18 de mar. de 2008
Depois do susto - Valorizando a vida
8 de mar. de 2008
08 de Março - Dia Internacional da Mulher - Homenagem
O Homem é a mais elevada das criaturas
A Mulher, o mais sublime dos ideais.
Deus fez para o Homem um Trono; para a Mulher, um Altar.
O Trono exalta, o Altar santifica.
O Homem é o cérebro, a Mulher o coração.
O cérebro produz a Luz, o coração produz Amor.
A Luz fecunda, o Amor ressuscita.
O Homem é o Gênio, a Mulher o Anjo.
O Gênio é imensurável, o Anjo indefinível.
A aspiração do Homem é a Suprema Glória.
A aspiração da Mulher é a Virtude Extrema.
A Glória promove a Grandeza; a Virtude, a Divindade.
O Homem tem a Supremacia; a Mulher a Preferência.
A Supremacia representa a Força; a Preferência, o Direito.
O Homem é forte pela Razão; a Mulher é invencível pela emoção.
A Razão convence; a Emoção comove.
O Homem é capaz de todo Heroísmo; a Mulher, de todo Sacrifício.
O Heroísmo enobrece; o Sacrifício, purifica.
O Homem pensa; a Mulher sonha.
Pensar é ter uma lavra no cérebro; Sonhar é ter na fronte uma aureola.
O Homem é Águia que voa; a Mulher o Rouxinol que canta.
Voar é dominar o Espaço, cantar é conquistar a Alma.
Enfim, o Homem está colocado onde termina a Terra;
a Mulher, onde começa o Céu.
Autor Desconhecido
21 de fev. de 2008
Educação na Era da Inclusão
Falar ou agir? Eis a questão. O ano 2000 seria a era da inclusão, disseram. Muito já foi falado, discutido, aprovado e principalmente, reprovado.
Tem sido prática comum deliberar e discutir acerca da inclusão de pessoas portadoras de algum tipo de deficiência: mencionando direitos inerentes a uma necessidade específica, abrangendo todos os direitos de forma generalizada, embrulhando-os, sem maiores cuidados em mostrar detalhadamente estes direitos.
A integração social foi a idéia que guiou a elaboração de políticas e leis e na criação de programas e serviços voltados ao atendimento das necessidades especiais de deficientes nos últimos 50 anos. Este parâmetro consiste em criar mecanismos que adaptem os deficientes aos sistemas sociais comuns e, em caso de incapacidade por parte de alguns deles, criar-lhes sistemas especiais separados.
Assim a sociedade continua basicamente a mesma em suas estruturas e serviços oferecidos, cabendo aos portadores de necessidades serem capazes de se adaptar a sociedade. Todavia, este parâmetro, apesar de protetor, promove a discriminação e a segregação na sociedade. O portador de necessidades especiais passa a ser visto com piedade e não como um ser humano, portador de outras inteligências e aptidões.
Desta forma é proposto o paradigma da inclusão social. Não somente a de portadores de necessidades especiais, mas todos aqueles indíviduos que estão, de alguma forma, excluidos da sociedade. Este consiste em tornar toda a sociedade um lugar viável para a convivência entre pessoas de todos os tipos e inteligências na realização de seus direitos, necessidades e potencialidades.
Por este motivo, os inclusivistas (adeptos e defensores do processo de inclusão social) trabalham para mudar a sociedade, a estrutura dos seus sistemas sociais comuns e atitudes em todos os aspectos : educação, trabalho, saúde, lazer, etc...
Sobretudo, a inclusão social é uma questão de políticas públicas, pois cada política pública foi formulada e basicamente executada por decretos e leis, assim como em declarações e recomendações de âmbito internacional .
Por estas razões, surge a necessidade de uma atualização das diversas políticas sociais. Ora se sobrepondo em alguns pontos, ora apresentando lacunas históricas, muitas das atuais linhas de ação estão em conflito ideológico com as novas situações, parecendo uma colcha de retalhos.
É necessário mudar o prisma pelo qual são observados os direitos já ordenados e os que precisam ser acrescentados, substituindo totalmente o paradigma que até então é utilizado, até mesmo inconscientemente, em debates e deliberações.
12 de fev. de 2008
Coisas do Brasil...
As boas iniciativas em nosso país são desprezadas enquanto que as enganações persistem. Ô Brasil, terra de aparências e interesses... quantos ainda terão que morrer para que possamos compreender a nossa própria ignorância...
