tema Adoção perante o espiritismo pois não concebo a adoção de outro ser sem o devido conhecimento espiritual. Essa é uma visão minha amparada nos ensinamentos de Alan Kardec, os quais acho justos e condizentes com nossa condição de encarnados. Entretanto, considero que muitos colegas possam não concordar com minha visão, por serem de credos diferentes ou mesmo por não possuirem nenhum. Todavia, estamos num país com liberdade de expressão e de culto e achei justo colocar nesta postagem o que acredito ser de mais puro, bom e verdadeiro, o que é vital para a vida de todos os seres humanos.
Artigo publicado inicialmente no Ne quid nimis
20 de out. de 2008
Blogagem Coletiva - Cecília Meirelles - 07/11
Blogagem proposta pela Leonor Cordeiro do blog Na Dança das Palavras,pelo aniversário do nascimento da escritora Cecília Meireles. Ajude-nos a divulgar a poesia dessa grande cidadã brasileira que fez de sua vida um hino de amor à arte e à educação.
Como participar ?
1.Leve o selinho da blogagem para o seu blog.
2. Deixe aqui o nome do seu blog para que ele faça parte da lista dos blogs participantes.
3. No dia 7 de novembro escolha um poema da Cecília para uma postagem especial.
Quem foi Cecília Meirelles?
Texto retirado do site Releituras
Filha de Carlos Alberto de Carvalho Meireles, funcionário do Banco do Brasil S.A., e de D. Matilde Benevides Meireles, professora municipal, Cecília Benevides de Carvalho Meireles nasceu em 7 de novembro de 1901, na Tijuca, Rio de Janeiro. Foi a única sobrevivente dos quatros filhos do casal. O pai faleceu três meses antes do seu nascimento, e sua mãe quando ainda não tinha três anos. Criou-a, a partir de então, sua avó D. Jacinta Garcia Benevides. Escreveria mais tarde:
"Nasci aqui mesmo no Rio de Janeiro, três meses depois da morte de meu pai, e perdi minha mãe antes dos três anos. Essas e outras mortes ocorridas na família acarretaram muitos contratempos materiais, mas, ao mesmo tempo, me deram, desde pequenina, uma tal intimidade com a Morte que docemente aprendi essas relações entre o Efêmero e o Eterno.
(...) Em toda a vida, nunca me esforcei por ganhar nem me espantei por perder. A noção ou o sentimento da transitoriedade de tudo é o fundamento mesmo da minha personalidade.
(...) Minha infância de menina sozinha deu-me duas coisas que parecem negativas, e foram sempre positivas para mim: silêncio e solidão. Essa foi sempre a área de minha vida. Área mágica, onde os caleidoscópios inventaram fabulosos mundos geométricos, onde os relógios revelaram o segredo do seu mecanismo, e as bonecas o jogo do seu olhar. Mais tarde foi nessa área que os livros se abriram, e deixaram sair suas realidades e seus sonhos, em combinação tão harmoniosa que até hoje não compreendo como se possa estabelecer uma separação entre esses dois tempos de vida, unidos como os fios de um pano."
Conclui seus primeiros estudos — curso primário — em 1910, na Escola Estácio de Sá, ocasião em que recebe de Olavo Bilac, Inspetor Escolar do Rio de Janeiro, medalha de ouro por ter feito todo o curso com "distinção e louvor". Diplomando-se no Curso Normal do Instituto de Educação do Rio de Janeiro, em 1917, passa a exercer o magistério primário em escolas oficiais do antigo Distrito Federal.
Dois anos depois, em 1919, publica seu primeiro livro de poesias, "Espectro". Seguiram-se "Nunca mais... e Poema dos Poemas", em 1923, e "Baladas para El-Rei, em 1925.
Casa-se, em 1922, com o pintor português Fernando Correia Dias, com quem tem três filhas: Maria Elvira, Maria Mathilde e Maria Fernanda, esta última artista teatral consagrada. Suas filhas lhe dão cinco netos.
Publica, em Lisboa - Portugal, o ensaio "O Espírito Vitorioso", uma apologia do Simbolismo.
Correia Dias suicida-se em 1935. Cecília casa-se, em 1940, com o professor e engenheiro agrônomo Heitor Vinícius da Silveira Grilo.
De 1930 a 1931, mantém no Diário de Notícias uma página diária sobre problemas de educação.
