10 de jan. de 2011

DANO E DOR SEM NOME

domingo, 12 de dezembro de 2010

DANO E DOR SEM NOME


Quem perde a mãe é órfão, quem perde o marido é viúva, mas quem perde um filho?

No avião, aquele senhor mais parecendo um artista com seus cabelos brancos, perguntou-me sobre a minha atividade profissional. Informei que era professor na faculdade de medicina e atendia a um convite feito pelo Ministério da Saúde. Disse-me, então, que era Juiz de Direito, mas que a minha responsabilidade era maior. Explicou-me que o juiz pode errar e prejudicar uma pessoa, mas o professor, se for negligente, poderá causar dano em muitas mentes.
Calou-me fundo o comentário e hoje dele me recordo, diante da menina e da administração venosa de vaselina líquida, no lugar da solução salina isotônica. Quem fora seu professor?
Todo ser humano deve se beneficiar dos padrões éticos de maior nível nas ciências biomédicas. Que prova-provação difícil para a mãe ver a filha agonizando e pedindo para que não a deixasse morrer!
Para o Conselho de Enfermagem a semelhança entre os frascos de vaselina líquida, que foi colocada no lugar do soro não justifica erro. "Não é possível confundir quando isso está sendo feito por um profissional devidamente capacitado, qualificado e preparado para aquele procedimento", disse o membro do Conselho.
Tenho conversado, por e-mail, com uma pessoa que perdeu o filho. Uma carta está no Jornal dos Espíritos (1) A mãe lamenta que o Chico Xavier não esteja mais junto de nós psicografando para aliviar as dores extenuantes, difíceis até de nomear.
Será que podemos pensar a fatalidade venosa utilizando três palavras: imprudência, negligência e imperícia?
Vamos ao dicionário. "Imprudência, em termos jurídicos é a  inobservância das precauções necessárias. É uma das causas de imputação de culpa previstas na lei. Negligência é falta de atenção, inobservância e descuido no agir. Já a imperícia é falta de habilidade ou experiência reputada necessária para a realização de certas atividades e cuja ausência, por parte do agente, o faz responsável pelos danos ou ilícitos penais advenientes."
 No avião, o que teria dito aquele Juiz de Direito?
O comentário daquele profissional me fez transitar entre a responsabilidade social do cientista e a do docente na universidade. Tentando me antecipar (2) escrevi artigo dirigido aos "da saúde". "O fornecedor de serviços responde, independente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação de serviços."
O hospital, ao fornecer serviços de saúde médico-hospitalares, está sujeito às normas do Código de Proteção e Defesa do Consumidor (Lei 8078/90). A relação jurídica estabelecida com os seus pacientes é contratual, legítima relação de consumo, com as conseqüências legais decorrentes. As atividades complementares, ao atendimento do paciente, também ficam protegidas pelo manto deste contrato. Entre elas está o serviço de enfermagem. Vamos recordar que a obrigação incluída neste contrato do hospital é de meios e não de resultados. No entanto, a assistência médica deve ser a mais adequada possível, devendo dispor de pessoal competente, nos procedimentos oferecidos aos seus pacientes nos atendimentos, uma vez que no contrato está implícita a cláusula de incolumidade, que tem característica de uma obrigação de resultados.
Neste artigo (2), as palavras-chave foram erro biomédico, Microbiologia Médica, Bioética e Biodireito. Poderia agora acrescentar a prudência, a diligência e a perícia, sempre estimuladas na educação continuada. Melhores serão os resultados, da equipe de saúde, se estivermos diante de profissionais apresentando mestria, qualidade de perito e profundo respeito pela pessoa. Pessoa é o indivíduo na sua dimensão ética, o valor fonte de todos os valores. "A educação da alma é a alma da educação", psicografou o médium Chico Xavier. Nos fundamentos do Estado Democrático de Direito (CRFB/88, Artigo 1º) vamos encontrar a "dignidade da pessoa humana". Ao titular desse direito e razão de ser da própria existência, acresce-se o direito à vida, sem o qual a pessoa humana seria inconcebível. O "Rei" cantou: "A vida é amiga da arte". "Eu vi muitos cabelos brancos na face do artista."
Abençoadas as cartas do artista da mediunidade(3), aquele que festejamos seu centenário. Com elas, aquelas mães, potencialmente suicidas, puderam perceber que a morte do corpo não mata a vida. Seu filho é imortal! Mãe, aceita a prova, mas não precisa passar com dez. Estamos juntos!
VEJA O FILME, SOBRE AS CARTAS DO CHICO enviado pelo amigo
 