Este não é um texto escrito por mim. Desconheço a autoria da reportagem, mas denuncia o monopólio das grandes indústrias e a falta de apoio do Governo Federal nas ações simples que poderiam resgatar nossa cidadania e dignidade
A cena foi comovente. O vice-presidente José Alencar preparava-se para plantar uma árvore em Brasília quando foi abordado por uma nissei de 65 anos e 1,60 m de altura. Era manhã da quinta-feira 6. A mulher começou a mostrar fotografias de crianças esqueléticas, brasileiros com silhueta de etíopes, mas que tinham sido recuperadas com uma farinha barata e acessível, batizada de MULTIMISTURA. Alencar marejou os olhos.
Pobre na infância no interior de Minas, o vice não conseguiu soltar uma palavra sequer.
Apenas deu um longo e apertado abraço naquela mulher, a pediatra Clara Takaki Brandão. Foi ela quem criou a MULTIMISTURA, composto de farelos de arroz e trigo, folha de mandioca e sementes de abóbora e gergelim. Foi esta fórmula que, nas últimas três décadas, revolucionou o trabalho da Pastoral da Criança, reduzindo as taxas de mortalidade infantil no País e ajudando o Brasil a cumprir as Metas do Milênio.
E o que a pediatra foi pedir ao vicepresidente? Que não deixasse o governo tirar a multimistura da merenda das crianças. Mais do que isso, ela pediu que o composto fosse adotado oficialmente pelo governo. Clara já tinha feito o mesmo pedido ao ministro da Saúde, José Gomes Temporão - mas ele optou pelos compostos das multinacionais, bem mais caros. "O Temporão disse que não é obrigado a adotar a multimistura", lamenta Clara.
Há duas semanas a energia elétrica da sala de Clara dentro do prédio do Ministério da Saúde foi cortada. Hoje, ela trabalha NO ESCURO. "Já me avisaram que agora eu estou clandestina dentro do governo", ironiza a pediatra. Mas ela nem sempre viveu na escuridão. Prova disso é que, na semana passada, o governo comemorou a redução de 13% nos óbitos de crianças entre os anos de 1999 e 2004 - período em que a multimistura tinha se propagado para todo o País.
Desde 1973, quando chegou à fórmula do composto, Clara já levou sua Multimistura para quase todos os municípios brasileiros, com a ajuda da Pastoral da Criança, reduto do PT.
Os compostos da Multimistura têm até 20 vezes mais ferro e vitaminas C e B1 em relação à comida que se distribui nas merendas escolares de municípios que optaram por comprar produtos industrializados. Sem contar a economia: "Fica até 121% mais caro dar o lanche de marca", compara Clara.
A coordenadora nacional da Pastoral da Criança, Zilda Arns, reconhece que a Multimistura foi importante para diminuir os índices de desnutrição infantil. "A multimistura ajudou muito", diz. "Mas só ela não é capaz de dizimar a anemia; também se deve dar importância ao aleitamento materno." A revista "ISTO É" procurou as autoridades do Ministério da Saúde ao longo de toda a semana, mas nenhuma delas quis se pronunciar. "A Multimistura é um programa que não existe mais", limitou-se a informar a assessoria de imprensa.
31 de jan. de 2008
Vai Passar...uma abordagem educacional carnavalesca
Estas eram as festas pagãs, de homens e mulheres livres, ciganos, prostitutas, bêbados, loucos e boêmios. Destas Festas dos Loucos, nasceram os cordões vermelhos e verdes, surgindo mais adiante o cordão azul, até hoje presentes nos autos populares do folclore brasileiro. Nestas festas do entrudo, que aconteciam, mais ou menos 40 dias antes da páscoa, eram regadas à vinho, farras, arremessos de restos de comida e dejetos humanos e de animais.
O Carnaval é trazido para o Brasil pelos portugueses. Entre os ricos, eram festas que aconteciam nos salões, nos teatros, nos bailes de máscaras organizados pela aristocracia eram inspirados no Carnaval de Veneza e da França (os bailes de máscaras - lembrou-se de Romeu e Julieta?!).
Chico Buarque
Composição: Chico Buarque e Francis Hime
Dormia a nossa pátria mãe tão distraída/sem perceber que era subtraída / Em tenebrosas transações
Seus filhos erravam cegos pelo continente/ levavam pedras feito penitentes/ Erguendo estranhas catedrais
E um dia, afinal, tinham o direito a uma alegria fugaz / Uma ofegante epidemia que se chamava carnaval, o carnaval, o carnaval
Vai passar, palmas pra ala dos barões famintos / O bloco dos napoleões retintos/e os pigmeus do boulevard
Meu Deus, vem olhar, vem ver de perto uma cidade a cantar / A evolução da liberdade até o dia clarear
Ai que vida boa, o lelê,
ai que vida boa, o lalá
O estandarte do sanatório geral vai passar
Ai que vida boa, o lelê,ai que vida boa, o lalá
O estandarte do sanatório geral
vai passar....