Em 1934, organiza a primeira biblioteca infantil do Rio de Janeiro, ao dirigir o Centro Infantil, que funcionou durante quatro anos no antigo Pavilhão Mourisco, no bairro de Botafogo.
Profere, em Lisboa e Coimbra - Portugal, conferências sobre Literatura Brasileira.
De 1935 a 1938, leciona Literatura Luso-Brasileira e de Técnica e Crítica Literária, na Universidade do Distrito Federal (hoje UFRJ).
Publica, em Lisboa - Portugal, o ensaio "Batuque, Samba e Macumba", com ilustrações de sua autoria.
Colabora ainda ativamente, de 1936 a 1938, no jornal A Manhã e na revista Observador Econômico.
A concessão do Prêmio de Poesia Olavo Bilac, pela Academia Brasileira de Letras, ao seu livro Viagem, em 1939, resultou de animados debates, que tornaram manifesta a alta qualidade de sua poesia.
Publica, em 1939/1940, em Lisboa - Portugal, em capítulos, "Olhinhos de Gato" na revista "Ocidente".
Em 1940, leciona Literatura e Cultura Brasileira na Universidade do Texas (USA).
Em 1942, torna-se sócia honorária do Real Gabinete Português de Leitura, no Rio de Janeiro (RJ).
Aposenta-se em 1951 como diretora de escola, porém continua a trabalhar, como produtora e redatora de programas culturais, na Rádio Ministério da Educação, no Rio de Janeiro (RJ).
Em 1952, torna-se Oficial da Ordem de Mérito do Chile, honraria concedida pelo país vizinho.
Realiza numerosas viagens aos Estados Unidos, à Europa, à Ásia e à África, fazendo conferências, em diferentes países, sobre Literatura, Educação e Folclore, em cujos estudos se especializou.
Torna-se sócia honorária do Instituto Vasco da Gama, em Goa, Índia, em 1953.
Em Délhi, Índia, no ano de 1953, é agraciada com o título de Doutora Honoris Causa da Universidade de Délhi.
Recebe o Prêmio de Tradução/Teatro, concedido pela Associação Paulista de Críticos de Arte, em 1962.
No ano seguinte, ganha o Prêmio Jabuti de Tradução de Obra Literária, pelo livro "Poemas de Israel", concedido pela Câmara Brasileira do Livro.
Seu nome é dado à Escola Municipal de Primeiro Grau, no bairro de Cangaíba, São Paulo (SP), em 1963.
Falece no Rio de Janeiro a 9 de novembro de 1964, sendo-lhe prestadas grandes homenagens públicas. Seu corpo é velado no Ministério da Educação e Cultura. Recebe, ainda em 1964, o Prêmio Jabuti de Poesia, pelo livro "Solombra", concedido pela Câmara Brasileira do Livro.
Ainda em 1964, é inaugurada a Biblioteca Cecília Meireles em Valparaiso, Chile.
Em 1965, é agraciada com o Prêmio Machado de Assis, pelo conjunto de sua obra, concedido pela Academia Brasileira de Letras. O Governo do então Estado da Guanabara denomina Sala Cecília Meireles o grande salão de concertos e conferências do Largo da Lapa, na cidade do Rio de Janeiro. Em São Paulo (SP), torna-se nome de rua no Jardim Japão.
Em 1974, seu nome é dado a uma Escola Municipal de Educação Infantil, no Jardim Nove de Julho, bairro de São Mateus, em São Paulo (SP).
Uma cédula de cem cruzados novos, com a efígie de Cecília Meireles, é lançada pelo Banco Central do Brasil, no Rio de Janeiro (RJ), em 1989.
Em 1991, o nome da escritora é dado à Biblioteca Infanto-Juvenil no bairro Alto da Lapa, em São Paulo (SP).
O governo federal, por decreto, instituiu o ano de 2001 como "O Ano da Literatura Brasileira", em comemoração ao sesquicentenário de nascimento do escritor Silvio Romero e ao centenário de nascimento de Cecília Meireles, Murilo Mendes e José Lins do Rego.
Há uma rua com o seu nome em São Domingos de Benfica, uma freguesia da cidade de Lisboa. Na cidade de Ponta Delgada, capital do arquipélago dos Açores, há uma avenida com o nome da escritora, que era neta de açorianos.
Traduziu peças teatrais de Federico Garcia Lorca, Rabindranath Tagore, Rainer Rilke e Virginia Wolf.