 

 


 

8 de jan. de 2011

Aprendendo o sentido da crítica no sistema acadêmico

Aprendendo o sentido da crítica no sistema acadêmico

 Profª Semíramis Franciscato Alencar Moreira

 

Popularmente a crítica está associada a uma prática depreciativa sobre determinado tema. Porém, se analisado do ponto de vista epistemológico, a crítica vem a ser uma análise minuciosa de um determinado assunto, sob uma discussão desapaixonada por qualquer teoria ou visão pessoal.

Antes, com Bacon e Descartes havia a preocupação com as ilusões da consciência e da importância do método para evitá-las. Bacon busca a experimentação pela natureza, enquanto que Descartes encontrava nos critérios de certeza, a subjetividade e o racionalismo subjetivista.

Depois da reforma e contra-reforma e a perda de crédito da ciência antiga devido às revoluções científicas, o ser humano passa a ser a única autoridade digna de crédito.

 Com Kant, seguindo os passos empiristas, elabora o próprio conceito de crítica com o "Tribunal da Razão". O sujeito transcendental de Kant, em que na radicalização da crítica, o indivíduo se torna o ponto de partida da crítica, aquele que julga e avalia as pretensões do conhecimento e que decide sua legitimidade.

Hegel, assim como Kant, pretendeu radicalizar a concepção de crítica dos empiristas e dos racionalistas, na busca de superar a oposição entre ambos e estabelecer algo mais fundamantal do que o "cogito" de Descartes ou a experiência de Bacon.

 Assim, Hegel percebe que só através de uma consideração da história, da marcha do "Espírito" para o "Absoluto" e a liberdade podem de fato, tornar a filosofia crítica, radicalmente crítica.

Assim, ele rompe com privilégio da individualidade e da subjetividade:

Hegel mostra, por meio da historicidade da consciência individual, que isso é impossível, sendo pura ingenuidade tentar considerar o indivíduo como desvinculado de da tradição, da cultura e da sociedade a que inevitavelmente pertence. "Toda consciência é a consciência de seu tempo"(in; MARCONDES, 2000:228).

A crítica deveria supor a visão do próprio processo de formação da consciência, a interpretação do sentido da história que, olhando para o passado, pode compreender o presente como resultado desse processo e assim ver o futuro, apreendendo a totalidade.

A análise crítica visa entender e repassar o todo percebido implicitamente, destrinchando  cada aspecto em  diversas nuances, de maneira que, ao ser lido, o leitor possa perceber suas próprias convicções sem ser influenciado pelo ideário do autor.

Enquanto docentes e acadêmicos, a crítica pode ser encarada como a definição de Freire sobre autoritarismo e autoridade, uma vez que a crítica confere caráter discriminatório ao mesmo tempo em que também pode ser apresentada sob um aspecto classificatório. É o cuidado que se deve ter para que não haja controvérsias no momento de se avaliar ou enquanto se está sob avaliação:

 "É uma contradição proclamar uma opção progressista e ter uma prática autoritária ou espontaneista. A opção progressista demanda uma prática democrática, em que a autoridade jamais se alonga em autoritarismo, mas que, por sua vez, jamais se amofina no clima irresponsável da licenciosidade" (FREIRE, in BARRETO 1998:67).

 

Entretanto, a crítica se apóia subjetivamente em algum discurso ideológico, mesmo que seja em prol da reconstrução desta ideologia.

Esse caráter crítico, se analisado no âmbito do ensino superior, encontrará base nas palavras do educador Paulo Freire (1996:27) ao mencionar que:

 

"Ensinar exige reconhecer que a educação é ideológica. Saber igualmente fundamental à prática educativa do professor ou da professora é o que diz respeito à força, às vezes maior do que pensamos da ideologia(...). É que a ideologia tem que ver diretamente com a ocultação da verdade dos fatos, com o uso da linguagem para penumbrar ou opacizar a realidade ao mesmo tempo em que nos torna "míopes"".