26 de jan. de 2008
Explicando a Enquete (corrigida - desculpe alguns errinhos de formatação e redação, acontecem...)
A enquete é simples: sou uma entusiasta da aplicação das novas tecnologias como forma de complemento ao ensino presencial. No entanto, não acredito nas estruturas educacionais totalmente via EAD que sejam descompromissadas e apenas visem formar mais mão de obra para atender, ora necessidades políticas, ora cobranças sociais.
Por acreditar que o papel do professor é fundamental na formação educacional, moral, intelectual e afetiva dos educandos, acho que um curso em EAD deveria de ter pelo menos alguns encontros presenciais em pólos. Isso encurtaria as distâncias e criaria maior cumplicidade entre alunos e professores.
Sites, blogs, fotologs, slides, podcasts, programas televisivos, programas de rádio, rádios comunitárias, jornais (locais ou nacionais) entre outras formas de comunicação podem facilitar e auxiliar o trabalho de professores e alunos no sentido de viabilizar as formas de interação e integração sala de aula-cotidiano, relação profundamente deficitária não apenas nas escolas públicas e particulares de EF e EM.
Um caso curioso: Em julho do ano passado, observei a implantação da primeira turma de um curso de graduação (tecnológica) via EAD de uma universidade federal por três meses em uma cidade de interior, onde quase não há cursos universitários. Uma nobre iniciativa que poderia ter dado certo, se o curso não fosse totalmente via EAD. Os tutores desta graduação deveriam se corresponder por e-mails e murais de recados em cada uma das 6 disciplinas obrigatórias.
No primeiro módulo, todos aprenderam as minúcias de um ambiente de ensino virtual. Uma tarefa que rendeu muito pedagogicamente, uma vez que os próprios alunos ajudavam-se mutuamente. Entretanto, terminado o módulo inicial e iniciadas as disciplinas componentes do curso, os alunos sentiram a falta do apoio presencial de alguém que pudesse ajudá-los no dia-a dia do curso, pois as dificuldades inerentes ao conteúdo, complicavam-se sobremaneira, isso sem contar com a confusa e muitas vezes inoperantes ações dos professores que, depois de anos lecionando no ensino presencial, não conseguiam coordenar as ações didáticas que teriam numa sala de aula, no desempenho diário desta nova modalidade de ensino.
O resultado disso foi a desmotivação de cerca de 20 alunos que acabaram por desistir do curso. O principal motivo alegado foi a ausência do elemento humano. Por mais que não queiramos nos passar por repassadores do conhecimento, nossa presença se faz essencial pois nada substitui o olhar, a voz, o timbre, o gestual, a imagem e o laço que alunos e professores podem criar na reelaboração do conhecimento e no desenvolvimento da aprendizagem.
Daí, a proposta da enquete: não creio que as novas tecnologias e os cursos via EAD possam ser utilizados como método de ensino, desprovido da presença real do professor ou de pelo menos de um bom planejamento que possibilite a sustentabilidade desse sistema . Acredito e aposto seriamente na idéia de que tais ferramentas, virtuais ou midiáticas, possam ser um instrumento vital à aprendizagem e a criação de vínculos cognitivos, sociais, interativos e por que não dizer, afetivos, uma vez que este é um dos papéis da educação.
Abraços sinceros,
16 de jan. de 2008
Inovações, Renovações, Descobertas e Integração
Estou conhecendo outros educadores que, como eu, preferem continuar acreditando na educação brasileira, dialogando, trocando idéias, visitando espaços. São os blogueiros educacionais.
4 de jan. de 2008
Ano Novo, Vida Nova
29 de dez. de 2007
A Oligofrenia Coletiva - crítica ao e-mail sobre a correção das provas da UFMG
Onde vamos parar?
A seleção foi feita pelo prof. José Roberto Mathias.
"A TV possui um grau elevadíssimo de informações que nos enriquece de uma maneira pobre, pois se tornamos uns viciados deste veículo de comunicação". (Deus!)
"A TV no entanto é um consumo que devemos consumir para nossa formação, informação e deformação". (Fantástica!)