Sua poesia, traduzida para o espanhol, francês, italiano, inglês, alemão, húngaro, hindu e urdu, e musicada por Alceu Bocchino, Luis Cosme, Letícia Figueiredo, Ênio Freitas, Camargo Guarnieri, Francisco Mingnone, Lamartine Babo, Bacharat, Norman Frazer, Ernest Widma e Fagner, foi assim julgada pelo crítico Paulo Rónai:
"Considero o lirismo de Cecília Meireles o mais elevado da moderna poesia de língua portuguesa. Nenhum outro poeta iguala o seu desprendimento, a sua fluidez, o seu poder transfigurador, a sua simplicidade e seu preciosismo, porque Cecília, só ela, se acerca da nossa poesia primitiva e do nosso lirismo espontâneo...A poesia de Cecília Meireles é uma das mais puras, belas e válidas manifestações da literatura contemporânea.
Bibliografia:
Tendo feito aos 9 anos sua primeira poesia, estreou em 1919 com o livro de poemas Espectros, escrito aos 16 e recebido com louvor por João Ribeiro.
Publicou a seguir:
Criança, meu amor, 1923
Nunca mais... e Poemas dos Poemas, 1923
Criança meu amor..., 1924
Baladas para El-Rei, 1925
O Espírito Vitorioso, 1929 (ensaio - Portugal)
Saudação à menina de Portugal, 1930
Batuque, Samba e Macumba, 1935 (ensaio - Portugal)
A Festa das Letras, 1937
Viagem, 1939
Vaga Música, 1942
Mar Absoluto, 1945
Rute e Alberto, 1945
Rui — Pequena História de uma Grande Vida, 1949 (biografia de Rui Barbosa para crianças)
Retrato Natural, 1949
Problemas de Literatura Infantil, 1950
Amor em Leonoreta, 1952
Doze Noturnos de Holanda & O Aeronauta, 1952
Romanceiro da Inconfidência, 1953
Batuque, 1953
Pequeno Oratório de Santa Clara, 1955
Pistóia, Cemitério Militar Brasileiro, 1955
Panorama Folclórico de Açores, 1955
Canções, 1956
Giroflê, Giroflá, 1956
Romance de Santa Cecília, 1957
A Bíblia na Literatura Brasileira, 1957
A Rosa, 1957
Obra Poética,1958
Metal Rosicler, 1960
Poemas Escritos na Índia, 1961
Poemas de Israel, 1963
Antologia Poética, 1963
Solombra, 1963
Ou Isto ou Aquilo, 1964
Escolha o Seu Sonho, 1964
Crônica Trovada da Cidade de Sam Sebastiam no Quarto Centenário da sua Fundação Pelo Capitam-Mor Estácio de Saa, 1965
O Menino Atrasado, 1966
Poésie (versão para o francês de Gisele Slensinger Tydel), 1967
Antologia Poética, 1968
Poemas italianos, 1968
Poesias (Ou isto ou aquilo & inéditos), 1969
Flor de Poemas, 1972
Poesias completas, 1973
Elegias, 1974
Flores e Canções, 1979
Poesia Completa, 1994
Obra em Prosa - 6 Volumes - Rio de Janeiro, 1998
Canção da Tarde no Campo, 2001
Episódio humano, 2007
Teatro:
1947 - O jardim
1947 - Ás de ouros
Observação: "O vestido de plumas"; "As sombras do Rio"; "Espelho da ilusão"; "A dama de Iguchi" (texto inspirado no teatro Nô, arte tipicamente japonesa), e "O jogo das sombras" constam como sendo da biografada, mas não são conhecidas.
OUTROS MEIOS:
1947 - Estréia "Auto do Menino Atrasado", direção de Olga Obry e Martim Gonçalves. música de Luis Cosme; marionetes, fantoches e sombras feitos pelos alunos do curso de teatro de bonecos.
1956/1964 - Gravação de poemas por Margarida Lopes de Almeida, Jograis de São Paulo e pela autora (Rio de Janeiro - Brasil)
1965 - Gravação de poemas pelo professor Cassiano Nunes (New York - USA).
1972 - Lançamento do filme "Os inconfidentes", direção de Joaquim Pedro de Andrade, argumento baseado em trechos de "O Romanceiro da Inconfidência".
Dados obtidos em livros da autora e sobre ela, e no site do Itaú Cultural.