 

 

Este trabalho de reinterpretação  visa retratar o silencio, o inconsciente coletivo e a revelação de uma obra de pensamento, ou seja, um pensamento original. Volta-se a questão: o que é a verdade? Será que o silêncio que é guardado de fato "grita" ao outro explicitamente o que o autor repassa como a realidade daquele contexto?

Até onde esta crítica poderia estar de fato separada do contexto ideológico defendido pelo autor? o que pode ser realmente mensurado cientificamente pelos critérios de verdade? A verdade não seria algo objetivo, coisa única e intransponível?

 Daí a necessidade de se analisar criteriosamente o pensamento de cada indivíduo, que burilado transpõe suas questões expondo seus pontos de vista em prol de um consenso, ainda que temporário passível de novos olhares, novas perspectivas.

Portanto, cabe à analise crítica o cuidado para não cair no vazio da plena depreciação deste ou daquele tema ou da analise técnica simplista e minimalista que reduz a produção acadêmica a um achismo estreito e desprovido de perspectiva.

Desta forma, o trabalho da crítica é realizar um trabalho de interpretação com relação à pensamentos e discursos dados, para explicitar o implícito ou ser a voz do silêncio, abrindo novas correntes de pensamento. 

  

 

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

 

BARRETO. Vera. Paulo Freire para educadores São Paulo: Arte & CiÍncia, 1998.

 

CHAUÍ. Marilena  O Trabalho da Crítica do Pensamento. In; HUMME. Leda Miranda(org) Metodologia Científica. Caderno de Textos e Técnicas. Rio de Janeiro, Agir, 2000.

 

FREIRE. Paulo. Pedagogia da Autonomia – Saberes necessários à prática educativa. São Paulo, Paz e Terra, 1996.

 

MARCONDES. Danilo. Iniciação à História da Filosofia – dos Pré-socráticos à Wittgenstein. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editora, 2000. 

 

 

Artigo escrito em junho de 2006 -

O juízo moral na criança e ensino superior - uma analogia docente

O juízo moral na criança e ensino superior – uma analogia docente


Profª Semíramis Franciscato Alencar Moreira


O jogo de regras é para Jean Piaget uma condição fundamental para a atividade humana.
Os jogos coletivos de regras são paradigmáticos para a moralidade humana pois apresentam uma atividade interindividual necessariamente regulada por algumas normas que, embora herdadas por gerações anteriores, podem ser modificadas pelos membros de cada grupo de jogadores, o que os constitui de certa forma, “legisladores” de cada um deles.

Piaget diz que: “Toda moral consiste num sistema de regras e a essência de toda moralidade deve ser procurada no respeito que o indivíduo adquire por essas regras”.

Embora essas normas não tenham um caráter moral em si, o respeito é a moral (os parâmetros de justiça e honestidade). Assim, o respeito provém de mútuos acordos entre os participantes do jogo e não da aceitação de regras impostas por autoridades estranhas a este grupo.
Num jogo de bolinhas de gude, pode-se observar a prática e a consciência da regra em cada indivíduo. Piaget pede num primeiro momento, que um menino o ensinasse a jogar e se punha a jogar com ele. Depois o perguntou de onde vinham essas regras, quem as havia determinado, se as regras poderiam ser modificadas, etc.
A evolução da prática e da consciência da regra pode ser dividida em três etapas. A primeira é a fase da anomia, a ausência total de regras, entre os 5, 6 anos de idade as crianças não seguem regras coletivas. Interessam-se pelos jogos para satisfazerem seus interesses motores ou fantasias simbólicas, e não para participar de uma atividade coletiva. As crianças podem estar em grupo, realizando uma mesma tarefa, mas estão agindo individualmente.
A Segunda etapa é a heteronomia, que abrange indivíduos de 9, 10 anos. Nesta fase, o surge no indivíduo o desejo de participar das atividades coletivas e regradas. Estes indivíduos não concebem as regras como um contrato firmado entre os jogadores, mas como uma lei, imutável, concebida e mantida pela tradição. Não concebem a si próprios como legisladores.
A terceira e última etapa é a da autonomia. Com características opostas às da fase heterônoma, esta fase representa a concepção adulta do jogo. Na autonomia, ocorre a plena maturação das regras do jogo. A criança já se concebe como possível legislador, capaz de criar novas regras que serão submetidas à aceitação ou a rejeição dos outros. Deste modo, a autonomia na prática da regra aparece mais cedo do que a revelada pela consciência da mesma.
Para cada uma dessas etapas devemos considerar as idéias de Henri Wallon, no que concerne às três dimensões do desenvolvimento humano: a afetividade, a linguagem, o movimento para a construção da personalidade.