"A TV se estiver ligada pode formar uma série de imagens, já desligada não..." (Ah bom, uma frase sobrenatural ).
"A TV deforma não só os sofás por motivo da pessoa ficar bastante tempo intertida
como também as vista" (Sem comentários ).
"A televisão passa para as pessoas que a vida é um conto de fábulas e com isso fabrica muitas cabeças" (Como é que pode ?).
"Sempre ou quase sempre a TV está mais perto denosco (?), fazendo com que o telespectador solte o seu lado obscuro"
( esta é imbatível).
"A TV deforma a coluna, os músculos e o organismo em geral" (É praticamente
uma tortura !).
"A televisão é um meio de comunicação, audição e porque não dizer de locomoção" (Tudo a ver).
"A TV é o oxigênio que forma nossas idéias" (Sem ela este indivíduo não pode
viver).
"...por isso é que podemos dizer que esse meio de transporte é capaz de informar e deformar os homens" (Nunca tentei dirigir uma TV ).
"A TV ezerce (Puxa!!!) poder, levando informações diárias e porque não dizer
horárias" (Esse é humorista, além de tudo).
"E nós estamos nos diluindo a cada dia e não se pode dizer que a TV não tem nada a ver com isso" (Me explica isso? ).
"A televisão leva fatos a trilhares de pessoas" (É muita gente isso, hein?).
"A TV acomoda aos tele inspectadores" (Socorro!!!).
"A informação fornecida pela TV é pacífica de falhas" (Vixe!).
22 de dez. de 2007
Reflexões de Natal Improvisadas
11 de dez. de 2007
Reflexões docentes ao final do ano
Querendo ou não, gostando ou não, o programa está lá para ser cumprido. E o cumpro com a consciência de que às vezes os resquícios de nossa educação tradicional podem ser muito bem utilizados, se inovarmos nossas concepções interiores de educação.
Observo os professores que já atuaram comigo: a grande maioria se mantém a quilômetros de distância dos educandos. Seus saberes são como segredos que são tão difíceis de serem revelados quanto o famoso Oráculo de Delfos*. Pelos seus pontos de vista, o alunado é inconseqüente, ignorante e que jamais deverá chegar ao patamar de seu conhecimento.
23 de nov. de 2007
Dúvidas Docentes Recentes - Estaremos ainda vivenciando a Educação Bancária nas escolas?
Recentemente li um artigo do jornalista Gilberto Dimenstein pela Folha de São Paulo, no caderno Educação, e discuti com alguns professores minhas docentes dúvidas recentes.
21)8237-0441 - consultorias e palestras
22 de nov. de 2007
A Educação Superior Durante a Era Vargas
No entanto, em certas fases da história, sobretudo nos períodos ditatoriais, há um desvio de sua atuação, fazendo-o ser um mero repassador de conhecimentos, contrário à função primeira do ato educativo: a de provocar a visão crítica.
A pedagogia do medo dominou durante várias gerações as classes escolares no Brasil e na América Latina como um todo.
Este sistema repressor e punitivo se originou através de governos ditatoriais ao longo da história mundial, intensificando-se à partir do século XX.
Observa-se durante a Era Vargas, a exaltação do nacionalismo e a falsa idéia de progresso como chaves para manter a população no obscurantismo e no medo.
Como a educação está intimamente ligada ao processo político, ela se torna refém manipulável, objeto de repressão e inculcação de valores autoritários.
No entanto, o Ensino Superior recebe um enfoque maior, quer em sua reestruturação, quer em sua maior acessibilidade. Este período marca o início das universidades públicas e a forma como a vemos hoje.
O Movimento Escola Nova e as Escolas Totalitárias.
A educação do período de 1924 à 1950, é marcado pelo movimento da Escola Nova, classificado como o período do “otimismo pedagógico”.
A origem da universidade pública é decorrente deste ideal: educar para a liberdade, no sentido de possibilitar a autogestão do educando e a construção da sociedade democrática.
Os escolanovistas pretendiam revolucionar o ensino brasileiro visando o fim da educação tradicionalista. Uma de suas requisições era a concepção de uma escola pública, laica e para todos os segmentos da sociedade.
Dentre os pensadores da Escola Nova está o filósofo Anísio Teixeira (1900-1971), cuja atuação se estende até o início dos anos 60, em defesa da universidade pública.
No entanto, surge a reação dos conservadores, que se opõem à política de laicização da escola pública. Os representantes da ala católica se expressam através da revista Ordem, e posteriormente pela Liga Eleitoral Católica – mais uma vez a educação se encontra no viés político.