Fonte pesquisada: Releituras
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17 de out. de 2008
Blogagem Coletiva - Adoção um ato de amor
O convite me foi gentilmente feito pela Geórgia, do Blog Saia Justa
A participação de todos os segmentos da sociedade no processo de favorecer à quem realmente quer ter um filho adotivo é de grande importância para milhares de crianças e adolescentes que buscam um lar para serem acolhidas com amor, afeto, compreensão e sobretudo, harmonia e capacidade para enfrentar novos desafios.
O Nequidnimis e o Educando o Amanhã abraçarão essa campanha de coração aberto. Junte-se a nós nessa campanha por mais dignidade e afeto às nossas crianças!
Abraços
Se
Conteúdo retirado do blog Saia Justa !
Para a Blogagem Coletiva o convite é:
A data para a blogagem será na semana de 10 a 15 de novembro. Assim teremos uma semana inteira para escrevermos e interagirmos sobre o tema: Adoção de Crianças e Adolescentes. Vamos em frente? Posso contar com você para ajudar a divulgar essa blogagem em seu blog?
A lista das adesões dos blogs será publicada tanto no Chega Mais quanto no Saia Justa migrando para cada post até a semana da blogagem inclusive.
Abraços Fraternos
Se
15 de out. de 2008
Quem disse que eu não me lembrei que hoje é dia do professor? uma data para se comemorar ou para se esquecer?
Hoje é dia dos professores... legal, parece que ninguém se lembra do quanto esse profissional foi e é importante para o crescimento do País e do próprio ser enquanto indivíduo.
Foi, pois cada um de nós teve a mão amiga a guiar-lhes nas primeiras letras e no incentivo, ainda que severo, à persistir no caminho do estudo e finalmente seguir uma profissão. É, pois acredito que o papel do professor vai além das salas de aulas - o professor (pelo menos deveria de ser) o primeiro a formar a opinião das pessoas. Entretanto, não é o que vem acontecendo.
Estamos vivendo um período no Brasil o qual nós mesmos submetemos nossa cultura e nossa profissão ao descaso e ao desrespeito. Nós mesmos não nos apoiamos, não nos ajudamos, preferimos lecionar uma matéria de qualquer jeito ao invés de planejarmos, dedicadamente novos passos, atendendo às necessidades dos mais variados tipos de alunos.
A desculpa é que nossos salários são baixos, o que é argumento para não se aperfeiçoar, para não sair do atraso. Entretanto, se são ofertados cursos de capacitação docente ou possibilidades de ampliar o currículo, orgulhosamente dizemos que já cursamos faculdade e que, "de lá prá cá, pouca coisa mudou".
Será que pouca coisa mudou mesmo? o que dizer das novas metodologias na educação, das tecnologias educacionais e mesmo o que dizer do comportamento de nossa sociedade, de nossas crianças e adolescentes? O que dizer dos novos conceitos de família? O que hoje um professor pode fazer para melhorar a sua qualidade de ensino se ele mesmo não se dedica a si mesmo? não se melhora preso ao estigma medieval da cópia e da repetição, ou seja, copia dos outros professores e repassa aos alunos? Seria esse o papel do professor?
E a sociedade? qual o valor que ela dá ao profissional de educação? recentemente, numa matéria da Revista Veja, vi o retrocesso que alguns jornalistas propõem ao compararem a teoria de Paulo Freire à um romantismo exacerbado, o qual, na visão desses, seria impossível pensar numa proposta educacional. O que dizer então, de alguns jornalistas que pregam em seus blogs o retorno a uma educação tradicional, com direito a castigos e austeridade pelo professor? teríamos mesmo motivos para comemorar ou para esquecer?
Que os jornalistas entre outros profissionais que falam sobre educação me desculpem, porém não consigo conceber um profissional que queira falar de educação sem ter a mínima noção do cotidiano das escolas e que nunca tenha lecionado nenhum ano, pois tal em como qualquer carreira, na teoria é tudo muito fácil, na prática nem tanto...
Constantemente os professores são taxados de incompetentes. Certa vez, num bate papo informal, me perguntaram a minha profissão e eu respondi - professora e pedagoga - um dos convidados, um engenheiro se não me engano, me mandou: viu? não quis estudar!!! perguntei para ele como ele chegou até o ensino superior e se ele é quem lecionava aos seus dois filhos... ele ficou sem ter o que responder. Acredito que este seja o novo estigma de nossa sociedade, ofender à aqueles que não têm a menor condição de se defender.