Estes três fatores incidem drasticamente na formação interior do indivíduo e suas relações com os conjuntos de normas ditadas por diversos grupos. São constantes os casos de indivíduos ou grupos de indivíduos que se rebelam contra ordens pré-estabelecidas socialmente.
No estágio categorial do indivíduo por volta dos 6 anos, sob a concepção walloniana, o indivíduo volta sua atenção para o aprendizado e o conhecimento do mundo, este mesmo impulso se dá na adolescência, mas desta vez sob um impulso maior de uma gama de emotividade e questionamentos que provocam conflitos e o desejo de modificar as regras.

A professora Izabel Galvão, analisa este princípio: ‘’importante recurso para a construção da identidade (individual ou coletiva), as condutas de oposição podem ser interpretadas também como indício de uma necessidade de autonomia”.


O indivíduo recém saído da adolescência, com conflitos pessoais e psíquicos é o mesmo que integrará os cursos de graduação nas diversas instituições de ensino.
Na formação do educando de ensino superior, é observado a entrada dos iniciantes em qualquer graduação: curiosos, muitas vezes sem a menor noção da estrutura acadêmica que terão de compreender e aceitar. Se encontram em estado de anomia acadêmica. Ele não tem consciência das normas e tenta se adequar.
Este estado se transforma à partir do momento em que os graduandos procuram estabelecer contato com os alunos veteranos, compreendem, então, as regras do jogo, conforme seu grau de envolvimento com o grupo.

As relações coletivas são essenciais para o entrosamento do graduando com as regras da instituição de ensino e o grupo a que pertence. Assim, passa a aceitar e aplicar tais procedimentos devotadamente. A fase heterônoma do indivíduo.

Vygostky, ilustra bem este raciocínio ao se referir as atividades de grupo como fator relevante para o bom desempenho das funções mentais: “O homem é um agregado de relações sociais. As funções mentais são relações sociais internalizadas”.

Enquanto compreende e apreende as regras impostas pelo grupo e pela instituição , ele também elabora e submete suas próprias regras ao grupo. Esta autonomia, o indivíduo a conquista na fase final de sua graduação. Neste momento, o indivíduo se sente mais seguro para reorganizar seu pensamento e reelaborar e reeditar as regras anteriormente propostas.

O papel do docente superior seria o de mediador deste encontro, um facilitador das interações sociais, através de um ensino dialético, que despertasse o auto-questionamento e o questionamento do mundo que o cerca.
Fontes bibliográficas

· GALVÃO. Izabel. Henri Wallon: Uma Concepção Dialética do Desenvolvimento Infantil. Petrópolis, Vozes, 2001.
· PIAGET. Jean O Julgamento Moral na Criança. São Paulo, Ed. Mestre Jou, 1977.
· PIAGET. Jean Estudos Sociológicos. Rio de Janeiro, Ed.Forense, 1977
· TAILLE. OLIVEIRA. DANTAS. Yves de la, Marta Kohl, Heloysa. Piaget, Vygostky e Wallon: Teorias Psicogenéticas em Discussão. São Paulo, Summus editorial, 2003
· VYGOTSKY. Lev Semeniovich. Formação Social da Mente. São Paulo, Martins Fontes, 1998.

29 de dez. de 2010

Receita de Ano Novo - Carlos Drummond Andrade

Receita de Ano Novo - Carlos Drummond Andrade

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)

Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.

Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.
 
Um ótimo ano de 2011!

 

26 de dez. de 2010

Respondendo ao Professor Dr. Luiz Carlos Formiga.