O Populismo e a Cultura do Silêncio.
No contexto latino americano, o período entre guerras é marcado pelo populismo. O governo de Getúlio Vargas é centralizado e ditatorial, influenciado pelo nazismo e fascismo.
Ambíguo, o governo populista reconhece os anseios populares e cede a algumas pressões, no entanto, desenvolve uma política de massa procurando manipular e dirigir estas aspirações.
O totalitarismo de direita faz a crítica ao comunismo e ao caráter individualista do liberalismo. Despreza a democracia e valoriza, o papel do mais forte, da elite dirigente.A educação assume papel privilegiado de controle e difusão da ideologia oficial.
Reforma Universitária – Novos Rumos da Educação Superior no Brasil.
Com a reforma educacional de Francisco Campos, um novo ânimo pairou sobre a educação brasileira na década de 30. Este período foi de suma importância para a criação e regulamentação das universidades.
A primeira universidade que consegue se formar com espírito organizacional acadêmico é a Universidade de São Paulo, em 1934. A Universidade do Distrito Federal, no Rio de Janeiro, é criada em 1935, graças ao esforço de Anísio Teixeira.
No entanto, a universidade brasileira ainda não possui um quadro docente comprometido com a realidade do país. Em ambas universidades, a cátedra é formada, em sua grande parte, por docentes estrangeiros.
Cabe ressaltar a importância destas estruturações num momento populista, de severa observância ideológica. Apenas em 1937, são graduados os primeiros professores secundaristas. Egressos da faculdade de filosofia, além do encargo da preparação cultural e cientifica, receberam por acréscimo a formação pedagógica. Era o fim do ensino autodidata, exercido por profissionais de outras áreas.
Anísio Teixeira analisa nossa tradição acadêmica: “O Brasil tem experiência em universidade escolástica e, depois, da universidade reformada por Pombal. Esta já era a universidade clássica, em seus reflexos do iluminismo, mas não a universidade de ciência experimental. Fora disso, tínhamos a vivência do ensino profissionalizante para o clero, os legistas e os médicos”.
Observa-se, portanto, que a universidade no Brasil até a década de 30, era nada mais do que um curso profissionalizante carecia de uma formação acadêmica voltada a pesquisa à extensão.
Entretanto, para que a universidade se comprometa mais com os setores de pesquisa e extensão será necessário que ela além de reformular a cultura que vai ensinar, ela abra espaço para a discussão democrática não se atendo aos processos totalitários e excludentes, quer seja dos governos ou das instituições de ensino.
Neste sentido, o papel do docente superior, que na década de 30 era o de impulsionador da universidade aberta para todos, hoje se faz necessário como propagador da cultura e das relações entre sociedade e universidade, o que nem sempre é encontrado devido à divergências político-ideológicas dos próprios interesses docentes ao invés da preocupação pioneira daqueles que queriam educar para todos, num sistema igualitário de cidadania.
BIBLIOGRAFIA
SAVIANI, Dermeval. História das Idéias Pedagógicas no Brasil. Ed Autores Associados, 2007
BARSA. Enciclopédia, Volumes VI e VII. Editora Barsa Planeta, 2005.
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da Educação. 2ª ed., São Paulo, Ed. Moderna, 2002.
GOERGEN, Pedro. Universidade e Responsabilidade Social. Temas de Pesquisa em Educação / José Claudinei Lombardi (org.) Campinas, SP: Autores Associados, 2003; HISTEDBR; Caçador , SC:UNC, 2003 (Coleção Educação Contemporânea).
TEIXEIRA, Anísio. A Universidade de Ontem e de Hoje. Rio de Janeiro, ed.UERJ, 1998.
ACOMPANHAR
Tindin é destaque de educação financeira em plataforma do grupo SOMOS
Com cursos variados, Plurall Store impacta mais de 1 milhão de alunos por ano O grupo SOMOS conta com uma base de 1,5M de alunos dos Ensino...
-
Drops Pedagogia - são pequenos resumos de temas relativos à educação e pedagogia; conceitos básicos que passam despercebidos. Estágios d...
-
A loira do Banheiro - Essa lenda é muito conhecida, qualquer em já deve ter ouvido falar nela nos corredores de uma escola. Ela é muito come...
-
Extensa coleção de aulas introdutórias ao alemão, organizadas pelo Deutsche Welle. Parte 1: iTunes <a Parte 2: iTunes Parte 3: iTunes ...