Um professor que hoje ganhe R$830,00, aproximadamente, precisa se deslocar em duas escolas, atendendo no mínimo à 7 turmas dos 7 anos da Educação Básica, em média com 30 alunos em cada turma, onde ele precisa preparar conteúdos, corrigir e elaborar provas, testes e trabalhos e estar atento à reuniões e incompreensões de Pais e membros da diretoria das escolas... isso sem contar quando o colégio é particular, o atrso no pagamento, as feiras de ciências, de cultura, de artes, semana disso, daquilo e daquilo outro... Um profissional de qualquer àrea deveria de ler pelo menos 10 livros de didática e teoria educacional para ter algum respaldo pedagógico antes de se propôr a escrever ou falar sobre educação. A educação é feita no dia a dia das escolas, das famílias e da sociedade para o dia a dia das mesmas.
Portanto, hoje é dia do professor até a meia noite. Se você ao ler este post lembrou-se daquele sujeito de olhar cansado, mãos bonitas, mas àsperas, voz eloqüente e pensamento objetivo, deseje-o um Feliz Dia do Professor , pois afinal de contas, ser professor é preparar o futuro de quem um dia será igual à mim ou igual à você!!
Abraços Fraternos
Semíramis Alencar
3 de out. de 2008
A Arte de Ensinar com as Artes
Ensinar é uma arte...mas como tornar o ato de ensinar uma atividade criativa que reproduza os saberes e vivências de alunos e professores.
Não se trata de uma tarefa fácil, no entanto, também não constitui problema algum para educadores imaginativos e bem humorados, que entendem a sala de aula como um ambiente propício à novas experiências, fórum de discussão e laboratório da vida real.
Se devemos educar para vida à partir da própria vida, sem deixarmos de lado as relações humanas, nada melhor do que aproximar o conhecimento informal de nossas crianças e jovens ao conhecimento formal, instituído nos programas escolares às diversas formas de arte, sempre priorizando a participação dos alunos como forma de incentivar a troca de informações e o desenvolvimento de determinadas habilidades.
Não quero dizer com isso que o ensino tenha que ser banalizado à ponto das aulas formais perderem seu espaço, mas encaixar as habilidades artísticas por meio de encontros, feiras, exposições e mesmo atividades em sala de aula. A arte na sala de aula pode (e deveria ser) utilizada por você professor(a) amigo(a), na apresentação de um tema novo, na abertura de cada bimestre. Pode não parecer, mas um impulso artístico muitas vezes quebra a rotina das aulas e desenvolve novos olhares, despertando o prazer em aprender .
Ao procurarmos transformar a experiência de ensino-aprendizagem numa rede enriquecedora onde cada fato, cada relato, episódio, vivência, imagem e sensação se transformem em estímulo, recebemos como resposta a nossa própria evolução. Se aprendemos uns com os outros e aprendemos sempre, nada melhor do que a arte para servir de elemento potencializador e multiplicador do conhecimento.
Aulas com o apoio de música, de filmes, de seriados, documentários, slides com imagens, são algumas das ferramentas que os professores podem utilizar com frequência pois garantem um resultado eficaz. As dramatizações de pequenos textos ou de episódios da história também podem consistir em atividades didático pedagógicas que facilitam a memorização e a aprendizagem por meio da vivência dos fatos narrados.
Entretanto, devemos estimular os alunos a conceberem e vivenciarem seu próprio processo artístico, ao propor tarefas como desenvolver roteiros e pequenos filmes, exposições fotográficas e campeonatos de redação sobre um determinado tema, bem como a dança, o teatro e a música, além de promover a troca de conhecimentos, podem também incentivar o aluno ao desenvolvimento de seus talentos, contribuindo para seu futuro pessoal e, quiçá, profissional.
"Educação é aquilo que fica depois que você esquece o que a escola ensinou".
Albert Einstein
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22 de set. de 2008
Indicação ao Prêmio Dardos - Nunca é tarde!!!
Queridos Leitores desse blog
O Educando o Amanhã recebeu da boa amiga Cybele Meyer a indicação do Prêmio Dardos, uma iniciativa da comunidade blogger para divulgar o trabalho de outros colegas que desempenham um excelente e comprometido trabalho na blogosfera. Lancei uma primeira lista no Ne quid nimis, onde fui agraciada pelos votos dos amigos Luis Z Dhein e Jenny Horta. Obrigada amigos, o trabalho que vocês apresentam é fonte de inspiração para prosseguir com minhas reflexões!!