Obrigada, querido Ramon e querido professor Formiga pela divulgação desse artigo e de meu blog Educando o Amanhã. Respostas em Azul!
Abraços
 
Semíramis Alencar
 
Em 26 de dezembro de 2010 10:26, R Chaves <ramonchaves@hotmail.com> escreveu:
 
PhD em Direito ACUSA. Espírita, pergunta. 
 From: ramonchaves@hotmail.com;
LUIZ CARLOS <formigalcd@hotmail.com>;
To: gadelh
Subject: RE: Eu Acuso - Educando o Amanha
Date: Sun, 26 Dec 2010 12:02:03 +0000
Coloquei também um de origem espírita. Divulguem.
Discussão nos links
Ramon
Re: Evangelização Espírita Infantil 
 
Onde se dá a formação de educadores? Licenciaturas? Faculdade de Educação? Onde elas ficam? Universidades?
 
A formação de Educadores deveria de ser desenvolvida, em primeiro lugar, no seio da própria família, comprometida com os valores morais voltados para a ética, a cidadania, o respeito e a solidariedade - educando nossos filhos e filhas, educamos também a sociedade. Faculdades, universidades, centros acadêmicos e licenciaturas pouco ajudam quando já não trazemos a educação do seio familiar. O estudo ajuda a formar, entretanto as famílias tem papel essencial na condução desse processo de maturação.
 
O que mudou na universidade dominada pelo materialismo? Pouco ou nada. Na realidade, sempre foi materialista
Como aproveitar a agilidades tecnológicas da nova era na universidade?
 
Colocando as ferramentas tecnológicas a serviço do bem, como forma de prestação de serviços, repassando informações úteis, de forma a agrupar a comunidade para a solução de seus próprios problemas 
 
Como pensar em formação de educadores sem pensar em valores espiritualistas?
Pensando exatamente no estado de coisas que se encontra a educação hoje - completamente desvirtuada de sua real função: a de educar . na escola se aprende de tudo: a humilhar o semelhante, a roubar, a mentir para si mesmo, a enganar, a colar, a discriminar, a agredir... Os professores, pressionados pelas más condições de trabalho e baixa renda não prezam pela correta conduta dos alunos, também vitimizados pelo sistema capitalista que também vitimizam seus pais. Nessa reação em cadeia, onde o mais forte é o que pode se impôr pela força, o mais inteligente, aquele que pode se driblar os currículos e tarefas propostas sob a alegação de que podem recorrer aos órgãos de proteção ao adolescente, a justiça por danos morais. Lastimável... a educação voltará a ser respeitada somente se cada professor dentro de sua crença começar a desenvolver uma educação pautada nos valores realmente humanos, desde a pré-escola, sem protecionismos ou desmandos, a escola que tem professores, pais e alunos que são parceiros na construção de uma nova sociedade, que não se pautem apenas na pequenez de passar ou não de ano, sob o argumento de que "traumatiza o aluno". A educação apenas alcançará algum efeito quando passar a respeitar seus educadores mais sérios, a incentivar o uso das novas metodologias de ensino, a compartilhar a visão de mundo do outro, a respeitar a lei de Diretrizes e Bases,  dos Regimentos Escolares, de aceitarem o "não" como resposta, de reconhecer suas falhas, enfim, quando cada um de nossos pais, alunos, professores e dirigentes escolares reconhecerem que a educação sem verdade não é educação - é desvirtuamento.
Abraços,
 Semíramis F. Alencar Moreira (pedagoga; especialista em Docência de Ensino Superior e professora)
       
"Nas salas de aula desses cinqüenta e tantos anos de magistério, sempre olhei o adolescente, apiedado... E ouvia Jesus na página maravilhosa de Boa Nova: Pedro, eles não são pecadores... Eles são somente frágeis... E a fragilidade se mistura com os nossos conhecimentos de Física, de Química, de Biologia, de Psicologia... E as vontades? Como despertar as vontades? Como fortalecer os frágeis? Como ativar as vontades para querer o melhor para os próprios espíritos?
E você? Onde fica? Pode ajudar ampliando essas reflexões?
 

 

ACOMPANHAR

Tindin é destaque de educação financeira em plataforma do grupo SOMOS

Com cursos variados, Plurall Store impacta mais de 1 milhão de alunos por ano O grupo SOMOS conta com uma base de  1,5M de alunos dos Ensino...

Arquivo do blog