1- Blogosfera Marly - da Profª Marly Fiorentin - Vencedora do Prêmio Educadores Inovadores da Microsoft, um dos melhores blogs de educação!!
2- Carbono 14: Do Profº Daniel Giandoso - Entrou aqui entrou para a história!!!
3- Educultirsão, Educação, Cultura e diversão, do Prof. Marco Aurélio - é muita diversão!!!
4- Sobre educação - da Profª Elis - excelente reflexões!!
5- Control e Verso - José Roig, educação, arte e cultura num só lugar!!
6-Suzana Gutierrez: Da Profª Suzana. Reflexões sobre educação, belos lugares, idéias sobre a blogosfera
7- Livro Animado, Livro Encantado - da profª Bete, tudo sobre a arte de educar e encantar com marionetes!!
8- Na dança das palavras - da profª Leonor Cordeiro - a cada visita uma verdadeira aula de literatura!!!
9- Pensando a Educação - Da profª Cristina - blog objetivo, claro e bem elaborado.
10- Te dou um dado? - deliciosamente cômico e bem-humorado!!!
11- Pharis faces - blog do Geraldo, com muitas curiosidades sobre televisão!
12- Medicina Sem Segredo - Blog do médico Eduardo Sayeg sobre doenças raras na medicina, blog de grande importância!!
14- Stres´s Net - Blog sobre saúde e bem estar!!!
15- Fotos e Letras - descobri este blog essa semana e gostei muito das fotos. Fantástico. Valeu pela pesquisa!!!
Não seja mais um retrato na parede da memória de seu flho
Nada é mais gratificante do que, ao final de um dia repleto de lutas e indiferenças, você encontrar seu filho acordado. Só o sorriso que te é ofertado já vale pelas gratificações materiais mesquinhas e os sacrifícios estúpidos para ascensão aos degraus escorregadios da escada profissional.
Se pecisamos do dinheiro e da posição social para mantermos o status quo de play stations, Mp3s, Dvds e Cds em profusão, mais ainda necessitamos, pais e filhos, do calor do diálogo, do toque, do olhar... aquela máxima de que um olhar vale mil palavras é a mais correta de todas. Vivenciei isso com meus pais e hoje temos, eu e meu esposo, a mesma sintonia com nossos filhos: nossas almas se comunicam, sem as barreiras sociais do consumismo ou das atitudes que, ora enclausuram um ser em formação na rebeldia sem causa de nossos dias, ora colocam-nos adultos realizados nas armadilhas de prisões confortáveis, privando-nos da mais rudimentar das trocas de experiência, carinho e cuidados: a própria presença.
Reclamamos constantemente de nossos filhos, mas não prestamos atenção no que eles falam, sobretudo, não participamos, ainda que à título de curiosidade, de seus dilemas estudantis, sejam eles infantis ou adolescentes, sob a desculpa de que já passamos dessa fase e que temos que assegurar-lhes a vida no futuro. Depois, quando estes partem para viverem suas próprias vidas reclamamos-lhes o carinho, o amor a atenção e passamos a vigiar-lhes os passos, cobrar-lhes afeto e confiança em nossas figuras paternais.
Aí eu pergunto: como posso confiar naquele que nunca quis saber sobre o que se passava na minha vida? ao contrário do que muita gente pensa, uma criança não é uma tábula rasa a qual moldamos sua personalidade à nossa vontade. Uma criança se forma adulto através das reelaborações que ela faz de seu próprio mundo, do que ela vive, experimenta, sente e entende.
Para isso acontecer é necessário que ela tenha contato com outras pessoas, com coleguinhas na escola (onde ela praticará as regras de vida em sociedade e adquirirá conhecimento formal)e principalmente, para que toda essa gama de conhecimento fique bem amarrada, é imprescindível o convívio e a troca de experiências com seus pais e familiares.
Muitos pais reclamam que seus filhos não se parecem nem um pouco com eles. O que você esperaria de uma criança que ficasse quase que o dia inteiro, incluindo sábados, domingos e feriados, na convivência de todas as pessoas menos na de seus pais? como eu posso cobrar de meu filho que ele se identifique comigo, apenas por uma foto bonita na parede, meus Cds na estante ou um recado cobrativo do tipo "faça a lição de casa"?
Reconheço que as cobranças do mundo moderno se estendem na cervejinha do happy hour,a ida ao cabelereiro aos sábados pela manhã e as peladas de domingo com os amigos, porém penso que à partir do momento que você tem filhos, algumas coisas devem e podem ser repensadas ou diagramadas. Um tempo e um espaço para que você e seu filho se sintonizem é de grande importância para o crescimento dele enquanto pessoa.
Muitas vezes nossos filhos apresentam comportamentos estranhos na escola desenvolvendo uma série de distúrbios, geralmente irreversíveis na vida adulta. Uns apresentam sintomas depressivos, desinteresse, desânimo e até sono, caindo no alcoolismo ou no consumo de drogas; outros apresentam baixo rendimento cognitivo, tarefas incompletas ou não-feitas, estes geralmente acabam abandonando os estudos. Em alguns casos mais graves encontramos crianças e jovens que apresentam características violentas com colegas, professores e funcionários. Apesar de apresentarem boas notas e famílias economicamente estáveis, estes alunos costumam mostrar-se perversos por puro prazer, dizendo fazer isso por não terem atenção em casa ou porque também são agredidos em suas casas.
Num estudo feito por uma universidade americana à alguns anos atrás, mostrou que 80% das crianças e adolescentes que manifestavam esses sintomas não mantinham o convívio diário sadio com seus pais e familiares. Muitos, ao perguntarem "Quem são seus pais?" respondiam "Meus pais são um retrato na parede".
Portanto, caros papais e mamães, lanço aqui uma campanha:
Não seja mais um retrato na parede da memória de seu filho: seu filho é um ser humano igual a você, participe de sua vida hoje para que ele não te desconheça amanhã!!
O òdio é apenas o amor que adoeceu gravemente (Chico Xavier)
Abraços fraternos,
Prof. Semíramis Alencar
Se pecisamos do dinheiro e da posição social para mantermos o status quo de play stations, Mp3s, Dvds e Cds em profusão, mais ainda necessitamos, pais e filhos, do calor do diálogo, do toque, do olhar... aquela máxima de que um olhar vale mil palavras é a mais correta de todas. Vivenciei isso com meus pais e hoje temos, eu e meu esposo, a mesma sintonia com nossos filhos: nossas almas se comunicam, sem as barreiras sociais do consumismo ou das atitudes que, ora enclausuram um ser em formação na rebeldia sem causa de nossos dias, ora colocam-nos adultos realizados nas armadilhas de prisões confortáveis, privando-nos da mais rudimentar das trocas de experiência, carinho e cuidados: a própria presença.
Reclamamos constantemente de nossos filhos, mas não prestamos atenção no que eles falam, sobretudo, não participamos, ainda que à título de curiosidade, de seus dilemas estudantis, sejam eles infantis ou adolescentes, sob a desculpa de que já passamos dessa fase e que temos que assegurar-lhes a vida no futuro. Depois, quando estes partem para viverem suas próprias vidas reclamamos-lhes o carinho, o amor a atenção e passamos a vigiar-lhes os passos, cobrar-lhes afeto e confiança em nossas figuras paternais.
Aí eu pergunto: como posso confiar naquele que nunca quis saber sobre o que se passava na minha vida? ao contrário do que muita gente pensa, uma criança não é uma tábula rasa a qual moldamos sua personalidade à nossa vontade. Uma criança se forma adulto através das reelaborações que ela faz de seu próprio mundo, do que ela vive, experimenta, sente e entende.
Para isso acontecer é necessário que ela tenha contato com outras pessoas, com coleguinhas na escola (onde ela praticará as regras de vida em sociedade e adquirirá conhecimento formal)e principalmente, para que toda essa gama de conhecimento fique bem amarrada, é imprescindível o convívio e a troca de experiências com seus pais e familiares.
Muitos pais reclamam que seus filhos não se parecem nem um pouco com eles. O que você esperaria de uma criança que ficasse quase que o dia inteiro, incluindo sábados, domingos e feriados, na convivência de todas as pessoas menos na de seus pais? como eu posso cobrar de meu filho que ele se identifique comigo, apenas por uma foto bonita na parede, meus Cds na estante ou um recado cobrativo do tipo "faça a lição de casa"?
Reconheço que as cobranças do mundo moderno se estendem na cervejinha do happy hour,a ida ao cabelereiro aos sábados pela manhã e as peladas de domingo com os amigos, porém penso que à partir do momento que você tem filhos, algumas coisas devem e podem ser repensadas ou diagramadas. Um tempo e um espaço para que você e seu filho se sintonizem é de grande importância para o crescimento dele enquanto pessoa.
Muitas vezes nossos filhos apresentam comportamentos estranhos na escola desenvolvendo uma série de distúrbios, geralmente irreversíveis na vida adulta. Uns apresentam sintomas depressivos, desinteresse, desânimo e até sono, caindo no alcoolismo ou no consumo de drogas; outros apresentam baixo rendimento cognitivo, tarefas incompletas ou não-feitas, estes geralmente acabam abandonando os estudos. Em alguns casos mais graves encontramos crianças e jovens que apresentam características violentas com colegas, professores e funcionários. Apesar de apresentarem boas notas e famílias economicamente estáveis, estes alunos costumam mostrar-se perversos por puro prazer, dizendo fazer isso por não terem atenção em casa ou porque também são agredidos em suas casas.
Num estudo feito por uma universidade americana à alguns anos atrás, mostrou que 80% das crianças e adolescentes que manifestavam esses sintomas não mantinham o convívio diário sadio com seus pais e familiares. Muitos, ao perguntarem "Quem são seus pais?" respondiam "Meus pais são um retrato na parede".
Portanto, caros papais e mamães, lanço aqui uma campanha:
Não seja mais um retrato na parede da memória de seu filho: seu filho é um ser humano igual a você, participe de sua vida hoje para que ele não te desconheça amanhã!!
O òdio é apenas o amor que adoeceu gravemente (Chico Xavier)
Abraços fraternos,
Prof. Semíramis Alencar
15 de set. de 2008
Blogagem coletiva por Flávia 15/09
"
A gente nem sempre pensa na dor do outro. Como deve ser difícil uma mãe ver sua filha durante dez anos inerte numa cama?
Flávia era uma menina normal, feliz, vivia com alegria e num dia, ao brincar com seu irmão e amigos, violentamente seus cabelos foram sugados pelo ralo de uma piscina. E desde esse dia, depois de inúmeras internações, tem estado em coma.
Odele, uma mãe guerreira, cuida de Flávia ainda hoje. O que Odele quer não é que as pessoas se compadeçam de sua grande dor, mas que cada um de nós clamemos por justiça por Flávia. Afinal, Flávia, hoje com 20 anos não pôde viver as alegrias e doçuras da meninice e adolescência.
O que clamamos nessa blogagem coletiva é que os gananciosos empresários que se negam a responder na justiça pelas suas falhas sejam verdadeiramente condenados.
Reproduzo aqui o poema postado no blog Flávia Vivendo em Coma,
de autoria de Eduardo Galeano
En el valle de la vida
Flavia esta dormida,
accidente y tragedia
necesita nuestra ayuda.
Unamos nuestros blogs
y seamos solidarios,
alcemos nuestra voz
por ella,
que esta dormida.
"La caridad es humillante porque se ejerce verticalmente y desde arriba;
la solidaridad es horizontal e implica respeto mutuo."
Eduardo Galeano"
Um abraço fraterno e não nos esqueçamos que na defesa de nosso semelhante contribuimos para um mundo mais irmão.
Semíramis
A gente nem sempre pensa na dor do outro. Como deve ser difícil uma mãe ver sua filha durante dez anos inerte numa cama?
Flávia era uma menina normal, feliz, vivia com alegria e num dia, ao brincar com seu irmão e amigos, violentamente seus cabelos foram sugados pelo ralo de uma piscina. E desde esse dia, depois de inúmeras internações, tem estado em coma.
Odele, uma mãe guerreira, cuida de Flávia ainda hoje. O que Odele quer não é que as pessoas se compadeçam de sua grande dor, mas que cada um de nós clamemos por justiça por Flávia. Afinal, Flávia, hoje com 20 anos não pôde viver as alegrias e doçuras da meninice e adolescência.
O que clamamos nessa blogagem coletiva é que os gananciosos empresários que se negam a responder na justiça pelas suas falhas sejam verdadeiramente condenados.
Reproduzo aqui o poema postado no blog Flávia Vivendo em Coma,
de autoria de Eduardo Galeano
En el valle de la vida
Flavia esta dormida,
accidente y tragedia
necesita nuestra ayuda.
Unamos nuestros blogs
y seamos solidarios,
alcemos nuestra voz
por ella,
que esta dormida.
"La caridad es humillante porque se ejerce verticalmente y desde arriba;
la solidaridad es horizontal e implica respeto mutuo."
Eduardo Galeano"
Um abraço fraterno e não nos esqueçamos que na defesa de nosso semelhante contribuimos para um mundo mais irmão.
Semíramis
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